Na pele de professor que sou, não acho piada nenhuma a esta “piada” que está perto de não ser piada pela proximidade que tem com a realidade.
Que futuro com alunos assim?
A educação não mudou tanto assim, mudou a hierarquia:
Há 20 anos: Frente ao professor, os pais interrogavam aos filhos: “Que raio de notas são estas?”
Hoje em dia: Frente aos filhos, os pais interrogam o professor: “Que raio de notas são estas?”
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Desculpem o :offtopic:
Sou crítico em muitas coisas em relação aos professores que durante anos foram uma classe privilegiada, assim como outras, mas nesse capitulo também não vos acompanho. Cagem para o mérito, para a ilusão de progressão de carreira, para o “sistema” e agarrem os cojones pelas mãos e chumbem quem tem que chumbar, aumentem por vossa iniciativa a suposta dificuldade do ensino e cagem para a pressão das direcções e dos pais. Se todos fizessem isso o ensino estava muito melhor, custava no início mas depois…
Na minha função, dificilmente chumbo alguém. Sou prof. Ed. Musical, em carácter de AEC’s no 1º Ciclo. Os alunos gostam da disciplina e cumprem. Mas não tenho problema nenhum em dar um Não Satisfaz se o aluno não merecer mais do que isso. Já enfrentei muita coisa, muita pressão dos pais, em escolas complicadas, com alunos em situação familiar de risco. Mas sozinho é difícil fazer mais.
A ideia da classe privilegiada é risória. Nem em termos salariais, nem em termos de horário, pois esta é, infelizmente para nós, das profissões em que trabalhamos quase tanto em casa como na escola. São muitas horas, noites e fins de semana perdidos a preparar as aulas do dia-a-dia.
Em parte até era bom até que assim fosse. Significava que os Encarregados de Educação iam à escola e se preocupavam… Mas, na realidade, os próprios EE não querem saber… Só no final do período ou do ano é que se preocupam e aí sim… O menino deles é um santinho…