A Extrema-Direita em Portugal

Após anos de ausência, a extrema-direita tem nos últimos tempos marcado presença nas páginas dos jornais, se bem que nem sempre pelas melhores razões. Mas qual será o verdadeiro peso deste tipo de movimentos na sociedade portuguesa? Como têm sido encarados pelo povo português? Do MDLP nos anos 70, passando pelo MAN na década de 80, e terminando no PNR dos nossos dias, este tópico tem como objectivo a discussão deste assunto polémico, mas sobre o qual convem ter algumas noções.

Começo por fazer uma pequena resenha histórica de algumas organizações de extrema-direita que surgiram em Portugal depois do 25 de Abril de 1974, neste caso concreto o Movimento de Acção Nacional (MAN) e o bem conhecido Partido Nacional Renovador (PNR), abordando também a sempre polémica relação entre as claques de futebol e os movimentos radicais de direita.

O Movimento de Acção Nacional - Os Skinheads chegam a Portugal

Em Junho de 1985 um grupo de jovens residentes na zona da Amadora regista no cartório a Associação Cultural Acção Nacional. Este colectivo tinha como missão a defesa dos valores nacionais, étnicos, culturais, éticos e espirituais, e as formas de concretizar estes objectivos passavam pela edição de um jornal e de livros. Eram estes os objectivos primários da Associação Cultural Acção Nacional. Os seus fundadores foram Vítor Santos, Manuel Andrade, Alexandre Freire, Paulo Sequeira e José Luís Paulo Henriques, que rapidamente se veio a tornar no líder do grupo, cabendo-lhe também a ideia original de fundar a associação. Este grupo de jovens tinha em comum o facto de pertencerem à classe-média baixa, estarem descontentes com o sistema político vigente na época, que consideravam corrupto, e de simpatizarem com ideais conservadores e nacionalistas. O tempo foi passando, e as posições no seio da associação foram-se consolidando, passando José Luís Paulo Henriques a liderar o colectivo, ao mesmo tempo que alguns dos seus fundadores se iam afastando das suas actividades. Este último, também conhecido por “Zé Gato” (alcunha ganha pelas semelhanças futebolísticas que tinha com o antigo guarda-redes benfiquista), não era propriamente um novato em matéria de actividade política, aos 16 anos já liderava a associação de estudantes do Liceu da Amadora e em 1983 já se encontrava à frente da secção que a Juventude Centrista (JC), a organizaçao juvenil do CDS, tinha nesta cidade dos arredores de Lisboa. No entanto, a militância na democracia-cristã não terá sido suficiente para José Luís Paulo Henriques, que se caracterizava por um aguerrido anti-comunismo e por um saudosismo do Estado Novo salazarista, o que o levou a abandonar a presidência da JC da Amadora. Entretanto, a associação passa a designar-se por Movimento de Acção Nacional (MAN), e começa a dar os primeiros sinais de dinamismo. Em 1986 é editado o primeiro orgão de informação do MAN, o jornal Acção, alguns cartazes começam a surgir nas paredes da zona, e os pedidos de adesão e informação começam a chegar em catadupa à sede do movimento, também situada na Amadora. Naquele que foi o seu primeiro jornal podia-se ler que “o MAN caracteriza-se por uma Terceira Atitude, que se coloca em oposição ao Capitalismo e Socialismo”, sendo o seu lema, explicíto nos cartazes que povoavam as paredes, “Nem Capitalismo! Nem Comunismo! Terceira Via! Por Portugal!”. Esta atitude de inconformismo e de rebeldia em relação ao sistema político vigente, de recusa do Comunismo que tanta agitação tinha provocado uma década antes, que provocou os saneamentos, as nacionalizações e a ocupação de terras, sendo tudo isto materializado no PREC; de desilusão em relação à Democracia Cristã defendida pelo CDS, que se encontrava numa posição cada vez mais redutora em virtude da ascenção do PSD liderado por Cavaco Silva, que por seu lado representava o Capitalismo, destruidor da identidade nacional e adverso às tradições seculares; levou a que muitos jovens aderissem ao MAN, que se apresentava como uma alternativa revolucionária (1). E terá sido esta sugestão de militância política mais agressiva que levou um grupo de jovens, por volta de 1987, oriundos da zona de Almada e que tinham em comum o gosto pela cultura “skinhead” (surgida em Inglaterra no final dos anos 60 no seio dos bairros operários, adepta da diversão regada com muito álcool e de alguma violência à mistura, por oposição ao “peace and love” da cultura “hippie”, e caracterizada por um vestuário e gostos musicais comuns) a aderir ao movimento. Este grupo de “skinheads” da Margem Sul era liderado por Fernando Pimenta, e começam a incutir um novo espírito no MAN, que passa a adoptar a cruz celta como símbolo, e que se materializa na edição do Combate Branco, publicação dirigida aos militantes mais radicais. A influência do movimento chega ao Norte do país, onde começam a surgir os primeiros militantes, nomeadamente no Porto e em Braga, e onde surge a primeira publicação, intitulada Vento do Norte. Mas ao mesmo tempo que o MAN aumentava a sua influência, também os problemas começavam a surgir em quantidade razoável. A adesão dos “skinheads” veio-se a tornar fatal para o movimento, que começou a ser visto pela sociedade portuguesa como um grupo de “cabeças-rapadas” racistas e violentos. A comunicação social começa a reportar alguns episódios de turbulência na noite lisboeta, nomeadamente no Bairro Alto (2), confrontos com outros grupos de jovens e agressões a indivíduos de origem africana começam a ser habituais, começam a surgir os primeiros símbolos de extrema-direita nos estádios de futebol, frases como “Se vires um preto mata-o”, “Poder Branco” ou “Portugal aos Portugueses” começam a aparecer escritas nas paredes de Lisboa, até que chegamos a 1989, ano que se vem a revelar decisivo na história do MAN, e onde se produzem alguns episódios marcantes, não só pela violência que envolveram, mas também pelo impacto que tiveram. Em Maio deste ano o actor João Grosso é agredido por um grupo de sete “skinheads” em Lisboa, tendo perdido um testículo em resultado das agressões, sendo de referir que João Grosso foi agredido por tentar socorrer um jovem que estava a ser espancado pelo mesmo grupo, e a 28 de Outubro José Carvalho, militante do Partido Socialista Revolucionário, um pequeno partido de orientação trotskista, é esfaqueado mesmo à porta da sede do PSR, na Rua da Palma em Lisboa, vindo a falecer. Tudo terá acontecido quando um grupo de “skinheads” oriundo da Margem Sul forçou a entrada na sede do partido, onde estava a decorrer um concerto inserido numa campanha anti-militarista promovida pelo PSR, os militantes trotskistas tentaram impedir a entrada do grupo, e no meio da confusão e das agressões José Carvalho cai no chão vítima dum golpe fatal na zona do coração. A Polícia Judiciária faz algumas detenções, enquanto que algumas vozes defendem que o crime teve motivações políticas. Pouco tempo depois do assassinato de José Carvalho, a 19 de Novembro, no Porto, um grupo de “skinheads” agride dois cidadãos espanhóis no centro comercial Brasília e espanca Francisco Faustino, indivíduo de nacionalidade angolana, sendo abandonado pelo mesmo grupo, inconsciente, na linha férrea. O MAN começa a ficar com a marca das agressões dos “skins” (3). Já a terminar este ano, talvez o mais atribulado da história do movimento, realiza-se um jantar no Porto a 1 de Dezembro, com o objectivo de aproximar a estrutura dirigente do movimento, que estava estabelecida em Lisboa, dos militantes nortenhos. No entanto, o repasto acaba em confrontos entre os dois grupos, o que simbolizava, de certa forma, a fragilidade e as contradições das bases militantes do MAN (4).

1 – Cf. Jornal Semanário, edição de 18 de Setembro de 1993;

2 – Cf. Jornal Tal & Qual, edição de 21 de Julho de 1989;

3 – Cf. A Extrema-Direita em Portugal, ed. SOS Racismo, 1998;

4 – Cf. VEGAR, José – “Áreas Especialmente Sensíveis” in Serviços Secretos Portugueses – História e Poder da espionagem nacional, ed. A Esfera dos Livros, 2007.

A extrema-direita e as claques de futebol

Mas se os anos 90 viram o desaparecimento do MAN, também viram o surgimento da extrema-direita em grande destaque noutros palcos, desta vez menos políticos e mais desportivos. Em 1991, Gaspar Fernandes, responsável operacional da PSP pelo policiamento dos estádios da Grande Lisboa, confirma em entrevista ao Diário de Notícias a presença de elementos da extrema-direita nas claques dos grandes clubes portugueses. Mário Machado, skinhead que vem a ter um enorme protagonismo anos mais tarde, terá tomado contacto com esta ideologia sensivelmente nesta altura, e terá sido nas bancadas do antigo estádio José Alvalade, e no seio da claque sportinguista Juventude Leonina, que pela primeira vez privou com skinheads, conforme o próprio assume em entrevista concedida ao jornal Correio da Manhã em Maio de 2005. Os primeiros anos da década de 90 ficam marcados pelos primeiros episódios de violência protagonizados pelas claques. Em Março de 1992, após o jogo entre Sporting e o F. C. do Porto a contar para a Taça de Portugal, os adeptos sportinguistas envolvem-se em confrontos com a polícia dentro e fora do estádio. Durante esta época de 1991-92, a exibição de bandeiras neo-nazis no seio das claques do Benfica, Sporting e F. C. do Porto são uma constante, mas é na época seguinte, 1992-93, que a situação se agrava, tendo a comunicação social dado grande atenção ao facto. Ainda em 1992, também em jogos a contar para a Taça de Portugal são exibidos símbolos de extrema-direita. Em Loulé, durante o Louletano – Benfica, membros dos Diabos Vermelhos exibem uma bandeira com a cruz suástica, e no Barreiro, no jogo Barreirense – Sporting, uma enorme faixa, contendo a palavra Skinheads e ladeada por uma cruz celta, é colocada na rede do estádio, precisamente na zona onde se encontravam as claques do Sporting. Mas não era só em estádios de clubes pequenos, onde o policiamento é mais fraco, que estes símbolos eram exibidos. Em pleno estádio da Luz, em Lisboa, no jogo que opôs o Benfica ao Dínamo de Moscovo, a contar para a Taça UEFA, a claque No Name Boys exibe uma faixa relativa às Waffen SS, a força de elite do exército nazi. A confirmação da infiltração da extrema-direita nas claques de futebol surge nas páginas da revista Sábado, onde é feita uma reportagem sobre o assunto, e onde membros da Juventude Leonina, incluindo o seu líder Fernando Mendes, posam para a foto fazendo a saudação nazi e segurando uma bandeira com a cruz celta. Mais tarde, em entrevista concedida ao jornal A Bola, o mesmo assume que o fez por uma questão de protagonismo, com o intuito de que a comunicação social desse alguma imagem da claque, e desvaloriza a saudação nazi, afirmando que fez o mesmo aquando do seu juramento de bandeira durante o serviço militar. Mas é no início do ano de 1993 que a opinião pública desperta em definitivo para esta situação. A 3 de Janeiro, durante o intervalo do jogo Belenenses – Benfica, membros afectos à claque No Name Boys provocam incidentes e agridem um funcionário do clube do Restelo, por este ter tentado impedir que os jovens benfiquistas vandalizassem o marcador do estádio, no seguimento dos incidentes é exibida uma bandeira com uma cruz suástica por um suposto membro dos já referidos Diabos Vermelhos, tudo isto captado pelas câmaras da televisão e visto por milhões de portugueses. Dias depois começam as reacções, a direcção do Benfica decide retirar o apoio às suas claques e o presidente do F. C. do Porto, Pinto da Costa, pede a demissão de Dias Loureiro, responsável pela pasta da Administração Interna do governo de Cavaco Silva, responsabilizando-o pelos últimos acontecimentos. A conexão entre este despertar da violência nos estádios de futebol portugueses e as infiltrações da extrema-direita começou a ser feita pela opinião pública, o que ainda perdura, sendo algo sempre reforçado por associações como o SOS Racismo.

Partido Nacional Renovador - O resurgimento da extrema-direita portuguesa no século XXI

No final do ano de 1999 um grupo de simpatizantes da extrema-direita adere ao moribundo Partido Renovador Democrático (PRD) com o intuito de organizar um partido de cariz nacionalista, algo inexistente na época em Portugal. A estratégia consistia na apropriação dum partido já existente e registado no Tribunal Constitucional, na alteração do nome, sigla e símbolo, na subida aos orgãos directivos do partido em questão de membros do grupo, e desta forma nascia no panorama político português um partido nacionalista, algo até aqui inédito, em grande parte devido à dificuldade que os militantes da direita radical tinham sentido em anteriores tentativas na angariação das 5.000 assinaturas necessárias para a formalização dum partido político. A 17 de Março de 2000 entra no Tribunal Constitucional um requerimento por parte do PRD da alteração do seu nome, sigla e símbolo, passando a designar-se por Partido Nacional Renovador, com a sigla PNR, sendo o seu símbolo um facho de cores vermelha, branca e azul. O requerimento era assinado pelo presidente da Comissão Directiva do partido, António da Cruz Rodrigues – que anteriormente tinha formado a Aliança Nacional, organização nacionalista fundada em 1995 que nunca chegou a constituir-se como partido político precisamente por não ter conseguido reunir as 5.000 assinaturas necessárias para esse efeito – e por outros membros da direcção como José David Santos Araújo (presidente da Mesa do Conselho Nacional), Bruno Oliveira Santos (vogal da Comissão Directiva), Eugénio Manuel Campos Godinho e Francisco José Felgueiras Barreto (ambos secretários da Mesa do Conselho Nacional). A 12 de Abril o Tribunal Constitucional aprova o requerimento, e desta forma estava criado o PNR. A controvérsia à volta do PNR começou logo nos primeiros tempos do partido. A 28 de Maio de 2001 o presidente Cruz Rodrigues, por ocasião dum jantar comemorativo do 75º aniversário do golpe de Estado ocorrido em 1926 que impôs a ditadura militar em Portugal, anuncia a intenção do PNR em concorrer às próximas eleições autárquicas marcadas para 16 de Dezembro deste ano. O anúncio provocou a reacção do Bloco de Esquerda (BE), que classificou de “candidaturas fascistas” as intenções do PNR, e apelaram ao Tribunal Constitucional que impedisse a formalização das mesmas. No entanto, o partido avançou com candidaturas nos concelhos de Lisboa e Mafra, acabando por recolher 877 votos, 0,02 % da totalidade dos votos respeitantes ao Distrito de Lisboa, naquela que foi a primeira participação eleitoral do partido. Em virtude do descalabro eleitoral do Partido Socialista (PS) nestas eleições, o Primeiro-Ministro António Guterres apresenta a sua demissão, provocando a queda do governo socialista. O Presidente da República Jorge Sampaio marca novas eleições legislativas para 17 de Março de 2002, às quais o PNR também concorre, recolhendo 4712 votos, 0,09% do total. Durante a campanha eleitoral desta eleição deu-se um acontecimento, marginal à actividade do PNR, que apontou para o ressurgimento dos “skinheads” em Portugal: a 9 de Março um grupo de militantes do BE que se encontrava a colar cartazes na zona de Alcântara, em Lisboa, é atacado por um bando de “skinheads”, acabando por ser esfaqueado um dos militantes bloquistas. O partido só volta a demonstrar sinal de actividade em 2004 com um novo acto eleitoral, as eleições para o Parlamento Europeu realizadas a 13 de Junho, onde obteve 8405 votos, 0,25 % do total nacional, sendo de realçar que obteve o dobro dos votos obtidos nas eleições legislativas de 2002. Contudo, os “skinheads”, que até aqui se tinham mantido numa posição marginal, começam a partir de 2004 a demonstrar sinais de vitalidade e dinamismo, nomeadamente através da organização dum concerto em Loures que contou com presenças internacionais, ao mesmo tempo que se apropriavam da “internet” como meio de difusão de ideais, sendo merecedor de especial destaque o fórum nacional, onde chegou a estar publicada uma lista de “alvos a abater” pelos nacionalistas radicais. Este recrudescimento das actividades dos “skinheads” acabou por ter repercussões no PNR, que passou a contar com um corpo de militantes mais aguerridos e dispostos a fazer também das ruas um espaço de luta política. Desta forma no início de 2005 é organizada em Lisboa uma manifestação contra a entrada da Turquia na União Europeia, encabeçada pela organização Frente Nacional (FN) – onde se inseriam a maior parte dos “skinheads” nacionalistas – e acompanhada pelo PNR. No entanto, a 10 de Junho, precisamente no Dia de Portugal, dá-se um acontecimento que provocou um enorme impacto na opinião pública, em grande parte devido à cobertura mediática: o “arrastão” de Carcavelos. Um grupo de jovens de ascendência africana provoca alguns tumultos na praia de Carcavelos, o que leva a polícia a intervir. A comunicação social chamada ao local fala dum enorme “arrastão” de cerca de 500 jovens negros que provocaram o pânico junto dos banhistas. Ainda neste dia, uma organização nacionalista intitulada Causa Identitária comemora o Dia de Portugal no Largo de Camões, em Lisboa, o que levou um grupo de anarquistas a tentarem atacar os cerca de 50 nacionalistas que se concentravam junto à estátua do poeta Luís de Camões, o que não se concretizou devido à intervenção da PSP. No entanto, a polémica em torno da criminalidade associada às comunidades imigrantes estava lançada, o PNR aproveitou a situação e organizou, juntamente com a FN, aquela que foi considerada como a maior manifestação xenófoba de sempre em Portugal. A 18 de Junho cerca de 300 pessoas juntam-se no Martim Moniz, em Lisboa, e desfilam até ao Rossio, empunhando faixas onde se podiam ler mensagens como “Não existem direitos iguais quando és um alvo por seres branco” e “Imigrantes igual a crime”. Pouco tempo depois, a 17 de Setembro, é levada a cabo nova manifestação na capital, desta vez contra o “lobby gay”, sendo novamente organizada em conjunto pelo PNR e pela FN, acabando por reunir cerca de 100 manifestantes, que se concentraram no Parque Eduardo VII. A toda esta dinâmica demonstrada pelo PNR, em grande parte potenciada pela FN, não é alheia a eleição em Junho de 2005 para a presidência do partido de José Pinto Coelho, que nunca negou o apoio dos “skinheads”, apesar da conotação violenta e racista que estes têm.

  1. O título não deve estar em Caps Lock - lê as regras.

  2. Habitua-te a citar as fontes.

  3. Tornarias a tua contribuição bastante mais rica se desses uma opinião ou fizesses um comentário, não te parece?

Meu caro, a fonte sou eu.

Os textos são da minha autoria, se quiseres dá uma vista de olhos no meu blog http://ultimosanos.blogspot.com

Para além de que num dos textos cito as fontes bibliográficas.

Em relação ao título é um pormenor que se pode mudar.

E já agora, para além das chamadas de atenção também podias fazer um comentário…

O que se quer mesmo são as fontes dos artigos. Não deixarei de lá passar quando tiver tempo.

Já está mudado. Mas se não te tivesse chamado a atenção para as regras, poderia ter de repetir acções semelhantes no futuro.

De facto sendo o texto teu não precisas de fazer comentário nenhum. Quanto a eu fazer um comentário, fá-lo-ei se o vier a ler na íntegra e achar o assunto interessante.

O que se quer mesmo são as fontes dos artigos. Não deixarei de lá passar quando tiver tempo.

Não referi nenhuma fonte porque não tinha a intenção de fazer qualquer publicidade ao meu blog, e como sou eu o autor dos textos não fazia sentido referir uma fonte…

Então caso aches o assunto interessante cá fico à espera do comentário, assunto encerrado.

Acho o artigo uma clara propaganda e garanto que até fiquei confuso pois não sei a favor de quem é a propaganda. Só sei que este não é o local indicado para este tipo de propaganda. Aliás, acho que este é o local onde nem deve existir propaganda a favor de qualquer movimento político, seja ele de esquerda ou de direita ou de centro ou de cima ou de baixo.
Ainda para mais quando poster tem 4 mensagens postadas parece-me que claramente o objectivo dele é fazer propaganda ao seu movimento.
Para bem do fórum e do Sporting e uma vez que já foram apagados posts (que até directa ou indirectamente tinham a haver com o Sporting, como foi o caso recente de um tópico sobre o Rui Santos) acho que este que não tem rigorosamente nada a haver com o Sporting tinha de ser apagado, sob pena de veicular ideais políticas a favor de um suposto “forista” que só veio aqui com esse propósito.

Lendo na diagonal, e não tendo visitado o blogue para obter outro enquadramento, não vejo onde é que seja um artigo de propaganda. E se achas que não tem cabimento no fórum, devias tê-lo reportado. Ou isto é um repto ao autor para se justificar?

Se não é de propaganda, disfarça muito bem :o
Reporta cronologicamente muitas das façanhas dos movimentos de extrema-direita em Portugal. Falem bem, falem mal, mas falem não é ?

Sinceramente tb é um tópico que não me agrada de ver por este forum, espero que a administração tome uma posição em relação a isto.

A única questão que gostaria de ver esclarecida é porque é que alguém se inscreve num fórum de desporto e se estreia com um “post” sobre a extrema-direita, e só um breve comentário noutro tópico. Se o membro em questão quiser esclarecer-nos sobre isso achava bem, mas por enquanto é mesmo só.

Tal como disse o Leao_da_Estrela, o texto é uma resenha histórica dos movimentos de extrema-direita em Portugal e pelos vistos com o objectivo de informar os possíveis interessados. Aliás, textos deste género têm surgido amiúdes vezes em outros fóruns desportivos ou não (a mula da cooperativa foi um dos foruns onde mais dessiminados foram estes posts).
Em relação ao reportar ou não, julgo que os posts que fiz no próprio tópico são um report mais que claro. Normalmente carregamos no link “Denunciar ao moderador” quando não queremos que o visado saiba que fomos nós (não é o caso, não me importa minimamente que se saiba) ou quando o tópico é tão grande que o moderador pudesse ter dificuldade em encontrar o post (também não é o caso).
Quanto ao repto ao autor, julgo que pouco sentido faz pedir ao autor de um tópico deste género que se justifique, quando o autor se regista à 18:00 e faz este post às 22:00. É o segundo post dele e todos os outros posteriores têm a haver com o mesmo assunto. Não é propaganda? Yaaa, pois não. :boohoo:

O “report” serve para ajudar o “staff” a localizar atempadamente mensagens ou excertos delas que possam violar as regras do fórum, permitindo actuar com celeridade caso se justifique, e não para isso que estás a dizer. Compreendam de uma vez por todas que nós não passamos a vida aqui e não temos mesmo a possibilidade de ler tudo, porque isto não é um trabalho a tempo inteiro.

Quanto ao resto já disse o que tinha a dizer no “post” acima. O tópico permanecerá aberto e na forma original até que o autor se volte a pronunciar.

Esse tipo de mentalidade de não discutir certos temas tabu significa que o atrofio cultural a que os portugueses foram sujeitos durante décadas pelo Estado Novo ainda continua a dar frutos. Ainda bem que houve o 25 de Abril para que pudessemos discutir qualquer tipo de assunto sem ter medo de ser preso ou torturado… agora sim podes dizer que estou a fazer propaganda. Enfim…

Em relação ao facto de ter aberto um tópico sobre um assunto político num forum dedicado desportivo, a minha justificação é a seguinte: e então? Qual é o problema? O Sporting não está inserido na sociedade portuguesa? Não está filiado em várias associações e federações, as quais dependem do Estado? Não tem tido uma relação com o poder político, das mais variadas formas, ao longo da sua história? E sobretudo, o tópico foi aberto no sector dedicado a outros assuntos não desportivos, como tal não vejo qual é o problema.
Sou sportinguista, acompanho intensamente o clube, interesso-me pela sua história, agora treinador de bancada não sou. Não percebo nada de futebol, não tenho nenhum curso de treinador, nunca joguei futebol sem ser com os amigos, como tal limito-me a observar.

Para finalizar, pá tenham calma, não stressem, isto é só um forum de discussão, nada mais. Serve para aprendermos alguma coisa e também para mostrar aquilo que sabemos, e foi só isso que fiz, não me interpretem mal. Se acham que fiz mal em abrir este tópico, ok, é a vossa opinião, ainda bem que vivemos em Democracia onde podemos discordar de tudo e de todos, e pronto lá estou eu a fazer propaganda outra vez…

Fiquem bem.

Como disse, e não tenho razões para alterar a minha posição após ler o que escreveste, o tópico vai continuar aberto e na sua forma original.

Passei brevemente pelo blogue. Metade dos artigos são sobre desporto e a outra metade sobre a extrema-direita. Todos essencialmente descritivos. Espero que na tua estadia por cá encontres muitos outros assuntos para discutir. Diverte-te! :beer:

Sem querer entrar em processos de intenção, não lhe chamaria propaganda, mas divulgação é certamente.

Pela minha parte, contudo, não vejo que seja descabida no contexto do fórum. Não acho que a divulgação da extrema-direita, para mais feita de forma razoavelmente factual e objectiva, sem apologias da violência nem propósitos de “recrutamento”, seja uma coisa diferente da divulgação do Linux ou do PES 2008, que são pacificamente aceites noutros tópicos. Esta secção destina-se à “discussão de todos os assuntos que não estejam relacionados nem com o Sporting nem com o Desporto em geral”, e a extrema-direita é sem dúvida um assunto, e por sinal até mais relacionado com o Sporting (por via das claques) do que muitos outros que aqui se discutem.

Parece-me, salvo o devido respeito, que há um bocado de poeira em algumas cabeças. Não tenho simpatia pela extrema-direita, como por nenhum outro extremismo, mas penso que é da essência da democracia que ela (assim como a extrema-esquerda) possa ser discutida, ou pelo menos divulgada, sem tabus nem preconceitos, designadamente aqueles que o presente regime político incutiu nas mentes dos cidadãos e fez constar na lei constitucional.

Divulgação de quê? Já nem pergunto com que objectivos, o autor lá saberá se teve alguns. Parece-me tanto divulgação como um documentário sobre o tema que passasse na RTP, apenas menos enquadrado no meio de divulgação utilizado.

É que, a partir da leitura deste texto ou de outros do blogue, não estou a ver alguém, por muito influenciável que seja, a querer rapar o cabelo e recrutar rapaziada do bairro para ir arrear nuns “blacks” da zona.

Estamos de acordo em tudo, à excepção da terminologia. Quando digo que é divulgação e não propaganda, digo-o precisamente porque reconheço no texto um cariz de informação (com os motivos que forem) sobre a história e actividades, e não de apologia, enaltecimento ou recrutamento.

:arrow:

Se o texto fosse de esquerda (ou extrema-esquerda) aposto que não surgiriam tantos pruridos, muito pelo contrário… tem piada, esta nossa democracia onde de uns tudo é justificável e de outros tudo é condenável. :smiley:

Peço desculpa, Nick, mas esta tua afirmação é um processo de intenção que era escusado. :arrow:

Não percebi o que queres dizer… :think:

Pouco ligo a política e se em umas coisas estou de acordo com a direita, noutras estou de acordo com a esquerda e até te posso dizer que muitas vezes votei no PCP por achar que faziam um bom trabalho na freguesia onde morava… não sou extremista em nada na vida (excepto no futebol :D).

Todos devem ter direito a manifestar os seus ideais, portanto acho ridícula esta reacção a tudo o que se mexa relacionado com a direita enquanto que à esquerda é tudo permitido.
Deixem lá a malta da direita ter as suas manifestações, deixem-nos mandar as bocas que quiserem em cartazes de exterior, desde que o façam dentro da legalidade… se os seus ideais são assim tão terríveis, então nunca deixarão de ser uma pequeníssima minoria que pouco ou nada incomoda.

Agora não façam é à direita o que durante tantos anos foi feito à esquerda… :great: