Para os que nao sabem vou deixar aqui a historia da Torcida Verde:
A Torcida Verde nasce em 1984
inspirada nos valores do Sporting Clube de Portugal, instituição desportiva verdadeiramente ecléctica, que superava largamente o conceito de ‘clube de futebol’. Modalidades como a Natação, a Ginástica e o Atletismo, encontravam uma forte expressão no clube, que proporciona a prática desportiva a cerca de 15000 atletas em 1984.
A origem do termo ‘Torcida Verde’
A conjuntura que antecedeu a formação das claques em Portugal, transmitia a ideia generalizada de ser o Brasil o ‘país das Torcidas’, a única realidade conhecida no nosso país em termos de claques organizadas. No próprio Sporting, o grupo impulsionador ‘Vapores do Rêgo’, conhecia origens ‘sambistas’.
A realidade ultra em Alvalade
Aparecidos em 1983, mas devido ao grande número de grupos de apoio existentes no clube na altura, aceitámos um convite da Juventude Leonina para nos juntarmos. A experiência não resultou e juntamo-nos à Força Verde. Mais uma vez, esta experiência fracassou e em 11 de Novembro de 1984, formámos um grupo autónomo.
Sem apoios mas com uma atitude positiva, conquistámos o nosso espaço próprio e mostramos a nossa fidelidade ao Sporting, sempre presentes em diferentes actividades como voleibol, basquetebol, andebol, atletismo(!!!) e claro, futebol.
Através destas iniciativas, o Sporting Clube de Portugal reconheceu o nosso trabalho e em 1988 como grupo oficial de apoio ao clube.
Autonomia e Autofinanciamento
Procurámos estar sempre presentes no apoio ao clube. Sem líderes com protagonismo e sem presidente, ninguém se punha em ‘bicos de pés’. Todos éramos Torcida Verde, todos a constituíamos.
Com o futebol do clube em dificuldades, vivemos momentos difíceis, uma vez que, em termos de recrutamento para a Torcida Verde, só mesmo adeptos muito ‘descomplexados’, aderiram, pois não dispúnhamos de quaisquer apoios (arrecadação, subsídios nos bilhetes ou para as deslocações).
Todas estas dificuldades foram agravadas pelo abandono, por desmotivação de alguns dos elementos fundadores. Foram momentos como esses que potenciaram capacidades até então ocultas em cada um de nós: a capacidade de superação, baseada num forte espírito de sacrifício, fez cimentar a união do grupo.
E por fim a mentalidade Ultra da Torcida Verde
Uma forma diferente de estar
A Torcida Verde, ao longo da sua existência, tem demonstrado pela sua atitude e postura, uma forma distinta de interpretar os valores e ideais do Sporting e do desporto em geral.
Como é bem evidente, a nossa acção não se esgota nos noventa minutos de um jogo de futebol. Para a Torcida Verde, o adepto sportinguista é mais que um espectador passivo, que se limita a pagar a sua quota e o bilhete do jogo, como dum vulgar espectáculo de cinema ou teatro se tratasse.
Tal forma de estar faz da Torcida Verde um grupo único no movimento ultra nacional, que não se limita à designação ‘Claque da bola’, tendo já sido em muitos casos, alvo de discriminação e preconceito. No entanto, em situação alguma mudámos o rumo traçado em 84, aquando da nossa formação.
Assumimo-nos como a vanguarda dos verdadeiros ideais leoninos, do eclectismo, do amor à camisola, do património histórico de um clube único. Assumimos de corpo e alma o lema “Esforço, Dedicação, Devoção e Glória”.
Orgulhamo-nos dos valores que defendemos porque acreditamos estar do lado certo. Orgulhamo-nos da nossa história que demonstra, a força das cores verde e branca no nosso coração, orgulhamo-nos da nossa forma de estar porque nunca nos prostituímos a modas e tendências. Orgulhamo-nos da nossa mentalidade, que faz da Torcida um grupo com uma identidade vincada, uma cultura e um espirito de grupo únicos.
Por tudo isto, gritamos bem alto com todo o sentir e orgulho, “Sempre Diferentes!”