Daniel Bragança

Fico algo confuso quando falam sobre a sua falta de “intensidade”, porque geralmente vejo que é o gajo que mais se mexe para abrir linhas de passe, está sempre a pedir a bola. A não ser que estejam a falar do momento defensivo, que não é a sua especialidade, e acham que intensidade é andar a correr atrás de tudo o que mexe. Vale mais um bom posicionamento que corridas à toa…

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intensidade não é nada, vale tanto como “raça” para caracterizar um jogador.

O problema principal do Bragança é ser lento a correr. O Sporting neste esquema precisa de médios capazes de ir apagar fogos quando perde a bola. O Bragança tem essa dificuldade, se o adversário já o ultrapassou ele fica nas covas.

Não creio que ele alguma vez venha a ser titular nesta equipa do Amorim.

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Num meio campo a 2 é preciso algo mais de entrega na recuperação de bola. A culpa não é dele mas de não ser o sistema táctico ideal para ele.

Ontem foi titular, com o Arouca foi titular, com o Ajax foi titular. Agora o Matheus Nunes também está feito num senhor jogador com outras valências.
Pode não ser o “principal titular”, mas é sempre uma opção a ter em conta.

Concordo com tudo menos com o dificilmente poder vir a ser titular.

Este ano não tinha hipóteses, para o ano com o Matheus ca também continuará como suplente. Mas se no final da próxima temporada o Matheus for vendido tem hipóteses, porque tendo essa pecha (realmente importante para o que o treinador pede aos seus médios), já poderá por essa altura tê-la minorado um pouco e ser capaz de a compensar melhor com outros aspectos.

Pode ser só optimismo, mas acredito que com tempo poderá vir a ter outro protagonismo. Que já teria hoje se não jogássemos num meio-campo a 2 e sim num meio-campo a 3.

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É Isto!! Para quem sabe!!

Daniel Bragança: O miúdo que desarmou o Casa Pia com pezinhos de lã

Médio tem estado em franco destaque nos últimos jogos

Já não há muitas dúvidas em relação a Daniel Bragança e se as havia o jogo frente ao Casa Pia dissipou-as. Daniel Bragança foi o autêntico maestro da orquestra de Rúben Amorim. Foi por ele que passou grande parte do jogo do Sporting, que acabou por vencer o encontro por 2-1, qualificando-se para os quartos de final da Taça de Portugal. Na altura em que a equipa leonina perdia por 1-0, coube ao médio a organização das tropas. Desmontou a estratégia montada por Filipe Martins, treinador da equipa da II Liga, e só lhe faltou o golo. Esteve perto aos 23 minutos, quando testou os reflexos de Lucas Paes, e aos 41 minutos, quando atirou ao lado. De resto, o jovem, de 22 anos, com os seus pezinhos de lã, foi guardando a bola e foi construindo as jogadas ao seu sabor, improvisando espaços, fazendo boas receções e colocando a bola onde queria. Não é de estranhar, por isso, que Daniel Bragança tenha sido eleito o homem do jogo.
Esta exibição vem dar razão às palavras ditas por Rúben Amorim, na antevisão ao jogo com o Ajax, para a Liga dos Campeões, que aconteceu no passado dia 7 de dezembro: “É um crime o Dani [Bragança] não ter mais minutos, se jogássemos com três médios era titular.”

Numa segunda análise, terei de considerar que é, de facto, um crime. Na temporada passada, o médio já tinha demonstrado pormenores interessantes. Aliás, Bragança foi muitas vezes utilizado por Rúben Amorim como um joker e assim se mantém. Esta época, esteve presente em 20 dos 27 jogos disputados pela equipa leonina. Ainda assim, só realizou 705 minutos (cerca de 35 minutos por jogo), face à concorrência de Matheus Nunes, João Palhinha e Ugarte. Apesar da forte competição, Bragança tem aproveitado. No campeonato, prova na qual disputou 12 partidas, regista 81% de dribles bem-sucedidos, 91% de eficácia de passe e ainda tem 59% de disputas de bolas ganhas. Estes números explicam-se pelo facto de o médio ser um autêntico camaleão dentro de campo. Apesar de atuar num meio-campo a dois, o jogador pode ocupar várias posições, fator que explica igualmente a aposta regular de Amorim no português. Pode atuar tanto a 6, como a 8 e a 10 e o seu trabalho invisível continua a ser assinalável.
O único ponto fraco de Daniel Bragança está relacionado com a ausência de golos. O português marcou o seu primeiro golo com a camisola dos leões apenas no passado dia 18 de dezembro, na vitória em casa do Gil Vicente (3-0). Talvez seja este outro dos dados, além da concorrência, que esteja a atrasar a afirmação do jovem, de 22 anos, no onze titular.

Ainda assim, nem todos os médios foram talhados para fazer golos. Recordo casos como João Moutinho e Seedorf, que apesar de não serem claros goleadores, estiveram sempre em grande palcos. E já que falamos em grandes palcos, Daniel Bragança tem sido alvo de cobiça. O Bayer Leverkusen e o Wolfsburgo, da Liga alemã, são alguns dos clubes que têm estado atentos à evolução do médio. Contudo, não será a qualquer custo que Daniel Bragança sairá do Sporting. Desde que Rúben Amorim pegou nele, o médio viu o seu valor de mercado disparar. Em outubro de 2020 valia apenas 1,5 milhões de euros e atualmente está avaliado em 5 milhões de euros, segundo a plataforma especializada ‘transfermarkt’. Mas, certamente, este valor está uns furos abaixo daquilo que a SAD liderada por Frederico Varandas pretende por Bragança. O médio tem contrato até 2025 e uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros. Além disto, existe a convicção que o médio será uma das pedras basilares da equipa nos próximos anos.

Posto isto, esta é uma oportunidade perfeita para recordar as palavras de alguém que o conhece bem e que falou com o jornal Record há bem pouco tempo. Tiago Fernandes, técnico que o orientou na formação de Alvalade e, mais tarde, no Estoril em 2019/20, não tem dúvidas que o jogador tem crescido nas últimas temporadas. " O Dani é um campeão no treino e mostra grande dedicação. O facto de o Sporting jogar só com dois médios limita a utilização dele. Mas o Dani vai ser utilizado muitas vezes e tem sempre impacto quando é chamado", disse o técnico, no dia 7 de dezembro de 2021.

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Este miúdo tecnicamente é o melhor plantel… tem aquela inteligência de já saber o que vai fazer ainda antes de receber a bola…

Ele tem que meter os olhos no Vitinha , que é um ano mais novo que ele e impôs num meio campo igualmente competitivo, exatamente porque lutou para ser competitivo e para crescer no jogo sem bola, além do enorme raio de ação e capacidade de desequilíbrio que apresenta, será provavelmente internacional ainda este ano.

O Bragança precisava de esse processo que o Sérgio Oliveira e o Vitinha passaram nas mãos de Conceição mas pelas mãos de Amorim, acho que o excesso de elogios que tem recebido podem estar a iludi-lo e a não perceber que a sua baixa rotação é um problema e provavelmente a razão pela qual não é titular.

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Tudo muito bonito, mas se o Porto jogasse com um meio-campo claramente a dois e sem o Otávio tão perto do Vitinha o rendimento deste último não seria tão grande.

E atenção que eu acho o Vitinha superior ao Daniel e já o achava, mas é superior em tudo, não o é especialmente na agressividade defensiva e capacidade de percorrer metros.

Mais do que meter os olhos no Vitinha, tem de meter os olhos no treinador e continuar a ir crescendo, continuar a ir contribuindo e ajudando a equipa enquanto vai melhorando ele próprio como jogador. É o que tem vindo a fazer, já agora.

Não te preocupes porque esse erro que achas que ele está a cometer (dizes no fim), não está. Não está iludido, sabe em que aspectos é melhor do que os outros e em que aspectos é inferior aos outros (por comparação com monstros físicos como o Matheus, Ugarte e Palhinha, muito inferior). E sabe que é jovem, que vai evoluir, que é natural não ser já titular do Sporting e que tem de fazer o seu caminho. Sem pressas e sem ilusões.

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O Porco joga em 433, tem lugar para três médios.

Concordo com quase tudo, só discordo da parte do Vitinha ser superior ao Bragança. São dois grandes jogadores mas não trocava o Bragança pelo vitinha.

Espero que entendas que acredito no jogador daí este tom de exigência.

Se é normal ele ele não ser titular do Sporting, é normal o Vitinha um ano mais novo ser titular no FCP ?? Fez o trabalho que devia para entrar na equipa onde todos sabem que sem intensidade não calçam, um génio como Óliver foi desprezado e um Marega foi valorizado por esse mesmo o fator.

Aqui vê-se ultrapassado por Ugarte também mais novo exatamente pela velocidade de deslocamento e agressividade sem bola e se Amorim contasse com o Tabata para a posição provavelmente o Daniel não calçaria no Sporting visto que o Tabata não só é mais agressivo a defender como também o é a atacar embora muito precipitado a definir os lances.

O Daniel quando joga a 8 e desce para oferecer soluções aos centrais na saída de bola tem 80% de decisões para devolver-lhes a bola. Sempre que a meio campo está a construir , quando faz o passe: em vez de oferecer coberturas ofensivas para ser solicitado, vai oferecer cobertura defensiva com uma postura corporal displicente como se tivesse acabado de dar uma, impedindo uma construção em apoios pelo centro do terreno e fica à espera que lhe devolvam a bola para ele girar o centro de jogo. Um pensamento de um número 6, que não tem físico para o ser na nossa equipa.

Eu enquanto seu fã, embora possas não acreditar, já o vi a dar festivais ofensivos a construir no Estoril e no Farense e até a ser muito agressivo sem bola, não consigo perceber o que ele está a fazer ao seu estilo de jogo.

Ele além de critério pouco mais tem dado ao futebol do Sporting, e quem o conhece percebe que ele sabe muito mais, portanto eu gostaria que fosse espicaçado nesse sentido para ser mais agressivo com e sem bola.

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Desculpa , mas não es fã… mas detrator!! Nada disso tem acontecidos nestes últimos jogos!!! Alias vê o nº de finalizações…nº de oportunidades criadas ofensivas em que ele esteve envolvido!!

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Para além da questão tática ja referida ( o Otávio faz basicamente um meio campo a 3) e da forma de jogar de ambas as equipas, o Bragança tem metade do tempo de jogo do Vitinha, mais uma vez exigem ritmo ou influência de jogadores ao nível de titulares, não faz sentido, muito menos a crítica aos normalmente visados que mesmo assim dão muito ao jogo e não sabem jogar mal, mérito dos jogadores e principalmente da “loucura” de Amorim em confiar num grupo restrito.

Os outros andam com suplentes de 20 milhões, com características fisicas ou técnicas interessantes e nem metade da influência do Bragança têm quando são chamados.

Nao podem exigir o mesmo a um Bragança ou Tabata do que a um Pote que não so joga de olhos fechados nesta equipa como é continuamente parte do 11 base, fazendo praticamente 90 sobre 90 mesmo que vá passando despercebido em alguns momentos do jogo, está mais que confortável no decorrer do mesmo, não podem pedir ao resto que entre e resolva jogos e abra o livro.

Mesmo assim e como disse é notável a maneira como o Bragança, Tabata por ex, jogam quando são chamados, a bola não queima, querem jogar, ter bola, cumprem muito bem tacticamente e o mais importante, é óbvio o potencial que têm, e evidente que se tivessem ou se tiverem de ser eles a fazer “90 sobre 90” só podem melhorar e muito, o mesmo para TT, Jovane, Esteves, Nazinho.

Concordo.

Não é uma questão de potencial mas é evidente que o que tem oferecido em campo é pouco para ser titular de um clube que disputa o primeiro lugar no campeonato e uma champions league.

Tem que ser mais intenso, tem que assumir mais jogo, sem medos que ainda vai a tempo.

Mas ele é titular? Ou tem tido um rendimento condizente com o de um belíssimo suplente do Matheus Nunes?

Não vamos pôr os bois à frente da carroça, como dizia o Boloni. Tudo a seu tempo. Lá chegará, se tudo correr bem. Se não chegar… continua a ser um bom suplente.

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Espero que sim parceiro.

Mas o Matheus o ano passado a suplente do joao ratão mostrava muito mais quando entrava do que o Bragança têm demonstrado.

Mas é por isso mesmo que ele está a suplente e claro que tem tempo, espero que se afirme e que consiga evoluir ao nível de todo o seu potencial, gostava de ter um Pirlo made in Alvalade.

Subscrevo na integra. Por cá temos muito a tentação de querer que todos os jogadores ou sejam titulares ou então não valem nada. D. Bragança hoje por hoje é uma excelente solução de plantel, um bom suplente que oferece coisas diferentes á equipa e que também por isso é muito util. Tem jogado quando tem sido preciso e quando tem jogado quase sempre tem correspondido. Se ficar assim está bom, tomara o Sporting ter muitos D. Braganças na formação para completarem o pllantel com esta relação custo / qualidade deste.

Entretanto D. Bragança poderá, se tiver motivação e capacidade para tal, chegar ainda mais longe e tornar-se num titular (seria bom sinal) mas se conseguir ser “apenas” um bom suplente já é excelente para ele e para o Sporting.

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