Sustentabilidade - O Grande Desafio do SCP!

temos primeiro ter transparencia para perceber o buraco , depois vem as soluções , futebol , atraves de potenciar atletas , receita v gera receita e faz se uma bola de neve positiva e uma estrategia acertada mas PRIMEIRO entender e mostrar a realidade.

Post de grande abrangência.
Muito bem!

Estou de acordo com a maior parte do que dizes.
Faço só uma observação:
Todos gostávamos que o RA ficasse connosco 10 anos e a fazer um trabalho ao nível do que tem feito nos últimos 18 meses. Mas temos que ser realistas: Isso certamente não vai acontecer!

Um dos nossos maiores desafios é precisamente esse.
Como continuar a acertar em algo tão fundamental como o é a aposta efetiva na formação e o acerto na contratação de jogadores.

Estas 2 coisas que são tão determinantes do sucesso ou insucesso de um clube não podem depender apenas de uma pessoa.
A direção tem obrigação de identificar isto e o seu impacto.
Tem obrigação de fazer esta capacidade depender de uma estrutura e não de uma pessoa que hoje está cá e que amanhã certamente não vai estar.

ISTO É ESTRATÉGICO!

Ok, assim em modo relâmpago e peço desculpa por colocar valores aproximados, mas os últimos ReC não estão no site e de momento não estou em local com acesso aos mesmos.

Há no clube uma divida bancaria cerca de 70M, que o clube nunca terá meios para a pagar, existindo obrigação solidaria da SAD e por isso era urgentíssimo resolver esta questão em conjunto com a divida bancaria da SAD, além da redução do passivo, libertação de garantias seria também retirar do clube um gasto significativo em juros que ajuda a sufocar todos os orçamentos.

Nos últimos anos e apesar dos resultados liquido ligeiramente positivos, fruto de receitas antecipadas há um desequilíbrio de cash de quase 3M (alias é referido nos pareceres do CFiscal), que só não é maior porque temos contado com algumas receitas extraordinárias, num ano o mecanismo de solidariedade do CR7 que ainda reverteu para o clube (deve ser o ultimo jogador a causar retorno para o clube), noutro ano o aumento exponencial da quotização proporcionada pela remuneração, noutro a reversão de provisões para processos judiciais.

Estamos a falar num deficit anual de 4 ou 5M, que por enquanto tem sido colmatado com empréstimos da SAD, e dizer que é empréstimo é um eufemismo porque na realidade trata-se de antecipação de receitas da SportingTv (ao arrepio das obrigações estatutárias) proporcionadas pelo contrato da nós.

PS: Desculpem era uma resposta ao pedido do @Strikerr para abordar o problema financeiro no clube e saiu como resposta ao @bexaluis

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Bom tópico. Voltarei aqui com um bocadinho mais de tempo.

na sustentabilidade tambem temos de perceber se os socios e adeptos querem ou podem ter um clube de socios na decisão ou uma sad com um ou mais investidores que em maioria podem tomar decisões contrarias ao que os sportinguistas querem , existe exemplos tais como valencia e belenenses …outro desafio e se teremos o ecletismo ou se somos amputado dele porque e dificil ter receitas e normalmente não acompanham os custos, so com formação e grande gestão pode ter viabilidade isto se o poder de decisão for do clube se a sad mandar podemos dizer adeus a algumas modalidades .

Antes de mais, agradeço pela informação que acabaste de nos prestar.
Ainda um dia tenho que fazer uma análise comparativa das situações dos 3 clubes da mesma forma que costumo fazer para as 3 SAD’s.

Na minha opinião, há que encontrar uma forma criativa da SAD financiar mais o clube. Tenho a certeza que isto é possível e dependerá apenas da vontade. E essa terá que existir.

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A nível de futebol aquilo que digo há muitos anos: Contratar poucos mas bons.

Fora isso apostar SEMPRE na formação.

Entre ir ao Brasil/Argentina/Bósnia/Coreia do Norte contratar um “defesa esquerdo” de qualidade duvidosa, é sempre preferível apostar num miúdo da formação.
O retorno será sempre muito maior, se for bem gerido.

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A sustentabilidade do Sporting está no projecto Amorim (com ou sem Amorim).

Se aprendermos com o gênio, mesmo que não consigamos ser tão geniais, estaremos sempre mais perto da genialidade.

Quem deve aprender?
De que forma?
Até quando?

O que estás a propor que se faça ao certo?

nunca podemos depender de uma pessoa por melhor que seja na sua função temos mais de cem anos e muitos homens e mulheres que nos honraram e tornaram grande , merito ao amorim que vai ficar nesse grupo ,a que saber aproveitar sua competencia , tal como do nuno dias no futsal , tal como outros nas suas funções menos visiveis mas muito importantes para engrandecer ainda mais este clube.

Simples, apostar (de verdade) na formação, contratar essencialmente jogadores do mercado nacional ou de mercados próximos, contratar com critério, ou seja, para posições chave, que não tenhamos melhor na formação e jogadores adequados ao estilo de jogo da equipa, ter plantéis curtos para aumentar a competitividade interna e facilitar o lançamento de jovens, cumprir com rigor o teto salarial (um teto salarial adequado às nossas reais possibilidades, apostar em bons treinadores perfeitamente identificados com o nosso projecto e naturalmente não entrar em loucuras.

Não me parece muito complicado, claro que o difícil é acertar nos jogadores, no treinador, nos resultados… Mas o modelo tem de ser este, não temos outro caminho (nem nós nem nenhum clube português).

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Concordo basicamente com tudo.
Mas o teu último parágrafo é tudo e disseste tudo:
É difícil acertar nos jogadores e é disso que tudo depende.
Esta frase é a diferença entre o sucesso e o insucesso.

O desafio maior é mesmo:
Como garantir uma alta taxa de acerto nas contratações?

Sim, verdade.

Mas nota que parte desse sucesso está em contratar pouco.

Concordo.
Sempre concordei.
E isto por várias razões:

Quanto mais contratares, mais destabilizas o plantel.
Isso raramente é bom.

Se tens um orçamento limitado e tens que o dividir por muitas compras, inevitavelmente vais ter menos dinheiro para cada aquisição. Isto tende a aumentar a probabilidade de comprar entulho.

Na dúvida, por várias razões, entre elas financeiras, mas também desportivas, é boa política, na dúvida, apostar na formação antes de ir ao mercado.

Cada contratação afeta de forma dramática a situação financeira do clube. O mesmo é dizer que cada contratação deve ser estudada ao milimetro e só deve avançar caso os responsáveis estejam dispostos a apostar a vida em que a contratação será boa.
Tenho dúvidas sobre o estudo que um clube faz de cada contratação se fizer 10 ou 11 contratações por ano…

Reforço a importância TREMENDA que a qualidade de scouting tem no meio disto tudo.
Os clubes com melhor scouting e com maior capacidade financeira serão sempre os clubes que terão mais sucesso.

Não é fácil um clube aumentar de repente a sua capacidade financeira.
Mas melhorar a sua capacidade de scouting é mais fácil.
É uma opção estratégica.
É um investimento cuja ordem de grandeza é desprezável perante o que se gasta em compras de jogadores.

O clube inteligente é aquele que não olha a gastos com a melhoria da qualidade do seu scouting.

O SCP não tem capacidade para contratar os jogadores mais caros do mundo. Mas se calhar tem dinheiro para montar o melhor scouting do mundo.

O clube que tiver o melhor scouting do mundo, é uma autêntica máquina de fazer dinheiro e papar títulos gastando muito menos do que os outros.

O fenómeno Amorim tem tido uma forte vertente de bom scouting e tem sido uma amostra do que estou a dizer.

E isto sim, é estratégico!

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excelente @Strikerr

É isso.

Para não ir muito longe vejamos o slb este ano.

Maior lacuna (mais ou menos unânime) do plantel? Médio n. 8.

Contrataram João Mário. Eu não contrataria porque o acho muito caro para o futebol português e ainda pior acho-o muito caro para o que rende. Mas tirando isso é uma contratação que até faz sentido, João Mário é um valor seguro, sabemos exatamente o que vale e é bom jogador.

Mas depois…

Tinham 2 alas direito e foram contratar mais 2. Nenhum dos contratados (era evidente) é melhor do que os que já cá estavam. Resultado, 4 jogadores a ganhar salário e só joga um de cada vez. Para trinco, onde têm o alemão, contratam mais um e ainda por cima jogador típico de ter uns 20 clubes no fim da carreira. Depois contrataram um suplente do Marselha que ocupa o lugar que podia ser de um jovem (para o que joga não fazia diferença) e é mais um com ego, com salário elevado e que rouba espaço a outros.

E por aí fora.

Ou seja, o slb falhou muito nas contratações desde logo porque comprou jogadores para posições que nem precisava, ou seja, falhou quando nem precisava falhar. Resultado, massa salarial insuportável, rendimento baixo, plantel destruído, jogadores nada valorizados e jovens tapados e sem espaço.

O João Mário é uma contratação razoável precisamente pelas razões que referiste.
Não se pode considerar uma má contratação porque, desportivamente, é um valor seguro. O SLB não precisará de contratar outro jogador para a mesma posição por ele não render. Isso é positivo.
Mas, por outro lado, é um salário brutal por um jogador que já não dará retorno financeiro. Ou seja, no contexto das necessidades de receitas extraordinárias que os 3 grandes têm, não é a contratação ideal.

Diria que é muito melhor contratação do que um Doumbia que não veio resolver nenhum problema desportivo e só veio foi agravar um problema financeiro.
Mas é pior do que contratar um Duscher.
E é muito pior do que apostar num Matheus Nunes.

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Bom tópico!

O que é discutido aqui assume maior importância pela percentagem abismal de mérito do Amorim nos sucessos recentes do futebol masculino.

Pontos chaves para o futuro do Sporting na minha opinião:

  1. E depois de Amorim?

Acho que é unânime que o Amorim foi um tiro no centro do alvo ou o jackpot para a atual direção. Nada no trabalho anterior mostrou sequer uma percentagem de sucesso próxima no que diz respeito ao nosso futebol.

Como tal, a pergunta com que início este ponto é a partida para tudo o resto mas também a grande preocupação para iniciar qualquer discussão sobre “sustentabilidade”.

  1. Formação

Apostar na formação tornou-se um lugar comum. Hoje em dia nenhum candidato chega com um “projeto” que não tenha nas primeiras linhas tão badalada afirmação.

Depois apostar na formação é muito mais. É ter as melhores instalações, os melhores recursos humanos, a melhor rede de scouting e a estrutura para as diferenças etapas que terá de culminar num treinador com visão para apostar nos jovens.

Hoje em dia não temos os melhores espaços físicos mas está projetada uma intervenção na Academia. No fim serão feitas contas.

Recursos humanos é do conhecimento que perdemos imensos treinadores competentes da casa para o rival.

Em termos de scouting de jovens posso falar com bastante conhecimento de causa. A única coisa que estava a fazer a diferença são estes 2 anos de Amorim porque os pais e miúdos estão a procurar o clube que “aposta”. Em termos de scouting, o Benfica apresenta uma rede bastante mais profissionalizada, extensa e organizada como consequência óbvia do investimento dos últimos anos.

Quanto às equipas para as diferentes etapas da formação acho que temos uma lacuna grande na equipa B mas também não vejo grande preocupação em subir aquela equipa.

  1. Infraestruturas

Na sequência do ponto 2 que falo sobre espaços físicos da propriedade do Sporting na área da formação, aproveito para transferir para o global do Universo Sporting.

Somos um clube que foi delapidado ao longo dos últimos anos ao nível do seu património e também é muito do mesmo que a grandeza do clube é construída.

Acho que o trabalho iniciado nos mandatos do BdC está a ser muito bem continuado, apesar dos “populismos” com inaugurações fúteis e vazias.

A renovação do que temos está a ser feita e bem feita na minha opinião.

Falta o próximo passo que é adquirir e construir novo património. Pavilhões de treino são uma grande lacuna e devem estar na cabeça de quem gerir o clube nos próximos 10 anos. Obrigatório.

  1. Sócios e adeptos

Começando a falar de património é impossível não falar do maior património deste clube. Todos nós.

O Sporting mostrou nos últimos 7 anos que é um colosso. Um verdadeiro gigante.

Durante 5 anos, sócios e adeptos foram tratados como donos do clube que são. Vimos militância, capacidade de guerrilha e todos a tremerem com a pujança do leão rampante.

O que está a acontecer nos últimos 2 anos é das maiores vergonhas que tenho memória no Sporting.

Nenhum presidente que não trate os sportinguistas como parte do clube deve ser tolerado.

Medidas para reaproximar os leões do clube são essencias e, consequentemente, traduzir essa aproximação em número de sócios com tudo o que isso implica para as modalidades “amadoras”.

  1. Modalidades

Após falar no maior património é impossível esquecer o 2o maior património. O ecletismo único do Sporting Clube de Portugal.

Foi pelas modalidades que a direção de BdC recuperou muita das mística leonina e terá sempre de ser um dos bastiões deste clube.

Só com modalidades fortes e pujantes é possível viver Sporting dia após dia, semana após semana, mês após mês.

Nenhum presidente do Sporting pode voltar sequer a ousar proferir a palavra “fechar”.

Trabalho, competência, organização, expansão e vencer são as únicas palavras possíveis para o futuro das modalidades.

  1. VMOC

Após falar dos maiores patrimónios do clube é impossível não falar no seu maior cancro.

Urge terminar com esta sombra na vida do clube.

São demasiados anos de desconfiança, esquemas e castração ao clube provocado pelas VMOC.

Nenhum presidente que não queira avançar para a compra deve ser tolerado.

  1. Rivais

É impossível falar em cancro no ponto 5 e não falar de Porto e Benfica rapidamente.

Os coveiros do futebol português e que já tentaram enterrar o maior clube português para continuarem a dividir o pântano que é o nosso futebol.

Nenhum presidente pacificador e amigo dos rivais poderá servir o Sporting porque água e azeite nunca poderão ser misturados.

Estes são alguns dos pontos comuns e fulcrais para o Sporting que amo, o Crónico!

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My two cents…

Antes de mais só vi o SCP vencer 3 campeonatos (com olhos de ver).

Aquilo que analiso é que nenhum desses 3 sucessos me deixou ou deixa agora descansado, embora este ultimo dá-me azo a tirar 2 ilações (pelo menos na minha opinião):

1- Não foi o melhor conjunto de individualidades que o Sporting já teve. Já vi equipas que ganharam menos ou mesmo nada com jogadores fabulosos (Figo, Balakov, Paulo Sousa, Cherbakov, Jardel, João Pinto, Schmeichel, etc…).
2- Tenho muitas duvidas que grande parte destes jogadores nas mãos de outros treinadores valessem o que valem hoje. Já nem falo no que ganham no campo.

Centrando-me na parte desportiva, porque é na realidade a mola do clube e determinante na parte financeira (não se fazendo asneiras, se o clube tiver sempre épocas iguais a esta que está a fazer conseguirá equilibrar-se), divido os últimos sucessos que tivemos no mérito (óbvio que podemos dizer que o mérito é de todos mas este é o peso maior que dou a cada qual) da seguinte maneira:

99/00 : Inácio, Contratações de inverno (André Cruz/César Prates), Acosta numa forma excepcional, Schmeichel (ou o efeito Schmeichel por assim dizer)
01/02 : Jardel (nunca vi nada igual), João Pinto, André Cruz, etc… Basicamente jogadores
20/21: Rúben Amorim

Daqui o que tiro é que em 99/00 foi um conjunto de factores que concorreram para que tudo batesse certo, 01/02 um conjunto de individualidades que estava muito acima de qualquer plantel em Portugal, 20/21 um treinador excepcional que mudou mentalidades e todo o espírito do futebol profissional.

Como se sabe os dois primeiros sucessos não tiveram continuidade e o de 20/21 está a ter comprovando-se o tal peso e excepcionalidade do treinador.

Apesar de tudo me levar a crer que quando Rúben Amorim sair não teremos o mesmo sucesso, penso que este modelo é mais fácil de replicar do que os anteriores. É muito difícil ir buscar um Schmeichel , encontrar um Jardel, um André Cruz e juntá-los todos. São necessários grandes investimentos financeiros e pontaria. Enquanto que para replicar o sucesso actual parece-me que será mais um investimento em know-how.
Não digo que seja fácil mas olho um pouco para o que o fcp fez no passado e hoje perdeu completamente (está à mercê de um grande treinador ou um grande desequilibrador). Tinham pessoas (capitães, alguns que nem sequer contavam para jogar, pessoal na estrutura, etc) que foram bebendo e aprendendo os segredos do sucesso na união de plantel, espírito de grupo, etc, chegando a um ponto que muitas vezes o treinador podia sair que a maquina andava na mesma. Não nasceram ensinados de certeza, tiveram foi a inteligência e o querer de aprender com quem sabia e por lá passou.

Parece-me que o sucesso continuado do SCP pós Amorim terá sempre de passar por isto. Não falo de pessoas que mudam a cada eleição, falo daquelas pessoas que acabam por ficar no clube (existem mais nas modalidades veja-se o futsal) durante anos e resistem a direcções (como o Aurélio Pereira foi um exemplo na questão do recrutamento de formação). São essas pessoas que devem ter mais espaço na gestão e devem aprender e beber com quem tem sucesso, como agora com Amorim, e perceber os erros que não devem cometer porque também passaram por equipas que nada ganharam.

Dou o exemplo da equipa técnica do Rúben. É claro que um dia que saia os quererá levar a todos. Era importante o SCP segurar por exemplo o Vital, e os que conseguisse. Jogadores como Coates que já foi do 8 ao 80. Já foi treinado por tipos que não lembram ao diabo, por bons e maus treinadores, e agora por Amorim, deve saber melhor que ninguém o que fez a diferença lá dentro. Claro que depende do perfil da pessoa mas penso que se daqui a 10 anos o Coates ainda for uma referencia presente na estrutura do clube (seja em que lugar for) teremos ainda um pouco do espírito do que o Amorim construiu hoje presente. Não falo do Coates por ser um bom jogador e capitão, falo porque passou literalmente por tudo dentro do clube. Se eu estivesse na pele dele ia prestar muita atenção a tudo o que se passa a minha volta, tentar perceber o que mudou e como mudou.

Resumindo apostar em pessoas com o perfil certo e na sua formação na PRÁTICA, pessoas essas que servindo bem o clube não saiam conforme as direcções. Não vamos ganhar sempre, nem sempre aparecem fenómenos como Amorim, mas penso que estaríamos mais próximos do sucesso.

Não sei se acertei no espírito do desafio mas aqui fica. Peço desculpa se ficou muito extenso

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A resposta é, actualmente, muito simples: manter o “projecto Amorim”, mesmo que sem o treinador Ruben Amorim (caso o mesmo não fique por cá muito tempo - que parece ser quase uma certeza :frowning: )
Este é o modelo que tem demonstrado conseguir ter plantéis competitivos E com a possibilidade de criar grandes mais-valias na valorização de jogadores (do que estamos extremamente necessitados).

1- Este plantel foi construído de forma extremamente inteligente:

  • Plantel algo “curto” (possibilita mais jogadores terem substanciais minutos de jogo, o que ajudará certamente a motivação e o esforço, bem como a possibilidade de atletas muito jovens receberem alguns minutos, enquanto se vão adaptando ao plantel A);
  • Jogadores com proximidades geográficas/linguísticas (ajudará à criação de “espírito de grupo”, manterá os jogadores mais “focados”);
  • Jogadores experientes em posições fulcrais (jogadores que se não acabarem a carreira no SCP sairão já bem depois do seu auge) como Adán, Coates, Neto, Feddal, Paulinho. O tipo de jogadores que estará entre nós 3, 4 anos, contribuindo com mais do que “dentro do campo”;
  • Boas escolhas em empréstimos (Porro e Sarabia) para posições carenciadas;
  • Aposta em jogadores do mercado português (já algo habituados ao nosso campeonato), mesmo que não sejam “estrelas em potência”, como Matheus Reis, Nuno Santos, Ugarte;
  • Aposta declarada nos jogadores da nossa formação. Pois são estes que nos poderão trazer os milhões de que estamos necessitados. E mesmo que não tenham esse “potencial de venda”, ver-se que o SCP aposta nos seus jovens só nos pode trazer vantagens em termos de captação de jovens talentos para as camadas jovens, o que trará vantagens a longo prazo. Mesmo que jogadores como Jovane, Bragança e TT não tenham a potencialidade para serem grandes vendas, a sua presença no plantel é marcante nesse sentido.

2- Manter o futebol entregue a quem percebe do futebol.
Se calhar é uma benção o Frederico Varandas ter dificuldade em articular um discurso/intervenção. Tudo indica que a Direcção não “se mete” no futebol e o mesmo é entregue a Viana e Amorim (incluindo a comunicação, em que este último é mestre!).
O que é excelente.

3- Uma alteração a realizar seria a de acabar com a equipe de Sub-23. Criou-se com a mesma uma artificial “nova etapa entre os juniores e os seniores”, em que os nossos jovens jogadores perdem tempo a jogar contra outros jovens.
Os nossos juniores devem ter o sonho de em 2 anos estarem a jogar na A. Não a andar pela Sub-23, depois pela B…
Ajudaria a reduzir os jogadores sob contrato e, conciliado com uma boa política de empréstimos, não traria qualquer menos-valia aos nossos jovens com talento.

Em relação ao futebol, e por mais que Ruben Amorim tenha vindo a ser EXCELENTE, não posso deixar de fazer uma analogia com os andrades/Sérgio Conceição. Fora Diaz e Corona (que são craques), montaram uma equipe muito competitiva com aposta no mercado interno (Taremi, Toni Martinez) e jovens (Vitinha poderá ser o “Nuno Mendes” deles), chegando a ganhar aos milhafres com uma defesa com Zaidu, João Mário, Fábio Cardoso e Mbemba.
Tem sido também uma gestão muito inteligente de um plantel, num clube com dificuldades financeiras, e que adoptou um modelo parecido com o nosso…

SL

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