Não fiquei nada preocupado quando chamaram “ditador” ou “hitler” a Bruno de Carvalho.
Em certa medida, até gostei!
Vejamos:
No que concerne aos sócios e adeptos, o verdadeiro Sporting, esses adjectivos não fazem sentido nenhum e a prática prova exactamente o contrário.
Mas depois da bandalheira que vivemos nos últimos mandatos, em que o Sporting foi gerido por presidentes servís e displicentes, é natural que haja muita gente, por falta de habituação, a confundir uma gestão interna de rigor, disciplina e exigência com essas adjectivações que lhe fazem gratuitamente.
Nunca se faria uma reestruturação do Sporting, de alto a baixo, como era imperativo dado o grau de degradação que tínhamos atingido, a pedir “com licença” a quem estava e a avançar só se cada funcionário, seja lá ele quem for, estivesse de acordo.
Terá Bruno de Carvalho cometido alguns erros aqui? Com certeza!
A diferença é que quem gere como um ditador, afunda-se com os seus erros, que “nunca existem”. Quem gere com exigência e rigor, emenda a mão sempre que percebe que errou, porque está concentrado, não em sí, mas no melhor desempenho possível. E Bruno de Carvalho já mostrou ser capaz de emendar a mão, focado nos superiores interesses do Sporting.
Para o exterior, a conversa muda e Bruno de Carvalho também:
Mostra uma personalidade e uma prática que envolvem uma determinação férrea e de uma intransigência ainda mais feroz, na defesa dos interesses do Sporting. Não chega para lhe conferir o epíteto de ditador, mas anda lá próximo e isso não tem problema nenhum.
Bem antes pelo contrário.
Alguém que tenha por inimigos um ditador de raiz mafiosa, como Porco da Costa, e um ditador de raiz traficante, como o Orelhas, ou tem essas capacidades, ou não vai a lado nenhum.
Bruno de Carvalho sabe isso, todos os sportinguistas sabem isso e essas “Madres Teresas de Calecutá” inimigas também!

Não é à toa que esses inimigos têm uma campanha montada há meses (se se lembram!!!) para tentar enfraquecer por todos os meios o nosso Presidente.
O objectivo é impedir a consolidação do nosso clube, retirar-nos dos órgãos de decisão para poderem garantir os favorecimentos respectivos e os melhores dividendos, desportivos e financeiros, por essa via, e causando tanto quanto possível um dano irreversível ao nosso clube, para que deixe de ser um competidor à sua altura, rebaixando-o definitivamente para um patamar inferior.
O sabor a “ditador” e a coerência estratégica que o nosso Presidente apresenta, deixam-me descansado e são uma carga de nervos para esses inimigos.
O que não está bem é que, entre nós, a utilização desses epítetos de ditador, de hitler, decorre duma aflição, que resulta em parte da apreciação individual e de uma parte induzida e alimentada pela generalidade da CS que, não sejamos meninos, está ao serviço ou é mesmo o primeiro veículo da pressão sem quartel em que os nossos inimigos tanto investem.
Na perspectiva da apreciação individual, essa aflição prende-se com o reconhecimento da qualidade potencial do treinador. Ainda é cedo para se aferir o que quer que seja em concreto ou definitivo, é um homem, também ele em aprendizagem (tem apenas 3 anos disto e nunca tinha estado num grande!), mas a generalidade dos Sportinguistas está agradada com o que tem visto até agora, reconhece o potencial e deseja a sua continuação.
A não ser que haja algo efectiva e comprovadamente grave por parte de Marco Silva, passível de ter que ser inevitavelmente despedido, eu incluo-me nesse lote.
E só faço essa ressalva por dever racional, porque o que temos até agora nesse sentido, para além da especulação manhosa jornalística, são as palavras de um pseudo-notável (tão “pseudo” que até o confundiram com o Conselho Leonino, do qual não faz parte), que não é mais que um sócio individual, palavras essas carregadas de especulações graves, mas sem nada de efectivamente concreto, justificado ou fundamentado.
Ou seja: até que haja algo em contrário, concreto e justificado, não tenho nada a apontar e continua a ser, sem reservas, o meu treinador!
Mas isto não significa que tenha que entrar na patetice da “facção”:
O gosto que tenho em que Marco seja o meu treinador, não envolve uma descida ao patamar da boçalidade, ofendendo tudo e todos que por receio de que não satisfaçam os meus caprichos. Acredito e tenho já alguma “história” a comprová-lo, que a Direcção do Sporting e, em particular, o nosso Presidente, nunca o demitirão sem motivos tão gravosos e incontornáveis que tornem inviável qualquer outra solução.
Bruno de Carvalho nunca irá proceder ou decidir em nome do orgulho ou por incompatibilidades de caprichos, ao contrário dos receios epidérmicos, apressados e até gratuitos de tantos: decida o que decidir, irá fazê-lo a frio, de acordo com uma avaliação capaz e consistente, e racionalmente em nome da melhor gestão possível.
Por esse lado, estou tranquilo.
Se, eventualmente, as coisas possam ter chegado a pontos tão complicados como, intensamente, nos querem fazer crer, penso que tanto o Presidente (e restante Direcção) como o treinador irão dar mostras de uma competência inabalável e de carácter superior, subindo alguns patamares na aprendizagem sobre os respectivos erros, deixando orgulhos e individualismos de lado, e chegar a uma plataforma de entendimento saudável e de respeito mútuo, que sirva, acima de tudo, os superiores interesses do Sporting em todas as suas vertentes.
E ressalvei o “eventualmente” porque (novamente, não sejamos meninos!) a sanha desconstrutiva, negativa e manhosa da generalidade da CS, e daqueles a quem servem, tem um papel tão substancial na construção de uma imagem de degradação do fenómeno, que nos deve deixar alerta e proporcionalmente desconfiados com a dimensão que lhe querem conferir, aproveitando inclusivé o blackout para ainda mais afrontar.
Lembremo-nos que, independentemente dos assobios para o lado e da hipócrita falta de memória com que a CS nos tenta iludir, as “construções” de clivagens entre presidente e treinador, os votos de inexperiência de Marco Silva, de menorização da equipa, e toda a sorte de ataques, directos ou ínvios ao Presidente, não são de agora, e já foram tentados com esta configuração (BdC vs Marco) logo no início do campeonato. Já não é novo!
E quanto deste tratamento rasteiro e desproporcionadamente negatico que a CS dedica ao Sporting, não terá a ver, também, com a necessidade de ocultar coisas gravíssimas que se estão a passar nos nossos inimigos?
Os lampiões venderam o seu melhor jogador para pagar juros, da colossal dívida que têm, à banca, diminuíndo sériamente a qualidade da equipa, e nem uma “interpretação”, uma “especulação”, nada!
(A nós, fabricaram uma pergunta manhosa de resposta orientada, para especularem durante um mês sobre a saída do Nani, não foi?)
O treinador lampião veio dizer que não sabia da venda do Enzo, mostrando-se claramente incomodado com essa hipótese agora concretizada, mas não houve qualquer “construção” de conflitualidade com o presidente, nada!
(A nós, transformaram imediatamente uma expressão igual do Marco em mais um incremento na construção de “clivagem”!)
Ontem, o treinador lampião, disse resignado que os reforços que vai ter serão os jogadores que já existem e estão lesionados. Nem uma “análise” à debilidade da gestão desportiva, á patente baixa de qualidade desse sector lampião, nem uma beliscadura na evidente capacidade de atingir os objectivos existentes, nada!
(A nós, foi o festim que foi, com exactamente o mesmo assunto!!!)
O Porco do norte meteu no prego os seus dois melhores jogadores, também para pagar juros da dívida colossal que tem á banca e não está restruturada. Nem uma “boca”, nem uma “interpretação”, nada!
(A nós, foram dedicados km de linhas a apoucar justamente o inverso: a recompra de uma quantidade enorme de passes)
Acresce a falsidade “arbitral” da classificação do campeonato, os esquemas manhosos que se estão a montar, via Liga, sobre as transmissões TV, os desaproveitamentos crassos por má gestão de contratações de jogadores de 10M€ (os nossos de 1M€ é que são problema, claro!!!), etc, etc…
Há muito para esconder e isso aumenta desmedidamente o ataque. É tão evidente que reafirmo: tenho sérias dúvidas que este episódio do Sporting tenha sequer 20% da dimensão que lhe procuram insistentemente atribuir!
Mais: passando este episódio, como espero e tenho grande fé - com todos nos respectivos lugares a dar o melhor de si (que é excelente, diga-se!) - tentarão não largar esta “construção” ou voltarão à carga com novas “construções” no futuro, procurando por todos os meios transformar epifenómenos em fenómenos, sempre negativos e degradantes para nós. Neste aspecto, este é só mais um episódio, teremos que estar preparados para lidar com a ética rasteira, persecutória e alinhada da CS que continuará.

Resumindo:
Por muito iludidos que muitos andem, não há facções: há uma única facção chamada Sporting Clube de Portugal.
Tudo o resto é conversa rota. São aflições extemporâneas, fáceis e temporárias, quando não mesmo gratuitas, parte por capricho, parte por indução exterior e que, tal como eventuais orgulhos ou individualismos de Dirigentes ou Treinador, nunca caberão (nem serão aceites) na gestão, no desempenho e no corpo dum clube imenso, como o Sporting.
Bruno de Carvalho, é um dirigente competente mas ainda em evolução. Acerta imensamente mais do que erra, mas também erra aqui e ali. Mantendo a tenacidade, a lucidez e corrigindo os erros que for cometendo, far-se-á um presidente competente e memorável do Sporting, para gáudio, benefício de todos nós, e glória do clube. Roma e Pavia não se fizeram num dia, nem sem dificuldades ou tumultos. Mas fizeram-se! Firmes e inabaláveis!
Marco Silva, é um treinador competente, mas também ainda em aprendizagem. O futuro potencial que se adivinha dependerá totalmente da capacidade de aprender com os erros que for cometendo. E, neste caso, não será diferente, dando o braço a torcer, naquilo que seja necessário, em nome duma competência, duma maturidade, totalmente focadas no serviço ao clube que representa. Somará assim pontos atrás de pontos na sua imagem geral e até internacional, que o projectará a prazo para altos voos por esse mundo fora.
Nós, sportinguistas, somos sócios e adeptos do melhor que há, mas também estamos de alguma forma, neste momento, em aprendizagem. O tempo é novo, e as transformações que sucederam, em tão pouco tempo, e o rigor e exigência que se estão a implementar no clube implicam a vivência de uma realidade diferente, mas muito melhor. Refreando as aflições, os traumas e os medos das resignações que trazemos na memória ainda recente, e mostrando capacidade e maturidade para refrear os nossos impulsos mais gratuitos e primários, daremos o passo em frente, sem medo, ganhando a confiança e a resiliência que ainda nos falta neste momento e que outros tão desesperados estão por impedir. Porque sabem que se levantamos a cabeça, nos tornamos imparáveis e não só não ficamos abaixo como poderemos passar consistentemente para cima deles.
O que se passa ou se irá passar, será resolvido no interior do clube e da forma que melhor servirá o Sporting Clube de Portugal.
Cabe-nos a nós, sportinguistas, fazer a nossa parte.
A grandeza dum clube mede-se pelas suas muralhas, e os sócios e adeptos são as muralhas dum clube.
Saibamos unir-nos em torno da nossa casa, sólidos e coesos, protegendo-a do exterior.
E se tivermos que entregar um Zé Eduardo à “morte”, qual Mem Martins à porta do castelo, entreguemos - o Sporting é muito maior que os Zés deste tempo!
Dito isto:
O meu amor é único, chama-se Sporting Clube de Portugal e isto é inquestionável e inalterável para todo o sempre!
Bruno de Carvalho é o meu Presidente, e é para continuar!
Inácio é o meu Director Desportivo, e é para continuar!
Marco Silva é o meu treinador, e é para continuar!
Qualquer alteração destas condições só se dará se estiver em causa o superior interesse do Sporting.
Nesse caso, tudo será explicado de forma clara e sem margem para quaisquer dúvidas.
Os sportinguistas são os meus pares, TODOS, e assim vai continuar!
Os nossos jogadores são os meus jogadores, são os melhores do mundo, e assim vai continuar!
A minha convicção mais profunda:
Esta caldeirada palerma irá acabar em breve, todos irão sair a ganhar, e o Sporting continuará o seu percurso ascendente!