A braçadeira de capitão é um adereço que se reveste de um enorme simbolismo. Todos nós gostamos de a ver colocada no braço de quem a merece e de quem sente a camisola.
No decorrer das últimas temporadas, a hierarquia dos capitães de equipa foi mais ou menos a seguinte, por esta ordem: Pedro Barbosa, Beto, Sá Pinto, Rui Jorge e Nelson. Isto não invalidou que em situações pontuais, como por exemplo nas segundas partes de alguns jogos, em consequência das substituições, ela fosse envergada durante breves minutos por outros jogadores como Quaresma em 2001/02, Hugo ou por Custódio no jogo com o Hertha de Berlin, em Paris.
Embora o plantel 2005/06 não esteja ainda 100% definido, sabemos muito bem que as hipotéticas novas contratações e os jogadores provenientes da formação terão poucas ou nenhumas hipóteses de a envergar. Logo, penso já ser possível colocar esta questão:
Quem são os 3 ou 4 jogadores que, em vossa opinião, deverão assumir o papel de capitães da equipa no ano do centenário?
Por uma questão de lógica, tendo em conta as saídas de Pedro Barbosa e Rui Jorge, penso que Beto e Sá Pinto, por esta ordem, deverão ser os capitães de equipa. Guio-me pelo sentido de continuidade, embora continue a achar que Beto, por ferver em pouca água, não tem perfil para a função. Já Sá Pinto, acho-o bem mais calmo do que em épocas anteriores.
Numa segunda linha, logo após Beto e Sá Pinto, eu escolheria Custódio e Carlos Martins. O primeiro, embora não tenha sido integralmente formado no SCP (só na parte final do seu percurso nas camadas jovens), tem, em minha opinião, o perfil indicado para ser capitão de equipa. É calmo, ponderado e correcto dentro do campo com árbitros e adversários. Carlos Martins, cujo amor à camisola penso ser indiscutível, é outro que pode perfeitamente envergá-la, até porque já se revela bem menos imtempestivo que em anos anteriores.
Para situações de curto prazo, decorrentes das alterações nas segundas partes, e em que nenhum dos 4 já mencionados estivesse em campo, não me chocaria ver a braçadeira em João Moutinho, que demonstra uma personalidade muito forte aos 18 anos ou então, no único jogador estrangeiro do Sporting que tem perfil para o cargo, o brasileiro Rogério. A braçadeira ficaria igualmente bem entregue.