Claro que não é.
SI VERA EST FAMA
Sobre a Cosmogonia Glacial
“Foi um grande avanço, nos dias de Ptolomeu, dizer-se que a Terra era uma esfera e que as estrelas gravitavam à sua volta. Desde então, tem havido progressos contínuos no mesmo caminho. Primeiramente, foi Copérnico. Copérnico, por sua vez, foi amplamente ultrapassado e as coisas serão sempre assim. No nosso tempo, Hörbiger deu mais um passo em frente. […] Atualmente, a ciência afirma que a Lua é uma projeção no Espaço de um fragmento da Terra e que a Terra é uma emanação do Sol. A verdadeira questão é se a Terra veio do Sol ou se tem tendência a aproximar-se dele. Para mim não há dúvida de que os planetas satélites são atraídos pelos planetas, tal como estes últimos são atraídos por um ponto fixo, o Sol. Como não existe vácuo, é possível que a velocidade de rotação e de movimento dos planetas se torne mais lenta. Assim, não é impossível, por exemplo, que Marte possa um dia ser um satélite da Terra. [Hörbiger] declara que o elemento a que chamamos água é, na realidade, apenas gelo derretido (em vez do gelo ser água congelada): o que se encontra no universo é gelo, e não água. Esta teoria representou uma revolução e todos se insurgiram contra Hörbiger”.
Adolf Hitler, noite de 20-21 de Fevereiro de 1942.
A Crucificação de Jesus Cristo, de Paul Thalheimer, 1939. Igreja de São Luís, em Bad Dürkheim (Alemanha).
Uma pergunta porque aparece a imagem da cara de Hitler em quadros e vitrais desde 1935!
Foi pedido do mesmo? Ou este era patrocinador dos artistas!
Se fossem do contra ficavam sem ela! Plausível.
Que se saiba, Hitler não teve qualquer intervenção nas pinturas e vitrais com a sua imagem (provável ou inequívoca) presentes em vários templos alemães e austríacos, fossem da Igreja Católica ou Protestante.
De acordo com o investigador Michael Kuderna é difícil provar que elas realmente retratam o ditador, tendo em conta que era perigoso e havia o risco de represálias.
Por sua vez, as imagens posteriores a 1945 mostram claramente Hitler, por exemplo, como um carrasco ou um condenado às chamas do Inferno. O que não é difícil de compreender…
Ok faz sentido…
SI VERA EST FAMA
Sobre a Cosmogonia Glacial
“Na margem oposta [do rio Danúbio, junto à cidade de Linz] construirei, como contraponto à pseudociência da Igreja Católica, um observatório no qual estarão representadas as três grandes conceções cosmológicas da História - as de Ptolomeu, de Copérnico e de Hörbiger”.
Adolf Hitler, 28 de Abril de 1942.
A Apoteose de Cristo, de Oskar Titlyk, 1948. Fresco da Igreja de São Lourenço, em Stein (Alemanha).
SI VERA ESTA FAMA
Sobre o Cataclismo Cósmico e a Luta entre Gigantes e Deuses
Valhalla em Chamas, de Max Brückner, 1894. Cenário da Ópera O Crepúsculo dos Deuses, de Richard Wagner.
“A lenda não pode ser extraída do vazio, não pode ser uma invenção puramente gratuita. Nada nos impede de supor - e creio até que seria do nosso interesse fazê-lo - que a mitologia seja o reflexo de coisas que existiram e das quais a Humanidade conservou uma vaga memória. Em todas as tradições humanas, sejam elas orais ou escritas, encontra-se a menção a um enorme desastre cósmico. O que a Bíblia diz sobre o assunto não é peculiar aos Judeus, foi certamente retirado por eles aos Babilónios e aos Assírios. Nas lendas nórdicas lê-se acerca de uma luta entre gigantes e deuses. Na minha opinião, a coisa só é explicável pela hipótese de um cataclismo que destruiu por completo uma humanidade que já possuía um elevado grau de civilização. Os fragmentos da nossa Pré-História talvez sejam apenas reproduções de objetos pertencentes a um passado mais longínquo, e foi através deles, sem dúvida, que o caminho para a civilização foi redescoberto. Que provas existem de que o machado de pedra que redescobrimos nas nossas terras foi realmente uma invenção de quem o usou? Parece-me mais provável que esse objecto fosse uma reprodução, em pedra, de um machado que existia anteriormente noutro material. A propósito, que provas temos de que, para além dos objetos feitos de pedra, não existissem objetos semelhantes feitos de metal? A vida do bronze é limitada, e isso explicaria que, em certos depósitos terrestres, só se encontrem objetos feitos de pedra. Além disso, não há provas de que a civilização que existiu antes do cataclismo florescesse especificamente nas nossas regiões. Três quartos da Terra estão cobertos de água e apenas um oitavo da superfície terrestre é, na prática, acessível. Quem sabe que descobertas seriam feitas se pudéssemos explorar o território que hoje está coberto pelas águas?”
Adolf Hitler, noite de 25-26 de Janeiro de 1942.
Martírio de São Cástulo, de Max Lacher, 1947. Vitral da Igreja de São Martinho e de São Cástulo, em Landshut (Alemanha).
ANNO CXXXV
SI VERA EST FAMA
“Mais profundamente do que alguém alguma vez ousou pensar antes, o olhar retrospetivo que molda a História pode mergulhar no Passado. Os monumentos históricos de todos os povos estão hoje espalhados diante de nós, as escavações dos mais antigos testemunhos da arte humana permitem comparar as forças motrizes das culturas, os mitos da Islândia à Polinésia foram reunidos, os tesouros dos Maias amplamente desenterrados. A isto acresce a Geologia, capaz de desenhar atualmente os mapas geográficos de dezenas de milénios antes da nossa Era. As explorações subaquáticas retiraram das grandes profundezas do Oceano Atlântico massas rígidas de lava dos topos de cadeias montanhosas subitamente submersas, em cujos vales outrora se originaram civilizações, que foram destruídas por uma ou várias catástrofes terríveis. Investigadores geológicos delineiam maciços montanhosos entre a América do Norte e a Europa, cujos restos mortais preservados vemos hoje na Gronelândia e na Islândia. Mostram-nos que, por outro lado, as ilhas do Extremo Norte (Nova Zembla) possuem linhas de água antigas que se encontram a mais de 100 metros acima do atual nível do mar; é provável, portanto, que o Pólo Norte tenha sofrido uma deslocação, que um clima muito mais temperado reinasse no Ártico. Tudo isso projeta uma nova luz sobre a antiquíssima saga da Atlântida. Parece ser cada vez mais provável que um florescente continente tenha existido onde hoje rugem as ondas do Atlântico e se elevam enormes icebergues. Aí, uma raça criativa terá desenvolvido uma civilização avançada, enviando os seus filhos, marinheiros e guerreiros pelo mundo fora. Mas mesmo que a hipótese da Atlântida não seja provada, tem de ser aceite a existência um centro nórdico de civilização pré-histórica”.
O Mito do Século XX, de Alfred Rosenberg, 1930.
A Paixão de Cristo, de Albert Birkle, 1950. Vitral da Igreja do Sangue Sagrado, em Graz (Áustria).
ANNO CXXXV
SI VERA EST FAMA
A Grande Alemanha: Um Sonho Esotérico - I
Entrevista com Giorgio Galli a respeito das raízes ocultistas do nazismo, que estão entre as fontes da idéia de que o “espaço vital” do Terceiro Reich deveria chegar até os Urais. Um aspecto pouco estudado pelos historiadores, do qual se voltou a falar depois da queda do muro de Berlim
De Paolo Mattei
O professor Giorgio Galli não se considera apto a avaliar o esoterismo “por dentro”. Mas é um reconhecido estudioso do tema. A posição que assume, nas suas palavras, “é a de um historiador e politólogo que considera que a cultura esotérica se entrelaça com a historiografia e as ciências políticas mais do que essas disciplinas consideraram até hoje”. Foi também com esse posicionamento que estudou a história do Terceiro Reich, publicando o resultado de seu trabalho num livro editado em 1989 e que se tornou famoso: Hitler e o Nazismo Mágico: As Componentes Esotéricas do III Reich (Lisboa, Edições 70).
Giorgio Galli.
Galli enxerga coincidências significativas no ano de 1989: é o centenário do nascimento de Hitler, mas também o bicentenário da Revolução Francesa. Como explica no prefácio à segunda edição do livro, “esse ano de 1989 entraria para a história graças à revolução no Leste: exatamente um século depois do nascimento do Führer, caía o muro de Berlim, premissa de uma Alemanha novamente unida, potência hegemônica na Europa”. Depois de quinze anos e de tantos fatos, depois da tragédia de 11 de setembro de 2001, estopim para guerras que continuam até hoje, a história de violência e morte da qual Hitler e o nazismo foram protagonistas continua a suscitar perguntas inquietantes, e a impor-se como parâmetro para medir a violência e a morte que todos os dias se espalham pelos lugares do mundo martirizados pelos conflitos. O possível substrato ocultista, mágico e esotérico do nazismo desperta o interesse de muita gente. A televisão tratou do tema várias vezes, e neste último ano [2004] ao menos dois livros tiveram razoável difusão na Itália de Giorgio Galli (Marco Dolcetta, Nazionalsocialismo Esoterico: Studi Iniziatici e Misticismo Messianico nel Regime Hitleriano , Roma, Cooper Castelvecchi, 2003; Mel Gordon, Il Mago di Hitler. Eric Jan Hanussen: Un Ebreo alla Corte del Führer, Milano, Mondadori, 2004). Dirigimos algumas perguntas ao historiador, autor, entre outros ensaios sobre esoterismo e política, de La Politica e i Maghi (Milão, Rizzoli, 1995), Politica ed Esoterismo alle Soglie del 2000 (Milano, Rizzoli, 1992) e Appunti Sulla New Age (Milano, 2003), obra na qual analisa esse movimento cultural a partir também de documentos pontifícios.
A edição portuguesa do livro Hitler e il Nazismo Magico. Le Componenti Esoteriche del Reich Millenario.
PAOLO MATTEI (PM): Em seu ensaio sobre o Hitler e o Nazismo Mágico, o senhor identifica uma “ponte esotérica” entre a Inglaterra e a Alemanha, entre teorias e sociedades esotéricas e ocultistas presentes nas duas nações na passagem do século XIX para o XX. Essa ponte chegaria até os fundadores do nazismo. Como seria isso?
GIORGIO GALLI (GG): Entre o final do século XIX e o início do século XX, as tradições esotéricas ganharam novo vigor tanto na Alemanha quanto na Inglaterra. Efetivamente, uma “ponte esotérica” entre os dois Estados, a ponte da Ordem Rosa-Cruz, remonta já ao século XVII, inserida no quadro de uma cultura ocultista que não foi estranha à Guerra dos Trinta Anos, que devastou a Alemanha.
O Lamen Rosa-Cruz usado pelos Iniciados da Rosae Rubae e Aureae Crucis, a ordem interna da Ordem Hermética da Aurora Dourada.
Nas últimas décadas do século XIX, as relações entre os grupos esotéricos ingleses e alemães recobram sua força, e estabelecem-se laços estreitos entre pessoas influentes - baseados numa concepção “mágica” da realidade -, laços que se transmitem por algumas gerações. Há também elementos inquietantes nessa reconstituição. Um deles consiste na chamada “magia sexual”, ou seja, a conquista de poderes “especiais” derivados de práticas sexuais: em 1888, ano seguinte ao da fundação da Ordem Hermética da Aurora Dourada, Londres foi agitada por uma série de crimes sexuais, cometidos por Jack, o Estripador. O mistério a respeito dele dura até hoje.
Samuel Liddell MacGregor Mathers, um dos fundadores da Ordem Hermética da Aurora Dourada.
Alguns personagens e algumas relações marcam significativamente essa reimersão da cultura esotérica na Europa, como o encontro, em Londres, entre o ocultista francês Eliphas Levi, pseudônimo bíblico de Alphonse-Louis Constant, um ex-seminarista que depois se tornou revolucionário em Paris em 1848, e Edward Bulwer-Lytton, que teria um papel crucial no desenvolvimento da Ordem Rosa-Cruz na Ordem Hermética da Aurora Dourada.
Eliphas Levi.
Depois de várias peripécias, entre atividades políticas e ocultistas, Edward Bulwer-Lytton escreveria um livro, A Raça Vindoura: nele, o autor fala do “Vril”, a forma de energia que viria a dar o nome a uma sociedade que, ao lado da atividade do fundador do Instituto de Geopolítica de Berlim, Karl Haushofer, forneceria uma contribuição fundamental para a elaboração da ideologia nazista, no que diz respeito à idéia de raça ariana e de “espaço vital”, o Lebensraum.
Edward Bulwer-Lytton.
Karl Haushofer.
O King Kong Europeu, de Jacob (Marinus) Kjeldgaard, 1933.
ANNO CXXXV
A ponte mágica entre a Alemanha e Grã-Bretanha é formalmente firmada quando o Mestre Therion encontra-se com Theodor Reuss, Grão-Mestre da O.T.O. (Ordo Templi Orientis) e é aceite nesta; mais tarde sucederá a Reuss como Grão-Mestre.
O primeiro contacto é feito por Wynn Westcott antes da criação da Golden Dawn, que escreve a Reuss com o intuito de garantir autorização deste para abrir uma Loja Para-Maçónica (G.D.) incorporando rituais da O.T.O. na sua corrente mágica.
Vai estando no Youtube, um documentário em 6 partes que é bem esclarecedor do que aqui se fala, e não só.
A lenda/história da Atlântida e todas as suas ramificações terrenas e esotéricas.
SI VERA EST FAMA
A Grande Alemanha: Um Sonho Esotérico - II
Continuação da entrevista com Giorgio Galli a respeito das raízes ocultistas do nazismo, que estão entre as fontes da idéia de que o “espaço vital” do Terceiro Reich deveria chegar até os Urais. Um aspecto pouco estudado pelos historiadores, do qual se voltou a falar depois da queda do muro de Berlim
PM: Qual é o precedente cultural e quais são as teorias comuns a esses grupos?
GG: Em primeiro lugar, uma concepção segundo a qual a história que conhecemos é apenas uma parte da história da humanidade. Só algumas elites de iniciados conhecem “toda” a história. A história antiquíssima de civilizações puras e incorruptas. Esse saber e esses conhecimentos, dos quais é possível haurir mediante práticas e ritos ocultistas, transmitem um poder particular aos iniciados, que devem desempenhar também um papel político para administrar o futuro de uma humanidade decaída cujos dotes e características perdidos com o tempo é preciso restituir. Os componentes dessa sociedade se consideram depositários de uma antiga sabedoria primordial, que se manifesta muitas vezes em ritos particulares. Um fato interessante é que alguns adeptos de grupos esotéricos ocupam funções também nos serviços secretos de seus países. Um personagem chave, nesse sentido, é o alemão Theodor Reuss, da sociedade ocultista Ordo Templi Orientis, mestre do inglês Aleister Crowley.
Theodor Reuss.
Aleister Crowley.
Crowley, também mestre do ocultismo e ao mesmo tempo agente do serviço secreto inglês, no final do século XIX adere à célebre Golden Dawn (Aurora Dourada) – uma derivação, como eu já disse, da Ordem Rosa-Cruz - e depois funda uma seção inglesa da Ordo Templi Orientis.
A Ordo Templi Orientis.
A Golden Dawn, por sua vez, está ligada a associações alemãs conectadas à Doutrina Secreta da russa Helena Blavatsky - fundadora da Sociedade Teosófica, em Nova York, em 1875 - e à Antroposofia de Rudolf Steiner.
Helena Blavatsky.
Rudolf Steiner.
PM: Mas a história de Hitler e do nazismo se desenvolve depois desses episódios…
GG: Minha hipótese é de que essa “ponte”, que, como expliquei, unia a cultura esotérica, as ordens herméticas e os serviços secretos ingleses e alemães entre os séculos XIX e XX, tenha continuado a existir também no período imediatamente posterior, de modo tal que a formação intelectual de Hitler e de parte do grupo dirigente nazista se dá nesse tipo de cultura ocultista. Reuni dados que me permitem dizer também que esse grupo, que chegou à cúpula do Terceiro Reich, discute em seu âmbito como pôr em prática uma estratégia derivada daquela cultura, ou seja, a reconquista da “sabedoria ariana”. Da mesma forma, tenho condições de afirmar que a decisão de Hitler de entrar em guerra, convicto de que a Inglaterra não interviria, possa ser compreendida na ótica daquela cultura esotérica, a respeito da qual ambientes na cúpula da vida política inglesa estavam também informados. Toda a história do nazismo, a meu ver, deve ser lida levando em conta esse fator também.
Serenata ao Luar, de Blalla W. Hallmann, 1991.
ANNO CXXXV
Esse Crowley que aparece aí é o mesmo que, em conluio com o Fernando Pessoa, simulou a sua morte na boca do inferno?
É o mesmo.
Mr. Crowley, what went on in your head?
Oh Mr. Crowley, did you talk to the dead?
Your lifestyle to me seemed so tragic
With the thrill of it all
You fooled all the people with magic
Yeah, you waited on Satan’s call
Mr. Charming, did you think you were pure?
Mr. Alarming, in nocturnal rapport
Uncovering things that were sacred
Manifest on this Earth
Ah, conceived in the eye of a secret
And they scattered the afterbirth
Mr. Crowley, won’t you ride my white horse?
Mr. Crowley, it’s symbolic of course
Approaching a time that is classic
I hear maiden’s call
Approaching a time that is drastic
Standing with their backs to the wall
Was it polemically sent?
I wanna know what you meant
I wanna know
I wanna know what you meant, yeah
Nova filmagem do 11/9 de outro ângulo que não os das filmagens conhecidas, esteve 20 anos no baú e agora vê a luz do dia.
Metam as legendas, é muito interessante.
Uma visão peculiar sobre o Mestre Therion, a graça faz-se quando até um Ozzy vai beber à fonte por mera curiosidade.
Yep, passaram a simbologia deles em forca desta vez, ja nem escondem, mas a maior parte das pessoas nao tem nocao do que se passa ali…