Não martela uniformemente, porque há uns casos esporádicos que não sabem quando parar ao contrário da maioria. Siga. :arrow:
Isto deve ser um pouco chato de ler, não tenho mesmo o dom da concisão, vamos a ver se ficou algo por dizer.
Esqueci-me de mencionar um pormenor.
Um sócio perguntou porque não é a Brigada uma claque reconhecida pelo Sporting.
O PMAG anotou a pergunta para ser respondida, mas quando Franco ia falar, primeiro sobre outro assunto, foi como de costume interrompido, e que eu desse por ela nunca mais se abordou o assunto.
Mais um caso em que se ficou a perder por se interromper o homem.
Eu saí logo que acabou, estava muito cansado (de não fazer nada, também cansa). Não é uma questão de estar aqui a lamentar-me mas levanto-me às seis todos os dias, e já não tenho a idade da maioria dos membros deste fórum, estava lá desde as 19, tinha mesmo que me raspar.
Praticamente só me despedi dos membros do movimento Leão de Verdade, e aproveito já agora para dizer que não conhecia nenhum de lá nenhum (excepto daqui, é claro), quis agradecer-lhes o bom trabalho.
Desculpar-me-ão os outros, cada um tem a sua maneira de ver as coisas, até calculei que muitos dos que faziam barulho lá atrás pudessem ser daqui, mas temos posturas diferentes, e não fazia sentido ficar ali a discutir, até porque era mesmo tarde para mim. Noutra ocasião poderemos talvez conversar um bocado ao vivo.
Sobre notícias de incidentes, não vi nada, nadinha mesmo. Havia jornalistas à saída, os mesmos dois polícias que vi à entrada, nada de polícia de choque.
Mas como me raspei logo, não sei o que possa ter acontecido. Nada indiciava que viesse a acontecer algo, até porque estava tudo farto.
Como relatório já chega. A partir daqui o que escrever serão comentários. Fico por aqui, já me alonguei muito.
The End [/font]
[font=Tahoma]Passando agora apenas a comentários, exclusivamente pessoais:
Li aqui que os sócios mais antigos não olham os mais novos nos olhos.
Epá… Como em tudo nesta vida nada como colocarmo-nos no lugar dos outros para avaliar. Eu senti que as pessoas mais velhas, de quem eu estava perto, se sentiam verdadeiramente magoadas, agredidas, com a contestação.
É que se tivessem ido por um bocado lá para a frente talvez percebessem. Só se ouviam insultos, a maior parte do tempo em surdina, mas por vezes bem alto.
É só pensarem no que sentiam as pessoas nessa situação. Não tem nada que saber.
É claro que nem sequer olhariam ninguém nos olhos, depois de como foram tratados. Ouvi comentários que compreendi perfeitamente. Para muitos aquilo era um ambiente do galinheiro, não do Sporting, que para o bem e para o mal sempre foi um clube de gente civilizada.
E outra coisa, ao hostilizar dessa maneira esses sócios, estão a empurrá-los ainda mais para o lado dos actuais dirigentes, que os tratam bem. É natural, é a natureza humana ao fim ao cabo, as endomorfinas e adrenalina de que fala o Damásio.
Do mesmo modo como esses maus da fita não aprovam o comportamento dos contestatários, todos os com quem falei aplaudiram os Leão de Verdade. Uma das expressões que mais ouvi foi «crítica construtiva».[/font]
À 1.20, se não me engano.
[font=Tahoma]É verdade que o comportamento dos dois membros do directivo que estavam à direita da mesa deixou a desejar.
Pelo menos eu não gostei. Passaram o tempo na conversa, quase sempre em risadinhas, sobretudo o da ponta (não o que caiu da cadeira).
Pelo contrário, Soares Franco, Moniz Pereira, e o do meio (Ribeiro Telles?), mantiveram uma postura educada.
Do lado da Mesa da Assembleia, acho que cumpriram todos o seu papel. O mesmo se aplica aos funcionários de serviço, que gramaram uma seca das antigas.
Já deve ter dado para perceber que não gostei da forma como tudo terminou. No começo o ambiente era bom, tudo indicava que se ia aprovar um regulamento apenas, mas aí por metade do tempo o ambiente degradou-se muito.
A opinião dos meus vizinhos, incluindo o grupo de Dias Ferreira, era que o terrorismo é intencional, para ir afastando os sócios mais antigos das assembleias. Só que pelos vistos isso está ainda longe de ter sucesso.
Falei com um sócio com 25 votos, e penso que ainda está ali para as curvas.
Já agora, e conforme me constava, a pessoa menos popular em todo o clube, sobretudo junto do directivo, é Abrantes Mendes. 
Jorge Gonçalves esteve sempre calado, lá no seu canto, assim como a maioria dos notáveis.[/font]
@106
Terminado o relatório em fascículos
o meu agradecimento pelo mesmo e pela capacidade de o fazer tão pormenorizado e acima de tudo isento!
Sobre um excerto do que escreveu o FLL sobre o escalonamento de de votos pela antiguidade, onde se provava o desfasamento da representatividade este guiou-me a uma leitura e uma hipótese (que até pode ir de encontro às ideias do LdV) que seria, ainda que reconhecendo a dificuldade de implementação, nomeadamente em assembleias, que seria 1 voto por ano de filiação.
Com este método parece-me que ficaria ressalvado o direito de antiguidade (com o qual eu concordo), acabando por, parece-me, conseguir uma representação mais fiel, transparente e democrática da vontade dos sócios.
Bastava numa primeira fase ter-se apenas 2 e não 3 votos por cada 10 anos para o panorama mudar um pouco.
Mas quando se tratar de levantar o braço ,é sempre para o mesmo lado! É a tal coluna vertebral…
Os meus agradecimentos aos que agradeceram o relato, mas não foi nada de mais, escrever em si não me custa, é apenas uma questão de ter tempo.
Além disso vocês fariam o mesmo. Aliás é o caso dos membros que divulgam o que é feito dos jogadores emprestados, dos jogos da Liga Intercalar, etc., para não falar de quem escreve sobre a História do Sporting.
Peço é que não liguem ao facto de me alongar tanto, coisa que não consigo mesmo melhorar (e vai piorando com a idade…).
Excelente relato! :great:
Algo com o qual concordo plenamente, mas para ser picuinhas a fórmula de cálculo seria: N.º de votos = N.º de anos de filiação - 1
Assim, com 1 ano de sócio não poderia votar; ao entrar no 2º ano de sócio teria 1 voto; ao entrar no 3º ano de sócio teria 2 votos; e assim sucessivamente. Até porque não faz sentido nenhum, p.ex., que alguém com 9 anos de sócio tenha os mesmos votos que alguém com 2 anos de sócio.
Muito bom relato :great:
Obrigado one_o_six pelo excelente relato!
[font=Tahoma]Mas os Leão de Verdade conquistaram o respeito deles. Tem que se começar por algum lado.
Estou-me a repetir, mas achei muito positivo ser óbvio que já sei incontornáveis, o simples modo como o PMAG se lhes dirigia (além dos elogios abertos) era quase insólito. E não vi os Leão de Verdade apoiarem uma única posição do directivo, longe disso.
O que quer que os Leão de Verdade tenham feito antes foi de certeza qualquer coisa de extraordinário, pois tenho a certeza que o directivo não aprecia oposições (bem… quem aprecia?), e no entanto o respeito por eles é um facto.
Repito que não os conhecia de lado nenhum (excepto daqui, é claro) e não me canso de os elogiar.
Isto não tem nada de negativo em relação aos outros, AAS, etc., achei todos um bom exemplo de actividade clubística louvável.
Mesmo a sócia Olímpia, que consideraram picuinhas (não sei se foi o termo), fez reparos interessantes sobre incoerências na estrutura do documento a aprovar, que embora não parecendo importantes, existiam.
Já quanto à oposição cuja principal actividade se pautou por insultar, além de não fazer nada que se possa considerar propriamente «construtivo», talvez devesse lembrar-se que não é com fel que se caçam moscas. E quando essas moscas têm muitos votos, talvez valha a pena caçá-las.
Além disso, volto a dizer, ali à minha volta, a partir da, sei lá, terceira fila, e, sei lá, até à sexta pelo menos, as pessoas não votaram sempre da mesma maneira, embora o sentido geral fosse a favor das propostas do directivo. Repara que o número de votos não foi igual em duas votações sequer, variou sempre. Acho que isso denota que estavam a votar conscientemente, que estavam a acompanhar a discussão.
Pelo contrário, e isto é apenas uma constatação, de modo algum uma crítica, no fundo da sala, ou seja, quanto aos votos contra, os números quase nem variavam.
Exemplificando: Alguém reparou numa jovem loira, aí a um terço da sala?
(Era fácil reparar nela…)
Ela e as pessoas com quem estava, tal como a maioria dos à minha volta, ora votavam a favor ora contra, ao longo das votações.
Onde os votos foram sempre constantes, o levantar do braço a que te referes, foi sim nas duas primeiras filas (onde por acaso reparei numa senhora que só tinha um voto).[/font]
Sobre um excerto do que escreveu o FLL sobre o escalonamento de de votos pela antiguidade, onde se provava o desfasamento da representatividade este guiou-me a uma leitura e uma hipótese (que até pode ir de encontro às ideias do LdV) que seria, ainda que reconhecendo a dificuldade de implementação, nomeadamente em assembleias, que seria 1 voto por ano de filiação.
Com este método parece-me que ficaria ressalvado o direito de antiguidade (com o qual eu concordo), acabando por, parece-me, conseguir uma representação mais fiel, transparente e democrática da vontade dos sócios.
Essa tua sugestão iria cavar ainda mais o fosso. Hoje em dia a diferença de votos entre um sócio com 20 anos de filiação e outro com 70 é de 15 votos. No teu sistema seria de 50…
A meu ver o sistema ideal seria qualquer coisa como:
A partir de 2 anos completos de filiação na categoria de efectivo - 1 voto
A partir de 7 anos completos de filiação na categoria de efectivo - 2 votos
A partir de 12 anos completos de filiação na categoria de efectivo - 3 votos
Alguém que tenha 12 anos de filiação tem mais do que direito à plena “cidadania” no seio do Clube. Já tem a experiência de ter visto passar pelo menos três mandatos dos órgãos sociais, já gastou bastante dinheiro em quotas, já passou por anos melhores e piores demonstrando fidelidade e dedicação, e aquilo que o distingue dos sócios com várias décadas é o simples facto de ser mais novo que eles (e não vejo que esta realidade meramente biológica deva ter qualquer influência na atribuição de direitos de votos).
Acresce que, se tomarmos como critério a filiação como efectivo, isso significa que ninguém cumpre 12 anos de filiação antes de atingir 30 anos de idade, que é um momento da vida em que um indivíduo há muito formou o seu carácter e ideias, e a partir do qual é mais do que razoável abolir quaisquer distinções entre os direitos dos sócios.
Eu e a minha irmã estivemos na AG mas saímos às 23h50 numa altura em que o cansaço já se fazia sentir. Ainda participámos nas primeiras votações mas desde logo ficou claro que o peso dos sócios mais antigos continua a desempenhar o papel de almofada dos órgãos sociais. De qualquer forma, pareceu-me que o peso da contestação começa a aumentar. Paulatinamente, é certo, mas a aumentar.
Agradeço igualmente ao one_o_six pelo seu relato, que me deu a possibilidade de ter conhecimento do que se passou na AG a partir do momento em que regressámos a casa. Foi quase como se tivesse lá estado e este é o melhor elogio que lhe posso fazer. :great:
O momento da noite para mim foi quando chegou a votação da proposta de ser o Sporting o responsável pelas despesas de inscrição dos delegados: se vocês vissem a cara de FSF quando Rogério Alves votou a favor!! Quase que o comia vivo.
Será um pequeno anuncio de eventuais ventos de mudança no futuro?
Obrigado ao 106 pela dedicaçao e excelente relato do que se passou. e nao ligue a essa estoria da idade, ate pelo que tenho lido aqui vindo da sua parte, tem mais vitalidade num dedo do que muitos de 20 anos. Força.
Só que como já se percebeu,isto não vai lá com palavras.Terão de ser organizadas manifestações com tarjas, cartazes e cânticos no Estádio.Porque é aí que lhes dói.No Estádio e na garagem.A revolta dos Sportinguistas não pode ser calada.
Nao posso estar mais de acordo.
O forista one_o_six fez uma boa crónica.
Acrescento só o seguinte :
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No início, contei cerca de 180 sócios presentes. Apesar de ser a um dia de semana e estar de chuva, a ‘anemia’ de ‘militância’ do clube permanece. É uma ‘anemia’ transvessal. Tanto afecta os ditos ‘situacionistas’ como os chamados ‘críticos’.
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Se algumas dúvidas ainda tivesse sobre o irmão-da-Manuela-Ferreira-Leite, ficaram dissipadas. Nunca mais me esquecerei da sua ‘golpada’ na última AG de 28 de Maio. Ontem foi simplesmente caricato. Será sempre o bobo da corte (de qualquer corte).
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A intervenção do Ernesto Ferreira da Silva (Comissão Organizadora do Congresso) foi tão sonolenta que quase adormeci nalgumas passagens.
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Deprimente, o sistema de contagem e escrutínio dos votos. Tão demorado e tão arcaico que quase parecia que estava na Parvónia de África (sem desprimor para os Africanos).
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Frustrantes e negativas as bocas que se ouviam quando o ‘Filipe’ se aproximava do microfone. Para quê ? O ‘Filipe’ interiormente deve ter adorado que o interrompessem sem nexo. Vai recandidatar-se após o Congresso, se entretanto não houver um cataclismo. Se houver, avança outro com menos ‘anti-corpos’ (Rogério Alves ??)
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Muito boa intervenção do elemento do ‘Leão de Verdade’ que defendeu a recomendação ao CD da Auditoria Independente. Pena, este Movimeto, continuar, por opção, ‘clandestino’ em termos mediáticos. Assim, vai continuar a ser ‘toureado’ pela actual equipa dirigente.
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Fui sózinho. Um amigo que devia ir comigo, ficou impossibilitado à ultima hora. Por isso, resolvi ‘acampar’ três cadeiras ao lado da Isabel Trigo de Mira. Ao menos fiquei com a certeza de estar em boa companhia.
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Cheguei a casa quase às 2 da manhã. É preciso ‘estômago’ para isto !
- Fui sózinho. Um amigo que devia ir comigo, ficou impossibilitado à ultima hora. Por isso, resolvi ‘acampar’ três cadeiras ao lado da Isabel Trigo de Mira. Ao menos fiquei com a certeza de estar em boa companhia.
Eu acampei à frente dela e posso dizer o mesmo: está ali uma mulher, com M grande, que sofre imenso pelo Clube. E pode ser tudo, menos capacho situacionista.
Ainda sobre os agradecimentos (obrigado, obrigado), aquando da AG anterior, alguns membros como MRG, 24.661, Santarém, e sobretudo C!lH@, fizeram bons relatos da mesma. Foi em parte graças a eles que fui ontem lá, e que fiz o meu relato.