Ainda aqui ninguém disse, mas finalmente o Frederico Gil entrou no top-100. Foi apenas o segundo tenista português a consegui-lo, e já poderia ter sido mais cedo não fosse o João Cunha e Silva (treinador) ter optado por a seguir a Wimbledon colocá-lo a jogar Challengers em vez de torneios melhores. Foi uma estratégia de medo para tentar defender alguns pontinhos sem arriscar de modo a ter entrada directa no QP do US Open.
Mas devia ter sido mais ambicioso, e vai ter que sê-lo daqui para a frente. Porque se continuar a jogar só Challengers não vai a lado nenhum, e já se viu que ele nesses torneios já não tem motivação para jogar contra tenistas pior cotados (perdendo muitas vezes com eles), sendo que ao invés quando defronta tenistas melhor cotados joga muito melhor e tem conseguido ganhar. Depois do US Open não haverá desculpa, terá que jogar contra os melhores, só em torneios International Series ou melhores, onde só aí poderá evoluir o seu jogo, subir no ranking e consequentemente ganhar mais dinheiro.
Até hoje tem faltado ambição estratégica na gestão da carreira, agora tem 23 anos, está finalmente dentro do top 100, se este antigo nº 10 mundial no circuito júnior quer ser alguém no ténis profissional, é agora ou nunca.
Penso que tens toda a razão, tem de haver ambição para se ser melhor e a ambição neste caso é jogar com adversários cada vez melhores porque de outra maneira vai estagnar e não vai conseguir evoluir. De qualquer maneira acho que os planos do Frederico e do joão passam por isso mesmo, está na altura de se realizar uma aposta forte em torneios superiores. Não me lembro bem mas acho que o Nuno Marques não conseguio descer do top 80, penso que o Frederico tem hipóteses de fazer melhor e de ser o português melhor cotado no ranking de sempre, pode é sê-lo por pouco tem porque vem aí o Gastão… 8)
Não sei porquê mas eu ao ver o Frederico Gil a jogar invariavelmente lembro-me do Robredo… É que não vejo nenhum talento especial em nenhum dos dois, mas vejo capacidade de luta e consistência! O pior que posso desejar ao Gil é que ele atinja os níveis que o espanhol já conseguiu ter no ranking ATP!
Curiosamente, das poucas vezes que o vi jogar também me pareceu um jogador idêntico ao robredo (embora este não seja um jogador top 10 na minha opinião).
Já em relação à queda de forma do Federer que aqui se tem falado, é bom não esquecer tudo o que o suiço passou desde o início do ano. Desde a doença, o desastre em Roland Garros e a perda recente do hexacampeonato, tudo lhe tem fugido. Contudo, continuo a manter a minha opinião que é o melhor jogador da história de ténis, reconhecido inclusive por figuras lendárias como Borg, McEnroe, Rod Laver, Roy Emerson, entre outros.
Não aprecio o estilo de jogo do Nadal, embora lhe reconheça grandes competências, sobretudo na terra batida. Em relação à sua derrota no master series de Cincinnati, não me surpreendeu pois o Djokovic é superior neste tipo de piso (e é bom relembrar que desde wimbledon até Toronto, o espanhol teve três semanas de descanso pois não defendeu o título em Estugarda).
Retirando a citação do outro tópico dos jogos olímpicos:
O torneio olímpico de ténis começa domingo e vai durar uma semana. Será jogado em hardcourt (concretamente em Decoturf).
Este ano foi decidido nas últimos semanas que seriam atribuídos pontos nos rankings ATP e WTA, algo que penso ser inédito nos jogos olímpicos. Apesar de não serem muitos pontos (400 para o vencedor) será um estímulo a que os jogadores levem aquilo a sério e não vão para lá treinar para o US Open como tem acontecido nas edições anteriores onde a maioria dos medalhados nem eram top-10 naquele momento.
Gasquet está de fora devido a lesão, e o Roddick não vai porque prefere focar a sua preparação no US Open e por isso vai jogar esta semana um torneio em Washington que ele já ganhou 3 vezes.
Contra todas as expectativas, Roddick perdeu a final do tornrio de Los Angeles. Foi derrotado por um jovem argentino chamado Del Potro, qua ainda vai dar muito que falar. Para já conta com 3 vitórias consecutivas em torneios.
Bom, não sei se o Del Potro terá um futuro assim tão brilhante. Parece-me claramente uma versão II do Karlovic: muito alto tendo por isso um serviço canhão e uma reposta ao serviço fortíssima. Mas em atributos técnicos são lhe vejo ali nada que lhe possa permitir ser um tenista verdadeiramente de topo (falo de um top 3). É certo que um serviço como aquele é meio caminho andado, mas para se manter com regularidade no topo, é preciso ter uma série de atributos técnicos a sustentar o seu jogo, e ele não os tem.
Da mesma idade, acredito bem mais no Gulbis, que também é alto (mas não tanto), também tem um serviço muito forte mas o seu jogo não é tão limitado e tem atributos técnicos que só os melhores dos melhores têm.
[b]Del Potro continua imparável
QUARTO TÍTULO CONSECUTIVO ALCANÇADO EM WASHINGTON[/b]
O tenista argentino Juam Martin Del Potro continua imparável no circuito ATP. A vitória na final do torneio de Washington, frente ao sérvio Viktor Troicki, garantiu-lhe o quarto título consecutivo da temporada.
Recorde-se que antes de Washington, Del Potro já tinha ganho em Estugarda, Kitzbuhel e Los Angeles.
Frederico Gil ganhou o torneio de Istambul neste domingo. Com isso chegou hoje ao nº 86 do ranking atingindo assim a melhor marca de sempre no ténis português ao igualar o Nuno Marques que em 1995 também tinha chegado ao nº 86 do ranking. A partir daqui tudo o que surgir a mais será óptimo. Bora lá. :arrow:
[b]US Open: Neuza Silva elimina favorita na qualificação
DUPLA VITÓRIA POR 6-3 COM ADVERSÁRIA BIELORRUSSA[/b]
A tenista portuguesa Neuza Silva garantiu hoje a presença na segunda ronda da qualificação para o US Open, quarto e último Grand Slam da temporada, ao vencer a bielorrussa Anastasiya Yakimova, nona cabeça-de-série e número 113 do ranking WTA, por duplo 6-3.
Na próxima ronda, a segunda melhor portuguesa do ranking, atrás de Michelle Brito, vai defrontar a vencedora do encontro entre a chinesa Xinyun Han e a croata Ana Vrljic.
Michelle Brito ainda vai jogar hoje na qualificação, enquanto Rui Machado só entra em acção amanhã. Frederico Gil, recorde-se, já está no quadro principal.
[b]Michelle Brito sofre para vencer
SERVIÇO DA PORTUGUESA TROUXE MUITOS PROBLEMAS[/b]
A tenista portuguesa Michelle Larcher de Brito teve mais dificuldades do que estava à espera para garantir o apuramento para a segunda ronda de qualificação do US Open.
Na partida frente à norte-americana Angela Haynes, a portuguesa entrou mal no court e teve muitas dificuldades em garantir o jogo de serviço. Com a derrota por 3-6 no set, estava obrigada a recuperar no segundo e começou bem (2-0), mas rapidamente caiu e permitiu cinco jogos consecutivos a Haynes (2-5).
A jogar na corda-bamba, Michelle Brito deu um excelente exemplo de recuperação e chegou até ao 7-5. Estava decidido, o jogo ia ficar resolvido na “negra”.
Aí, a portuguesa começou por permitir a quebra de serviço a Haynes, mas a norte-americana respondeu logo de seguida. Michelle Brito não deixou os créditos por mãos alheias e conseguiu nova quebra, seguido de um jogo de serviço consolidado para fazer o 3-1.
Angela Haynes, a jogar perante o seu público, voltou a reagir e virou para 4-3. Estava na altura da última investida de Michelle Brito. Com três jogos consecutivos, a portuguesa melhor cotada no ranking carimbou a vitória e consequente apuramento para a segunda ronda.
Na próxima ronda, onde já está Neuza Silva, Michelle Brito vai defrontar a vencedora do encontro entre Abigail Spears e Karolina Sperm.
Está a ser um período de Ouro do ténis Português, desde há muito (iniício dos anos 90?) que não se viam tenistas com um mínimo de potencial; e o bom nestes “novos” é que parece que vêm com vontade de continuar a subir, ao contrário dos “antigos” (Cunha e Silva, Marques, Cordeiro) que se via que já estavam no melhor que podiam dar (embora em pares tenham dado cartas).