TNT (trinitrotolueno)…Não é a dinamite. A dinamite é baseada na nitroglicerina, com uma mistura de serradura ou de algum sovente que permite um pouco de melhor estabilidade. É, no entanto, essencialmente nitroglicerina…
Já agora… Alguns factos devem estar certos, mas nem todos…
Por exemplo:
10. Se você conseguisse dirigir seu carro na vertical, direto para cima, levaria apenas uma hora para chegar ao espaço (algo em torno de 65 km).
Aos 65 km estamos no início da mesosfera…
A atmosfera terrestre chega perto dos 1000 km (apesar de haver pessoas que defendem que, apenas se considera até cerca de 500 km)
No entanto, há, de facto, aparelhos que se deslocam a menor altitude como os space shutles que muitas vezes andam a cerca de 200 km. Já os satélites, regra geral, encontram-se perto dos 1000 km…
31. Dentro de 5 bilhões de anos, o sol vai ficar sem energia e se transformar em um “gigante vermelho”
Não fica propriamente sem energia. Quando passar a gigante vermelho, a curiosidade principal, é que deverá ser uma esfera de raio suficientemente grande para “engolir” a Terra… Nesta situação, as reacções de fusão continuam no seu interior, apesar de serem de elementos mais pesados (em vez de ser a transformação de hidrogénio em hélio).
À partida o Sol terminará a sua vida como uma anã branca até acabar completamente…
47. A cada hora, o universo se expande 1,6 bilhões de quilômetros (um bilhão de quilômetros em cada direção).
Acho a afirmação estranha… não fiz contas mas parece incongruente…
48. Parte da interferência na sua TV se deve as ondas do Big Bang que gerou o universo.
Na realidade não é tanto ondas que geraram o big bang mas sim o que resta da radiação de fundo de quando o Universo tinha 3000k (cerca de 300 000 anos depois do Big Bang)
A cada temperatura podemos associar uma radiação (dita térmica mas é, na mesma, electromagnética). A radiação actualmente detectada corresponde a uma temperatura de 3 k (ou seja, - 270 ºC).
Todos os que já tiveram a oportunidade de participar num Jamboree no Ar, certamente repararam que os radioamadores utilizam uma linguagem própria e que a certa altura começam a falar em Yankees, Zulus, Tangos, Hotels e não sei mais o quê, o que deixa geralmente quem assiste muito intrigado.
Será que estão a explicar a um Yankee que os Zulus estão a ter aulas de Tango no Hotel?
Nada disso…, para os menos esclarecidos com tão “estranha linguagem” aqui fica uma breve explicação sobre o assunto.
Embora a língua Inglesa seja a mais utilizada nas comunicações de amador, existem palavras que se tornam muito difíceis de compreender, imaginem por exemplo um radioamador Inglês a tentar explicar que está a transmitir de WOLVERHAMPTON ao seu colega Português.
Para facilitar a compreensão, foi criado o Alfabeto Internacional Fonético.
Fazendo corresponder a cada uma das 26 letras uma palavra universalmente conhecida por todos os radioamadores podemos transmitir qualquer mensagem, com a certeza que o nosso correspondente a recebeu correctamente.
Desta forma, soletrando pausadamente letra por letra, podemos explicar a qualquer radioamador do mundo que estamos a transmitir por exemplo desde CANTANHEDE, Charlie…Alfa…November…Tango…Alfa…November…Hotel…Echo…Delta…Echo).
O Alfabeto Internacional Fonético tem uma vasta aplicação no universo das radiocomunicações sendo também utilizado nas comunicações aeronáuticas, marítimas e militares entre outras.
A — Alfa (AL FAH)
B — Bravo (BRAH VOH)
C — Charlie (CHAR LEE OR SHAR LEE)
D — Delta (DELL TAH)
E — Echo (ECK OH)
F — Foxtrot (FOKS TROT)
G — Golf (GOLF)
H — Hotel (HOH TELL)
I — India (IN DEE AH)
J — Juliet (JEW LEE ETT)
K — Kilo (KEY LOH)
L — Lima (LEE MAH)
M — Mike (MIKE)
N — November (NO VEM BER)
O — Oscar (OSS CAH)
P — Papa (PAH PAH)
Q — Quebec (KEH BECK)
R — Romeo (ROW ME OH)
S — Sierra (SEE AIR RAH)
T — Tango (TANG GO)
U — Uniform (YOU NEE FORM ou OO NEE FORM)
V — Victor (VIK TAH)
W — Whiskey (WISS KEY)
X — X-Ray (ECKS RAY)
Y — Yankee (YANG KEY)
Z — Zulu (ZOO LOO)
Para todos os que são verdadeiramente “curiosos”, aqui vai um pouco da história do Alfabeto Internacional Fonético.
Antes da II Guerra Mundial não existia um alfabeto fonético comum, excepto para uso militar embora cada serviço tivesse o seu, o que como se pode calcular gerava uma grande confusão. Em 1941 com a eminência da entrada dos EUA no conflito, tornou-se óbvio que era necessario encontrar um alfabeto comum, que viesse a permitir um entendimento concertado no campo de batalha.
Embora fosse grande a rivalidade entre os diversos serviços, e depois de várias tentativas sem sucesso de conciliar as ideias de todos os intervenientes, foi tomada uma decisão drástica.
Convidados os responsáveis dos varios serviços para uma reunião no MIT (Instituto de Tecnologia do Massachusetts), uma vez no local foram reunidos numa enorme sala com grandes quadros, imensos lápis, resmas de papel e um dicionário por pessoa, sendo-lhes comunicado que seriam servidas três refeições diárias e que a porta da sala estaria fechada durante os restantes períodos, bem como não seria permitida a saida de ninguém enquanto não fosse adoptado um alfabeto aceite por cada serviço!
O tempo que isto levou a resolver não temos conhecimento, no entanto esta decisão, levou ao aparecimento do Alfabeto Fonético JAN (Joint Army/Navy), com que os Estados Unidos da América entraram na IIª Guerra Mundial.
Este alfabeto embora não fosse perfeito, pois existiam de facto algumas dificuldades de compreensão de várias letras por parte de alguns Exercitos Aliados, foi sem dúvida de grande utilidade para as comunicações militares.
Depois de terminada a Guerra, houve tempo suficiente para absorver os ensinamentos adquiridos e fazer um alfabeto melhor.
No entanto nenhum teve sucesso até que entrou em campo a ICAO (Organização Internacional da Aviação Comercial), que necessitava de adoptar um alfabeto para utilização nas comunicações da emergente indústria Aeronáutica e criou o seu próprio alfabeto fonético.
O alfabeto fonético que hoje conhecemos foi adoptado pela ITU (Organização Internacional das Telecomunicações), organismo onde são elaborados os regulamentos Internacionais das Radiocomunicações.
Embora o alfabeto não seja perfeito, funciona…e constitui uma ferramenta inquestionável nas comunicações por voz, sendo utilizado nos mais variados serviços civis e militares.
Mesmo nas comunicações em FM ( Frequência Modelada) em que a qualidade do audio é geralmente muito boa, a utilização correcta do alfabeto fonético permite a detecção de qualquer erro de compreensão na transmissão de uma qualquer mensagem.
Não existe uma fronteira definida para o fim da atmosfera e o início do espaço exterior (esta vai-se rarefazendo gradativamente), mas a atmosfera não vai até aos 1000 Kms. Os cientistas convencionaram o fim da atmosfera entre os 100 Km e os 150 Km de altitude, porque é mais ou menos a partir dessa altitude que a força gravitacional da Terra deixa de se fazer sentir, dizendo-se tecnicamente que estamos no espaço exterior, muito embora continuem a existir alguns gases com características muito distintas daqueles que formam a atmosfera. A ISS está a cerca de 280 Kms de altura e a partir dos 1400 kms - 1500 kms, começam as famosas cinturas de radiação de Van Allen.
Não. :rotfl: Tenho um tio oficial em comunicações da Marinha. Sei que a policia também usa este alfabeto para designar as letras de matricula. Sempre gostei disto.
Ah, não! Jamboree são as concentrações dos scuts, sim. E eu cheguei a fazer isso numa colónia de férias e não nos scuts. A malta, (não eu) mais velha falava assim pelos “walkie talkies”.
Já sabia… :mrgreen: As aulas de físico-química têm que servir para alguma coisa, certo???
Não estou a brincar eu adoro físico-química…mas já sabia disso das estrelas :mrgreen:
Sabiam que eu escondia-me no guarda-fatos a chorar, cada vez que o Sporting perdia? Era para me esconder do meu pai. Ele batia-me por estar a chorar por causa da bola e não estudar. :mrgreen: Infância dificil…
O pintor pós-impressionista Van Gogh (Vincent Willem van Gogh) apenas conseguiu vender um único quadro durante toda a sua vida? O quadro chama-se «A vinha encarnada» (1888), mas há quem na sua biografia, defenda que nem sequer esse quadro chegou a ser vendido. Toda a sua vida foi marcada por fracassos de vária ordem (social, familiar e financeiro). Viria a suicidar-se em 1890, disparando contra o seu próprio peito, mesmo no meio de uma depressão psíquica. Actualmente, Van Gogh é considerado um dos maiores pintores de sempre e os seus quadros estão avaliados em fortunas incalculáveis. Quem quiser revisitá-lo, pode fazê-lo aqui. A música é de Don McLean, chama-se «Vincent» e é uma dedicação ao pintor holandês:
Se tens razão quando referes qye não existe uma fronteira fixa para o fim da atmosfera(nem eu pretendo dizer o contrário), não tens a respeito de outras coisas. Em primeiro lugar a força gravítica não deixa de se fazer sentir onde referes… Nem de perto… Basta pensares nos satélites, na lua, no sol… O que dizes é um erro grave e espero que não tenha sido um profe de FQ a dizê-lo… A respeito da atmosfera não há, de facto, uma fronteira fixa. Aliás, muitos referem a 1000 ou mais km e outros à volta dos 500 km. Alguns preconizam a existência de uma exosfera, outros apenas consideram a termosfera como a última camada… Independentemente disso não acaba nem aos 60km nem sequer 300km…
Caríssimo, há uma tendência para confundir «força de gravidade» com «força gravitacional», mas se quisermos ser precisos (e eu fui porque referi «força gravitacional da Terra»), não são a mesma coisa. Aquilo que referiste da lua e do sol, tem a ver com força gravitacional e é explicado pela leia da atracção universal de Isaac Newton. O termo «gravidade» ou «força de gravidade», que casuisticamente fazemos equivaler à «força gravitacional» está associado ao movimento de atracção da Terra sobre os corpos e entra em linha de conta com outros fenómenos físicos, tais como o movimento de rotação e a força centrífuga. Diz-se que começa a existir gravidade quando um corpo começa a ter peso.
Não sou professor de FQ, mas isso não me impede de continuar a ter razão e já agora, devolvo a «batata», esperando que não sejas tu um professor de FQ, porque de tão exigente em matéria conceitual, acabaste por revelar deficiências no domínio desses mesmos conceitos.
Grande SCP Always.
Até posso ter deficiências em muitos conceitos mas neste… Bem, posso dizer-te que, pelo que li, sei-o… um bocadito melhor do que tu…
Em primeiro lugar, não existe diferença entre força gravítica e força gravitacional, além da óbvia semântica.
Sempre que dois corpos com massa interagem diz-se que há uma interacção gravitacional, vulgo, força gravítica (ou ainda, força gravitacional, ou, aquando a interacção de um planeta, vulgarmente chamamos força Peso).
Se queres ser preciso, posso desde já dizer-te que entras em falha, desde logo, com o conceito de força. Logo à partida, a Terra não tem força. Não tem força gravítica, não tem força de qualquer outro tipo. De facto, a Terra pode exercer força. Nenhum corpo tem força, apesar de poder exercê-la sobre outros. Tal facto é descrito claramente pela 3ª Lei de Newton (Ou vulgarmente chamada lei da acção-reacção).
Depois, essa tal de Força da Gravidade, ou, como lhe chamas, o peso, ser responsável pela força centrífuga?
Bem… Desde logo, a força centrífuga não existe. É uma força fictícia. É considerada em referenciais não inerciais (referenciais acelerados) de modo a ter o mesmo tipo de explicação que o observador tem no referencial inercial. O Efeito centrífugo é devido essencialmente à inércia do corpo (aquela propriedade dos corpos com massa de manter o seu estado de movimento ou de repouso - descrita pela primeira lei de Newton, ou lei da inércia, ou, como até Newton referia, lei de Galileu).
Voltando um pouco atrás. O Peso é, de facto, uma força habitualmente atribuída à interacção entre corpos e a Terra. No entanto, este tipo de interacção é gravítica.
Existem, 4 tipos de interacções na natureza (de acordo com o modelo padrão)
A força gravítica (resultante de corpos com massa)
A força electromagnética (resultante de corpos com carga)
A força forte (responsável pela coesão de núcleos atómicos)
A força fraca (uma força que aparece em decaimentos nucleares)
Costumamos chamar peso porque a aceleração da gravidade é aproximadamente constante (g=9,8 m/s^2) nas proximidades da terra tomando o mesmo valor do campo gravítico terrestre (G=9,8 N/kg). Em vez de peso, o que se deveria chamar era Força gravítica (ou força gravitacional), resultante exactamente da interacção entre corpos com massa…
Numa perspectiva mais matemática, basta considerares a segunda lei de Newton para corpos de massa constante (a tal F = m a) e igualares à força gravítica tal como descrito pela lei da gravitação universal (F= m G, em que G=k Mm/r^2; nota, resolvi colocar aqui um k em vez de G como constante da gravitação universal de modo a não confundir com G de campo gravítico, uma vez que não consigo colocar, aqui, notações diferentes…). Desta igualdade, considerando que não existe mais nenhuma força a actuar além da gravítica, obtens que a= 9,8 m/s^2. De modo a manter a ideia de interacção gravítica, atribui-se a esta aceleração a notação g e, assim, a=g=9,8m/s^2.
Alguns dados:
A 0 km de altitude a aceleração da gravidade tem um valor médio próximo de 9,8 m/s^2 (depende, ainda, da latitude onde nos encontramos)
A 100 km de altitude, tem um valor de cerca de 9,6 m/s^2
A 300 km de altitude o valor já desce para cerca de 8,8 m/s^2
Considera, agora, um corpo que se encontre nos tais 300 km (portanto, de acordo com a tua ideia, fora da atmosfera terrestre por não sofrer a acção da “força gravitacional da terra” ou, como lhe chamaste, peso).
Bem, um corpo de 1kg a 300 km terá, de facto, um Peso de módulo 8,8 N. Não me parece, pelo menos na minha modesta aprendizagem de matemática, que 8,8 = 0.
Ou seja, a ideia de não existir força da gravidade, força ggravítica, força gravitacional, ou peso, cai, desde logo, “por Terra”.
E cai, “caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa do quadrado dos tempos.”
Excerto do Poema para Galileu de António Gedeão
Para finalizar esta questão. Volto a referir que admito poder ter várias deficiências em diferentes domínios, inclusivamente, em física. Não me julgo senhor da razão, mesmo quando julgo tê-la do meu lado.
Não é o caso, nesta situação… Neste caso não julgo ter a razão. Nem sequer de ter toda a razão.
Sei, no entanto, que tenho mais razão no que defendo do que a ideia (quase completamente errada) que expões.