«Projecto» ou... aborto?

Quando um dos muitos primos que eu tenho na minha família me perguntar o que é o «Projecto», nem sequer vou necessitar de abrir a boca. Passo a gravação deste Sporting-Leiria, pois está cá tudo o que de nocivo este tal «Projecto» tem representado para o meu clube. A saber, plantel descapitalizado, mau futebol, estádio com fraquíssima lotação a deixar subentender um divórcio crescente entre os adeptos e a equipa, etc, etc.

Esta é a verdadeira face do «Projecto». O tal «Projecto» que visava dotar o clube de infraestruturas e condições ímpares para cortarmos de vez o cordão umbilical com a dependência dos resultados no futebol e fazer do Sporting um clube formador por excelência, à imagem do Ajax. Será que estão lembrados disso? Um «Projecto» que previa que em 2005 o passivo estivesse a zero ou muito próximo disso e que passássemos naturalmente a ganhar pelo menos 3 campeonatos em 5 épocas. Ainda se recordam?

No passado, não tínhamos uma situação financeira muito estável, é um facto, mas íamos tendo boas equipas. Presentemente, não temos nem uma coisa, nem outra e é mais que chegado o momento de perguntar que coisas boas é que efectivamente o tal «Projecto» nos trouxe em termos estruturais. Dinheiro para investirmos em grandes jogadores, não foi de certeza, pois o desinvestimento na equipa de futebol é uma constante. Clube formador que adopta a política de fazer agora para consumir e vender depois, também não somos, pois para tal, falta muita coisa, ou quase tudo - maior índice de aproveitamento de jovens provenientes das camadas jovens, criação de um modelo de jogo e métodos de trabalho transversais a todos os escalões (séniores incluídos) para que os jovens que transitem dos júniores para os séniores não sintam tanto a mudança, articulação entre os técnicos de todos os escalões de molde a uniformizar conceitos e por aí fora. Nem sequer o facto de continuarmos a aproveitar jogadores das camadas jovens é da responsabilidade do «Projecto», pois o Sporting sempre foi o melhor clube formador em Portugal e que o diga quem como eu assistiu a treinos dos escalões de formação à noite, no campo pelado em frente ao antigo estádio e com luz artificial.

O que é o «Projecto» em termos resumidos? Eu respondo: Um estádio e uma Academia.

Todos nós aqui temos direito às nossas opiniões e pelo que já me conhecem do tempo que já cá ando, sou um intransigente defensor da pluralidade das mesmas, mas deixem que vos diga que é com um sorriso nos lábios que encaro a posição de alguns foristas quando chegam ao cúmulo de considerar o Dr. Roquette e o «Projecto» como o grande Salvador, El-Rei D. Sebastião vindo directamente do nevoeiro, mais ainda, como a única solução para a mais que eminente catástrofe que seria o desaparecimento do Sporting Clube de Portugal do mapa. Ó meus amigos!.. Mas alguém acredita de forma convicta que o Sporting desaparecesse, fosse qual fosse o futuro do Sporting? Respondam sinceramente…

Há alguns dias atrás, quando disse que os grandes interesses de José Roquette eram os terrenos onde assentavam o antigo estádio, limitando-me a revelar apenas aquilo que ia ouvindo em surdina por pessoas que não andam cá para ver passar os carros eléctricos e que sabem aquilo que dizem, ia caindo aqui o Carmo e a Trindade. «O «Projecto» não é mau, é bom para o clube», dizem alguns; «O «Projecto» é positivo, está é a ser mal conduzido pelos actuais dirigentes da SAD», diziam outros. Estas são as 2 frases que melhor têm traduzido as posições vincadas neste fórum. Em relação à 1ª frase, já disse da minha justiça; em relação à 2ª, eu quero apenas aqui lembrar a entrevista rápida feita recentemente a José Roquette, em pleno momento de crise do Sporting e um pouco antes de Dias da Cunha pedir a demissão. Instado a comentar o momento que o clube atravessava na altura e perante tamanho descalabro, o mínimo que se exigia a Roquette, seria um «Não comento». Em vez, disso, o antigo presidente do Sporting, mentor do famoso «Projecto», veio em defesa do amiguinho cooptado, solidarizando-se com esta SAD e com todo aquele vergonhoso estado de coisas, o que apenas vem provar em meu entender, que para ele, o «Projecto» não sofreu nenhuma alteração nem nenhum desvio, nem está a ser mal conduzido, não Senhor, ao contrário daquilo que alguns aqui defendem. A realidade é clara como a água: José Roquette está tão preocupado com o futuro do Sporting-clube, como Bush está preocupado com o tratado de Kyoto, pois de outro modo, seria obrigado a comentar os motivos que estão na base de um tão evidente descalabro de gestão: menos equipa, menos clube e mais passivo. Os números estão aí para o confirmar, logo, não há como desmentir e nem sequer os 2 campeonatos que entretanto conquistámos durante o seu consulado podem justificar esta miséria Franciscana, mais que não seja porque aconteceram sem que o «Projecto» os prevesse (não são palavras minhas, mas do próprio José Roquette).

Isto está realmente mal a todos os níveis e ainda bem que se aproximam as eleições. Neste momento, já não sei se me «apetece» continuar a apoiar o aborto, perdão, «Projecto», mesmo que de cara lavada e com outra roupagem, ou se prefiro antes uma candidatura de rotura com este actual marasmo em que o clube está mergulhado, mas sem loucuras e aventureirismos. Apenas uma candidatura que devolva o clube aos sócios e que me faça sonhar de novo e acreditar que podemos continuar na nossa demanda: a de ser tão bons como os melhores. :!:

Está bem visto, sim senhor. =D>

Muito boa analise. Concordo com quase tudo. Aliás, para mim o melhor exemplo do “projecto”, e o mais recente também, foi quando em plena época de crise se congratularam pelo exercicio positivo de 16 milhões de €. Aí mostraram todos os fundamentos básicos do “projecto”.

hoje ouvi o “pescoço de avestruz” na TSF às 5 da tarde e quem me dera não ter ouvido.

Inicialmente (apanhei já em curso) gostei da forma de o homem falar, a anos luz de distância de DC, tanto na fluência do discurso como sobretudo (e isso é que interessa) da clareza das ideias… só que… a páginas tantas lá começaram a chegar os autismos incontornáveis de um “projectista” cego…

a gota de água foi quando foi confrontado com as saídas dos últimos 3 presidentes: nenhum deles terminou mandato. Foi então que ernesto deu sinais de autismo a 100% ao dizer que esse facto era uma “crueldade” que advinha do facto de o projecto ter decidido que os contratos seriam sempre para serem cumpridos, mostrando incompreensão para com o desfecho dos presidentes projectistas… foi aí que percebi que o ernesto é mais um…

é que senhor ernesto… assim como ridículo e contraproducente foram as épocas de mudança de rostos à mínima falha (às vezes nem isso), também o reverso da medalha é altamente prejudicial em termos desportivos, e a bem de um principio base correcto (o dos “contratos”) não se pode levar as coisas a um nível de rigidez que provoca os problemas vividos ciclicamente nos últimos anos, com o prejuizo desportivo e financeiro que daí advem.

O presidente que se agarra à teoria dos contratos mesmo quando todos os principios de gestão racional indicam caminho contrário é tão irresponsável como os Sousa Cintras desta vida que despediam por paixões queirozianas. O resultado é o mesmo.

Portanto… o Ernesto já o topei. Percebe tanto disto como eu percebo de cricket.

Só tenho tempo e pachorra para ler este (bem-vindo) testamento amanhã, mas prometo comentar.

Convido todos os foristas a passarem pela sala(?) de sócios do Sporting Clube de Portugal. É o paradigma da forma como os sócios são tratados neste clube. Nem nos tempos de Jorge Gonçalves e Sousa Cintra, os sócios eram tratados com semelhante despeito.

Nem sequer vou fazer mais comentários. Simplesmente passem por lá e digam depois se acham normal aquilo que viram… :!:

correndo o risco da síntese - e concordando com o Always - o Projecto jaz morto e arrefece por, pura e simplesmente, ter esquecido a alma do Sporting: os sportinguistas…

É natural que nesta fase negra do clube em termos desportivos, surjam vozes de discordancia.

Não se podem equiparar as situações antes e depois Roquette. Sousa Cintra e os seus antecessores eram gastadores incontroláveis, tendo levado o clube a uma situação insustentavel. O pior de tudo é que o Sporting NADA ganhou durante 17 anos, mas pelos vistos eramos óptimos, tinhamos grandes equipas…mas nao ganhavamos nada! Ora, nao entendo esta tão proclamada gestão. O Sporting se continuasse naquele rumo poderia ser catastrofico.

Neste momento, o défice é enorme, mas tem forma de conseguir controla-lo dadas a maiores fontes de receita, que entretanto o clube criou. Era um caminho irreversivel, e felizmente que alguem teve coragem para inicia-lo e alguem que quisesse continua-lo.

O propagandismo e o show-off seriam facilmente alcançados, bastava mandar umas bocas contra os lampioes e comprar jogadores “conceituados” acima das possiblidades do clube, mas não, pelo contrario, os dirigentes sujeitaram-se ao enxovalho de que estao a ser alvo por parte dos adeptos.

É uma discussão que devia ser feita, mas se calhar ainda há muita gente que não a quer fazer.

Como em tudo existiram coisas bem feitas, mas infelizmente a maior parte delas (em meu entender) foram mesmo mal feitas.

No entanto era importante discutir-se o assunto a uma nova luz, a cada vez mais evidente inoperancia dos nossos gestores para por em pratica uma ideia com bastantes virtudes.

No entanto uma correcção Always… o que foi prometido foi o equilibrio das contas, não o fim do passivo, até pq perante o investimento em infraestrutura era impossivel terminar com o passivo.

Pessoalmente e apesar dos “festejos” de DC na ultima AG, acho que ainda estamos longe desse equilibrio e se os resultados dos ultimos 2 anos foram aparentemente bons, as razões para isso são conhecidas e não se devem a boa gestão, pelo menos a gestão estruturante.

É natural que nesta fase negra do clube em termos desportivos, surjam vozes de discordancia.

Não se podem equiparar as situações antes e depois Roquette. Sousa Cintra e os seus antecessores eram gastadores incontroláveis, tendo levado o clube a uma situação insustentavel. O pior de tudo é que o Sporting NADA ganhou durante 17 anos, mas pelos vistos eramos óptimos, tinhamos grandes equipas…mas nao ganhavamos nada! Ora, nao entendo esta tão proclamada gestão. O Sporting se continuasse naquele rumo poderia ser catastrofico.

Neste momento, o défice é enorme, mas tem forma de conseguir controla-lo dadas a maiores fontes de receita, que entretanto o clube criou. Era um caminho irreversivel, e felizmente que alguem teve coragem para inicia-lo e alguem que quisesse continua-lo.

O propagandismo e o show-off seriam facilmente alcançados, bastava mandar umas bocas contra os lampioes e comprar jogadores “conceituados” acima das possiblidades do clube, mas não, pelo contrario, os dirigentes sujeitaram-se ao enxovalho de que estao a ser alvo por parte dos adeptos.

Estás a cometer um erro de interpretação. Eu nunca disse que «no tempo da outra Sra. é que era bom». Não pretendi fazer a apologia das gestões de Sousa Cintra, Nem de outro presidente qualquer; aliás, quem o os invocou foste tu. Eu apenas chamei a atenção para o facto do clube se ter vindo a depauperar ano após ano e estar agora pior que estava antes em termos financeiros.

Contudo, não deixa de ser algo curiosa essa tua análise sobre a forma errada como o clube estava a ser gerido. Dizes que se gastava muito dinheiro à toa com jogadores «conceituados» e que o clube estava a ser levado para uma situação insustentável. Bom, actualmente, a política é diametralmente oposta e nem por isso a nossa situação financeira melhorou, bem antes pelo contrário e os (malditos) números aí estão para o confirmar. Tenta explicar-me em que moldes consideras esta gestão melhor que a do presidente que invocaste. Há mais receitas? Há menos despesas? Porque temos o passivo que temos?

Desculpa, mas há qualquer coisa que não está bem, ou então, na matemática, 2 mais 2, não são igual a 4. :?:

No entanto uma correcção Always... o que foi prometido foi o equilibrio das contas, não o fim do passivo, até pq perante o investimento em infraestrutura era impossivel terminar com o passivo.

Desculpa, Rui, mas foi. O que foi prometido por José Roquette, foi que o passivo estaria zerado ou muito próximo disso em 2005. Não te lembras do famoso discurso do «Passivo zero»?

De qualquer dos modos, mesmo que tivesses razão naquilo que afirmas, não consta que haja equilíbrio nas contas, pois o passivo tem vindo a aumentar. Se calhar, durante o próximo ano (ano de eleições) muita coisa vai ser revelada e então falaremos melhor sobre esse tal equilíbrio de contas… :arrow:

o alto défice actual é decorrente essencialmente da constução do estádio. Mas o mais importante, e aquilo que queria referir, é que o clube tenha capacidade para gerar receitas que cubram as despesas. Estas são imensamente inferiores nestes tempos, conforme se tem vindo a constatar nos orçamentos para a equipa de futebol. Por outro lado, as receitas em termos de patrocinios e de bilheiteiras aumentaram exponencialmente…entre outras coisas…

Como deves calcular nunca niguem prometeu em 2005 défice zero…isso é impossivel.

Efectivamente este é o ano do deficit zero!
Senão, vejamos: 14 golos marcados - 14 golos sofridos= deficit 0 :roll:

O que foi prometido por José Roquette, foi que o passivo estaria zerado ou muito próximo disso em 2005. Não te lembras do famoso discurso do «Passivo zero»?

É impossivel uma empresa ter “passivo zero”. Os pasquins é que não percebem patavina de contabilidade nem de gestão de empresas e confundem os conceitos.

Relativamente ao texto inicial, é mais uma vez um texto a bater no ceguinho, compreendo o texto mas não ocmpreendo a necessidade de repetir pela 6535224ª vez as mesmas ideias.

Perguntaste ao SuperLiedson porque é que hoje estamos “melhores”. Eu pergunto ao contrário, usando palavras tuas:

"Tenta explicar-me em que moldes consideras esta gestão PIOR que a do presidente que invocaste. Há MENOS receitas? Há MAIS despesas? Porque TINHAMOS o passivo que TINHAMOS? "

o alto défice actual é decorrente essencialmente da constução do estádio. Mas o mais importante, e aquilo que queria referir, é que o clube tenha capacidade para gerar receitas que cubram as despesas. Estas são imensamente inferiores nestes tempos, conforme se tem vindo a constatar nos orçamentos para a equipa de futebol. Por outro lado, as receitas em termos de patrocinios e de bilheiteiras aumentaram exponencialmente...entre outras coisas...

Como deves calcular nunca niguem prometeu em 2005 défice zero…isso é impossivel.

Défice zero não é impossivel, passivo zero é que é.

Mas o enorme passivo que temos não é só devido ao estádio e academia, isso já foi usado como argumento mas não é verdade, basta ver o valor investido 115 MEUR (15 MEUR na Academia e uns 100 MEUR no Estádio), e o passivo já deve andar pelos 300 mil.

300 mil menos 115 mil menos uns 50 mil (que era o valor aproximado do passivo há 10 anos, este não o podemos imputar ao “Projecto”) = 135 MEUR de passivo que não se justificam pelas infraestruturas. Então justificam-se como?

Justificam-se porque o equilibrio entre proveitos e custos foi desastroso desde sempre, ou pelo menos desde os últimos 30 anos, em que os montantes gastos aumentaram tanto que os presidentes com dinheiro deixaram de ter capacidade de meter do bolso deles, a fundo perdido, como tantas vezes sucedia anteriomente.

135 MEUR a dividir por 10 anos dá 13 M EUR que são os prejuizos que todos os anos o Sporting dá porque gasta mais do que tem. Valor este devido em 80% aos salários dos jogadores. Cortanto nestes custos (a grande crítica que se faz ao “Projecto”) o défice anual diminui, e quando passar de défice a superavit, então nesse momento é que se começará a descer o passivo.

Desculpem lá o paleio, era só para esclarecer alguns conceitos, mas quem perceber pouco de contabilidade vai ficar na mesma (não é nenhuma ofensa, é apenas a realidade). Nem sequer tenho a certeza dos números, por acaso gostava que um forista que costuma estar bem informado (acho que é o FLL, mas não tenho a certeza) pusesse aqui os verdadeiros números.

Já aqui deixei os numeros (creio que correctos, foram dados pelos dirigentes actuais) relativos a passivo AR e DR.

AR= 60 milhoes

DR= 420 milhoes

Em infraestruturas (todas) foram gastos pouco mais que 200 mihoes, não me lembro agora do valor exacto mas tenho-o aí algures.

Se me explicarem que a gestão foi boa com o agravamento do passivo em quase 200 milhões de euros estão á vontade.

Quanto ao incremento das receitas, isso tem muito que se lhe diga. Veja-se o exemplo do flop Alvaláxia, veja-se a ruína do Bingo, veja-se que não fazemos receitas com a Academia, veja-se que fazemos metade ou menos de receitas que os adversários directos (tb gastamos metade, é verdade :roll: )…

Always - Estou quase certo de ter escutado sempre a data de 2005 para estabilização e equilibrio de contas. Não vejo como poderiam, investindo 200 milhoes de euros, prever sequer redução do passivo.

E duvido muito que consigamos essa redução, se nem as contas conseguimos equilibrar. No máximo conseguimos uns lampejos positivos no cash flow, o que vai permitindo a gestão do dia a dia… não foi no entanto isto que foi prometido certamente, como aliás já referi no 1º post.

Obrigado pelos números mas acho que estarão errados. Se tivessemos investido 200 M e o passivo tivesse aumentado exactamente o mesmo, seriam óptimas notícias! Quereria dizer que em 10 anos se manteve o equilibrio de contas, o que sabemos que não é verdade, o Sporting e todos os outros grandes (e todos os clubes de futebol em Portugal) dão grandes prejuizos, aumentado portando o passivo todos os anos.

Receitas: não podemos comparar com o FCP que é de longe quem faz mais dinheiro, por 2 vias, Champions League e venda de jogadores. Com o asselebê, as contas são totalmente irrealistas e camufladas, eles fazem pouco mais dinheiro que nós mas gastam muito mais, vá-se lá perceber como…

Estive a procurar nos meus arquivos e o mais recente que tenho é:

Valores no final do exercicio de 2005

Passivo ass_ele_bê: 324 M EUR (154 clube, 122 SAD, 48 ass_ele_bê estádio). Passivo bancário = 130

Sporting:
Passivo clube: 105 (em 2002: 142)
Passivo SAD: 122 M EUR (igualzinho ao dos orcs)

Passivo bancário clube: 34

Património em 2000: 54
Em 2005: 228

Estive a procurar nos meus arquivos e o mais recente que tenho é:

Sporting:
Passivo clube: 105 (em 2002: 142)
Passivo SAD: 122 M EUR (igualzinho ao dos orcs)

Passivo bancário clube: 34

Património em 2000: 54
Em 2005: 228

Descascando estes números…
O passivo está em 227 M EUR
O património adicional (academia e estádio) aumentou 174 M EUR (15 + 159).

Por isso do passivo de 227M, 159M são das infraestruturas -> sobram 68 M EUR do resto. Parte deste passivo vem de trás, por isso o equilibrio das contas ainda não foi atingido mas não andamos muito longe. Recordo este ano que deu lucro, tanto no clube como na SAD, e que as previsões até 2010 da SAD dizem que haverá lucro todos os anos excepto 1 ano.

2 dos fundamentos do projecto estão a ser alcançados:

  1. infraestrutura
  2. equilibrio de contas

O 3º será o aspecto desportivo, ganhamos 2 campeonatos nestes 10 anos. Não é bom, mas convém recordar o dominio que o FCP tinha em 1995-2000. Com o equilibrio das contas será possivel começar a manter os jovens no clube e não os despachar à primeira oferta. Temos aí uma fornada de jovens que pode vir a dar que falar (as crónicas do nosso Coração de Leão & associados assim o indicam relativamente aos juniores e juvenis, já sem falar dos 8 convocados para os sub-21).

Isto tudo com péssimas decisões pelo meio, coisas incompreeensiveis e incompetência atroz. Quando atinarmos, o futebol em Portugal vai tremer.

Eu acredito. Não necessariamente nestas pessoas, mas pelo menos neste rumo, e alegra-me que os potenciais candidatos digam que se está no bom caminho e que o rumo será mantido.

Não há afinal muito para comentar. Todos os que me lêm sabem que nunca gostei de Dias da Cunha e abomino Soares Franco. Talvez fosse bom uma mudança no estilo e no conteúdo da gestão do clube. Todavia, não embarcarei em propostas aventureiristas encabeçadas por Duques, Condes ou Marqueses. Avaliarei as candidaturas que se apresentarem e votarei na melhor (ou na menos má) ou em branco, se não houver nenhuma defensável.