"NÃO NOS DEMITIMOS A BEM DO SPORTING CP"
Por Jornal Sporting
18 maio, 2018
NOTÍCIAS
Bruno de Carvalho, juntamente com elementos do Conselho Directivo, do Conselho Fiscal e Disciplinar e da Comissão Executiva da Sporting SAD, lê comunicado aos Sportinguistas
O Presidente do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, leu um comunicado, na noite desta quinta-feira, no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade, aos Sportinguistas:
"Boa noite a todos e em especial aos Sportinguistas.
Em primeiro lugar quero dizer-vos que estão aqui presentes na Mesa membros do Conselho Directivo, da Comissão Executiva da SAD e um membro do Conselho Fiscal e Disciplinar do Clube.
O Sporting Clube de Portugal está a ser, nestes últimos dias, alvo de um ataque interno e externo sem precedentes na sua história. O objectivo é claramente obrigar à nossa demissão. Para que fique claro, desde já, não nos vamos demitir! Sentimos que o novo dever é, a bem do Sporting CP, ficar.
Num momento em que se pede responsabilidade e racionalidade a todos os elementos dos órgãos sociais, olhamos para o lado e o que vemos? Pedidos e ameaças de demissões, pressões tremendas para mais demissões e… os superiores interesses do Sporting CP a serem colocados de lado, tudo para tentar dar corpo a um golpe manobrado desde fora, em conluio, como se tem visto publicamente, com alguns dirigentes dos actuais órgãos sociais.
O Sporting joga no domingo a final da Taça de Portugal e temos um empréstimo obrigacionista para lançar nos próximos dias. Depois estaremos à disposição dos sócios e por isso pedimos o agendamento da uma Assembleia Geral Extraordinária para os ouvir sobre tudo o que se tem passado. Tudo para ser tratado da forma mais tranquila possível, mas em vez disso, em vésperas de um jogo tão importante quanto o de domingo, são os de dentro a ajudar os de fora nestes ataques torpes. As manobras dos rivais já as percebemos, mas as manobras daqueles que deviam estar unidos em torno dos superiores interesses do clube também não são por nós desconhecidas. O que move estes sportinguistas com responsabilidades dentro do clube? Iremos percebê-lo em breve.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral tinha agendado para a próxima 2.ª feira uma reunião com os órgãos sociais do clube. Ontem, toda a Mesa foi convidada a estar na reunião realizada pela Direcção do Clube e pela Comissão Executivaa da SAD, convite que foi recusado. Da nossa reunião saiu a vontade de dar a voz aos associados com umaa Assembleia Geral Extraordinária, a qual poderia ser marcada por Jaime Marta Soares no espaço de uma semana. Então, como argumentar que este Conselho Directivo quer é ganhar tempo? Como argumentar com a falta de comunicação entre órgãos quando se recusam a reunir? Como argumentar que seja melhor demissões do que ouvir os associados? Nos próximos tempos não deixaremos de averiguar a fundo os interesses cruzados que se têm manifestado neste momento da vida do Clube".
De seguida, passou a palavra a Fernando Carvalho, do Conselho Fiscal e Disciplinar:
"No que respeita ao Conselho Fiscal e Disciplinar do Clube foi visível uma clara falta de sintonia em relação ao Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal e seu Presidente. Tudo porque este órgão, a que pertenço, se constituiu como um factor de oposição, actuando com total falta de solidariedade e deslealdade para com o Conselho Directivo e o seu Presidente.
Dois pequenos exemplos: foi contratado um instrutor externo para levar a cabo o processo de expulsão de sócio de João Pedro Paiva dos Santos, que, como todos sabem, foi apanhado a passar documentos internos do Sporting ao senhor Pedro Guerra, conhecido cartilheiro do Benfica. O instrutor externo, face à gravidade do acto, propôs que João Pedro Paiva dos Santos fosse efectivamente expulso. O que decidiu, por maioria, o Conselho Fiscal e Disciplinar? Reduzir a penalização para 12 meses de suspensão da condição de associado.
Outro caso: Um membro do Conselho Fiscal e Disciplinar instruiu um processo contra o associado José Pedro Rodrigues, por calúnias e difamações contra membros do Conselho Directivo e seus familiares. O instrutor propôs que o associado fosse apenas objecto de uma repreensão registada. Depois de muita discussão lá se aprovou uma suspensão de 10 meses.
O Conselho Fiscal e Disciplinar reclama de forma recorrente por maior autonomia face ao Conselho Directivo. Essa maior autonomia até pode existir, mas o que não se pode tolerar é o trabalho mal feito e a falta de gratidão e lealdade.
Gostaria de acrescentar que o Conselho Fiscal e Disciplinar não tem até à data qualquer processo, indício ou razão para apresentar a sua renúncia ou até sugerir a renúncia do Conselho Directivo ou de qualquer dos seus membros".
Teve de seguida a palavra Carlos Vieira, membro executivo do Conselho de Administração da Sporting SAD e vice-presidente do Sporting Clube de Portugal:
"Os Sócios do Sporting CP têm sido bombardeados nos últimos dias com inúmeras especulações sobre a eventual vontade dos jogadores da equipa de futebol profissional rescindirem os seus contratos. Iremos averiguar ao pormenor todas as manobras que estão a ser feitas por forma a noticiar tais ameaças, que interesses se movem por trás destes interesses.
Esperamos conhecer, muito brevemente, os responsáveis pelo acto hediondo de terrorismo que mais uma vez repudiamos e que manchou o nome do Sporting, da SAD e do seu Presidente, e que provocou a destruição de activos da SAD e de particulares. Se este horrível acontecimento for motivo para rescisão por justa causa, o paradigma do mercado futebolístico, tal qual o conhecemos hoje, ficaria posto em causa. Tememos que os jogadores, por choque com toda esta situação, possam estar a ser manobrados e enredados em algo que está a tentar desvirtuar o seu profissionalismo, numa pretensa rixa com o Presidente e Comissão Executiva da SAD. Tal nunca poderá ser verdade pois eu próprio assisti, na passada 2ª feira, com os meus colegas da Comissão Executiva, a uma reunião do Presidente com os jogadores onde existiu um claro apoio do Presidente a estes, um claro comprometimento de todos com o Clube, SAD e em vencer a final do Jamor.
Esta semana fomos igualmente atacados na nossa dignidade. Colocaram em causa vitórias da equipa de futebol, as quais foram conquistadas com todo o mérito nos relvados. Temos o treinador mais bem pago do país, o plantel considerado como o mais valioso e acusam-nos de comprar jogos? A justiça está a trabalhar, nós estamos a colaborar e aguardamos serenamente e de consciência absolutamente tranquila, pelo desfecho deste processo".
Rui Caeiro, elemento do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal, usou de seguida a palavra:
"Uma semana depois de termos conquistado o título de campeões nacionais de Andebol, vimos ser colocada em causa a nossa seriedade e honestidade e com isso o título da época passada. Gostaria de recordar que em 2016/17 a equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal conquistou um título europeu, a Taça Challenge. Essa mesma equipa foi campeã nacional. Este ano todos puderam assistir à inequívoca superioridade da nossa equipa jogo após jogo. Tanto assim, que o título foi conseguido com três jornadas por disputar.
Reiteramos a nossa total confiança nos nossos atletas e técnicos.
Também neste processo estamos de consciência absolutamente tranquila, a colaborar com a justiça e a aguardar serenamente pelo desfecho da investigação".
Teve, de novo, a palavra o Presidente do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, para a conclusão:
"Em conclusão, caras e caros Sportinguistas, não nos demitimos a bem do Sporting CP. Pelas responsabilidades que assumimos, por uma questão de trabalho que urge fazer e não por estarmos agarrados ao poder.
Estamos, como sempre, disponíveis para prestar todos os esclarecimentos que sejam necessários, como ontem, aliás, ficou claro no pedido que fizemos à Mesa da Assembleia Geral para que convoque com urgância uma Assembleia Geral Extraordinária para esclarecimento de toda e qualquer questão que os sócios entendam solicitar. Esse é o local próprio, de acordo com os estatutos, para esclarecer todas as questões.
Quero apenas reforçar que pela frente temos inúmeras responsabilidades e compromissos como sejam um empréstimo obrigacionista, uma nova reestruturação financeira que está em fase de conclusão jurídica, uma nova temporada desportiva de 55 modalidades, onde se inclui o futebol e onde temos ainda, esta época, tantos objectivos, nacionais e internacionais, a cumprir. Estes compromissos exigem sentido de responsabilidade, coesão e união.
As pessoas que sempre garantiram o normal funcionamento do clube e da SAD são as que estão aqui comigo e que sempre estiveram desde a primeira hora. E sei que comigo continuarão enquanto os sócios aqui nos quiserem.
O mestre da tática sabe mais tangos que o Carlos Gardel. BC ao pé dele não passa de um aprendiz, não admira que todo este tempo o tenha comido de cebolada. Até o Sousa Sintra já veio espetar a faca, só faltou perguntar de que cor quer o caixão.
Estava a ver o relatório e contas e reparei que o factoring caiu de 30 milhões para menos de 8. Então? Não estávamos falidos e a utilizar receitas futuras? Não ha tópico para os arautos da desgraça discutirem a gestão ruinosa?
Ah, não está lá o nome do BdC, epa… Então estás a falar de que Direcção? ***.
A mim, a todos os que já se demitiram e aos apoiantes que já vieram dizer que não tem condições para continuar e deve demitir-se.
Não o fazem como outros neste país só se demitem à pressão. Só neste país é que é preciso pressões e mais pressões para as pessoas assumirem as suas responsabilidades.
A comissão de gestão é para o Clube, não há nada nos estatutos que limite o poder.
A alternativa é pior.
Por isso mesmo, quanto mais rápido melhor.
Eu não disse que não tem nada a ver com a preparação, digo-te é que neste momento já não consegue preparar nada porque não tem condições nenhumas de diálogo.
COMUNICADO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
Por Jornal Sporting
18 maio, 2018
COMUNICADOS
Esclarecimento sobre o Grupo Inforphone
O Sporting Clube de Portugal, como é público e já o denunciámos por diversas vezes, está sob um ataque, externo e interno, sem precedentes.
Nas últimas horas, a sucessão de notícias – umas verdadeiras (poucas), outras completamente falsas e caluniosas – pretende dar a ideia de um Clube em desagregação e com uma liderança frágil, isolada e sem rumo.
Neste contexto, o Grupo Inforphone, parceiro do Sporting Clube de Portugal, veio hoje a público anunciar que tenciona rasgar o contrato com o nosso Clube por considerar que “já não existem condições para estarmos ligados” ao Sporting.
Importa dizer que este é apenas um exemplo da teia que está a ser urdida há muito tempo, com o objectivo claro de denegrir o Sporting Clube de Portugal e de derrubar a actual Direcção.
Vejamos então os factos:
O contrato de parceria em vigor entre o Sporting Clube de Portugal e o Grupo Inforphone, válido até final da época 2018/19, prevê que a empresa forneça ao Clube, em regime de permuta, 115 mil euros por época em equipamentos informáticos;
Na época 2016/17, a permuta foi cumprida no valor de 118.620,80€;
Na época actual, 2017/18, o consumo da permuta está nos 15.308,00€, o que significa que o Grupo Inforphone está em incumprimento com o Sporting Clube de Portugal em cerca de 100.000,00€;
Em troca de correspondência efectuadacom o Presidente Executivo do Grupo Inforphone, Dr. Tiago Ramos, datada do início de abril de 2018, fomos informados de que a empresa pretendia renunciar ao contrato de parceria com o Sporting Clube de Portugal por estar em dificuldades financeiras graves, na sequência da falência da fábrica onde eram produzidos os componentes;
Um mês e meio depois desta troca de correspondência, o Presidente Executivo do Grupo Inforphone, num exercício de total desonestidade intelectual, decidiu contribuir activamente para o ambiente que estamos a viver, recorrendo a argumentação que falha com a verdade, alinhando com os objectivos da campanha negra contra o Sporting Clube de Portugal e escondendo a situação financeira do Grupo a que preside, e que são as únicas razões objectivas para a anunciada caducidade unilateral do contrato de parceria com a Inforphone.
Posto isto, e apelando à calma e serenidade de todos os Sportinguistas, queremos mais uma vez alertar para as intenções de quem, interna e externamente, continua e continuará a alimentar este ataque torpe e soez ao nosso Clube.
Estamos, como sempre estivemos, a trabalhar em prol dos superiores interesses do Sporting Clube de Portugal e para cumprir os objectivos desportivos, nacionais e internacionais, que temos pela frente e honrar os compromissos assumidos, desde logo o anunciado empréstimo obrigacionista e a entrada em vigor da nova reestruturação financeira que está em fase de maturação jurídica.
Eu sempre achei que no dia em que se metesse com os politicos tinha os dias contados, toda a gente lhe ia virar as costas. A Dra. Proença, que coincidência, fartou-se de repente. Se calhar agora já venho tarde senão aconselhava-o a ler o evangelho e a fazer-se membro da maçonaria. Que ingenuidade presidente BC.