A questão do Carrillo (não é novidade) não depende exclusivamente da vontade do Sporting e do jogador.
Já não me recordo quando, mas foi numa reunião de sócios, promovida no Auditório Artur Agostinho, que o Presidente se referiu ao tema afirmando que, por muita vontade que o SCP tivesse na continuidade do Carrillo, não poderia afirmar que ia conseguir a renovação porque, e passo a citar: “…parte do passe do Carrillo pertence a um fundo…”.
Sabendo-se da disponibilidade do SCP em negociar com fundos, vê-se claramente o problema que temos em mãos…
Agora, como é que se resolve esta questão ^-^.
Pois, não há soluções fáceis, mas sendo de todo impossível renovar, o melhor será vender o jogador a algum interessado, minimizando o impacto da perda (desportiva e financeira)…
Cada vez mais me apercebo da grande pertinência que teve a criação deste tópico.
Aliás, o tempo tem confirmado que tudo aquilo comecei por dizer eram já preocupações de ordem estratégica da própria SAD. A afinação ao modelo que sugeri é já uma realidade que terá certamente algum impacto nos custos com o pessoal e já aconteceram mesmo algumas renovações importantes.
Este tipo de despesa, desde que realizada de forma atempada e criteriosa, não é um mero custo, é um investimento racional carregado de valor estratégico tanto do ponto de vista desportivo como do ponto de vista financeiro.
A arte, como sempre, estará em encontrar o equilíbrio perfeito no valor a que podemos chegar nesta rúbrica e saber filtrar os investimentos que interessam dos que não interessam.
Sem nenhuma duvida. Num ano financeiramente duro para nos, esta gestao do plantel pode minorar perdas fixas. Resolver assuntos pendentes como Carrillo, Viola, Labyad e Rossel e essencial. Um bom negocio com Adrien igualmente. Bem geridos, podem quase equilibrar a epoca.
Não posso deixar de ficar preocupado com a situação contratual do Adrien e do William.
Para mim, no início do ano, o Adrien só tinha 3 alternativas:
Renovação.
Saída.
Afastamento do grupo.
Continua a jogar como o Carrillo continuou na época passada.
Não renovou. Não saiu.
Dentro de poucos meses estará como estava Carrillo no início da época.
Não percebo.
Em relação ao William, apesar de ter mais 1 ano de contrato do que o Adrien, para um clube que vê neste ativo um jackpot, também acho que estamos a arriscar demasiado.
O sentimento de urgência para resolver estes problemas tem que ser AGORA.
Dentro de alguns meses, quando o caldo já tiver meio entornado e a CS toda em cima, aí entraremos na fase do desespero. As coisas devem ser resolvidas antes. A direção sabe disto. Que se passa?
Um clube não pode ser gerido na base desse tipo de análises subjetivas que falham 1001 vezes.
Os jogadores estão aqui para defender os seus interesses.
Acho isso normal.
Para defender os interesse do clube está aqui a direção.
Se dentro de 1 ano o Adrien estiver na situação em que está agora, irá para quem lhe der melhores condições e eu acharei normal. Nem que vá para os lamps…
Repito: Acharei normal.
Se estes 2 problemas não forem resolvidos nos próximos 2 ou 3 meses, preparem-se para o início de mais novelas…
O Adrien pode ser capitão, titular mas, amigos, isto é futebol. Acredito que se não renovar brevemente, as novelas começarão. Há que lidar igualmente com as ofertas “de bastidores” aos jogadores.
Tirando o Cedric que, na minha opinião, até não foi mal vendido, todos os outros são casos herdados com características muito específicas. A direcção actual pouco podia de fazer diferente, atendendo às exigências que encontrou.
William renovou com esta direcção. Patrício idem. Adrien está finalmente a fazer uma época ao nível do ordenado que usufrui.
Curiosamente, ou não, os outros jogadores que mencionas terem renovado, são contratações desta direcção, advinha lá porque foi mais fácil? Eu ajudo, porque tinham um ordenado enquadrado com a realidade do Sporting, havendo margem para isso.
Portanto, nesse post todo, sobra Carrillo, outra herança pesada mas, aqui, dou de barato que a direcção pudesse ter feito algo diferente. Devia ter despachado o jogador quando não quis renovar no início do mandato. Na altura não passava de um tipo displicente. Acontece, houve boa fé, mas do outro lado essa não existiu. Também se aprende com isso.
É importante que se faça os juízos, não ignorando os factores que lhes estão associados porque, para isso, já chegam os nossos adversários que, como sabemos, não são tão poucos como isso.
Exemplos de jogadores que comiam a relva, que sentiam a camisola, que chegaram a capitão, só assim os mais recentes:
moutinho
maxi pereira
Independentemente da atitude do carrillo e do seu empresário, espero que tenha sido uma lição, os processos de renovação devem ser o mais rápido possiveis, e quando se começam a arrastar é porque não há grande vontade de renovar, como tal, é vender à melhor oferta. Segundo julgo lembrar a direção disse que andavam a tentar renovar à dois anos, portanto desde o tempo do Leonardo Jardim…
Alguns que aqui vêm nunca tiveram num processo negocial.
Deixe-me que vos diga uma coisa, que não sei se é novidade ou não.
O plano financeiro aprovado entre o Sporting e a Banca diz, mais coisa menos coisa, o seguinte: O Sporting não pode gastar nem mais um cêntimo do que aquilo que recebe. Esta é a verdade, pura e dura.
Não temos margem negocial. ZERO! A Banca não nos deixa. Esse foi o acordo, dito por quem fez parte dele.
O Bruno de Carvalho está numa posição ingrata mas que tinha que ser feita e louve-se a coragem. Queremos renovações, contratações mas a verdade é que não podemos fazer tudo só porque sim. Há muitas variáveis. Para renovar com um William, nesta fase, se calhar tens que deixar sair um Adrien e/ou Patrício. Não sei exactamente esta relação, estou a inventar, mas apenas para passar a mensagem.
Mais do que renovar com esses, urge tirarmos de lá os custos extra que não trazem qualquer retorno, vulgo Labyads e outros que por lá andam.
Atenção, esta direção já cometeu erros estratégicos graves na avaliação de jogadores contratados mas isso faz parte. Nós temos é muito pouca margem de erro e se queremos aguentar os que cá andam, não podemos ir buscar mais ninguém fora.
Se estou preocupado com algumas das situações que aqui referem? Claro. Mas sei e tenho consciência que tudo será feito para compensar as nossas limitações. Tenhamos mais calma. O meu problema não é não conseguirmos segurar os Adriens de hoje. O meu receio é que para segurarmos os Adriens de hoje percamos a estabilidade para segurarmos os Adriens de amanhã por muito mais tempo.
Certo, mas a questão com o Labyad e (junto eu este à lista) Miguel Lopes é o trinómio qualidade/custo/cláusulas dos contratos com o Sporting. Nos dois casos, ambos ganham demasiado bem (o marroquino então é um abuso) para aquilo que produzem em campo. E com ML, ainda temos aquela cláusula assassina dos 5M aos fruteiros e 50% da venda.
São duas botas muito complicadas de descalçar. Se assim não fosse já não fariam parte do clube.
Quanto às renovações, vai ser complicado.
Adrien e Ru1 porque já ganham bastante bem e será difícil oferecer um aumento substancial de ordenado para a renovação. Através do acordo com a NOS ganhámos algum espaço de manobra para aumentar salários, mas como sempre, teremos que ser contidos com a folha salarial.
No caso do William também não será simples, dado que é um jogador apetecível para o mercado europeu. Não será fácil resistir a propostas fortes por ele.
Veremos o que irá acontecer, sendo que estou certo que, com esta direcção, não daremos um passo maior do que a perna. Como disseste, e bem, é algo a que estamos obrigados e desconfio que, mesmo que essa obrigação não estivesse contratualizada, o desfecho não seria diferente.
Eu concordo com a ideia de que seja prioritário e urgente renovar os contratos de Adrien Silva e de William Carvalho neste momento. Só isso nos permitirá manter força negocial quando surgirem as propostas, que acabarão por aparecer.