Coreia do Norte ataca ilha sul-coreana

Desculpa, mas por muito que queiram disfarçar todos os anos a TAP dá prejuízo, mesmo depois desse novo CEO a empresa continua a dar mais prejuízos do que aquilo que vale. Os pilotos era para entrarem em greve pois não iam ser aumentados, e recebem substancialmente mais que o comum cidadão.

Na minha opinião TAP é para despachar, não vale como cidadãos estarmos a manter uma besta que não só dá prejuízo.

Exactamente, quer-se dar o exemplo deste gestor como sendo o supra-sumo que fez um milagre, mas os 2 ou 3 exercícios seguidos em que ele conseguiu lucro foi à custa da venda de unidades da TAP. O Handling, por exemplo, foi um deles. Terá os seus méritos certamente, mas há que ter isto em conta. A TAP é um cancro como tantos outros organismos e empresas públicas.

Sou contra as privatizações parciais porque têm sempre a mesma consequência: privatização dos lucros, nacionalização dos prejuizos. Ou seja o Orçamento de Estado continuará a contribuir para esse buraco sem fim, ao igual que para todos os outros. Há empresas que até aceito que têm que existir e dar prejuízo (transportes públicos urbanos), o resto devia ser fechado (1º exemplo: RTP).

Atenção às fontes…nesse caso a fonte é o site da própria TAP, ou melhor, do programa de passageiros frequentes da TAP.

Quantas mais fontes diferentes consultares, mais diferenças aparecem. Cada um tem a ua versão. Basta googlares por Resultados TAP 2009.

JN: Resultados positivos mas com resultados extraordinários…
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1515547
“O presidente da empresa admite que estes números animadores incluem “alguns resultados extraordinários”, mas “também perdas extraordinárias. E as projeções são de iniciar o retorno a partir de 2010 ou 2011. Ou seja começamos a ter resultados consistentes”, frisou.”
O Oje apresenta a mesma noticia.

Económico: Resultados negativos
http://economico.sapo.pt/noticias/tap-tem-prejuizos-em-2009_76518.html
"O presidente da TAP, que definiu como meta para 2009 fechar o exercício com lucros de cerca de 8 milhões de euros, reconheceu hoje que companhia não conseguirá atingir este objectivo. "
Esta notícia é de 12 de Dezembro, pelo que se entretanto apareceram resultados negativos, foi com engenaria financeira ou com alguma venda de património.

IOL: previsão de resultados negativos
http://www.ionline.pt/conteudo/41638-tap-fecha-2009-com-844-milhoes-passageiros-menos-34
"O puzzle dos resultados de 2009 da TAP começa agora a estar fechado. A Groundforce, como o i noticiou, fechou 2009 com prejuízos de 28,2 milhões de euros. Já a manutenção e o transporte aéreo, segundo a empresa, fecharam com números próximos do zero, ficando por saber eventuais resultados extraordinários ou financeiros que venham a ser contabilizados. Entre Janeiro e Setembro, a empresa registava um prejuízo de 60 milhões de euros que, no último trimestre do ano, e considerando apenas números operacionais, terá caído para próximo dos 30 milhões. "

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China pede reunião de emergência para tratar do desmantelamento nuclear da península
A China pediu, este domingo, uma reunião urgente em Pequim com as seis partes envolvidas no processo de desmantelamento nuclear na península coreana, para evitar uma escalada militar entre as duas Coreias.

Em conferência de imprensa, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wu Daiwei, convocou esta reunião, a ser realizada em Dezembro com a participação de delegados das duas Coreias, os EUA, China, Rússia e Japão.

«Não se trata de relançar directamente as negociações. É uma proposta da China aos chefes das delegações das negociações de seis partes envolvidas para criar as condições de retomar o diálogo», esclareceu Daiwei.

Boa…Nao estava ao corrente desse desenvolvimento.
Mesmo a propósito, agora não me restam duvidas que aquilo que o Webster Tarpley diz neste vídeo faz sentido.
Geralmente, quando ouço este tipo, é sempre com uma pinch of salt, como dizem os Ingleses. Quer dizer, há vezes que os factos das historias que conta são extremamente difíceis de comprovar, não o levando por isso muito a sério. Talvez eu estivesse enganado.

Os Chineses estão assim a tirar a hipótese aos Americanos criarem um outro conflito para as razoes que lhes interessam.
Agora é que vamos ver se os EUA querem realmente paz e democracia.

[center]
Tarpley: US using Korea to make money[/center]

O Gulf of Tonkin a que Tarpley se refere no principio do vídeo, foi mais uma das muitas invenções do governo dos EUA, desta vez cortesia da NSA, e que fazem as delicias de qualquer conspiracy theorist.
A diferenca foi que este acto resultou em passagem de lei pelo Congresso Norte Americano que resultou na legalidade a nível interno, de ataques a qualquer pais do Sudeste Asiático, com governo “comunista”

Desta vez, pelo ponto de vista Europeu, a situação é capaz de ser bem mais grave…Esperemos que não.

Sim, também não me surpreenderia nada que algumas coisas que esse diz estejam certas.

E falando em chineses e toda esta “crise” do Wikileaks, acho este artigo no mínimo interessante:
http://www.daily.pk/cia-mossad-and-soros-behind-wikileaks-19280/

Não faço ideia sobre a veracidade disto, mas que toda esta fuga de informação cheira mal lá isso cheira.

Não acredito numa chamada false flag operation porque, ao contrário do chamado caso de Gulf de Tonkin, este é um inimigo inteiramente diferente. Este possui armas nucleares e é dominado por um homem louco, ou seja, pode retaliar de forma nuclear, não com invasões ou tiros de artilharia. O risco de entrarmos numa guerra nuclear, a primeira da história da humanidade, é real. Ambos os lados possuem armas nucleares, ao contrário do que aconteceu entre os EUA e o Japão.

Já há algum tempo que digo que duvido que estas manobras da Coreia do Norte sejam orquestradas pela China… muita gente subestima a autonomia dos malucos dos Kims… Parece que este leak confirma isso, os chineses comecam a perder a paciencia com os norte-coreanos. ´

http://www.guardian.co.uk/world/2010/nov/29/wikileaks-cables-china-reunified-korea

China has signalled its readiness to accept Korean reunification and is privately distancing itself from the North Korean regime, according to leaked US embassy cables that reveal senior Beijing figures regard their official ally as a "spoiled child".

News of the Chinese shift comes at a crucial juncture after the North’s artillery bombardment of a South Korean island last week that killed four people and led both sides to threaten war. China has refused to condemn the North Korean action. But today Beijing appeared to bow to US pressure to help bring about a diplomatic solution, calling for “emergency consultations” and inviting a senior North Korean official to Beijing.

China is sharply critical of US pressure tactics towards North Korea and wants a resumption of the six-party nuclear disarmament talks. But the Guardian can reveal Beijing’s frustration with Pyongyang has grown since its missile and nuclear tests last year, worries about the economic impact of regional instability, and fears that the death of the dictator, Kim Jong-il, could spark a succession struggle.

China’s moves to distance itself from Kim are revealed in the latest tranche of leaked US embassy cables published by the Guardian and four international newspapers. Tonight, the US secretary of state, Hillary Clinton, said the US “deeply regrets” the release of the material by WikiLeaks. They were an “attack on the international community”, she said. “It puts people’s lives in danger, threatens our national security and undermines efforts to work with other countries to solve shared problems,” she told reporters at the state department.

The leaked North Korea dispatches detail how:

• South Korea’s vice-foreign minister said he was told by two named senior Chinese officials that they believed Korea should be reunified under Seoul’s control, and that this view was gaining ground with the leadership in Beijing.

• China’s vice-foreign minister told US officials that Pyongyang was behaving like a “spoiled child” to get Washington’s attention in April 2009 by carrying out missile tests.

• A Chinese ambassador warned that North Korean nuclear activity was “a threat to the whole world’s security”.

• Chinese officials assessed that it could cope with an influx of 300,000 North Koreans in the event of serious instability, according to a representative of an international agency, but might need to use the military to seal the border.

In highly sensitive discussions in February this year, the-then South Korean vice-foreign minister, Chun Yung-woo, told a US ambassador, Kathleen Stephens, that younger generation Chinese Communist party leaders no longer regarded North Korea as a useful or reliable ally and would not risk renewed armed conflict on the peninsula, according to a secret cable to Washington.

Chun, who has since been appointed national security adviser to South Korea’s president, said North Korea had already collapsed economically.

Political collapse would ensue once Kim Jong-il died, despite the dictator’s efforts to obtain Chinese help and to secure the succession for his son, Kim Jong-un.

“Citing private conversations during previous sessions of the six-party talks , Chun claimed [the two high-level officials] believed Korea should be unified under ROK [South Korea] control,” Stephens reported.

"The two officials, Chun said, were ready to ‘face the new reality’ that the DPRK [North Korea] now had little value to China as a buffer state – a view that, since North Korea’s first nuclear test in 2006, had reportedly gained traction among senior PRC [People’s Republic of China] leaders. Chun argued that in the event of a North Korean collapse, China would clearly ‘not welcome’ any US military presence north of the DMZ [demilitarised zone]. Again citing his conversations with [the officials], Chun said the PRC would be comfortable with a reunified Korea controlled by Seoul and anchored to the US in a ‘benign alliance’ – as long as Korea was not hostile towards China. Tremendous trade and labour-export opportunities for Chinese companies, Chun said, would also help ‘salve’ PRC concerns about … a reunified Korea.

“Chun dismissed the prospect of a possible PRC military intervention in the event of a DPRK collapse, noting that China’s strategic economic interests now lie with the United States, Japan and South Korea – not North Korea.”

Chun told Stephens China was unable to persuade Pyongyang to change its self-defeating policies – Beijing had “much less influence than most people believe” – and lacked the will to enforce its views.

A senior Chinese official, speaking off the record, also said China’s influence with the North was frequently overestimated. But Chinese public opinion was increasingly critical of the North’s behaviour, the official said, and that was reflected in changed government thinking.

Previously hidden tensions between Pyongyang and its only ally were also exposed by China’s then vice-foreign minister in a meeting in April 2009 with a US embassy official after North Korea blasted a three-stage rocket over Japan into the Pacific. Pyongyang said its purpose was to send a satellite into orbit but the US, South Korea and Japan saw the launch as a test of long-range missile technology.

Discussing how to tackle the issue with the charge d’affaires at the Beijing embassy, He Yafei observed that “North Korea wanted to engage directly with the United States and was therefore acting like a ‘spoiled child’ in order to get the attention of the ‘adult’. China encouraged the United States, ‘after some time’, to start to re-engage the DPRK,” according to the diplomatic cable sent to Washington.

A second dispatch from September last year described He downplaying the Chinese premier’s trip to Pyongyang, telling the US deputy secretary of state, James Steinberg: “We may not like them … [but] they [the DPRK] are a neighbour.”

He said the premier, Wen Jiabao, would push for denuclearisation and a return to the six-party talks. The official also complained that North Korea “often tried to play China off [against] the United States, refusing to convey information about US-DPRK bilateral conversations”.

Further evidence of China’s increasing dismay with Pyongyang comes in a cable in June 2009 from the US ambassador to Kazakhstan, Richard Hoagland. He reported that his Chinese counterpart, Cheng Guoping. was “genuinely concerned by North Korea’s recent nuclear missile tests. ‘We need to solve this problem. It is very troublesome,’ he said, calling Korea’s nuclear activity a ‘threat to the whole world’s security’.”

Cheng said Beijing “hopes for peaceful reunification in the long term, but he expects the two countries to remain separate in the short term”, Hoagland reported. China’s objectives were “to ensure they [North Korean leaders] honour their commitments on non-proliferation, maintain stability, and ‘don’t drive [Kim Jong-il] mad’.”

While some Chinese officials are reported to have dismissed suggestions that North Korea would implode after Kim’s death, another cable offers evidence that Beijing has considered the risk of instability.

It quoted a representative from an international agency saying Chinese officials believed they could absorb 300,000 North Koreans without outside help. If they arrived “all at once” it might use the military to seal the border, create a holding area and meet humanitarian needs. It might also ask other countries for help.

The context of the discussions was not made explicit, although an influx of that scale would only be likely in the event of regime failure. The representative said he was not aware of any contingency planning to deal with large numbers of refugees.

A Seoul embassy cable from January 2009 said China’s leader, Hu Jintao, deliberately ducked the issue when the South Korean president, Lee Myung-bak, raised it at a summit.

“We understand Lee asked Hu what China thought about the North Korean domestic political situation and whether Beijing had any contingency plans. This time, Hu apparently pretended not to hear Lee,” it said. The cable does not indicate the source of the reports, although elsewhere it talks about contacts at the presidential “blue house” in South Korea.

Nao é false flag, talvez não me tenha explicado correctamente.

O que estava a querer dizer é que os EUA e a Coreia do Sul estavam a fazer manobras militares a doze quilómetros da costa Norte Coreana quando se deu o incidente. Há quem diga que foram os do Sul quem começou, havendo também quem jure a pés juntos que foram os do Norte quem iniciou a “dança”. É certo que fazer manobras militares tão perto da fronteira (marítima, neste caso) de uma país dividido ao meio e em estado de guerra permanente é só por si uma provocação.
Agora fica também explicado a razão para provocarem…Querem que vários investidores localizados na Ásia, mais propriamente na Coreia do Sul e Japão, voltem a comprar dólares (em caso de guerra iminente, toda a gente se refugia no dólar, já que apesar de tudo ainda é a moeda mais segura).
O que me leva a suspeitar ainda mais é a noticia de que os Chineses querem uma reunião de emergência para continuar com negociações que levem a um cessar fogo, dando também a entender que estão fartos do comportamento dos Norte Coreanos, mas quanto a mim, a principal razão é o quererem impedir que os EUA usem este conflito como desculpa para fortalecer o dólar e entrincheirarem-se ainda mais naquela zona da Ásia. Nao esquecer também que o governo Japonês, a pedido da população, quer correr com os EUA da base que ocupam em Okinava desde do final da Segunda Guerra Mundial, não por razoes ideológicas, mas por estarem já fartos dos crimes cometidos por marines, violações, roubos, assassinatos e sei lá mais o que.

Se fosse pessoa de apostar, estaria já a investir numa escalada do conflito para antes do Natal ou logo a seguir. Acrescento ainda que estou convencido que a China irá puxar o providencial tapete debaixo dos pés Norte Coreanos…Ai sim, poderá haver realmente perigo de algo inesperado acontecer.

Queria também agradecer ao Faba pela noticia do Guardian e acrescentar que julgo que os Chineses vão fazer tudo ao seu alcance para unificar as duas Coreias.

Acho que agora o pessoal aqui das tramas políticas tem é de ir dar uma olhadela à Wikileaks pra se actualizar :lol: Deixo um pequeno aperitivo:

[size=14pt][b]Fuga de informação mina credibilidade diplomática norte-americana[/b][/size] Os EUA não conseguem guardar segredos 30.11.2010 - 09:06 Por Jorge Almeida Fernandes

Uma vez mais, não há revelações, mas esta megaoperação tem mais impacto do que as “fugas” sobre o Afeganistão e Iraque, na medida em que mina a credibilidade diplomática americana.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, denunciou ontem a divulgação de 250 mil documentos diplomáticos americanos pela organização WikiLeaks como “um ataque à comunidade internacional”. Anunciou “medidas enérgicas” contra os autores do “roubo”, que “mina os esforços americanos para trabalharem com os outros países”.

A terceira megaoperação da WiliLeaks e do seu fundador, Julian Assange, contra os EUA é muito mais embaraçosa para a Administração Obama do que as anteriores, sobre o Afeganistão e o Iraque. Uma vez mais, o que conta não é a substância, mas a divulgação em si mesma. A “fuga” em nada altera a nossa visão sobre a política externa americana, as crises do planeta ou os atritos entre Washington e os seus aliados. Põe em causa, pura e simplesmente, a credibilidade da diplomacia americana, incapaz de guardar os segredos.

Reinava ontem um clima de estupefacção e embaraço, particularmente visível nos Estados do Golfo. No domingo, o MNE italiano, Franco Frattini, qualificara a “fuga” como “o 11 de Setembro da diplomacia”. De modo menos gongórico, o MNE sueco, Carl Bildt, declarou: “Isto vai enfraquecer a diplomacia em todo o mundo. Enfraquece a diplomacia em geral e, em primeiro lugar, a diplomacia americana. É algo que tornará o mundo menos seguro. Há necessidade de comunicações confidenciais entre os governos, (…) para gerir as crises e as situações delicadas.”

A diplomacia tem duas vertentes, uma pública e outra secreta. “A diplomacia do megafone” só leva a mais conflitos e mais problemas, sei-o por experiência", concluiu Bildt, um veterano da gestão de crises.

Na esmagadora maioria, os documentos divulgados não são secretos, mas reservados ou confidenciais. O aspecto que diverte o público - anedotas ou apreciações cruéis sobre Berlusconi, Kadhafi, Karzai, Sarkozy ou Putin - é irrelevante. As chancelarias estão cheias de “telegramas” com comentários desprimorosos sobre dirigentes estrangeiros e narrações de intrigas palacianas.

“A diplomacia baseia-se na confiança e dizem-se por vezes coisas que não se repetem na presença de jornalistas”, resumiu um diplomata russo.

Quebra da confiança

O que fere é a quebra de confiança, sobretudo numa região explosiva e intoxicada como o Médio Oriente. A diplomacia americana deixou de saber guardar segredos.

Quando o rei Abdullah sugere a um diplomata americano que os EUA “cortem a cabeça da serpente” [o nuclear iraniano] não pode tolerar ver as suas palavras expostas na praça pública. Ele usa, como todos os árabes, um dupla linguagem - ora fazendo em segredo aquela sugestão ora avisando Washinton de que um ataque às instalações nucleares iranianas seriam uma catástrofe geopolítica.

Os palestinianos da Fatah e os egípcios ficaram gelados ao ver nos jornais a informação de que Israel teria discutidos com eles - embora sem resultado - a hipótese de colaboração no ataque a Gaza em 2008. Os excertos publicados têm muitas outras histórias que foram reportadas por jornalistas e analistas mas que não podem aparecer em documentos com o selo do Departamento de Estado. Perguntam diplomatas e analistas: doravante, que estrangeiro conversará livremente numa embaixada americana?

Se a bisbilhotice ou certas qualificações pessoais não são relevantes, já o são as manifestações de desconfiança ou hostilidade perante aliados. Ahmet Davutoglu, ministro turco dos Negócios Estrangeiros, é qualificado num documento como um “islamista” que empurra Erdogan para uma política antiocidental. Num outro, a Turquia é acusada de cumplicidade com grupos da Al-Qaeda no Iraque, ao mesmo tempo que outra fonte dá conta de contactos e ajudas de americanos aos curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Não são informação a alto nível, mas de origem diplomática.

Hillary Clinton é a governante mais embaraçada do mundo. Passou ontem o dia ao telefone. Tinha uma audiência com Davutoglu, que disse aos jornalistas que lhe iria pedir esclarecimentos. É também ela quem assina o documento em que diplomatas americanos são encarregados de recolher dados sobre os códigos de comunicação do secretário-geral das Nações Unidas. É um mau hábito de várias potências - mas também é hábito ser discreto.

Dilema da segurança

Todos estes documentos estão numa rede acessível a mais de dois milhões de pessoas. Depois de terem sido virulentamente criticados pela falta de partilha de dados no 11 de Setembro, os serviços de informação americanos, forças armadas e diplomacia optaram pela conexão das bases de dados. O Departamento de Estado adoptou assim um sistema de partilha da informação conhecido como “netcentric diplomacy”. E, por uma estranha tradição americana, as “opiniões pessoais” dos diplomatas não são consideradas “hard intelligence” e, por isso, não são classificadas como “secretas”.

A primeira reacção às operações WikiLeaks, ontem renovada, foi “restringir o acesso” a esta informação. Tanto o Pentágono como o Departamento de Estado estão perante o desafio de responder à “era digital”. Analistas de segurança têm advertido sobre a vantagem de rever os critérios de classificação, de modo a salvaguardar o que é realmente secreto e aceitar uma maior circulação de informação, em benefício do público e da imprensa. A globalização e a tecnologia não voltam atrás.

Há uma distinção fundamental entre segurança nacional e informações que simplesmente emabarçam os governos. Grande parte destas acabam por ser inócuas, escrevia ontem a agência de intelligence Stratfor. “Mas alguns documentos mostram ser muito mais incendiários do que outros e provocariam uma dramática reacção internacional.”

Tirando uma conclusão política, anota Der Spiegel, um dos media que publicou os materiais: “No seu conjunto, os telegramas do Médio Oriente expõem a fraqueza da superpotência. (…) Muito frequentemente, são os líderes árabes que usam os seus amigos em Washington para expandir o próprio poder.” Nada é linear.

A cena estranha é que qualquer escalada do exercício a partir deste ponto terá de incluir uma guerra nuclear, na minha opinião. Não acredito que a Coreia do Sul esteja disposta a enviar soldados e a entrar numa guerra aberta.
No entanto, todo este assunto faz-me lembrar uma evidência deste nosso mundo: depois de as grandes crises económicas, houve sempre uma guerra considerável. Será esta?

Já tinha estado a ler no Guardian aquilo que a Wikileaks revelou.
Até agora, daquilo que li, o que me chocou mais foi o facto dos EUA mandarem os seus diplomatas descobrir dados pessoais (até medidas biométricas, url de websites, emails privados, matriculas de carros) sobre funcionários da ONU e de países Africanos.
Imaginem o descalabro que não deve ir pelos meios diplomáticos…

Já alguém tentou ler os documentos? Desejo lhes boa sorte, porque é difícil de compreender, tudo em linguagem muito técnica e cheio de abreviações. Embora seja perfeitamente possível, eu é que nem sempre tenho tempo.
Viram o que diz sobre o Kadafi?? Que nao vai a lado nenhum sem uma “enfermeira” loura, voluptuosa e Ucraniana. Nao percebi se a parte de ser Ucraniana é tao importante como ser voluptuosa. ;D
Talvez o Kadafi seja como aquela do Um Peixe Chamado Vanda, ficando muito excitado quando lhe falam em idiomas estrangeiros, talvez seja por isso que a menina é “enfermeira”…Nao vá dar-lhe alguma.

O Julian Assange da Wikileaks já disse que lá para Janeiro vai sair outra batelada de documentos mas desta vez será sobre…suspense…Um grande banco Norte Americano tcham tcham chaaaam tcham!!
Nao disse foi qual. Eu aposto já no Goldman Sachs. Nao por nenhuma razão especial, mas porque é aquele de que se fala mais :wink:

Quantos aos Coreanos…
Duvido que chegue haver uma guerra nuclear. Se assim for, preparem-se porque desta vez duvido muito que voltem a meter o “génio na lâmpada”. Se acaba por sair uma segunda vez, então estamos mesmo tramados, até porque o resto do mundo vai-se virar todo contra os EUA, se estes fizerem tal coisa, o que duvido. nao digo militarmente, mas irao sofrer uma nova perca de prestigio.
Podem usar as novas bombas nucleares, mas só a bunker busters, aliás eles andam com vontade de as “experimentar” nos Iranianos…Se calhar era para cortarem a cabeça da serpente, como diz o parvalhão do Rei Abdul da Arabia Saudita.

Agora desculpem que estou muito atarefado, tenho que ir jogar FIFA11 :slight_smile:

O wikileaks merecia um topic a parte, em vez de estar a fazer OT neste. Mas sim, estou como tu, acho que o único escândalo real que foi descoberto foi a espionagem que os EUA praticam sobre o funcionários da ONU… Vale a pena lembrar que estando sediada em Nova Iorque, muita coisa podem eles cuscar sobre os diplomatas acreditados na ONU, que têm que morar nos EUA. Se calhar era de considerar mudar a sede (centralizando tudo em Genebra por exemplo).

O resto das leaks é embaraçoso, mas não é inesperado… os meios diplomáticos precisam de falar livremente com as suas capitais para darem impressões verdadeiras do que se passa nos países onde estão, temo que agora a diplomacia se torne muito mais rígida e ineficaz se estiver sempre com medo que os telegramas sejam tornados públicos.

É isso mesmo, aliás há quem diga que a ONU foi colocada em NYC já com essa finalidade. Eu nao duvido e concordo com aquilo que escreveste. Mudavam-se para Genebra, que afinal de contas está situada num país que até tem tradição de neutralidade.

Vinha só aqui deixar este video, que como disse antes, hoje estou dedicado a “futebois”

Dispatch: China Considers Options After North Korean Strike