Tributo a Vitor Damas

Pessoal,

Anda a ser preparada esta iniciativa, uma vez que perdemos o thread de há 2 anos, participem agora que o nosso idolo merece!!

[url]http://www.vitor-damas.blogspot.com/[/url]

Ora aqui esta uma coisa que vale a pena fazer. Adiciono o meu nome aqueles que o responsabilizam por se terem tornado Sportinguistas. Eu estava mesmo a pensar que o Sporting precisava deste homem agora.

O meu texto ha de seguir, ainda que eles o publiquem ou não partilharei aqui com o pessoal.

Ainda me é dificil escrever sobre o “Ídolo”, sem que as lágrimas brotem.

Vou tentar escrever o melhor texto que alguma vez este cérebro produziu…

Meus Caros,

Numa altura que tanto se fala de Guarda Redes, porque não recordar o melhor português que vi a defender a baliza do nosso Sporting…

Tal como muitos, foi, é e será sempre uma das maiores referências do Sporting Clube de Portugal…

Também estou a pensar em escrever um texto sobre o nosso Vítor Damas e enviá-lo para esse blog. A ideia do Incitatus é boa. Os foristas que participarem nesta iniciativa poderiam divulgar os seus textos neste tópico.

Acho que é uma excelente oportunidade para honrarmos a memoria do nosso idolo… e quase posso afiançar que todos os textos são para publicar( :wink: ).

Sei tambem que se anda a envidar esforços para serem colocadas fotos particulares da familia do nosso jogador, todas elas originais.

Que me lembre o espólio é bastante rico e além de fotos inclui tb peças usadas pelo Vitor em jogos marcantes na sua carreira.

Mas acho que a partilha das memorias dos Sportinguistas é mesmo o mais importante da iniciativa.

=D>
Grande Damas. Ainda me emociono quando se fala nele.
É único.

vou escrever um texto.
e emocionar-me com as minhas lembranças de infância…

Vamos lá a reanimar este tópico! :idea: :arrow:

Já escrevi e já enviei o meu texto de homenagem a Vítor Damas. Texto pequeno, modesto mas sincero que agora venho compartilhar convosco.

Ainda a tempo de me encantar…

As minhas memórias de Vítor Damas remontam à sua segunda passagem pelo Sporting, entre 1984 e 1988. Nasci em 1976, ano em que Damas concluiu a sua primeira etapa no Sporting e, por essa razão, não faço parte do grande número de adeptos leoninos que devem a sua afeição clubística ao nosso mago das balizas. Quando comecei a amar, de forma consciente e decidida, as cores verde e branca, as minhas referências eram Manuel Fernandes, Jordão, Litos e Mário Jorge.

Damas regressaria ao Sporting um pouco mais tarde, depois da passagem por outros clubes evidentemente dignos enquanto instituições, mas não à altura do seu talento. Regressou já no começo do seu ocaso mas ainda a tempo de me encantar com pormenores de requinte técnico e de elegância que me atrevo a qualificar de únicos. Era impossível ficar indiferente perante as suas estiradas ou o modo como a bola se encaixava nas suas mãos.

O mundial do México em 1986 foi um episódio triste do futebol luso. Após a lesão do titular Bento, foi Damas que jogou na baliza portuguesa nos desafios com a Polónia e Marrocos. A derrota frente à selecção magrebina por 3-1, e a consequente eliminação da prova, suscitou um episódio de que ainda me recordo bem. Na manhã seguinte, ao chegar à escola (estava eu na minha 4ª classe) eu e o meu único colega Sportinguista que tinha na turma, fomos “massacrados” pelos nossos colegas adeptos do Benfica que culpavam Damas pelo desaire. Foi duro, imerecido e injusto. Tentámos defendê-lo o melhor possível mas as maiorias escudam-se no facto de o serem. Contudo, a imagem do Ídolo não ficou minimamente beliscada no meu pensamento.

O último jogo de Damas, em Viseu, contra o Académico local, acompanhei-o pela rádio. Ficou 2-2 e no fim, aquela sensação difícil de interiorizar, a de que algo tinha acabado ali e não se repetiria jamais. Porque é que algumas coisas não hão de ser eternas e temos de estar sempre acompanhados por esta inevitabilidade da condição humana?

Muitos anos mais tarde, em Abril de 2003, Damas foi homenageado antes do início do jogo contra o Guimarães, clube que também havia representado. Foi uma homenagem mais que justa, mas insuficiente para honrar condignamente aquela que é, por direito próprio, uma das principais figuras de sempre do Sporting Clube de Portugal. Merecia mais, muito mais…

Já se sabia da sua doença mas a notícia da sua morte apanhou-me de surpresa. 14 de Setembro de 2003. Damas deixou-nos de madrugada, repentinamente, sem tempo para um último aceno.

Ficam as memórias.

Obrigado Vítor Damas.