Voleibol Feminino - Época 2019/2020

Bonito serviço:* «Recordar é viver: Voleibol feminino foi campeão há 1 ano»


Era Sábado, o de Páscoa, nesse dia 20 de abril de 2019. Faz hoje um ano. O Sporting Clube de Portugal recebia o adversário direto pela subida de divisão, o CD Aves. Uma vitória garantia o campeonato e consequente subida de divisão.

Mesmo sabendo que somos o Sporting, e conhecendo a nossa história, digo-vos que era impossível perder aquele jogo. Digo-vos mais, se jogássemos 30 vezes com o CD Aves naquele dia, ganharíamos 30 vezes. Uma motivação fora dos limites legais e uma competência técnica que ultrapassava a perfeição.

Recordo as palavras ditas há um ano. Não consigo dizer melhor:
“Quem já praticou um desporto coletivo sabe o significa a união de um grupo. A forma como os atletas estão em comunhão mostra bem o potencial de sucesso da equipa. Este Sporting era um corpo só. Claro que a forma como festejam já mostra a empatia das jogadoras, mas reparar na forma como se apoiavam depois de um ataque falhado, num serviço errado ou numa derrota é de uma dimensão leonina! Era delicioso assistir à forma como as meninas se relacionavam.

O sucesso, as conquistas são sempre uma consequência de uma ação premeditada nossa. Por isso, eu não agradeço as vitórias, normalmente eu celebro vitórias e agradeço o trabalho.

Foram estes os nomes que ficaram tatuados na taça de campeões:
4 – Sarra Serrano (c)
20 – Beatriz Rodrigues
10 – Francisca Rodrigues
2 – Catarina Barbosa
18- Kate Yeazel
8 – Rita Mira
7 – Natalya Haramisiyv
6 – Dalliane Dias
14 – Bárbara Pereira
15 – Rachel Cox
3 – Fernanda Silva
19 – Luísa Vitorino
9 – Matilde Saraiva
11- Maria Palma
13 – Mariana Veiga
17 – Daniela Loureiro
Equipa técnica – Liderada pelo mister Rui Costa

Obrigado pela atitude. Obrigado pela entrega. Obrigado pelo esforço. Foi um prazer enorme acompanhar as campeãs nacionais da 2ª divisão de voleibol.”

Termino dizendo que, pelo percurso que está a ser feitos nestes últimos 3 anos, o projeto do voleibol feminino do Sporting Clube de Portugal é, sem dúvida, o mais rigoroso, profissional e bem planeado no nosso clube.

Força Sporting!
Queremos todos o título da 1ª Divisão. Para quando será isso meninas?

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol) –

A Tasca do Cherba

Bonito serviço:* «Qualquer pai fica orgulho de ver a sua filha com a camisola do clube que gosta desde que nasceu»

Hoje há entrevista na Tasca. Vamos a isso.

Este ano despedimo-nos do poeta Pedro Barroso que tem uma música que é a cara desta nossa craque. A música chama-se “Bonita” e o primeiro verso soa assim: “Primeiro, foram as mãos que me disseram que ali havia gente de verdade”. Sim, ela cativa-nos com as suas mãos. No entanto, as histórias começam-se a contar pelo início, por isso…. Era uma vez uma menina muito pequenina que escolheu gostar do Sporting Clube de Portugal, tal e qual o seu pai. Tantos de nós já nos podemos rever neste pedacinho.

A menina cresceu e apaixonou-se por um desporto emocionante como é o voleibol. Desde esse dia, decidiu andar de mão dada, não largando mais. Parece daqueles amores que durará uma vida inteira.

A menina cresceu, treinou, conquistou e tornou-se uma referência no desporto que tantas alegrias lhe tem dado. Agora mulher, chegou-nos à vista. Entrou-nos pelos olhos. A história desta menina cruzou-se com a nossa, sportinguistas.

Vestida de verde e branco, como sempre o fez, a Menina Adepta Sportinguista transformou-se na Mulher Adepta e Jogadora do Sporting Clube de Portugal. Esta menina transformada em craque chama-se Ana Couto e convidámo-la a vir sentar-se connosco à mesa na Tasca. Chegou vestida à Sporting e a sorrir porque sabe que esta casa também é sua.

Em tempos escrevi que o teu sorriso te revelava. Acertei no teu segredo do sucesso?
Acredito que sim. Eu costumo dizer muitas vezes que se não jogar feliz parece que o jogo/desporto não tem tanta piada. Tive treinadores que me disseram muitas vezes, “se não jogares com um sorriso na cara vou-te tirar”. E, hoje em dia, tenho a certeza que isso fez e faz sentido.

Para te conhecermos melhor como pessoa, podes dizer-nos: Qual foi o sítio mais bonito onde estiveste? Melhor música? Melhor livro? Melhor Frase?
Falando só do nosso país, porque cada vez mais temos de o valorizar aquilo que é nosso, achei a Ilha do Pico extremamente bonita. É com certeza um dos sítios que aconselho a visitar.
O livro, e indo em direção à modalidade de prático, adorei ler o do Bernardinho “Transformando Suor em Ouro”.
Adoro todo o tipo de música, umas mais que outras, mas sem dúvida, o Fado é um dos estilos que mais gosto de ouvir, Mariza “Melhor de Mim”.
Uma das frases que mais gosto e que motiva para o meu dia-a-dia é: “Se a vida não ficar mais fácil, trata de ficar mais forte.”

Enquanto jogadora de voleibol, em que confias mais em ti: no gesto técnico do teu passe, na tua capacidade de decisão ou na tua leitura de jogo?
Na terceira porque cada um à sua maneira pode fazer diferença em certos momentos do jogo. Falando de cada uma:
– Confio no meu passe por uma questão muito simples, é um gesto técnico que treino todos os dias.
– Na minha capacidade de decisão também porque conheço muitas características das minhas jogadoras e consigo usar isso a favor da equipa.
– Confio na minha leitura de jogo dado que tenho adquirido experiência aos longos dos anos, o que me permite jogar com mais tranquilidade os momentos decisivos.

Tens vários momentos altos na carreira tanto pelo Leixões, Seleção e outros. Qual nomeias como o principal?
Não consigo nomear só um momento como principal. Felizmente tive alguns. Para mim os mais importantes são:

● 1ª vez fui campeã nacional, Clube Académico da Trofa 2007/08;

● 1ºTitulo Clube Desportivo Ribeirense 2012/13;

● 1ª Campeonato no Leixões Sport Clube,2016/17;

● Tricampeonato Leixões Sport Clube, 2016/17,2017/18,2018/19;

● Apuramento inédito pela Selecção Nacional para o Campeonato da Europa 2019;

● Ter assinado pelo Sporting Clube de Portugal.

O meu primeiro título nunca o vou esquecer, por uma questão muito simples, foi o primeiro. Tinha eu 17 anos na altura. Era suplente, mas não deixei de ganhar por isso. Já no Clube Desportivo Ribeirense, foi o 1º título como titular que na altura até foi a Taça de Portugal, em seguida, o campeonato. Depois, o facto de ter quebrado os 20 anos de jejum no Leixões Sport Clube foi sem dúvida um ano e um título marcante. Ter conquistado um TriCampeonato foi memorável. O apuramento pela Selecção nacional pela primeira vez para o Campeonato da Europa vai ficar na história. Vir para o Sporting Clube de Portugal foi o realizar de um sonho.

Agora sobre esta vida como jogadora do Sporting Clube de Portugal. Moras em Lisboa há uns meses depois de teres deixado a melhor região do país, por isso já podes escolher: bacalhau à brás ou francesinha? Torre de Belém ou Torre dos Clérigos? Porra ou carago?
Francesinha sem dúvida, ainda não consegui achar em Lisboa uma parecida com as do Norte. Ambas são bonitas, mas fiquei encantada com a torre de Belém em Lisboa. Acho que me saem as duas, não tenho nenhuma preferência.

Tens um pai do Sporting por isso peço-te para nos contares como lhe contaste que ias jogar no melhor clube que o senhor teu pai conhece?
Na altura foi um momento de alegria para mim, mas acredito que acima de tudo foi para ele. Já costumava perguntar o que ia fazer nas épocas seguintes, mas nesta que existia a hipótese de vir, para ser sincera perguntou-me todos os dias se já estava tudo certo. Quando realmente confirmei, ele próprio não quis acreditar. Qualquer pai fica orgulho de ver a sua filha com a camisola do clube que gosta desde que nasceu.

Se há dois anos te dissessem que ias ser jogadora do Sporting Clube de Portugal tu acreditavas?
Não. Há algum tempo, disse uma vez em tom de brincadeira que um dia ia jogar no Sporting Clube de Portugal, mas nunca me passou pela cabeça que isso seria possível de acontecer.

No Sporting escolheste o 11, como é habitual. Tem algum significado especial?
Desde muito nova que jogo com o número 11, só costumo trocar quando já está ocupado por alguma colega de equipa. O número 11 transmite-me confiança porque os melhores momentos que eu passei ao longo da minha carreira foi com o número 11 nas costas.

Vou-te contar um segredo e pedia que não contasses a ninguém: Na próxima época vais ser campeã nacional pelo Sporting Clube de Portugal. Acreditas?
Sim, porque acima de tudo acredito nos meus objectivos e nos objectivos de um clube como o Sporting Clube de Portugal. E tenho a certeza de que voltaremos ainda mais fortes.

Uma mensagem aos tasqueiros e a todos os Sportinguistas?
Desde já agradeço o convite pela entrevista. É sempre um orgulho poder partilhar a minha carreira desportiva.
Agradeço também o apoio crescente que fomos tendo dos adeptos ao longo do campeonato, que terminou de uma maneira menos boa para todos. Pedia o apoio de todos para a época que se avizinha porque tenho a certeza de que vamos partilhar vários momentos felizes dentro do pavilhão.

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol) –

A Tasca do Cherba

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Bonito serviço:* «Goodbye Kate! Foi um prazer»

As despedidas são sempre duras e complicadas porque a emoção toma conta de toda a nossa racionalidade. No desporto há uma frase que vai percorrendo a história e representa a mais pura das verdades: “Dizem que um jogador morre duas vezes na vida”. Cada vez que um jogador termina a sua carreira esta frase ganha mais verdade.

Ontem, dia 11 de Maio de 2020, a Kate Yeazel deu por terminada a sua carreira como jogadora de voleibol. Para ilustrar o seu discurso de despedida, a Kate escolheu uma foto com uma taça de campeã e uma camisola verde vestida. A nossa jogadora colocou como “foto de capa” o seu título de campeã nacional, vestida de gala com a camisola que todos os sportinguistas aprenderam a gostar.

Obrigado!

A Kate, enquanto jogadora, foi essencial para a conquista na época passada. Representou sempre com seriedade o nosso grande amor. Kate, we hope that you’ve enjoyed playing for Sporting Clube de Portugal. You will always be remembered as a champion. We hope you’ll remain a lioness for the rest of you life. Good luck!

“Dear Volleyball,
I don’t even know what words to use to begin, but the best I can do is try. (Ironically, this will probably be very long)

After 19 years, I am retiring from volleyball. This season ended on the most unexpected note possible, but my decision did not come lightly. My shoulder just isn’t in a place where I feel I can play at my highest level, and I’d like to be able to stay active and have fully functioning arms in the future.

In 2015, when I set out on my journey to play professionally, I had a clear vision of WHY. I wanted to live overseas, experience different cultures, and see the world through a different lens. I was good at and loved playing volleyball, so it was an easy decision.

5 years later, I’ve lived in England, Iceland, Greece, Spain, and Portugal. Because of volleyball, I’ve met some of the most incredible humans, had once-in-a-lifetime experiences, and met the love of my life. I have done what I set out to do. Making the decision to retire wasn’t easy, and it’s something I’ve been thinking about for a while. But it’s time. I have an overwhelming sense of peace, because while it may not be my job anymore, volleyball will always be a part of me.

It’s hard to describe the influence this sport has had on me. To some, it’s a hobby, and to some it’s a way of life. To me, volleyball represents so much more than the physical game of scoring 25 points. It’s the lifelong best friends I made in college, when I met the most amazing group of stone cold weirdos. Hitting a ball back and forth may have brought us together, but the tears, the trauma, and the laughter will keep us bonded for the rest our lives. It’s the coaches that cared about me as a human being first. It’s the principles of resilience and mental toughness that became a part of who I am.

The last 19 years have been a roller coaster of great and terrible times, I am so grateful for every single person who was a part of it. Because that roller coaster is my life, and I could never fully appreciate the good times if I hadn’t also lived through the bad ones.

I’m not totally sure what the future will hold for me. All I know is that I am heading into my future a better person because of this sport. I’ll still play for fun, but it’s time for me to hang up my professional shoes. With that, I am turning the page in the book of my life. With a smile on my face, love in my heart, unforgettable memories, and a sense of peace… I am closing the volleyball athlete chapter of my life.
Thank you, volleyball.”

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol) –

A Tasca do Cherba

Sporting Clube de Portugal - Modalidades

21 h ·

Matilde Saraiva, do #VoleibolFemSCP, continua a treinar em casa equipada a rigor :clap::lion:

#SóEuSeiPorqueFicoEmCasa


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