O mito do Jozic nao é mito. Nao vi ninguém dizer que só com o Jozic é que se jogava bem à bola. O que se disse e que continuo a afirmar é que, nos anos que vi de futebol do Sporting, o Jozic foi para mim um senhor treinador:
Sem conhecimento anterior do futebol português, sem conhecimento do plantel que recebeu, com imensos jogadores que nunca tinham jogado juntos, com muitos jogadores de qualidade apenas razoável, conseguiu metê-los a jogar futebol de uma qualidade superior à que alguma vez vi com Paulo Bento em todos os anos que tem estado como treinador do SCP. Foi responsável por algumas das contratacoes mais rentáveis no plano desportivo e financeiro de sempre, implementou novas metodologias de treino e foi o treinador que ‘orientou’ o pessoal da SAD para a estratégia dos anos seguintes.
Baqueou nos resultados (num dos anos do “sistema”… lembram-se do luto?) e saiu pela porta pequena e quanto a isto nada há a dizer. Teve o mesmo fado na Seleccao da Croácia que treinou a seguir ao SCP, ou seja, efectuou a renovacao total da equipa com resultados pouco conseguidos mas deixou o ponto áureo da mesma para o treinador que se seguiu, neste caso, o do Euro 2008.
Nao vale a pena bater mais na mesma tecla… há treinadores que irao ficar na história pelo longo tempo e resultados obtidos no Sporting e treinadores que irao ficar no coracao dos Sportinguistas pela marca pessoal que deixaram no Clube… isto é mesmo assim. :inde:
Atenção eu também simpatizava como Jozic, um homem serio trabalhador e conhecedor, adjectivos que de resto se podem aplicar a outros que passaram pelo Sporting como por exemplo o Boloni.
Quando eu falo do “mito Jozic” refiro-me a um certo exagero que há da parte de alguns quando se referem a este treinador, ao grande futebol que aquela equipa jogava e aos grandes jogadores que ele trouxe. Bom com ele vieram o Duscher e o Quiroga, mas também o Krpan e o Kmett, com ele o Sporting fez bons jogos e maus jogos, ou seja ele era um bom treinador mas não um grande treinador e acima de tudo ficou marcado pelos péssimos resultados obtidos
Não te esqueças que Jozic veio para o SCP com o objectivo de reconstruir uma equipa com objectivo de medio-longo prazo!!
A nossa equipa tinha média de 22,23 anos!! Duscher, Quiroga, Delfim, Viveros, Simão, Caneira, Beto, Patacas, Vinicius, Nuno Santos, Ramirez, Nelson, Heinze ou Santamaria tinham todos eles 22 ou menos… E com uma equipa tão jovem, inexperiente, alguns deles a dar os 1ºs passos no futebol sénior, numa altura dominada pelos escândalos e corrupção, o Jozic fez um grande trabalho e pôs-nos a jogar (dentro das tais circunstâncias) um grande futebol.
Ele, de facto, saiu por motivos de saúde, mas não tenho duvidas que se ele ficasse durante mais 2,3 épocas iria ser formada uma equipa que os adeptos não esqueceriam.
Aliás, grande parte dessa espinha dorsal foi responsável por sermos campeões!!
O Jozic quis sair do SCP. Alegou motivos de saúde mas um mês depois já tinha equipa e ainda andou pelo Chile e por aí fora, por isso essa questão (que existiu, não digo que não) foi apenas pretexto.
Tivemos uma boa fase nessa época, mas seja como for ficou em quarto lugar, com uma ponta final (se a memória não me falha) sempre a descer.
Reconstruir equipas para sermos campeões a médio/longo prazo é o que andamos a fazer há décadas. Nisso, Jozic não era diferente dos outros.
Não tenho a certeza de que a espinha dorsal tenha sido a equipa dele. Mas isso é outra discussão.
Das contratações de Jozic, só Duscher, Delfim e Acosta eram titulares indiscutiveis no onze de Inácio.
Jogadores como Tiago, Nelson, Saber, Vidigal, Barbosa, Afonso Martins, Marco Aurélio, Beto, Yordanov e Edmilson já faziam parte do plantel da temporada 97/98 (Carlos Manuel) e transitaram para as temporadas 98/99 (Jozic) e 99/2000 (Inácio).
Do onze titular que foi campeão com Inácio, Schemiechel, André Cruz, Mpenza, Di Francheschi só chegaram nessa temporada.
Tirando o Schmeichel e o André Cruz, praticamente toda a equipa que foi campeã vinha de trás… estes 2 jogadores vieram para ser a cereja no topo do bolo (e compensar a grande perda que foi a saída de Simão Sabrosa que era na altura de Jozic o desequilibrador da equipa, à semelhanca de Nani com Paulo Bento).
o jozic foi o que melhor futebol apresentou, mas realmente era o tempo do “luto”, depois dele só o homem do “quase”…
mas acredito que o jogar bem, depende mais da dinâmica e qualidade dos jogadores do que do treino especifico, mas eu sou leigo
O mito Jozic é isto mesmo, agora também lhe querem atribuir uma quota parte do titulo de 2000.
Não sei se isto demonstra alguma coisa mas dos 18 jogadores mais utilizados na temporada de 1999/2000, 7 ou seja mais de um terço faziam a sua primeira temporada em Alvalade e dos 20 mais utilizados por Jozic apenas 10 ou seja metade, continuaram a sê-lo na temporada seguinte.
Não concordo nada com essa avaliacão… aliás, peguei nos teus números e coloquei a bold os jogadores que transitaram para a época de Inácio em que fomos campeões e a seguir coloquei a sublinhado os que jogaram mais minutos (assumindo um 4-4-2). É bom de ver que Schmeichel, André Cruz e Ayew (os únicos sublinhados sem que tenham transitado da época anterior) são os únicos jogadores com muitos minutos na época de Inácio que não foram treinados por Jozic.
EDIT/ Acrescento um gráfico para facilitar a compreensão do que escrevi acima - os jogadores a azul transitaram da época anterior e os jogadores a amarelo são jogadores novos no clube nessa época:
Eu sei onde queres chegar, mas a equipa tipo do Inácio não era essa que sublinhaste. Em primeiro lugar porque Delfim, Duscher e Vidigal raramente jogavam os três, depois porque o Cesár Prates quando chegou tirou o lugar ao Saber e só não tem mais minutos porque esteve lesionado no fim da temporada, mas também porque o Sporting jogava muitas vezes num 4x3x3.
Assim tínhamos:
Schmeichel
Cesar Prates
André Cruz Beto
Rui Jorge
Vidigal (Delfim)
Duscher (Delfim)
Pedro Barbosa
Ayew (M’penza) Acosta
De Franceschi
Eu sei que não era a equipa-base, mas temos de ver que num Campeonato não conta só a equipa que o Inácio comecou a tipificar na 2a metade do mesmo, ou seja, os minutos de utilizacão são um bom indicador para a importância que jogador “x” teve numa prova de longo prazo e nesse aspecto, Saber teve praticamente tanta importância como Prates por exemplo.
Ainda assim, e partindo de uma avaliacão subjectiva, hás-de concordar que, tirando Schmeichel e A Cruz, os outros elementos realmente preponderantes do onze inicial já lá estavam da época anterior.
Acho que se pode dizer que o Inácio aproveitou o meio-campo construído pelo Jozic ao qual deu mais força com a utilização regular do Vidigal que foi um dos elementos fundamentais nessa temporada
O Robson é o mito II. Fez uma temporada que foi uma bela merda, parecida com a do Jozic e na segunda época foi despedido duma forma precipitada tipica do Cintra, mas a verdade é que com o Queirós a equipa melhorou muito e para aqueles que valorizam a qualidade do futebol, eu direi que dificilmente voltaremos a ver um Sporting tão brilhante, que eu penso que ao contrário do que muitos dizem, não perdeu o campeonato por culpa do treinador no jogo dos 3-6, mas por factores exteriores, muito mais escandalosos do que aqueles que um dia nos levaram a pôr luto
quais? conta essas historia aqui a malta mais nova! eu da altura so me lembro de ter ido para a cama a chorar depois desse jogo…e do sporting eliminar o casino salzburg na taca uefa :
Então aqui fica a história da primeira época de Queirós no Sporting:
Queirós estreia-se a ganhar por 1-0 ao Beira-Mar, mas a tragédia abate-se sobre a equipa com o acidente ocorrido na madrugada posterior ao jantar de despedida de Robson, que condena Cherbakov a uma cadeira de rodas. Seguem-se uma derrota na Luz e dois empates, a equipa parece arrasada física e psicologicamente, Queirós chega a ter de recorrer aos miúdos Poejo e Porfírio. O tiro parecia ter saído pela culatra a Sousa Cintra.
Mas lentamente o Professor leva a água ao seu moinho e a equipa atinge níveis muito elevados, seguindo-se uma série de sete vitorias seguidas interrompidas por um nulo com o União na Madeira, num jogo com uma arbitragem escandalosa, em que o Sporting acabou a jogar com oito jogadores e em que valeu tudo, inclusivamente jogar com dois guarda-redes, tal foi a excelência da defesa com a mão do madeirense Nelinho safando para canto uma bola que ia a entrar na baliza.
Não desarmou o Sporting chegando ás Antas dividindo o 1º lugar com o Benfica e com 4 pontos de vantagem sobre o FCP, foi aí que apareceu mais uma “valente” arbitragem, quando o Sporting estava a fazer um grande jogo, Juskowiak foi expulso ainda na 1ª parte ao reagir a uma entrada violenta de Fernando Couto, depois de Paulo Sousa já ter sido agredido por Paulinho Santos. Mais tarde seriam expulsos Peixe e Vujacic, com o Sporting a perder por 2-0 e a ficar sem dois titulares para o derby decisivo marcado para dali a três jornadas, onde chegaria com um só ponto de atraso em relação ao líder.
O ambiente era de grande confiança e a festa estava preparada. O Sporting entrou novamente muito bem no jogo, esteve a ganhar por duas vezes, mas era o dia de João Pinto que Sousa Cintra tanto tinha desejado contratar
A equipa desconjuntou-se e perdeu logo a seguir na Madeira perdendo também para o FCP agora comandado por Robson, o 2º lugar e a Taça de Portugal na finalíssima. Eram os primeiros capítulos da vingança do inglês.
Para além disso há o “caso Luís Manuel” um jogador que Manuel Fernandes tinha trazido de forma litigiosa da Ovarense para o Sporting, a indemnização a pagar ao clube varreiro seria calculada com base no contrato que o jogador tinha com eles. A Ovarense apresentou na FPF dois contratos sendo que um era a cópia do outro, mas mesmo assim eles aceitaram e o Cintra simplesmente recusou-se a pagar ao mesmo tempo que era gozado por um tal de Vasques, um lampião que na altura era o Presidente da Federação. O Sporting foi assim impedido de inscrever jogadores na reabertura do mercado numa altura em que já tinha tudo acertado para o regresso de Oceano e Xavier que vieram meses depois e para a contratação de ponta de lança nigeriano Yekini que foi o melhor marcador desse campeonato ao serviço do Setúbal e que fazia parte da Selecção do seu País que meses depois brilhou no Mundial de 94. Yekini acabou por ir para o Olimpiakos e acredito que com ele e Oceano tínhamos ganho esse campeonato mesmo contra tudo e contra todos
Subscrevo tudo o que acabaste de dizer! Acrescento que de Robson para Queiroz, a equipa mudou da noite para o dia (para muito melhor!) e passámos a ter um futebol fantástico! Nesse célebre ano dos 6-3, não houvesse “sistema” e ninguém se recordaria desse jogo, porque provavelmente teríamos ganho o campeonato com 10 pontos de avanço (na altura as vitórias valiam 2 pontos…)! Quanto ao futebol do Sporting de Queiroz, simplesmente inesquecível a forma como nos debatemos com o Real Madrid, onde acabámos por perder numa eliminatória, onde o melhor jogador no total dos dois jogos foi o keeper madrileno (Buyo creio…) e que basicamente os ferros nos tiraram 4 golos ( 3 em Madrid!!!)…
Obra de um ladrão que roubava de forma valente e que se chamava Carlos…Valente! Lembro-me de em puto eu passar por esse “senhor” em Sines, e vê-lo a ser apelidado de “Fdp” para cima por parte de dois ou três adeptos sportinguistas! :lol:
Um gajo ao relembrar-se desse jogo nas Antas, chega à conclusão que tal acto era pouco para aquilo que ele merecia!
(Desculpa zé carlos, mas não resisti! fico-me por aqui…)