Eu acho que o pessoal preocupa-se muito com o acessório em vez de se preocupar com o essêncial.
Já chega de embirrar com o João Moutinho por qualquer coisa que ele diga.
Se ele é, como dizem, do Benfica, qual é o problema de dizer que um dia, no futuro, se se proporcionar, talvez gostasse de jogar no benfica?
Eu prefiro esta atitude séria e honesta, a atitudes ‘porcas’ de tipos como o ‘simãozito’ que quando falava do Sporting, parecia que falava da mãe ou do pai tal era o amor pelo clube e tantas as juras de amor eterno, e depois não só foi a correr para o benfica, o que até se pode compreender num profissional, como dai para diante passou a tratar mal o Sporting e os Sportinguistas. O facto de se sentir bem e gostar do benfica não tem de implicar o ódio e ingratidão para com o Sporting.
Basta ver o ‘caso’ João V. Pinto, que foi ‘corrido’ do benfica, se tornou um ídolo e um jogador amado em Alvalade e apesar disso nunca disse mal do benfica. Ele soube sempre separar o comportamento de algumas pessoas e dirigentes, e não os confundir com a instituição.
Em vez de se preocuparem com o que diz o João Moutinho deviam era preocupar-se em saber porque é que uma boa parte dos outros jogadores do plantel não lutam, trabalham ou se empenham tanto em campo como o João.
Em relação à entrada de ‘velhas glórias’ para dirigentes do Sporting, não tenho nada contra, desde que tragam mais valias para o Clube.
Independentemente de serem ou não Sportinguistas, serem ou não velhas glórias, o importante era trazer para o Sporting mais paixão, exigência e ambição. É preciso implementar no nosso clube uma cultura de vitória e exigência, e essa cultura não é incompativel com rigor e contenção financeira.
Actualmente o problema da equipa do Sporting, na minha opinião, é mais de falta de uma filosofia de vitória e de exigência e de um certo conformismo dentro da estrutura do futebol e do próprio clube, do que da qualidade tecnico-táctica dos jogadores que constituem o plantel.
Qualquer jogador que venha para o Sporting, venha ele da formação, de uma equipa da 2ª liga ou de um clube estrangeiro, tem de interiorizar que vêm para um clube que luta sempre pela victória, que não pode ficar indiferente aos empates e às derrotas.
Um clube onde a pressão de ganhar é a rotina e onde tem de jogar com empenho e paixão.
Um clube onde ele queira deixar uma marca para a história e não uma simples ‘montra’ onde se possa mostrar a outros clubes mais aliciantes.
No entanto toda esta ‘cultura e filosofia’ tem de vir de cima e ser aplicada e incentivada em primeiro lugar pela equipa dirigente do nosso clube, para que depois então, possa ser ‘cobrada’ pelos adeptos e simpatizantes do Sporting.
Depois de implantada esta cultura no nosso clube, para mim o factor primordial para um caminho de glória, podemos então dar atenção a ‘pormenores’ como os treinadores e jogadores a contratar.
E às vezes, motivar e galvanizar os adeptos, para que eles, se for preciso, empurrem a equipa para as vitórias, com o seu apoio e paixão (a tal melitância), pode conseguir-se com coisas aparentemente tão simples como ‘bom futebol’ e uma outra contratação ‘saudavelmente louca’ (quem não se lembra da onda de entusiasmo que gerou a contratação de Schmeichel
).
Off Topic:
De repente parece que toda a gente adorava o Douglas.
Eu acho que foi das nossas melhores contratações de sempre (ver o meu ‘post’ no tópico ‘Melhor contratação de sempre’), mas também me lembro dos nomes e adjectivos com que era brindado da bancada em muitos dos jogos em que participou em Alvalade (mais ou menos o que se passou com o Nani).
Realmente o tempo cura tudo…
sinsignificantes no pelos dirigentese