Carvalhal vs Paulo Bento - Valeu a pena?

Bom tópico.

A minha curta opinião:

A mudança fez muito bem ao Sporting de modo indirecto. Isto porque desmistificou que fosse impossível o plantel actual render mais que aquilo que Paulo Bento o tinha colocado a render e, pasme-se, elevou a exigência e a fasquia das expectativas de muitos Sportinguistas anestesiados com o discurso da mediocridade dos segundos lugares (é engraçadíssimo ler as opiniões do Liedshow89 a criticar a possível vinda de AVB porque queria alguém com créditos firmados e bla bla bla ;D).

Só por estas razões já foi positivo para o Sporting, porque o clube vai evoluir na medida em que os Sportinguistas quiserem que evolua. E se estes forem mais exigentes então seguramente as pessoas no clube terão de se esforçar mais para estarem à altura das expectativas. E se não o conseguirem terão de dar lugar a outros mais competentes que o possam fazer.

Agora só falta abrirem os olhos em relação à mediocridade dos dirigentes da cúpula. É que a lenga-lenga deles é a mesma do Paulo Bento… “não dá pra mais”, “não dá para gerir melhor”, etc etc e bla bla bla… é tudo treta, tal como era treta dizer-se que esta equipa não conseguia jogar a não ser com o chutão do Polga lá para a frente.

Na minha opinião acaba por ser positivo, não pelo desenlace da época em si, mas porque provou que há vida para além do forever e do seu losango.

Acho que o SCP cometeu um erro estratégico grave ao pretender adoptar uma postura Anglo-saxónica num país latino como o nosso. Nos países latinos não há espaço para Fergussons e Wengers, porque não temos mentalidade para isso. As pessoas cansam-se rapidamente e não têm a paciência que têm os ingleses para projectos a longo prazo. Nem PB mostrou ter capacidade para encabeçar um.

O SCP e o seu treinador acabaram por se deixar ficar numa situação estilo “pescadinha de rabo na boca”, reféns mútuos de um discurso e postura pobre e pouco ambiciosa, condicionando a forma como atacavam os mercado e geriam os recursos que tinham, sempre numa óptica excessivamente pragmática e nada inspiradora da massa adepta. Os processos de jogo do futebol cristalizaram-se e o treinador foi incapaz de ao longo do seu trajecto, incutir novas rotinas, novos esquemas táticos, enfim, proporcionar um pouco de espectáculo que contribui para ajudar a povoar bancadas.

Apesar de nunca lá ter jogado, PB é na minha óptica um treinador “italiano”, o que não funciona normalmente no mercado português.

De CC, não podia pedir muito mais. Pegou num plantel muito mal construído, pior preparado (a pré-epoca do SCP foi anedótica) e jogado às feras sem qualquer tipo de protecção dos seus superiores. Podia ter enveredado pelo caminho mais fácil e manter o status quo, procurando recuperar a consistência defensiva apoiada na eficácia de São Liedson, para assim continuar a amealhar pontinhos em vitórias sem grande brilho. Mas foi fiel ás suas ideias e na verdade tenho de lhe agradecer ter estripado de vez o cancro do losango dogmático de Alvalade, e faço mea-culpa por o ter criticado por isso durante o seu período de menor eficácia.

Como é natural, uma rotura deste nível não se faz de um dia para o outro. Era anos consecutivos de processos repetitivos incutidos na psique dos jogadores, e não se criam rotinas de um novo sistema numa semana. E CC ainda teve de percorrer alguns até se fixar no actual, muito fruto da consistência de P. Mendes, que potenciou o crescimento de Veloso e do ressurgimento de Djaló como o desequilibrador nas alas, que não tínhamos desde Nani. Não tínhamos, quer dizer… porque alas era coisa a que PB era alérgico.

Só que o plantel é curto para este modelo, que fica demasiado refém de alguns jogadores nucleares. Em caso de lesões ou castigos, o plantel não oferece soluções complementares.

Pior ainda foi a forma como atacamos o mercado de Janeiro, onde tenho sérias dúvidas que CC tenha sido tido e achado nos reforços contratados, em virtude de que foram pensados numa óptica de colmatar lacunas do losango, e não de oferecer qualidade acrescida para o actual modelo, excepção feita ao caso do P. Mendes. O defesa direito caia que nem gingas no losango de PB, mas vê a sua importância esfumar-se num sistema em que tem um médio ala à frente, o que contribuiu para o regresso de Abel aos melhores dias. Pongolle é em teoria um melhor parceiro para Liedson, mas num sistema só com um avançado como prefere CC, não é melhor que Liedson, nem é um ala que valha o que custou, ao ponto de andar desaparecido da equipa há muito tempo, mas também honestamente não se lhe sentir a falta.

Se aliarmos a isto, o forrobodó de casos vergonhosos que servem para ilustrar a época leonina, era difícil pedir mais a CC. Teve o condão de devolver esperança e animo e uma nação moribunda e de provar que há vida para lá de PB. Sobretudo que há capacidade para praticar bom futebol e para dar espectáculo. Se agora voltamos à assistências de 16000 espectadores é muito por fruto de já nada haver a disputar, porque o futebol que praticamos vale muito mais que isso (excepção feita aos jogos em que o homem é obrigado a jogar com 3 ou 4 suplentes).

Gostaria que soubessem dotar o plantel do SCP de qualidade acrescida para a próxima época, porque a matéria prima base já é de boa qualidade. Precisa é de ser bem comandada e ser colmatada nas suas lacunas de forma inteligente. Mas atendendo ao historial dos nossos dirigentes neste departamento, não acredito que tal venha a acontecer.

A CC sucesso futuro (desde que não jogue contra nós), e que o próximo treinador não tenha que passar pelo circo que foi esta época para que possa ser cabalmente avaliado pelos seus próprios mérito e ou deméritos.

Em suma, valeu a pena.

No meu entender pessoal sim, valeu a pena.

Quatro anos para um treinador em Portugal é muito tempo, a menos que haja uma renovação estratégica de planteis para que a mesma cara se possa manter em cargo tanto tempo e foi isso que pouco aconteceu no Sporting, o que foi um erro do clube e do próprio treinador. Fica provado que a nossa cultura não aceita um treinador para um cargo de longa duração, o mesmo acontece por exemplo com o Porto, embora as condicionantes sejam diferentes.

Acho que Carvalhal veio trazer um novo ar ao clube e à equipa, sobretudo uma nova mensagem, uma nova organização, uma nova e talvez a melhor metodologia de treino (Periodização Táctica, para quem não sabe Carlos Carvalhal é um dos descendentes de Vitor Frade) e novos princípios à equipa em termos de qualidade de jogo. Ficou provado que nada é certo e que é possível dar-se novos ares às organizações que orientamos. Carlos Carvalhal entrou na fase mais complicada da equipa, foi um homem de H grande ao aceitar este fardo, mas sabia que estaria a enriquecer o seu currículum como treinador e por isso, apesar de nesta altura o próprio Carvalhal sentir um pouco o sabor agri-doce de não continuar, compreendo quando diz que se sente enobrecido, pois teve a oportunidade da sua carreira até ao momento e neste momento, tem outras valias e competências para atacar uma nova oportunidade.

O Sporting reconhecidamente mudou, quer na sua mensagem, quer na forma de encarar o próprio jogo, com uma qualidade visivelmente maior de jogo, com boas vitórias e com algumas derrotas que provavelmente marcaram o destino de Carvalhal, numa fase embrionária em que ainda se adquiriam processos e rotinas e onde a aquisição de novas ideias era diminuta em relação aos treinos de recuperação, devido ao Sporting jogar de poucos em poucos dias.

Por isso, apesar de não continuar, claro que valeu a pena. Carvalhal deu-nos o prazer de voltar a assistir a um jogo do Sporting, com reconhecida qualidade exibicional. Imaginariam Paulo Bento ao leme até final da época? Pois… e mesmo assim, Paulo Bento apesar de tudo, teve muitos méritos. Mas sinceramente, era hora de mudar. Valeu obviamente a pena, aconteça o que acontecer.

A maior sorte do mundo a Carvalhal, um homem com H grande, e que merecia melhor tratamento do que teve desde que chegou ao clube.

Creio que valeu a pena exclusivamente (ou quase) por ter mostrado que, ao contrário do que defendeu tanta gente, mesmo com este plantel desequilibrado e montado para um determinado processo, seria possível ter apresentado melhor futebol e com resultados (neste ultimo factor apenas pontuais, a duração e sobretudo a altura da época também não dava para mais), baseado em melhor trabalho técnico.

Com o olhar simples da obtenção de resultados é óbvio que a escolha esteve MUITO longe de funcionar, apesar de não se saber se PB faria melhor ou não.

Para mim o mais importante, apesar de tudo, seria ter a noção de que a partir do momento da saída do ex treinador os dirigentes começariam a utilizar o tempo restante para preparar devidamente a época seguinte.

Sabemos hoje que não foi assim, ou não o foi com os resultados pretendidos, isto porque o Director Desportivo escolhido saiu poucas semanas depois de ter entrado, e o treinador eleito também não ficará.

As escolhas do presidente do clube falharam, e tudo indica (apesar de não existirem provas factuais) que a nova opção foi entregar a “gestão” da área a alguém de fora, sendo ou não um excelente profissional e podendo ou não alcançar resultados assinaláveis.

Em todo o caso será JEB que deverá responder por tudo o que aconteceu na época futebolística, desde a sua preparação, à renovação falhada de meio da época, até à nova remodelação e perspectivas para o futuro. Vamos esperar que assuma as suas responsabilidades e tenha justificação para o acontecido.

Resumindo, valeu parcialmente a pena, numa óptica miserabilista!

Sinceramente é muito mais fácil apresentar resultados no final da época que no inicio da mesma, porque o fosso físico entre os “3 grandes” e os demais torna-se muito evidente.
trocava as goleadas por vitorias 1 a 0 e pelo segundo lugar.
espero mesmo que o próximo ano não seja uma epoca a la artur jorge no fifica.
vender o que temos de bom e ir comprar remendos.

Valeu e muito a pena.

Antes do outro sair até nem me importava que o Luís Campos ou Vítor Oliveira fossem os seus sucessores tal era o desgaste (passe o exagero). Hoje em dia acho que os padrões foram consideravelmente elevados.

O outro senhor para mim, marcou uma época no Sporting pelas piores razões, seja a constante vitimização, como próprio rebaixamento da equipa e até do valor intrínseco do clube, baixando consideravelmente a auto estima da maioria dos adeptos. Todas as semanas, lá tínhamos os habituais VIPs como o discurso “A equipa não dá para mais” “faz o melhor com o que pode” “não temos dinheiro para ombrear com os outros”. Argumentos esses que já de si ridículos caem esta época com o fenómeno Braga.

Um episódio sintomático de tal mentalidade ocorre no ano passado na deslocação a Coimbra, um grupo de adeptos espera a equipa e recebe-os com aplausos, “óptimo” pensei eu, qual não é o meu espanto quando vejo as habituais entrevistas a alguns destes adeptos e volto ouvir mais rebaixamento da equipa com o habitual “daquela equipa só 2 ou 3 é que valem alguma coisa, e o PB faz o melhor com o que pode”. Conclusão, manifestação de apoio à equipa o tanas, quanto muito manif de apoio ao treinador.

Apesar das taças, e milhões da Liga dos Campeões acho que nestes 4 anos fomos pequenos, vistos como os underdogs do campeonato, qual equipa média a fazer um campeonato acima das expectativas.
O nome do Sporting ainda vale muito, tanto é que este ano um jogador titular da equipa líder do campeonato, aceitou “descer uns lugares na tabela”, com a única vantagem de um melhor ordenado, abdicando de uma eventual ida à Champions ou um festejo de campeão nacional.
Em suma, agradeço-lhe as taças e os acessos à Champions, mas gostaria de ver este senhor mandar os adeptos do Cascalheira de Baixo irem ver espectáculos ao cinema.

Quanto a Carvalhal, não me quero alongar mais do que venho a dizer nos últimos tempos. Treinador desprotegido, com péssima imagem, mas com níveis técnicos excelentes, tanto é que a equipa voltou a jogar futebol a sério, e a deslumbrar. Parece também ter muitas lacunas a nível disciplinar (um pouco a imagem de Peseiro). Eu agradeço-lhe todo o seu trabalho hercúleo.

È engraçado como as pessoas aceitam um 4 lugar porque houve algumas boas exibições.
Como sempre a memória é curta. Para mim a passagem de Carvalhal pelo Sporting está longe de ser positiva, quando entrou tinha hipoteses em todas as provas, mas falhou nelas todas.
Em termos de resultados a mudança não foi positiva.
O futuro do Sporting é bem mais importante, o passado já la vai, faz parte da história e dentro de pouco tempo Carvalhal também vai fazer parte dessa história, tal como Paulo Bento.

A pergunta é um pouco subjectiva, no entanto e de forma objectiva respondo Sim, para mim valeu a troca, sobretudo do ponto de vista futebolístico, com CC a equipa melhorou, revalorizou alguns jogadores, conseguiu fazer regressar a Alvalade gente que não ia lá há muito tempo, devolveu algum orgulho aos sportinguistas, é certo que teve momentos complicados e negativos mas globalmente o resultado parece-me positivo, não acredito que com PB esta mudança fosse possível, respondendo directamente à pergunta respondo Sim, a troca valeu a pena! :arrow:

É esta minha opinião também, especialmente na parte de elevar a exigência. Espero que o tempo de arranjar desculpas para tudo esteja a acabar.

Respondendo a este tópico, julgo só podermos obter essa resposta para o fim deste ano, no fim da primeira volta. Bento queixava-se de não ter opções e compreender a situação financeira do clube, já Carvalhal teve mais sorte no que diz respeito a esse capitulo e diz ter deixado pilares para um futuro Sporting campeão. Só depois de haver algumas dispensas, vendas e aquisições do plantel no defeso poderemos tirar essa dúvida. Em ano de Mundial todos se esforçam. Vamos ver se de facto valeu a pena a chicotada psicológica, que este anos já foram 2, contando com a não renovação do contrato de Carvalhal para 2010/2011, sendo o anuncio feito muito cedo…

Claro que valeu a pena. A partir do momento em que jogamos com jogadores abertos nas linhas e um futebol positivo claro que valeu a pena. Confesso que para se dar um tiro no escuro (AVB…) preferia que fosse dada uma oportunidade a quem apanhou o comboio a meio e foi enxovalhado por todos os lado, fosse pelo fantástico presidente que constantemente relembrava o seu amor de longa data, que se pirou para o Brasil numa fase importantíssima da época ou que dava entrevistas em dias de jogos a lembrar que Carvalhal estava a prazo; fosse por jornalistas sedentos de sangue. Uns por sofrerem de um anti sportinguismo primário (Shrek, Querido Manha, Avelãs ou Sobral), outros por até serem sportinguistas, mas serem grandes amigos e saudosistas do Forever (Bernardo Ribeiro é o expoente máximo da azia Bentista). A tudo isto se juntaram dois casos de balneário nada fáceis de resolver (em que podia ter sido mais interveniente) onde este nenhuma culpa teve (Sá Pinto agride Liedson e a fuga de Izmailov). Por todas estas circunstâncias e por ter pegado na equipa fora da zona europeia seria difícil pedir melhor. Foi humilhado por porto e benfica. Concordo que não fica bem no currículo, mas também teve várias condicionantes nomeadamente o incidente de Sá Pinto já referido e no jogo com o carnide a expulsão (estúpida) de João Pereira quando o jogo ainda era uma criança. Teve uma das melhores vitórias sobre o porto dos últimos anos, despachou um Everton em alta com 3-0, vencemos em Belém com grande qualidade, levamos 5.000 a Madrid e com 10 fizemos um jogo heróico, trucidamos o Guimarães (que não é nada fácil) e depois chegou o caso Izmailov…caímos de pé com o Atlético (num jogo em que merecíamos ter ganho) e finalmente o sportinguismo voltou. O sportinguismo que muitos achavam que nunca mais voltaria e que já não se veria neste estádio apareceu. E nunca me vou esquecer do estádio inteiro (incluindo as centrais) a cantar “O Sporting é o nosso grande amor” com aquela paixão e ilusão que em quatro anos e meio poucas vezes existiu. Por tudo isto, Carvalhal sai. Mas fica com uma porta aberta.

De qualquer forma votei sim, que valeu a pena.

Nem que seja pelo simples facto que o risco ao meio tenha bazado, valeu sempre a pena.

Também não podemos ter memória curta, por muitas limitações que tivesse(tem), ganhamos 2 taças de Portugal e 2 Super Taças, e não fomos campeões pelo menos uma vez por motivos que todos nós sabemos.

Também não ganhamos o campeonato com Peseiro toda a gente sabe porquê e passam a vida a apontar-lhe o dedo. Super Taças valem zero. Taças é o segundo melhor troféu nacional, salva uma época. Na época seguinte já não chega.

Exacto, como tu dizes, não se deve ter a memória curta, por isso é que eu relembro que esse sujeito deixou o Sporting no 8º LUGAR!! Não chega??

Apenas valeu a pena pela alegria momentânia que deu aos adeptos em alguns jogos… onde não havia pressão. Tem de haver saídas de jogadores problemáticos para realmente valer a pena.

A maior alegria que o PB me deu foi quando saiu.

Quero campeonatos. Taças só sabem verdadeiramente bem quando vêm acompanhadas do titulo.

Valeu claramente a pena. Pelo menos voltei a ver algumas jogadas com cabeça, tronco e membros. O sporting do ultimo ano (pelo menos) da era-PB nao jogava futebol.

Respondi que não valeu a pena, mas só por não haver a opção “impossivel determinar”.

Agora comparando os dois treinadores, sabendo de antemão que Paulo Bento teve quatro anos e Carlos Carvalhal teve apenas 6 meses, considero que ambos têm as suas virtudes e seus defeitos.

Paulo Bento - melhor que CC a preparar equipas mais coesas e melhores defensivamente, muito melhor em competições a eliminar, melhor no relacionamento com os media, melhor no capitulo da disciplina, entrou para a história do clube pela quantidade de títulos em que ajudou a ganhar tanto como jogador quer como treinador, foi goleado em média uma vez por ano (Bayern x2, Barcelona e Real Madrid este ultimo em jogo de treino).

Carlos Carvalhal - melhor que Paulo Bento a montar esquemas ofensivos, foi a única coisa melhor que fez em relação a Paulo Bento, conseguiu ser goleado 2 vezes em 6 meses com equipas piores (embora boas) do que aquelas que Paulo foi, tendo a agravante de terem sido os nossos eternos rivais a golear-nos.

De qualquer das formas é impossível determinar o que teria acontecido se Paulo Bento tivesse continuado, tanto poderia ter descido de divisão como poderia ter sido campeão.