Deixo mais umas fotos. São um animal em que é preciso compreender os seus habitos e necessidades, precisam de muita atenção, mas com o tempo, comecei a compreender os sinais que nos dão e tornaram-se animais de estimação muito divertidos, meigos, dos quais eu vou ter sempre grande carinho, apesar de grande parte das pessoas ainda olhar para eles como meros roedores. Eu e a minha esposa divertimo-nos muitas vezes com eles, por vezes sentamo-nos no chão a brincar com eles e sem dar por ela já são altas horas da madrugada.
Eu quando comprei, comprei 2 fémeas. Dão-se melhor, os machos têm tendência a atacarem-se um ao outro, embora por vezes as minhas também se peguem um pouco, mas é raro. No entanto, uma das fémeas já estava grávida e nasceram 3. A outra porquinha, sem eu saber, também se encontrava grávida, mas se calhar, pela agitação do parto da outra, abortou. Os 3 que nasceram, nasceram todos fémeas. Dei 2, 1 a um primo e outro ficou com a minha cunhada. Acabei por ficar com o terceiro.
Em termos básicos, devemos ter sempre um par, pois são animais brincalhões, além de que gostam muito de se aninhar uns nos outros, nos dias mais frios. Em termos de higiene, tenho uma gaiola relativamente grande deve ter cerca de 1 metro de comprimento, 50cm de largura. No fundo há granulados próprios de madeira, com cheiro a limão para evitar maus cheiros. No Inverno, como o tempo é mais frio, uso também serrim, para elas se aquecerem. No Verão tende a começar a ter um cheiro desagradável e uso então o granulado de madeira. Para as 3 dura cerca de 5/6 dias. Se tiverem 1 ou 2 deve durar um pouco mais.
É um animal que gosta muito do calor e muito sensível às mudanças de temperatura. Umas mantinhas, uns paninhos sempre na zona da toca, que eles gostam de ter um sítio para se abrigar quando se sentem ameaçados e mesmo para descansarem, senão andam sempre de um lado para o outro.
Comem que se fartam, as minhas habituaram-se a tudo o que seja relacionado com comida. Mal entro em casa, põe-se as 3 de patas nas grades a olhar para mim. Se não lhes ligo, começam a “cuicar” como eu gosto de dizer, visto que o som deles é qualquer coisa como “cuiiii”… Se for na direcção da cozinha, aumentam o som e já reconhecem os sons de sacas como sítio de onde provém a ração e feno (comem muito feno e precisam, pois os dentes deles crescem sempre e convem terem algo para desgastar).
Continuando, até a porta do frigorífico já reconhecem, e começam a ginchar bem alto para lhes darmos qualquer coisa. Quando se faz sopa cá por casa é um festim para elas: couve, cenoura, bróculos, repolho, etc, etc, etc… tudo o que seja vegetais, devoram. Frutas como maças ou peras também lhes agradam muito. Adoram alface, mas não se deve dar, visto que é considerado uma espécie de “doce” e estes bichinhos também são sujeitos a doenças como diabetes. Devem ter sempre água disponível e é outro comportamento que acho engraçado neles, que é, quando acaba a água no bebedouro, começam a lamber a esfera que liberta a água 2/3 vezes, muito rapidamente e olham para mim…
Bem, podia citar dezenas de comportamentos engraçados que eles têm. Cada porquinho é um caso… estes demoraram alguns meses até se adaptarem a nós e não reajirem com medo às pessoas. Precisam de muita atenção mas compensa.
Os meus estão relativamente bem alimentados, mas ácho-os giros assim… magritos parecem uns ratitos. :mrgreen:
Amanhã, na noite de Domingo para Segunda, fará uma semana que a minha Kappa me “deixou”. Continuo muito revoltado e ainda incrédulo. Continuo a lembrar-me dela em praticamente tudo o que faço, especialmente em casa, já que era uma “menina” extremamente interactiva. Por exemplo, quando os vizinhos abrem a porta de casa, lembro-me logo pois ela ia sempre dar uma “rosnadela” à porta. Quando saio de casa, está-me a fazer falta o focinho amuado dela por eu ir sair e não a levar. Ou quando chegava a casa, aquelas sessões de lambidelas e o “choro” (as ganidelas) que às vezes eu tinha medo que os vizinhos pensassem que eu lhe estava a fazer mal mas era apenas uma forma de fazer queixa por a ter deixado sozinha, etc.
São inúmeras as recordações. Naturalmente agora vou-me habituando à ausência, tenho tentado não estar assim tanto tempo em casa. Mas pronto, a vida continua.
Greenblood, o teu Simba tem mesmo uma juba espectacular e pelos vistos ele próprio tem bastante orgulho nela, pela pose que faz para a fotografia. :lol:
@ Liurai , Agora ao inicio vai ser complicado pois vais estar sempre a lembrar-te dela, sempre que ocorra algo onde ela costumava intervir. Mas infelizmente a vida é injusta, e aos que cá ficam resta apenas seguir em frente, e tentar diminuir o sofrimento. Mais uma vez digo-te: Força amigo.
Em relação à juba (motivo que levou a dar-lhe o nome que tem) do meu Simba, acho bem que ele tenha orgulho nela sim. :lol:
E a pose que ele fez , foi uma trabalheira para conseguir manter ele quieto, tive que ir buscar uma ‘‘bolachinha’’ para ele ficar parado a olhar pra ela :lol:
Fogo, shame on me! Eu que adoro animais, só hoje descobri “estas carinhas larocas”, aqui no fórum! Os meus parabéns a vocês todos! Para além de seguir, com interesse, os vossos comentários futebolísticos, fico ainda mais feliz a ver que a vossa nobreza de coração atinge estes limites de grandeza!
Lindos, são todos lindos!!!
Assim que possa, vou pôr aqui os meus amores.
Amigo Liurai, vai por mim, arranja outro.
Quando morreu um cãopanheiro que tive durante 14 anos, não queria mais nenhum e achava que não teria outro como ele… até que uns dias mais tarde, soube que uma cadela de rua tinha uma ninhada e estava complicado arranjar-se donos… Fiquei com imensa pena dos cachorrinhos e fui buscar 1. E abençoada hora em que o fiz porque o gajo é fantástico! E agora, quando me lembro do primeiro cão, já é com um sorriso, pelas boas recordações, e não com aquele aperto de coração, de quem sente um “vazio” e alguém que falta ao nosso…
Eu acho que se pudermos alimentar e dar carinho a quem não tem, não se deve hesitar porque eles têm muito amor para dar… muitas pessoas é que ainda não descobriram isso!!!