É mesmo assim. A diferença para 2013 é que nao ha um percepicio que chame os Sportinguistas á razao.
Vai ser delapidar ate mais nao. Depois vendem a SAD, e vai dar mais uns anos a lavar dinheiro do Sobrinho. Quando daqui por 50 anos, se ainda existir o clube, este recupar a marca, nao vai haver nada pra trabalhar.
Entendam de uma vez que é a morte do Sporting.
Lembram-me a cena de Cloud Atlas… Os Sócios do Sporting sao assim, caminham com decoro e orgulho para a aniquilaçao:
“O sportinguista é assim”…
– Olha, o gajo já chegou! Podes ir sentar-te ali na tribuna ao lado do Varandas em quem votaste!
– Não votei nada nesse gajo…
– Huummmmmm…
– Na quarta vamos levar e não vão ser poucas!
– Huummmmmm…
– Nem me vou chatear a ver o jogo! Estes gajos não jogam nada! Nadinha!
– …
– Eles não jogam nada! O que é que fizeram contra o Porto?! Contra o Porto não jogaram nada!
Isto foi o diálogo antes do jogo contra o Moreirense (o qual sucedeu ao do Feirense, no qual fizemos, na opinião do nosso treinador, “a melhor exibição da época”) entre o trio de rezingões ao meu lado direito, um tipo mais ou menos com a minha idade (quarentão) e outros 2 bem mais jovens…
O jogo até começou bastante bem… Golo de canto (de Acuña) para a cabeça de Nani logo aos 3 minutos (o 1.º de canto da “Era Keizer”) e aos 26 chegou o 2-0 através de mais uma buja do pé (desta vez esquerdo) do Bruno “Puskas” Fernandes…
A equipa parecia caminhar tranquilamente para mais uma goelada de “Keizerball” mas o golo do Moreirense (1-2 por Heri aos 34) estragou o resto da primeira parte e, pior, tornou a segunda uma xaropada intragável, demorada, e burocrática de “Boringball”, a ocasião ideal para um par de tipos atrás de mim passar o tempo a gritar…
– Chuuuullloos! Chuuuullloos!
Para tornar o clima ainda mais pesado o conjunto de apitadeiros liderado pelo Rui Costa dos assopros (tão irritante, repugnante, e incompetente como o irmão Paulo que nos sacou aquele campeonato em 2005) mandou anular um golo em contra-ataque ao Raphinha porque, segundo um qualquer expert palerma da tevê, “tinha a biqueira da bota a pisar a linha de off side”…
– Tivessem jogador mais! Chuuuullloos! Chuuuullloos!
– Deixa-te estar quieto, não mexas na equipa, isto está mesmo a ficar bom para o 2-2…
– Olha! Vai entrar o Petrovic!
O empate não chegou (nem esteve perto porque nem uma oportunidade consentimos ao Moreirense) mas a falta de inspiração, de garra, e de ambição levou à exasperação dos que me rodeavam…
– Chuuuullloos! Chuuuullloos!
E quando anunciaram os “30.121 mil espectadores” uma moça logo atrás de mim (bem jeitosa mas tão rezingona, indisposta, e refilona como os demais) soltou uma estranha onomatopeia – mistura de sorriso sarcástico como bufo repelente…
– Yaaaaapffffffffeeeeee…
E já nos últimos 10 minutos o tipo mais ruidoso atrás de mim (suspeito que acicatado pela forma entusiástica como gritei o golo do “Brunoooooooo”!) desatou a berrar pelo regresso do “Salvador”…
– Bruno de Carvalho!
– Bruno de Carvalho!
– Quando é que volta o Bruno de Carvalho?!
Imagino que o regresso do “Salvador” para os fiéis daquela “Seita do Santo dos Últimos Dias de Junho” acontecerá no mesmo dia do retorno ao estádio José Alvalade do sportinguista mais rezingão, rabujentão, pessimista, e eremitão que já conheci na minha vida, o qual faz de todos os que ontem me rodearam uma versão muito inicial, jovial, simpática, e polida, dos efeitos secundários que o consumo excessivo de Sporting Clube de Portugal tem no cérebro do sportinguista inteligente, sofredor, impenitente, persistente, e com bom coração (leonino)…
O “homem mais inteligente da família” (eis o meu querido padrinho Quim na definição imparcial do senhor meu pai – portista), único sportinguista de uma casta fria e bruta de beirões (a mesma cepa da família do Bruno “Salvador”), mantém-se no “top dos tops” do sportinguista mais resmungão, refilão, sensível, e descrente que já conheci na minha vida, ou não fosse sócio de uma vida inteira (sempre com as quotas religiosamente pagas no início de cada ano), mas não pusesse os pés no estádio “desde a inauguração” porque “não quer saber do Sporting para nada” e, no fim de contas, o “Futebol é Tudo uma Chulagem!”…
Como diz a Maria José Valério naquela marcha dela e nossa, e dos gajos e das gajas à minha volta ontem e desde que me conheço como Homem, Beirão, e Leão, “O sportinguista é assim” (inteligente, sofredor, descrente, mas impenitente, e com bom coração leonino)…
O Sporting que 98% da malta do futebol quer, está de volta!
Uma equipa para não lutar pelos milhões da champions, que possa ter competitividade nacional e internacional para formar jogadores para a selecção, que ganhe uma competição de menor calibre de 4 em 4 anos para agradar a mais que significativa massa adepta e que seja o capacho de agentes desportivos.
Agora é trabalhar até final da época para despojar o orgulho e ambição remanescente.
Ontem falou-se muito de Bruno de Carvalho, até nas televisões. O que é paradoxal. Porquê falar de um ex-presidente, que não pode voltar a candidatar-se tão cedo?
Havia algo que se sentia sempre de BdC, cujo excesso levou à sua queda: a exigência. A falta de exigência levou à falência do Sporting em 2012/2013. A renovada exigência que BdC trouxe não deu títulos, mas deu mentalidade competitiva que nos faltava à muito.
Ontem sentiu-se, sobretudo, falta de exigência. A desunião do Sporting entre os brunistas e os anti-Bruno está a causar uma forte erosão na mentalidade competitiva do Sporting. Urge mudar o chip.
Não acredito que seja possível reconciliar, unir ou juntar as duas facções dentro do Clube. Não acho possível e também não acho que tenha que ser obrigatório.
A união que fingem querer consegue-se com dedicação ao Clube e com títulos em todas as modalidades. A reconciliação nem com uma união dessas será possível.
Menos queixas de quem esteja na liderança (seja quem for) e mais trabalho. A união não se exige, conquista-se. Se quem está na liderança sabe interiormente que não tem o mínimo de capacidade para ter resultados, dê lugar a outro e não exija aquilo que nunca terá.
A cada dia que passa tenho mais a certeza que este clube jamais se reconciliará.
Existem duas fracções, ou se quisermos desportivamente falando, dois clubes dentro do mesmo clube, que são completamente distintos entre eles, com objectivos que são o dia para a noite.
No futuro que acho que já está aí à porta, irá acontecer algo parecido com o que está a acontecer com o Belenenses.
Eu nem entendo como pode haver facções perante estes resultados. O Sporting não precisa de facções e sim viver dos factos e doa a quem doer, a realidade é que hoje em dia, desportivamente estamos com uma gestão muito débil e que dificilmente criará alguma valor. Eu afirmo já sem problemas que com o caminho actual o Sporting este ano para além de não ser campeão, nem se qualificar para a Champions, está a brincar com o fogo em relação ao 4º lugar e afirmo ainda que para o ano também não será campeão, não temos treinador, os 15 jogadores que vieram são medíocres ou limitadíssimos e nada está a ser feito para contrariar isso.
Um Sporting cuja ausência daquilo que é essencial (competitividade, intrepidez, resistência a tudo aquilo obviamente maquinado para subjugar a instituição, uma massa adepta capaz de lutar pelo lema do clube e pelo sonho do fundador) constitui uma dificuldade insolúvel: insolúvel porque a fonte de uma eventual solução – uma massa associativa geradora de soluções e capaz de as patrocinar – não existe.
O miserável é que, actualmente, nem para um modesto e manso terceiro lugar isto chega.
Uma desgraça.
Não tenhas a menor dúvida. Existem muitas pessoas que sabem o que tem de acontecer, porque já falam nisso há bastante tempo. O que se passa é que ainda não se atingiu aquele ponto que provoca as mudanças e roturas estruturantes. Isso está aliás mais que estudado, e para que isso aconteça nem é preciso uma maioria de pessoas. Nem um 1/3 sequer.
Se há coisa que para mim ficou clara como água, é a de que já não há mais volta para trás. Ou são “eles” ou somos nós. Simples.
Num cenário extremo também acho.
O problema é que isso não acontece. Apenas um esvaziar de um dos lados.
Foi assim nos anos de Soares Franco e Jeb, etc onde um dos lados estava amorfo e reinavam os croquetes.
E depois virou… E há 9 meses virou outra vez.
A questão é que um dos lados é muito mais poderoso e influente do que o outro.
O que faz com que acabem por arrebanhar quem não é carne nem peixe.
Também não acho que seja obrigatório conciliar as duas facções. Aliás, tenho sérias dúvidas de que neste momento existam duas facções dentro do clube. Existem muitas facções dentro do clube. Existem tantas facções, quanto os interesses existentes.
A união consegue-se com competência e com inteligência. Tudo aquilo que não existiu no Sporting CP no último ano e meio que foi um forrobodó de actuações com gente menos competente e de gente que é muito burra. Aliás, o expoente máximo foi mesmo a destituição da anterior administração e a condução do processo eleitoral. Vejamos:
A administração estava desorientada - os ataques a Alcochete foram a machadada final numa administração que vinha a tomar algumas decisões pouco recomendáveis [em termos de comunicação, acima de tudo]. Toda essa desorientação culminou com um processo de destituição, o qual é conduzido de maneira absurda. Existem actuações à margem da lei e dos estatutos - de parte a parte -, uma total confusão dentro de um pesadelo jurídico. Numa altura em que se aconselhava parcimónia - de parte a parte - assistimos a uma guerra entre órgãos estatutários sem precedentes, que termina com a nomeação de comissões transitórias ocupadas por energúmenos.
Na sequência, a MAG entende que o melhor são eleições. Neste aspecto, dou a minha concordância. Parece-me que o mais indicado seriam, efectivamente, eleições. Mas um processo eleitoral que desse, efectivamente, a voz aos sócios do Sporting CP. Não foi isso que fizeram.
Na verdade, na ânsia de correrem com a anterior administração, criaram uma guerra para os próximos anos. Guerra essa que se adensará dentro do clube e que, no limite, é capaz de conduzir à destruição do mesmo. É que na ânsia de tirarem de lá a anterior administração, proibiram-na de se candidatar às eleições. Tiraram a voz aos adeptos do Sporting CP (provavelmente sem qualquer necessidade) e, como tal, hipotecaram o trabalho da próxima administração. É óbvio que a próxima administração não iria ter paz: afinal, a anterior administração não saiu democraticamente. Saiu e não está lá porque foi expulsa e impedida de se candidatar.
Todo este processo demonstra a burrice e a falta de visão de quem tem poder de decisão no universo sportinguista.
É óbvio que a actual administração não terá sucesso. Estamos a falar de uma administração que é encabeçada por um tonto que não tem uma pinga de carisma e que foi um dos causadores da queda da anterior administração. Nem quando a equipa de futebol ganha há união.
Parece-me que a questão, neste momento, não é particularmente complicada de resolver. Necessita é que os sportinguistas tenham, efectivamente, amor ao clube. O Sporting CP precisa de um reset. Precisa de um processo eleitoral limpo e livre, sem influências externas, sem bloqueios, sem problemas. Que se esqueçam as expulsões e as suspensões. Se o Bruno de Carvalho quiser apresentar uma candidatura para a presidência, então, que o faça. Se o Godinho Lopes quiser apresentar uma candidatura para a presidência, então, que o faça. Acrescento ainda o seguinte: está na hora de uma revisão estatutária que determine que o Presidente do Clube tem de ser eleito com maioria absoluta, nem que, para tal, tenha de ser necessária uma segunda volta.
Não me parece que esta questão seja de particular complexidade. Acho que a actual administração não durará muito tempo. O clube mantém um clima de instabilidade, com uma guerra enorme. A administração não logra atingir o apoio da maioria dos sportinguistas. Tendo isto em conta, não me surpreenderá que exista uma demissão da actual administração. Não obstante, digo-o: existindo um pingo de bom senso na cabeça das pessoas que ocupam os cargos no Sporting CP, seria uma proposta a mandar para cima da mesa, i. e., a de eleições antecipadas livres e a da referida alteração estatutária (se tal fosse necessário).
Nesse dia conseguirão que o Sporting CP deixe de estar tão fraccionado como está hoje. Não direi unido. Mas menos fraccionado.
Não me parece que haja hipótese de reconciliação. Os “não elitistas” devem assumir-se e tomar conta do clube.
Todos sabemos que os croquettes (os verdadeiros) são uma franja em termos de adeptos - embora com uma boa representação no que respeita a votos/sócios. Mas o que importa neste negócio são as receitas, e um Sporting “elitista” não é um bom negócio para um investidor/patrocinador pois não vende, não gera receitas, tem menos audiências.
Por mim, os “elitistas” são varridos a pontapé, expulsos numa AG para definitivamente matar o mal pela raiz, correndo o risco até de alguns serem injustamente expulsos - mas não vejo outra solução. O clube é refundado, 1 voto um sócio e acabou-se o discurso do clube dos “valores”.
Mas quais duas facções? Desde quando é que a “facção do fórum” conta para alguma coisa? São os mesmos que queriam dar o poleiro ao Pereira Cristóvão (e tiveram 10%) - embora agora prefiram que isso não se recorde. Mas a gente lembra-se. São os mesmos que têm vindo a sofrer humilhações consecutivas cada vez que se vai a votos. São os mesmos que nas últimas eleições para os órgãos sociais previam uma explosão da abstenção e um mar de votos em branco, e levaram com o ato eleitoral mais concorrido da história do clube. São os mesmos que convocam manifestações para no fim reunirem 12 aziados e ainda terem de pedir a quem passa que lhes segure nas faixas. É isto que é a facção? E o mais cómico - porque é mesmo cómico - e tentarem falar em duas tendências, dividindo os Sportinguistas entre os que querem ganhar e os que não se interessam com isso. Eu compreendo a azia, mas se é óbvio que nem vocês acreditam nessa estupidez, só podemos deduzir que se andam a tentar convencer a vocês próprios e que vos está a custar um bocado.
Irreconciliável? ;D Para isso era preciso que se lembrassem de que vocês existem. Nem todos estão para vir aqui como eu fazer uma obra de caridade.