Portugal receberia uma mesada, mensal, nada de orçamentos anuais, como as crianças
que não sabem gerir o dinheiro.
Deixávamos meia dúzia de Políticos fazerem de conta que mandam, para inaugurarem coisas
e para tirar fotos, teriam um salário máximo de 2 salários mínimos.
Qualquer verba do orçamento teria de ser sufragada por Bruxelas e o mais importante: proibido
fazer dívida para os Portugueses que ainda não nasceram.
O maior entrave a isso são as barreiras culturais, mas os nossos senhores já estão a tratar de as destruir. Depois resta saber se a língua oficial vai ser o árabe ou o inglês.
Não sei é se nós e mais alguns países entram nessa jogada.
Pan-europeismo era uma fantasia que morreu com os fundadores da Europa Moderna.
Felizmente quanto mais tempo passa mais longe ficamos desse cenário, é contra-natura colocar o interesse europeu em frente do interesse nacional.
Então o que achas quando vês por exemplo estados mais pobres na América serem ajudados pela Federação e mais concretamente pelo dinheiro dos contribuintes de estados com melhores condições de vida?
E olha que de um ponto de Vista Étnico a América é bem diversa.
Os estados americanos não têm século de história a viver separados e em conflito permanente.
Isso é uma fantasia, a Europa historicamente tende sempre para a a fragmentação territorial e para o estado-nação.
Cada um governa a sua terra, bem ou mal isso é outra questão, mas porque raio tenho que partilhar um governo com povos com os quais eu não tenho ligação (cultural, etnica, histórica, etc) nenhuma.
Sim, haveria mais Equidade e Igualdade.
Não, devido a diferenças culturais à minima dificuldade tudo seria posto em causa
Sim, mas apenas de um ponto de vista apenas Económico porque culturalmente nunca me sentirei mais Europeu do que Português
Não, os tubarões do Norte e Ocidente da Europa (Alemanha, França, UK...) nunca deixariam que os seus cidadãos recebam menos para que os Estados do Sul tivessem uma melhor qualidade de vida
Não sei/Não sei responde
E que tal “Não, porque não gosto de ser colonizado” ?
O problema dos USA para mim é que aquele país foi inicialmente feito para os WASP (Brancos de Ascendência Anglo-Saxonica e Protestante).
Agora com o aumento de Hispânicos nas Califórnias e Novo Méxicos ou Texas desta vida deverá cair as semelhanças culturais entre os estados do Sul e norte.
O Tratado de Lisboa foi a prova de que a Europa não está preparada para um Federalismo; outra terá sido o Euro. Quando se avança com uma ideia demasiado compromissória, os Estados Europeus rapidamente a colocam em causa e se afastam da mesma. Aliás, diria que, neste momento, estamos a caminhar no sentido inverso, i.e., volta a colocar-se em cima da mesa uma independência dos países, afastando por completo essa ideia. Assiste-se inclusivamente a movimentos independentistas dentro dos próprios países: olhe-se para o vizinho Espanha e para o Reino Unido.
Portanto, não, não acredito na hipótese de uns Estados Unidos da Europa, mas o Coudenhove-Kalergi ficaria orgulhoso deste tópico.
Não tem qualquer ironia, até porque o Coudenhove-Kalergi é o chamado “cidadão do mundo”. É um Januzaj, tinha uma imensidão de nacionalidades e uma ligação muito forte com vários países. Daí que tenha apoiado MUITO a ideia. Digo apoiar porque o homem não teve propriamente uma ideia originária, recuperou algo já anterior e que tinha sido bastante discutido, embora tenha o mérito de ter escrito muito sobre o assunto (foi o 1º a debruçar-se afincadamente sobre isso).
Os E.U.A começaram do zero, língua comum, chacinar os nativos pelos colonos, escravizar negros e um cultura bastante forte, na essência eram o mesmo povo mas por uma questão de organização politica federalizaram-se pois o país é enorme.
Os Europeus têm em comum que todos já participaram em guerras uns contra os outros, culturas totalmente diferentes, línguas ainda mais distintas e uma necessidade fraterna de dinheiro.
Seria necessário muitos séculos de paz na europa para se começar realmente a pensar numa verdadeira união europeia. Estamos num ponto da História muito longe de tal acontecer.
Posto isto, como patriota romântico e de esquerda, é um insulto sequer pensar na dissolução de Portugal. Se houvesse um governo a impor tal coisa, seria dos primeiros a pegar em armas para os combater.
Seria vantajoso desde que todos os países Europeus estivessem de acordo, mas devido às diferenças culturais, não acredito que alguma vez possa ser possível.