Depois da fanfarra da presidência portuguesa, tudo aponta para que o Tratado de Lisboa não o venha a ser. Os resultados preliminares do referendo na Irlanda indicam uma forte votação no Não. As desculpas serão sempre as mesmas: os irlandeses são uns ingratos, o povo não está preparado para estas coisas, etc, etc. A verdade é que se este tratado fosse referendado em mais Estados, mas rejeições teria. Fundamentalmente, porque é lesivo dos interesses dos pequenos e médios Estados da União. Se os governos destes países engoliram o Tratado de Lisboa foi por receio que o directório dos grandes Estados avançasse à sua revelia. Que é o que vai acontecer de qualquer maneira, como já ameaçou a França, numa enorme desconsideração para com o eleitorado irlandês, o que terá reforçado a votação no Não. A coisa está preta para a coesão europeia e especialmente para Portugal… :think:
Estranho, ontem estava tudo muito equilibrado, ou seja, na boica das urnas, dava empate técnico.
Só hoje iam começar a contar votos, mas não ssbia que já existiam resultados.
Já é certo. O Não vai vencer na Irlanda. É bem feito contra o despotismo “iluminado” das elites “europeias”. O problema é que a fuga para a frente que se seguirá vai ser ainda pior… ^-^
Que vai acontecer agora à “carreira política” do Sócrates? :
Quando é que vão marcar o 2º referendo para aprovar isto à força?
Já vamos para o terceiro round (1.º - Constituição Europeia; 2.º Tratado de Lisboa)- Os eurocratas vão dar a volta a isto e, quem sabe, convidar algum inspector da PJ -sempre tão imaginativos a baptizar as suas operações- para renomear a coisa…
:arrow:
Curioso como a “democrática” UE se borra de medo de submeter os seus tratados à avaliação dos povos europeus. Bem feito para o nosso primeiro. A profunda desonestidade intelectual do “ah mas eu disse que havia referendo mas era sobre o tratado constitucional não era sobre este” foi castigada. Aos Irlandeses, um sentido sláinte, à vossa saúde! Estes tratados são demasiado importantes para deixarem de ser debatidos, o debate não pode ser escamoteado por ratificações parlamentares quase em segredo e feitas a 100 à hora, conforme ordenado por Bruxelas e com a cumplicidade da classe política, com os povos a apanhar bonés. Haja a “Ilha dos Santos e Sábios” para forçar toda a gente a reflectir sobre o que deve ser feito!