Quase 5 mm de vantagem para Roglic até os pode perder na 1.ª dificuldade, mas também pode acontecer que não. Hoje o Ben acabou a etapa fresquinho, quando vi os que vinham atrás dele em enormes dificuldades, vamos ver o que isto vai dar.
Eu acho que na Emirates ninguém quer ser gregário nem fazer trabalho de chapa.
É uma evidência que quando não está Pogacar a UAE é um baralho de cartas a desmoronar é cada um por si.
Aposto que a tactica agora vai ser meter o Del Toro e o Yates nas fugas, e vao até domingo recuperar tempo, não só para o O’Connor como para o Almeida e Roglic.
Outros que vão para fugas daqui para a frente:
Carlos Rodriguez, Thymen Arensman, Richard Carapaz, Daniel Martinez, Vlasov, Einer Rubio, Max Poole.
Para as equipas em si continua tudo em aberto. Para ciclistas como o Almeida e Roglic vai ser muito dificil.
Concordo que a UAE sem Pogacar fica anárquica (compreende-se) mas hoje penso que se não encurtaram a distancia foi porque não houve ordem para tal (tal e qual a Redbull). O risco foi assumido mais á frente saberemos se foi bem medido ou não.
Vamos la ver se a rb-bora e a uae nao lixaram esta vuelta. O o’connor não é um gajo qualquer e 5min é uma boa almofada para ir gerindo
Não tem hipótese
Numa etapa de alta montanha em que a equipa da Visma, Red bull ou UAE se ponham a trabalhar para partir o grupo este gajo leva mais de 5 min
Aqui está tudo dito.
Não concordo com essa visão, acho que vai ser muito difícil tirá-lo da frente mas acho que assegurou o pódio.
O João vai ter de dar um murro na mesa.
McNulty (sobretudo este), Soler, Jay Vine e Sivakov vão ter de começar a trabalhar. Sem ataques, só o Soler pode entrar num numa etapa que lhe caia bem.
Del Toro pode ter um papel mais livre a tentar correr para a geral e o Yates tentar atacar cedo na montanha (inícios de subidas).
Dentro da UAE só o Pogacar pode dar murros na mesa, no máximo o João pode dar um grito como fez no Tour, mas murro na mesa só o Pogacar.
O João tem de fazer o seu trabalho que é fazer a diferença na montanha e tentar continuar na luta, isso só depende dele.
Há uma grande diferença entre Pogacar e Almeida, para além da qualidade dos dois ciclistas. É que Pogacar dá sempre muitas vitórias de etapa a equipa nas grandes voltas. O João é mais um corredor regular para uma volta de 3 semanas, vitórias em etapas não costuma ser com ele, embora já tenha 1 na volta a Itália. A UAE também quer vencer etapas e por isso tem dado liberdade aos seus ciclistas para atacarem. Nunca o João terá sequer um peso parecido ao do Pogacar na UAE, nem ninguém pode esperar isso.
Neste momento está a 8 segundos de diferença do maior favorito à vitória na Vuelta.
Se não se unem em torno dele agora, não merecem nada.
Claro que querem etapas também, é natural em 4 ou 5 etapas específicas e criteriosamente escolhidas (sublinho: 4 ou 5) libertarem um corredor que se adeque a elas para atacar e para as tentar ganhar (sublinho: 1).
No resto das etapas, sobretudo as decisivas onde o Joao pode surpreender o Roglic, o resto da equipa tem de estar lá para o Joao como ele esteve lá para outros noutras circunstâncias. Não podem acontecer mais disparates como o de ontem.
No mano a mano, Roglic leva larga vantagem. A única forma de o derrotar é coletivamente, estrategicamente e coletivamente. Se não o quiserem tentar, mais valia levarem o Ayuso ou terem o orçamento de Lottos e de outras equipas cujo objetivo passa por ganhar etapas.
A próxima etapa é tentar seguir na roda. Mas a seguinte tem de ser um show colectivo de impor ritmo alto e tentar afogar O’Connor e… Roglic.
Está a 14s do Roglic. Mas neste momento todos têm é que olhar para o Ben que leva 4m45s para o Roglic.
Tens razão, esqueci-me dos 6s de bónus.
Discordo da outra parte, acho que o O’Connor é um problema “secundário”. E é um problema desde logo da Bora. O homem mais forte para as etapas que se seguem é o Roglic. Quanto ao O’Connor é fazer o melhor possível e esperar que as pernas lhe falhem, não há muito mais a fazer. Ritmo alto na frente haverá sempre; se o O’Connor o consegue seguir ou não é mais com ele que com o resto.
Quanto ao Roglic, é preciso perceber: como tornar a corrida desconfortável para ele? Impor ritmo alto e dificultar as mudanças de velocidade/acelerações explosivas dele nas subidas. Só se consegue se ele estiver no elástico, portanto é tentar ao máximo controlar a frente do grupo metendo um ritmo alto. O Joao gosta de ir a ritmo, a equipa tem de estimular essa situação de corrida.
Se isto é importante em todas as etapas de montanha, é ainda mais nas subidas longas onde o foco a 100% da equipa tem de ser trabalhar para o Joao explorar. É o terreno onde pode ser mais forte que o esloveno, é aproveitá-lo ao máximo dos máximos.
O João bateu o Roglic no Giro o ano passado. Grande trabalho do Vine com um ritmo muito forte, depois o João atacou e só o Thomas o acompanhou e o Roglic só minimizou os estragos graças o Kuss. Mas a Vuelta não é o Giro e não tem a mesma dureza nas etapas de montanha. Vamos ver ainda falta muita Vuelta, qualquer corredor pode ter um dia mau, o desgaste tem sido muito grande devido ao calor.
E vamos ver se a UAE se comporta mesmo como uma equipa.
João a quebrar totalmente.
Ainda vai acabar por desistir da Vuelta
Bem tinha avisado o João que se a Vuelta não começasse em Portugal nem tinha marcado presença. Cansaço do Tour e menor preparação.
O João não ficou naquela queda no início da subida? Da me total ideia de que sim
Ele já vinha na cauda do pelotão bem antes da subida, algo correu muito mal hoje.
Pelo que ele fez na subida da quarta etapa não se antevia uma quebra tão brutal como esta, ela estava a ritmo de passeio nesta subida final, até dava ideia que ia desistir…