Fantástico!
É só «engenheiros», «doutores» e filósofos… e já agora, também alguns (porque não dizer) parvinhos…
Falam, falam, falam, mas percebem bola (zero) do que dizem e vêm para aqui todos de saltos altos do cimo da sua «sapiência» de garagem, a dizer… trampa.
Um, então, faz perguntas, mas logo a seguir, critica. Diz que a equação é simplicíssima (cá estão os sapatos altos), mas não percebe um boi da mesma e diz que é invenção. Se eu não sei algo ou tenho dúvidas, pergunto, que é aquilo que as pessoas inteligentes devem fazer. Se tenho a certeza, afirmo que o meu opositor está errado explico porque é que acho que está errado. As duas coisas em simultâneo, nunca vi, a menos que venham para aqui trolar, que é o que me está a parecer. Devo confessar que antes de redigir este post, deleitei-me com uma ou outra alarvidade aqui postada de pessoas que eu julgava terem algum bom senso e capacidade racional, mas já vi que estava enganado.
Vamos lá então começar pelo princípio.
A equação que está a fazer tanta confusão e a originar alguns comentários do mais estúpido a que tenho tido oportunidade de ler nos últimos tempos (e aqui arrisco mesmo a alargar o significado de «tempo»), tal como já havia referido em posts anteriores, não é inventada; é aceite pela ciência como correcta e pretende determinar a queda de curvatura da superfície terrestre em função da distância, partindo do pressuposto que vivemos num globo. A equação original, está no sistema imperial, actualmente apenas usado nos EUA e em mais 1 ou 2 países.
Qc = D^2 X 8
Em que:
D - Distância em milhas
8 - Valor constante que representa a queda da curvatura em polegadas, por cada milha quadrada percorrida
Mas como é que se chegou lá? Bom, na realidade, a equação acima, é uma simplificação dos cálculos trigonométricos convencionais e no sistema imperial (SI). Imaginemos que eu estou deitado de barriga para baixo na areia, à beira-mar e a uma distância «d = 1 km» de um barco.
Nos cálculos convencionais, SIU, temos o seguinte:
(R + Qc)^2 = d^2 + R^2
Como R = Raio da Terra (6371 Kms) e d = 1 Km, temos:
(6371 + Qc)^2 = 1^2 + 6371^2
6371^2 + 2 X 6371Qc + Qc^2 = 1^2 + 6371^2
40589641 + 12742Qc + Qc^2 = 1 + 40589641
12742Qc + Qc^2 = 1
Chegámos à seguinte equação quadrática:
Qc^2 + 12742Qc - 1 = 0
(ax + bx + c = 0)
Usando a famosa fórmula de resolução quadrática de Bhaskara x = (-b ±√b^2-4ac)/2a
a = 1
b = 12742
c = -1
Se usarmos o valor da subtracção na fórmula, chegaríamos a uma raiz de valor negativo, o que não se aplica neste caso, pois o valor de curvatura que se pretende achar, tem que ser positivo, logo, vamos olhar apenas para (-b + √b^2-4ac)/2a:
Qc = (-12742 + √162358568)/2
Qc = 0,000156961/2
Qc = 0,000078480555 Kms
Qc = 7,8480555 cms
Nas condições acima descritas, temos que a 1 Km de distância, a Terra curva 7,8480555 cms
Como nasce a equação simplificada Qc = d^2 x 7,8480555?
Continuemos a calcular mais distâncias, construíndo uma tabela
A 1 Km - Qc = 7,848 cms
A 2 Kms - Qc = 31,392 cms
A 3 Kms - Qc = 70,632 cms
A 4 Kms - Qc = 125,568 cms
A 5 Kms - Qc = 196,201 cms
…
…
…
Agora, repare-se no seguinte:
Todos os valores de cálculo para 2, 3, 4, 5 Kms, etc., são sempre divisíveis pelo cálculo a 1 Km (7,848). Temos então:
A 1 Km - Qc = 7,848 cms (7,848 x 1)
A 2 Kms - Qc = 31,392 cms (7,848 x 4)
A 3 Kms - Qc = 70,632 cms (7,848 x 9)
A 4 Kms - Qc = 125,568 cms (7,848 x 16)
A 5 Kms - Qc = 196,201 cms (7,848 x 25)
…
…
Conclusão: Os valores de queda de curvatura, resultam da multiplicação da queda de curvatura 7,848, pelo quadrado da distância… SEMPRE. Daí se poder considerar o valor 7,848, como uma constante multiplicativa.
Neste momento, já deve haver por aqui «intelectuais de pacote» que devem estar a pensar «Não pode ser! Este gajo inventou isto. Deixa-me cá experimentar com um valor de distância fraccionário…». Não percam tempo:
Suponhamos que temos uma distância de… 9,2 Kms.
Método baseado no teorema de Pitágoras:
12742Qc + Qc^2 = d^2
12742Qc + Qc^2 = 9,2^2
Qc^2 + 12742Qc - 84,64 = 0
[-12742 + (√162358564 + 338,56)]/2
(-12742 + 12742,01328519163)/2
Qc = 0,01328519163/2
Qc = 664,2595815 cms
Método simplificado:
Qc = d^2 x 7,8480555
Qc = 9,2^2 x 7,8480555
Qc = 84,64 x 7,8480555
Qc = 664,3016952 cms
A ligeira diferença, reporta-se aos algarismos significativos nos cálculos das raízes e da própria constante.
Então e a outra fórmula que entra em linha de conta com a altura do observador?
Na fórmula Qc = (Dt - Dh)^2 x 7,848, a distância do observador ao horizonte, apenas interessa para traçar a tangente ao raio da Terra e desenhar assim a distância linear, desde o horizonte até ao alvo. Deduzimos a distância do observador até ao horizonte e temos as linhas e distâncias que nos interessam para fazer os cálculos, como se o observador estivesse deitado de barriga para baixo, no horizonte, a olhar para o alvo. Notar que quando a altura do observador é igual a zero (0), a distância total, é igual à distância ao alvo:
Qc = (Dt - Dh)^2 x 7,848
Se Dh = 0 (horizonte a coincidir com a linha do mar), então:
Qc = d^2 x 7,848
E como se deduz a distância do observador ao horizonte?
A distância de um observador ao horizonte, varia com a altura do ponto de observação, como é óbvio e é calculada do modo inverso. Se na fórmula anterior, calculávamos a queda de curvatura, elevando a distância ao quadrado e multiplicando por 7,848, agora, a «queda de curvatura» passa a ser a altura de observação e o horizonte, os olhos do observador deitado à superfície da água:
h = d^2 x 7,848
d^2 = h/7,848
d = (√h/7,848)
Fórmula completa simplificada:
Qc = [Dt - (√h/7,848)]^2 x 7,848
Mais alguma dúvida?..
Apesar de não estar de acordo com tudo o que o [member=24692]HULK VERDE diz, tenho que admitir que ele tem toda a razão, quando fala em «cientistas de supermercado». E isto está cheio deles. Infelizmente, vocês fazem-me lembrar aquela anedota que se contava nos anos 80, na era Reagan. Dizia um americano para um russo:
- O meu país, é uma referência em termos de Democracia.
- Porquê? - Pergunta o Russo
- Porque se me apetecer, entro na Casa Branca, subo ao gabinete do presidente, dou um murro na mesa e digo: «Estou num país livre! Put.a que pariu o Reagan».
- Pfff!.. Grande avaria - diz o Russo. Eu faço precisamente o mesmo…
- O quê??.. Fazes o mesmo?
- Exactamente. Entro na Casa Branca, subo ao gabinete do presidente, dou um murro na mesa e digo: «Estou num país livre! Put.a que pariu o Reagan».
Vejo aqui muitos «cientistas» de pacote, a apresentar o argumentatório que qualquer instrutor de ciências apresenta (os astriofísicos, os astrónomos, os físicos, etc.), que é aquilo que lhes ensinaram na escola e que vomitam cá para fora nas universidades. Eu queria vê-los é vir a terreiro e descobrir muita trampa que a ciência actual esconde (sim, ou pensam que tudo aquilo que sabemos da ciência actual está correcto?), mas não… Limitam-se a ser «historiadores de ciência». Gostava de os ver com tomates suficientes para virem a terreiro e a dizer de peito aberto como estes mais de 2900 fizeram:
- Desculpem, mas as torres gémeas não podiam ter caído assim com embate de 2 aeronaves, muito menos à velocidade da queda livre.
Mas não, acagaçam-se, porque não querem ficar mal vistos no meio, porque não querem contrariar ninguém ou porque não querem perder o emprego e os «cientistas de supermercado» lá vêm todos a seguir em fila de pirilau, ou agarrados ao rabo e a abanar a caneça para cima e para baixo, como o cãozinho do naperon, mas usar o cérebro para pensarem um bocado e questionarem o mundo que os rodeia, é que está quieto. É claro que depois, os outros é que são os «maus da fita», os teóricos da conspiração, os malucos… mas como eu já estou farto de dizer, «Ser conspiracionista dá muito trabalho, mas proporciona muitos conhecimentos».
Cientistas a sério, são os desgraçados e desgraçadas que estão fechados num laboratório de investigação a trabalhar dias e dias a fio, por vezes sem comer durante variadíssimas horas e apenas com uma sandes ou meia pizza no bucho. Tudo para nos proporcionar a todos um mundo melhor - esses sim, é que são os verdadeiros cientistas a quem eu tenho que bater palmas.
A todos aqueles que adoram os sapatos altos, dou uma sugestão: mudem de sexo…