Desde que me lembro, sempre tivemos dificuldades em ter avançados de referência em Portugal.
Desde o Pauleta (amado por uns, odiado por outros), que não há um avançado que seja indiscutível na nossa Selecção Nacional. Os que aparecem a espaços, ou aparecem tarde ou desaparecem cedo; promessas adiadas e alternativas de última hora vão aparecendo a espaços.
Como melhor clube formador português, temos responsabilidade nisso, pois não me lembro de nenhum avançado a aparecer de caras na nossa equipa.
Gostava de saber a vossa opinião: será que é para continuar? Será que os jogadores portugueses têm fracas carecteristicas para serem avançados de referência? Há algum jogador da formação, no Sporting ou noutro, que se destaque dos demais?
Gostava de ver nascer uma referência dentro dos nossos quadros.
Quanto a mim, o Betinho nunca irá ser esse jogador.
Exacto. Trabalhar certos jogadores segundo as suas potencialidades, em vez de ter miudos de 15 anos que são mais altos que os outros e só lhes vale essas características.
Podemos orgulhar-nos por sermos a melhor escola de extremos do mundo, tal como a emergência de vários médios centro de enorme qualidade.
Outra das posições onde vejo evolução na formação, é a de defesa central. Dier e Semedo prometem muito, depois de um Ilori com óptimas caracteristicas para a posição. O Daniel Carriço e o Nuno Reis são provas de uma situação que acho frequente nos centrais: quando se destacam cedo, têm tendência para ficar mais “duros de rins”, enquanto outros, quando parecem mais toscos, acabam por se tornarem importantes por volta dos 24/25.
Nós gostamos muito de jogadores tecnicistas a marcar golos,
para a nossa cultura , deixar crescer um jogador alto e magro,
algo tosco mas até bastante eficaz seria impossível…
Temos uma excelente geração de avançados, como há muito não havia na nossa formação.
Betinho, Ponde, Postiga, Mama Baldé (não sei se tem nacionalidade portuguesa), Alexandre Silva.
Veremos !
(em termos nacionais, atenção ao André Silva e Gonçalo Paciência, bem como o que fugiu de cá, Idrissa Sambu. Todos na formação do porto, o que indica que poderão não ser nada… mas têm todos muita qualidade).
O problema parece ser a forma como se trabalha os avançados em Portugal. Até aparecem miúdos com qualidade, mas acabam sempre desperdiçados. Devíamos importar métodos de trabalho do estrangeiro no que toca a formação de jogadores PL
eis alguns dos avançados portugueses da formação do sporting dos últimos 12 anos e a evolução das respectivas carreiras (não incluí wilson nem betinho):
Sou da opinião que devia-se tentar estudar outras escolas (holandesa por exemplo) de forma a trazer alguns métodos que permitam desenvolver os jogadores nessa área.
A maneira como está estruturado o nosso (português) futebol de formação é o principal culpado.
Os miudos do Sporting vão dos 10 aos 18 anos, a bater em mortos.
Para os fantasistas é o ideal, porque sentem a confiança (e espaço) para explorar a critatividade e aumentar o seu reportorio técnico.
Um avançado passa a sua formação toda a marcar golos de “cagar”. Ja feitos. Com espaço. Sem o minimo de competitividade.
Alias, arrisco dizer que aprendem mais nos treinos contra os defesas da propria equipa, do que contra os das outras equipas.
Chegam a seniores com a sua formação a meio. E a mudança é brusca. São jogos duros. Curtos de espaço. Com muita porrada.
Ou se espera por eles até aos 24/25 ou então vai continuar a ser negro o cenário.
acho que o sporting tem de apostar mais na formação para a equipa principal e só deve comprar estrangeiros, no caso de ser um bom jogador mesmo que ultrapasse dos 5M€.
tenho esperança que o BdC não vai cometer os mesmos erros do passado de vender jovens jogadores ao preço da uva mijona.
Portugal nunca foi grande formador de avançados, ou não fossem os portugueses conhecidos por felizes perdedores que se deliciam com a finta, a revienga e a fussanguice enquanto os outros marcam os golos e ganham os troféus.
O último artilheiro digno desse título e formado no Sporting foi Cristiano Ronaldo. Antes disso tivemos o Futre nos anos 80. Ambos deixados fugir com 18 anos ao preço da uva mijona.
Depois temos de recuar aos Cinco Violinos, mais precisamente a Jesus Correia nos anos 40 e 50, para encontrar um goleador formado no Sporting.
Não há mais nada a acrescentar além de alguns avançados que se destacaram nos anos 30 como Abrantes Mendes, Adolfo Mourão e mais dois ou três atletas dos primeiros anos do clube.