Álbuns de 2012 (Melhores, desilusões, nacionais, internacionais, etc)

É quase um crime chegarmos a 21 de dezembro sem este tópico, mas pronto.

[center]
Lista da Uncut
Lista da Rolling Stone
Lista da MOJO
Lista da New Musical Express
Lista da Pitchfork
Lista da Blitz (Álbuns Internacionais)
Lista da Blitz (Álbuns Nacionais)
Lista da Rádio Radar (Álbuns Internacionais)

Melhores Álbuns de 2012 para a Crítica[/center]

Melhores de 2012 – Internacional:

[b]20. A Fine Frenzy - Pines

  1. Paul Banks - Banks

  2. Between the Buried and Me – The Parallax II: Future

  3. Tribes - Baby

  4. Chromatics – Kill For Love

  5. The Tallest Man On Earth – There’s No Leaving Now

  6. Passion Pit - Gossamer

  7. Godspeed You! Black Emperor – Allelujah! Don’t Bend! Ascend!

  8. Japandroids – Celebration Rock

  9. Spiritualized – Sweet Heart Sweet Light

  10. Lianne La Havas – Is Your Love Big Enough[/b]

    Para mim, das maiores surpresas de 2012. Aceito o ceticismo quanto à inclusão de La Havas no top 10 de álbuns do ano, e nem sendo um estilo de que goste particularmente, acho fenomenal como a londrina espalha um toque seu em todas as partes da música que faz.

9. Jack White – Blunderbuss

Enfim, Jack White dispensa apresentações, mas havia algumas dúvidas quanto ao resultado deste Blunderbuss que surge algum tempo depois da separação dos White Stripes. White mantem a “magia” que fez da banda conhecida mundialmente e dá lhe um toque incrivelmente pessoal. A instrumentalidade de algumas faixas é viciante.

8. Muse – The 2nd Law

Não vi The 2nd Law em nenhuma das listas de final do ano que espreitei e percebo, mas incluo o trio londrino neste top porque a criatividade que Matt Bellamy e seus compinchas enfiaram no seu sexto álbum é surpreendente, e, para mim, a qualidade advem das experiências que os Muse fazem em todas as faixas, desde um semi-dubstep em Unsustainable ou meter o baixista Chris Wolstenholme a fazer de vocalista em duas faixas. The 2nd Law tem os seus pontos fracos mas no seu auge (que para mim é em Animals) é muito bom.

7. San Cisco – San Cisco

É outra das supresas do ano, aliás, foi aqui neste fórum que os ouvi pela primeira vez e adorei logo a abordagem em Beach. É um álbum sempre consistente e com pitadas de várias bandas – desde Libertines a Vampire Weekend até Beach House - que dão um resultado sólido e confiante. Espero pelos próximos produtos destes australianos, mas é um álbum que não deve desapontar muita gente.

6. Of Montreal – Paralytic Stalks

Foi logo no início do ano que os Of Montreal voltaram à carga depois de alguns trabalhos menos conseguidos e conseguiram um resultado final que não desiludirá os fãs dos norte-americanos, pelo cru liricismo que Kevin Barnes impõe neste seu décimo primeiro álbum, não só pela maneira como é escrito mas pela maneira como é dado aos ouvintes. É para mim um dos essenciais do ano.

5. Bastille – Other People’s Heartache EP

Os Bastille ainda antes de terem lançado o seu álbum de estreia, decidiram dar um test-drive do seu som a quem esperava os seus primeiros originais com este EP de covers que vão desde recriações puras, a estilizações ou até a misturas entre várias músicas. Entre reinventar Titanium de David Guetta e Sia a dar um toque de Requiem For A Dream a Lana del Rey. Está disponível para download no site oficial dos londrinos, que agora estão a pensar em fazer uma segunda versão desta ideia.

4. The Lumineers – The Lumineers

No seu primeiro álbum, esta banda de folk-rock americana, apresenta uma sonoridade fresca e sentida que aliada a uma grande qualidade musical traz aquela que para mim é a revelação do ano. No que respeita a este estilo musical é uma composição muito perto da perfeição que leva este trabalho dos Lumineers a quarto no meu top. E é por músicas como Classy Girls ou Submarines que nunca percebi porque é que são sempre os parentes mais pobres do folk (cof cof Mumford and Sons cof) que chegam aos palcos maiores. Quero acreditar que os Lumineers estarão lá mais cedo ou mais tarde.

3. Metric – Synthetica

Veio para muita gente como um dos menos conseguidos do ano, mas para mim é impressionante como Emily Haines consegue manter os Metric com uma musicalidade irrepreensível desde 2001, coisa que muitas bandas não conseguem, eu, na minha humilde opinião, acho que os Metric não sabem fazer coisas más. De dizer também que foi um lançamento menos espalhafatoso por parte dos canadianos que o anterior Fantasies. Nenhum deles para mim chega à qualidade de Live It Out ou de Old World Underground, mas chega bem para o resto do mundo da música.

2. Kendrick Lamar – Good Kid, m.A.A.d. City

Para muitos o álbum do ano, e basta pôr a tocar uma vez para se perceber porquê. Lamar no seu segundo disco, rebenta com os padrões do rap moderno, com letras honestas, realistas e bem trabalhadas, com refrões e “empréstimos” viciantes e bem aplicados desde o primeiro ao último segundo. Recomendo a toda a gente que goste de música, mesmo a quem não seja particularmente fã do rap norte-americano.

1. Beach House – Bloom

Esqueçam ser um dos melhores (para mim, o melhor) do ano, em 2021, quando se estiver a fazer a retrospetiva desta década, estará lá Bloom. Falo como alguém que achou Teen Dream sobrevalorizado e sem ainda ter ouvido Beach House[álbum] e Devotion, mas é um álbum com uma produção perfeita, com uma preocupação em dar valor a todas os temas, em que todos significam algo diferente a quem o ouve. É uma obra de arte elegantíssima de Victoria Legrand e Alex Sully que não pode passar despercebida a ninguém. Ouçam isto, não se vão arrepender.

ERRO - apagar

[ul]Não vou colocar números, pois não consigo colocar uns acima dos outros. Vou escrever à medida que me ocorrem :wink:

  • Beach House, Bloom. Álbum soberbo! Nada a apontar. Som cristalino e de excelente qualidade por parte de Victoria e Alex. Sem espinhas.
  • Grimes, Visions - para mim, a surpresa do ano. Versatilidade em doses cavalares
  • Chromatics, Kill For Love - introspectivo, um álbum para os pensamentos perdidos na noite, estados apáticos. Um álbum muito conseguido e bafejado pela sorte.
  • Salto, Salto - pop divertido, salpicado com sintetizadores. Letras catitas, simples, mas que deixam a porta aberta. Grande grande potencial
  • Twin Shadow, Confess - reconheço a superioridade de Forget, mas Confess morde-lhe os calcanhares. Não sou de ligar a músicas de abertura, mas o Golden Light é tão épico a abrir como Pioneer to the Falls dos Interpol. Confess está carregadinho de canções sonantes e dinâmicas.
  • alt-J, An Awesome Wave - não há nada de errado em criar híbridos com diversos instrumentos. Ao contrário de algumas críticas, não considero a sua excentralidade um senão, mas sim o seu quê de diferente e apetecivel
  • The Talest Man On Earth, There is No Leaving Now - o álbum que sublinha que o singer/songwriter não vai morrer.
  • Tame Impala, Lonerism - rock meets electronic no seu expoente máximo. Psicadelismo, estágios sonhadores e ousados.
  • The xx, Coexist - é certo que existe um hype em torno dos xx. Mas a verdade é que a simbiose entre Jamie e Romi é genial. Um perfeito segundo álbum, sem medos. Iguais assim mesmo. Voz angelical de Romi e o toque de Midas de Jamie em tudo o que faz barulho (literalmente) não dão para passar despercebidos neste final de 2012
  • Mumford & Sons, Babel - se The xx sofreram um hype, então este grupo de senhores que empunham guitarras e banjos já não têm para onde se virar. É certo que metade das canções já tinham corrido o mundo, mas canções como Ghosts That We Knew, Broken Crown, Lover of the Light, Lover’s Eyes são, para mim, incontornáveis e trazem um aura diferente de Sigh No More. The Boxer com Paul Simon chega a ser sacrilégio.
  • Grizzly Bear, Shields
  • Orelha Negra, Orelha Negra - das bandas mais versáteis do nosso país. Era muito difícil igualar um álbum como o anterior, mas para improvisar estão cá eles.
  • Django Django, Django Django
  • Cat Power, Sun
  • Alabama Shakes, Boys and Girls - Não são fortes, são fortíssimos. Senhor álbum. Não dá para ficar ao lado deste álbum de rock and roll. Tragam o gelo, que eles o whisky têm lá todo e é do bom.
  • Passion Pit, Gossamer - meus ricos meninos. Gossamer dá-me pontadas de excitação e felicidade. Que dançante 2012.
  • Frank Ocean, Channel Orange - jazzy, electrónico, também chama pelos sintetizadores. Compositor fantasma de tantos nomes do mundo da música, dá também o salto com a mão dos insuspeitos André 3000, John Mayer e, claro, o Pharell
  • Michael Kiwanuka, Home Again - competente, um doce embalo. Para mim, fabuloso.
  • Jessie Ware, Devotion
  • TOY, TOY
  • António Zambujo, Quinto - soberbo.
  • San Cisco, San Cisco - a Austrália é neste momento um ponto riquíssimo de música. Parece que boas bandas nascem como cogumelos. Boa surpresa.

    [li]Fiona Apple, The Idler Wheel - liricismo de top. Estranhamente mais optimista, mas continua na sua senda de histórias de amor, e complexidades humanas. [/li][/list]



    Grandes expectativas para os álbuns de Foals, Sky Ferreira, Phoenix, e tantos, tantos outros. 2012 foi fantástico.[/ul]

Melhores álbuns nacionais:

[b]5. Miúda – Miúda EP

  1. B Fachada – Criôlo

  2. Diabo na Cruz – Roque Popular[/b]

    Jorge Cruz volta em 2012 com o seu projeto “Diabo na Cruz” agora sem B Fachada e mantem o mesmo registo de música tradicional portuguesa fundida com o rock clássico português numa mistura que a própria “banda” denomina de Roque Popular, que é, de resto, o título do álbum. A manter uma sonoridade bastante apelativa, é um conjunto de músicas que só sofre por alguns temas menos conseguidos (como,aliás, no anterior Virou), apresenta-se logo de início em Bomba-Canção e tem no outro single Luzia o ponto mais alto do álbum com um “nod” a Viana do Castelo.

2. Wraygunn – L’Art Brut

Já é certo que Paulo Furtado nunca desiste da música, tanto que decidiu voltar à carga este ano reunindo os Wraygunn neste L’Art Brut. No seu estilo semi-depressivo, semi-intelectual, Furtado faz aquilo que gosta de fazer. E quem gosta da sua música agradece.

1.Uni_Form - 1984

Vou ser honesto, já existem há muito tempo e só dei por eles este ano. No entanto, esta banda foi uma agradável surpresa e demonstra qualidades que há muito tempo não ouvia em bandas nacionais. Recomendo a quem goste de Interpol e bandas parecidas, são bastante apreciáveis.

O meu top15 sem ordem de preferência definida:

Alabama Shakes - Boys And Girls
alt-J - An Awesome Wave
Beach House - Bloom
Chromatics - Kill For Love
Django Django - Django Django
Hot Chip - In Our Heads
Michael Kiwanuka - Home Again
Mumford & Sons - Babel
Passion Pit - Gossamer
Perfume Genious - Put Your Back N 2 It
Salto - Salto
Tame Impala - Lonerism
The Tallest Man On Earth - There’s No Leaving Now
The xx - Coexist
TOY - TOY

Lanço mais um nome para a discussão, uma vez que as listas vão acabar por ser, inevitavelmente, semelhantes.

Andrew Bird - Hands Of Glory

Um dos melhores músicos que já vi e ouvi.

E noutros géneros, não houve nada de jeito?

Não sei se estavas só a falar com um membro ou com o tópico em geral, mas eu no meu top tenho metal, rap, dream pop, rock alternativo, rock, post-rock, indie pop e se quiseres ainda consegues esgalhar mais um ou dois genres.

Era no geral e não era uma crítica.
Admito que não conheço mais de metade das bandas aqui colocadas, mas das que conhecia eram todas um bocado dentro do mesmo género, daí a questão.

Sacrilegio, esqueci-me do Andrew :open_mouth:

Não sei se são os melhores, mas são sim alguns dos meus favoritos do ano:

Efterklang - Piramida
Bobby Womack - The Bravest Man in the Universe
Band Of Horses - Mirage Rock
Gary Clark, Jr. - Blak and Blu
Damien Jurado - Maraqopa
John Mayer - Born And Raised
Japandroids – Celebration Rock
Frank Ocean - Channel Orange
Chromatics - Kill for Love
Death Grips - The Money Store
The Avett Brothers - The Carpenter
Stone Sour - House of Gold & Bones, Pt. 1
Dinosaur Jr. - I Bet On Sky
Michael Kiwanuka - Home Again
Grimes – Visions
Flying Lotus - Until the Quiet Comes
Kendrick Lamar – good kid, m.A.A.d city
Godspeed You! Black Emperor - 'Allelujah! Don’t Bend! Ascend!
Father John Misty - Fear Fun
Bill Fay – Life Is People
Swans - The Seer
Willis Earl Beal - Acousmatic Sorcery

Estou-me a esquecer de uns quantos de certeza, e há outros tantos que ainda estou para ouvir.

Com pés e cabeça só ouvi um álbum, em 2012, portanto, a minha escolha recai apenas sobre esse :

Era o álbum que mais aguardava, e não desiludiu. Quem gostou do Diamond Eyes de certeza que também irá gostar deste. Destaco, Swerve City, Romantic Dreams, Leathers, Entombed, Tempest, Rosemary, What Happened To You.

Está porreiro sem duvida, e aquela Leathers rebenta tudo, mas ainda assim acho que está um nível abaixo do Diamond Eyes.

As minhas escolhas:

Lacuna Coil - Dark Adrenaline
Alt-J - An Awesome Wave
The Smashing Pumpkins - Oceania
The Presets - Pacifica
The xx - Coexist
Chromatics - Kill for Love
Mumford & Sons - Babel
Tame Impala - Lonerism
Calvin Harris - 18 Months
Deftones - Koi No Yokan
Soundgarden - King Animal
Iron Maiden - En Vivo!
Frank Ocean - Channel Orange
Three Days Grace - Transit of Venus

Desilusões do ano:
The Shins - Port of Morrow
The Killers - Battle Born
Swedish House Mafia - Until Now
Lana del Rey - Born to Die
Marina & the Diamonds - Electra Heart
The Presets - Pacifica
Blood Red Shoes - In Time to Voices
Grimes - Visions

Sobrevalorizados do ano: (na minha opinião, claro está)
The xx - Coexist
Mumford & Sons - Babel
Twin Shadow - Confess
Alt-J - An Awesome Wave
Django Django - Django Django (não desgosto, no entanto)
Fun. - Some Nights
Two Door Cinema Club - Beacon

Gostei de :
METZ - METZ
Mars Volta - Noctourniquet
Converge - All we love we leave behind
Grizzly Bear - Shiels
Katatonia - Dead End Kings
Tame Impala - Lonerism
Neurosis - Honor Found in Decay
XXYYXX - XXYYXX
Flying Lotus - Until the Quiet Comes
Old Man Gloom - NO
Alabama Shakes - Boys & Girls
Godspeed You! BLack Emperor - Don’t Bend!Ascend!
Death Grips - Money Store
Gojira - L’Enfant Sauvage
Mono - For My Parents
Meshuggah - Koloss
Tallest Man on Earth - There’s No Leaving Now
Crippled Black Phoenix - (Mankind) The Crafty Ape
Tenho aqui para o ouvir o dos Crystal Castles, Paul Banks , Gallows, Liars , Smashing Pumpkins, Swans e Trail of Dead entre outros, tanta coisa ^-^

Os melhores para mim:

Young Guns - Bones
Lana Del Rey - Born To Die
Issues - Black Diamonds
Enter Shikari - A Flash Flood of Colour
Cloud Nothings - Attack On Memory
I See Stars - Digital Renegade
Architects -Daybreaker
Memphis May Fire - Challenger
The Gaslight Anthem - Handwritten
While She Sleeps - This Is The Six
Yellowcard - Southern Air
Lower Than Atlantis - Changing Tune
Woe Is Me - Genesi(s)

2013 é ano de Sempiternal!

Vou só deixar um porque a maior parte dos que mais gostei já foram referidos.

DIIV - Oshin