Melhores de 2012 – Internacional:
[b]20. A Fine Frenzy - Pines
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Paul Banks - Banks
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Between the Buried and Me – The Parallax II: Future
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Tribes - Baby
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Chromatics – Kill For Love
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The Tallest Man On Earth – There’s No Leaving Now
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Passion Pit - Gossamer
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Godspeed You! Black Emperor – Allelujah! Don’t Bend! Ascend!
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Japandroids – Celebration Rock
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Spiritualized – Sweet Heart Sweet Light
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Lianne La Havas – Is Your Love Big Enough[/b]

Para mim, das maiores surpresas de 2012. Aceito o ceticismo quanto à inclusão de La Havas no top 10 de álbuns do ano, e nem sendo um estilo de que goste particularmente, acho fenomenal como a londrina espalha um toque seu em todas as partes da música que faz.
9. Jack White – Blunderbuss

Enfim, Jack White dispensa apresentações, mas havia algumas dúvidas quanto ao resultado deste Blunderbuss que surge algum tempo depois da separação dos White Stripes. White mantem a “magia” que fez da banda conhecida mundialmente e dá lhe um toque incrivelmente pessoal. A instrumentalidade de algumas faixas é viciante.
8. Muse – The 2nd Law

Não vi The 2nd Law em nenhuma das listas de final do ano que espreitei e percebo, mas incluo o trio londrino neste top porque a criatividade que Matt Bellamy e seus compinchas enfiaram no seu sexto álbum é surpreendente, e, para mim, a qualidade advem das experiências que os Muse fazem em todas as faixas, desde um semi-dubstep em Unsustainable ou meter o baixista Chris Wolstenholme a fazer de vocalista em duas faixas. The 2nd Law tem os seus pontos fracos mas no seu auge (que para mim é em Animals) é muito bom.
7. San Cisco – San Cisco

É outra das supresas do ano, aliás, foi aqui neste fórum que os ouvi pela primeira vez e adorei logo a abordagem em Beach. É um álbum sempre consistente e com pitadas de várias bandas – desde Libertines a Vampire Weekend até Beach House - que dão um resultado sólido e confiante. Espero pelos próximos produtos destes australianos, mas é um álbum que não deve desapontar muita gente.
6. Of Montreal – Paralytic Stalks

Foi logo no início do ano que os Of Montreal voltaram à carga depois de alguns trabalhos menos conseguidos e conseguiram um resultado final que não desiludirá os fãs dos norte-americanos, pelo cru liricismo que Kevin Barnes impõe neste seu décimo primeiro álbum, não só pela maneira como é escrito mas pela maneira como é dado aos ouvintes. É para mim um dos essenciais do ano.
5. Bastille – Other People’s Heartache EP

Os Bastille ainda antes de terem lançado o seu álbum de estreia, decidiram dar um test-drive do seu som a quem esperava os seus primeiros originais com este EP de covers que vão desde recriações puras, a estilizações ou até a misturas entre várias músicas. Entre reinventar Titanium de David Guetta e Sia a dar um toque de Requiem For A Dream a Lana del Rey. Está disponível para download no site oficial dos londrinos, que agora estão a pensar em fazer uma segunda versão desta ideia.
4. The Lumineers – The Lumineers

No seu primeiro álbum, esta banda de folk-rock americana, apresenta uma sonoridade fresca e sentida que aliada a uma grande qualidade musical traz aquela que para mim é a revelação do ano. No que respeita a este estilo musical é uma composição muito perto da perfeição que leva este trabalho dos Lumineers a quarto no meu top. E é por músicas como Classy Girls ou Submarines que nunca percebi porque é que são sempre os parentes mais pobres do folk (cof cof Mumford and Sons cof) que chegam aos palcos maiores. Quero acreditar que os Lumineers estarão lá mais cedo ou mais tarde.
3. Metric – Synthetica

Veio para muita gente como um dos menos conseguidos do ano, mas para mim é impressionante como Emily Haines consegue manter os Metric com uma musicalidade irrepreensível desde 2001, coisa que muitas bandas não conseguem, eu, na minha humilde opinião, acho que os Metric não sabem fazer coisas más. De dizer também que foi um lançamento menos espalhafatoso por parte dos canadianos que o anterior Fantasies. Nenhum deles para mim chega à qualidade de Live It Out ou de Old World Underground, mas chega bem para o resto do mundo da música.
2. Kendrick Lamar – Good Kid, m.A.A.d. City

Para muitos o álbum do ano, e basta pôr a tocar uma vez para se perceber porquê. Lamar no seu segundo disco, rebenta com os padrões do rap moderno, com letras honestas, realistas e bem trabalhadas, com refrões e “empréstimos” viciantes e bem aplicados desde o primeiro ao último segundo. Recomendo a toda a gente que goste de música, mesmo a quem não seja particularmente fã do rap norte-americano.
1. Beach House – Bloom

Esqueçam ser um dos melhores (para mim, o melhor) do ano, em 2021, quando se estiver a fazer a retrospetiva desta década, estará lá Bloom. Falo como alguém que achou Teen Dream sobrevalorizado e sem ainda ter ouvido Beach House[álbum] e Devotion, mas é um álbum com uma produção perfeita, com uma preocupação em dar valor a todas os temas, em que todos significam algo diferente a quem o ouve. É uma obra de arte elegantíssima de Victoria Legrand e Alex Sully que não pode passar despercebida a ninguém. Ouçam isto, não se vão arrepender.