Siniša Mihajlović - treinador do Sporting Clube de Portugal

Também dou o tal benefício da dúvida, mas o pior que pode acontecer não é claramente o 3º lugar.

Tenho pena de não lhe arranjarmos nenhum adjunto. Mas estávamos sujeitos a colocar lá dentro um cavalo de Tróia e assim não vale a pena.

Lamento, mas não sei o que escreveste, estás na minha lista de ignorados.

Edit: Mas já vi, e confesso que me fartei de rir. E é mais um post na tua linha, sem argumentação e com ataques pessoais. Pessoas inteligentes perceberão o alcance do meu post e entenderão que estou a criticar as linhas editoriais da nossa CS. Outros como tu, bem, são só isso mesmo…“outros”. Continuarás na lista de rejeitados.

Helena Costa? 8)

Essa cabra lampiã. Era só o que faltava.

[hr]

[member=9277]Ravanelli

Estão aí os 2 adjuntos que vêm com ele, aparentemente.

Siniša Mihajlović, o combativo novo comandante leonino Por Mestre da Tática

Dono de um pé esquerdo predestinado, Siniša Mihajlović foi um jogador jugoslavo que passou grande parte da sua carreira em Itália a esburacar redes e barreiras com os seus famosos livres diretos. Filho de pai sérvio e mãe croata, Mihajlović nasceu em Vukovar (atual Croácia) e deu-se a conhecer ao mundo do futebol com 17 anos no clube local. Por teimosia, optou por prosseguir a carreira em Novi Sad (no F.K. Vojvodina) e depois em Belgrado (no F.K. Crvena Zvezda), onde viria a conquistar, entre outros títulos, a Taça dos Campeões Europeus em Bari diante do Olympique de Marseille na sua época de estreia com apenas 22 anos.

A influência da guerra
Mas nem tudo são rosas. Foi nesse mesmo ano, entre as duas mãos da semi-final da competição europeia, que ocorreu o maior massacre da Guerra da Independência da Croácia, considerado como o pior crime de guerra na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, na sua cidade natal – o massacre de Vukovar. Entre a destruição da casa de infância, as paredes pejadas de balas, e uma Vukovar em ruínas, Mihajlović conseguiu escapar à perseguição étnica e reunir a sua família segregada pela guerra graças às amizades que detinha com pessoas influentes, principalmente com o criminoso de guerra Željko Ražnatović (conhecido como Arkan), uma fama que sempre o acompanhou ao longo da vida e que marcou vários episódios da sua carreira, tal como os confrontos com Igor Štimac enquanto jogadores e, mais tarde, enquanto selecionadores da Sérvia e da Croácia, respetivamente.

A “escola” italiana
A competitividade evidenciada pelo servo-croata foi algo que pautou toda a sua educação. Dentro e fora do campo, Mihajlović queria ser o melhor. Mesmo não sendo o mais talentoso, eram a sua combatividade e determinação que o colocavam acima da média, fosse em literatura ou em desporto. Foi com esta ambição que o então extremo se transferiu para a A.S. Roma, onde, segundo o próprio, passou os dois piores anos da carreira. Em 1994, mudou de cidade e seguiu para a U.C. Sampdoria, onde encontrou o treinador que o acompanhou mais tempo na sua carreira (num total de 6 anos) e que mais tarde o levou de volta para Roma, mas, desta vez, para a S.S. Lazio: Sven-Göran Eriksson. Sob o comando do sueco, Mihajlović, que foi recuando no campo até se fixar como defesa central, viria a conquistar, várias taças e, acima de tudo, o Scudetto há muito desejado pelos adeptos biancocelesti. Nos seus 6 anos nas aquile conviveu com nomes que beberam dos ensinamentos de “Svennis” e que, anos mais tarde, viriam a dar cartas como treinadores ou dirigentes (ou, pelo menos, a tentar), e.g., Diego Simeone, Pavel Nedvěd, Alessandro Nesta, Dejan Stanković, Roberto Mancini, Simone Inzaghi, Sérgio Conceição, Matías Almeyda, Attilio Lombardo, e Roberto Sensini. Curiosamente, dos nomes apresentados, os que prosseguiram a carreira como treinadores têm características em comum que unem as suas ideias de jogo (como o rigor defensivo do 4-4-2, a pressão alta, e o espírito de equipa) e que vêm das épocas passadas juntos em Itália.

O espelho do temperamento na filosofia de jogo
Mihajlović é conhecido pela sua inflexibilidade. No entanto, a nível tático, a sua preferência não se restringe a um só esquema, principalmente quando os resultados não são os esperados. Excluindo os dois primeiros anos da sua carreira, enquanto treinador adjunto do antigo colega de equipa Roberto Mancini no F.C. Internazionale Milano, onde terminou a carreira como jogador, o esquentado treinador jugoslavo tem variado entre o 4-3-1-2, o 4-2-3-1, e o 4-3-3, optando ocasionalmente por um 4-4-2 ou até um 3-4-3. De uma maneira geral, as suas equipas jogam de acordo com a sua personalidade: rigoroso (linhas defensivamente compactas), agressivo (linha defensiva subida, com defesas centrais confortáveis com bola, e pressão alta de toda a equipa, incidindo especialmente nas faixas), à procura de equilíbrio (médios-ala/extremos com função tática de avançados interiores, para possibilitar a sobreposição com os defesas laterais, e médios centrais complementares, um mais agressivo e dominante, outro mais criativo e requintado, e, dependendo da formação em uso, um que permita o equilíbrio nas transições), e semi-preocupado com a estética (não se importa em ter menos posse de bola para exibir um futebol à base de transições com um tipo de passes variável, mas constrói desde trás e apresenta dinamismo). Com base nestas ideias, em termos de funções táticas muito primitivamente descritas, o temperamental servo-croata (redundância à parte) costuma optar por:

Guarda-redes líbero, está tudo dito;
Alas combativos, inteligentes a atacar, e que dão largura à equipa, mas que não desprezam os seus deveres defensivos;
Defesas centrais fortes fisicamente, com bom jogo aéreo e posicionamento, e confortáveis com a bola nos pés;
Médios defensivos resolutos, tenazes, e adeptos de passes curtos, que dêem apoio ao meio campo e cobertura à defesa;
Médios centrais com boa capacidade física e de passe, capazes de ligar setores, estilo box-to-box;
Médios ofensivos tecnicistas, criativos, e com visão de jogo (playmakers);
Médios-ala/Extremos aptos para jogar nos dois corredores, criativos, e com facilidade de remate;
Avançados móveis e completos que se desloquem para os flancos e estiquem a defesa adversária para criar espaço no centro do terreno, mas que possuam, cada um, um conjunto de características diferentes (e.g. um finalizador nato, um “descomplicador”, um trabalhador incansável, e um velocista).
Burro velho aprende línguas
Considerado por muitos como um treinador unidimensional e que só quebra jogadores em vez de os estimular, Mihajlović tem provado aos seus críticos o contrário. Para um treinador que fala incessantemente do lado mental do jogo e da necessidade de encontrar os gatilhos psicológicos certos para trabalhar cada jogador, não será surpreendente se nos próximos tempos acusar alguém de “não ter tomates”, apesar de admitir que as circunstâncias também têm o seu peso. Um exemplo disso é a subida de forma abismal do C. Catania S.p.A. em 2009/2010, aquando da sua entrada no decorrer da época, contrariamente à passagem pela A.C.F Fiorentina, que ainda “chorava” a saída de Cesare Prandelli. De qualquer forma, Mihajlović aprendeu com os seus erros e, antes e depois de assumir o cargo de selecionador sérvio, estagiou com algumas das maiores mentes do futebol atual (Pep Guardiola, José Mourinho, Arsène Wenger e Sir Alex Ferguson foram algumas delas) para se aperfeiçoar a nível tático, de treino, e, acima de tudo, comunicacional. Coincidência ou não, os resultados foram melhores a partir daí, o que teve impacto ao nível da duração da estadia nos clubes seguintes e nos feitos que conseguiu alcançar (duas qualificações para a UEFA Europa League e uma final da TIM Cup no período “pós”, por oposição, bem, a nada no período “pré”).

A aposta na formação
Com mais ou menos investimento da direção dos clubes por onde passou, Mihajlović nunca teve receio de depositar a sua confiança nos jovens talentos das respetivas academias. Por um lado, Gianluigi Donnarumma, Alessio Romagnoli, Shkodran Mustafi, Andrea Belotti, Manolo Gabbiadini, Adem Ljajić, M’Baye Niang, e Roberto Soriano, são alguns dos jogadores que foram aposta constante do treinador jugoslavo e estão agora noutro nível competitivo, existindo ainda inúmeros casos de atletas lançados pelo mesmo, como, por exemplo, Manuel Locatelli e os mais conhecidos Cristiano Piccini e Haris Seferović. Por outro lado, a experiência de Mihajlović como jogador é um fator motivante para quem treina sob as suas ordens, sendo sobejamente conhecidos os treinos de bolas paradas dados pelo próprio e as apostas de tiro ao alvo em comunhão com os seus atletas.

Como será no Sporting C.P.?
Em suma, para Mihajlović, o futebol é um desporto de equipa no qual todos atacam e todos defendem. Qual soldado a lutar pela sua pátria e pelas suas crenças, o espírito de equipa é a peça-chave da máquina do carismático treinador que não tem medo de dizer o que pensa nem o que sente. É sabido que trabalho árduo, treino, e organização são as palavras mais importantes no seu dicionário, e que é com a criatividade e o instinto dos seus atletas que quer chegar à vitória. No Sporting Clube de Portugal vai encontrar um clube a ferro e fogo, mas a este clima está Mihajlović, um jugoslavo sobrevivente da guerra que jogou e treinou na aguerrida Itália, bem habituado – transformar conjuntos de jogadores num todo é algo no qual o novo timoneiro verde e branco se sente como peixe na água. Em linha com o seu trabalho nos conjuntos supracitados e, mais recentemente, nos blucerchiati, no A.C. Milan, e no Torino F.C. S.p.A., os sportinguistas podem esperar uma equipa construída de trás para a frente, trabalhadora, organizada, e ameaçadora ofensivamente, e assente no ADN leonino. No entanto, não é de descartar que cheguem alguns reforços experientes vindos do mercado transalpino, já que Mihajlović gosta de trabalhar com atletas que conhece.

Cada qual olha para a vinda de Mihajlović para o Sporting C.P. de forma diferente: uns focam-se na faceta polémica e outros na faceta extra-relvado, mas poucos são capazes de se abstrair do lixo despejado constantemente pelos media e de se focar no que realmente interessa e, quanto a isso, parece que Bruno de Carvalho voltou a calar a censura com mais uma escolha a dedo tendo em conta o momento atual do clube. É esperar para ver e o Mestre da Tática estará cá para o fazer.

http://mestredatatica.pt/2018/06/sinisa-mihajlovic-o-combativo-novo-comandante-leonino/

É uma escolha que não me deixa muito entusiasmado mas vou esperar para ver.
Vai ser um ano complicado e não lhe peço para ser campeão. O que lhe peço para este ano é com menos meios fazer melhor do que o ano anterior: superar o terceiro lugar, ganhar mais do que uma taça da Liga e fazer melhor do que os quartos de final da Liga Europa, creio que é possível. Bem vindo Sinisa!

Honro-lhe pelo menos a coragem de aceitar o convite neste momento que não é de facto nem o momento nem as condições ideias.

Que tenha todo o sucesso do mundo que será o nosso sucesso.

Com esta massa adepta este clube não vai deixar de ser ingerível… meu deus as últimas semanas têm sido demais, quem mais fere o Sporting são os seus próprios adeptos…

Por mais que investigue sobre o futebol de Mihajlović, não consigo encontrar nada em concreto. Parece ser um treinador que carece de ideias próprias, que adapta estilos diferentes por onde passa, num aproveitamento dos jogadores que tem à disposição, ou simplesmente para tentar algo diferente.

Talvez a melhor análise ao seu futebol:

4-3-1-2, 4-3-3, 4-4-2… Haverá quem diga, ah e tal, o homem é um camaleão, não perdemos nada… Bolas. O Sporting esteve anos sem identidade no seu jogo, pelo menos com JJ, no bem e no mal, sabíamos o que contar. Infelizmente, o fórum está tão carregado de hostilidade contra o último treinador, e ainda por cima, por razões extra futebol, que só daqui a largos meses é que poderemos perceber o que é perder uma identidade, um estilo de jogo - Que volto a dizer: Apenas não foi vencedor, logo à primeira, por forças externas. Hoje a conversa seria outra, completamente.

Não nos enganemos, esta aposta é o puro tiro no escuro. Não sabemos nada do futebol de Mihajlović, quais as suas ideias, se é que as tem. E se antes BdC apostava na qualidade dos seus treinadores, no seu conhecimento da liga, hoje os lasers estão apontados a outros cantos - BdC quer se afastar da pasta do futebol, mas não resiste em demonstrar que tem mão sobre os atletas, e aí sim há muito conteúdo escrito sobre Mihajlović.

Olhem, que o sucesso dele seja o nosso.

AS POLÉMICAS DE MIHAJLOVIC Técnico rege-se por um código de conduta próprio

Sinisa Mihajlovic nunca escondeu uma forte relação com Zeljko Raznatovic, mais conhecido por Arkan, um criminoso de guerra sérvio que foi assassinado há 18 anos, em Belgrado.

Este nacionalista era um líderes da principal claque do Estrela Vermelha quando rebentou a guerra civil, e o então jovem Mihajlovic jogava em Belgrado. Filho de mãe croata e pai sérvio, o atual treinador temeu pela vida dos pais que viviam Borovo, uma localidade croata tomada pelos independentistas, e onde se travaram violentos combates.

Uma ação do grupo paramilitar de Arkan permitiu resgatar os pais e trazê-los em segurança para território sérvio, um gesto que o treinador nunca esqueceu.

Também acusado de insultos racistas a Patrick Vieira, Sinisa Mihajlovic viu-se obrigado a um pedido público de desculpas, mas acabou por revelar que o antigo médio do chamou de “cigano de m…”. Certo é que relação entre ambos nunca foi reatada pois, pelo código de ética do atual treinador, Patrick Vieira não deveria sequer… ter-se queixado

Record

Fonix… olha prefiro ter alguém que saiba adaptar o estilo de jogo conforme os jogadores que tem a disposição do que alguém que tem uma ideia de jogo que já passou de validade e que em 2 anos foi para lá de deprimente…tiro no escuro é mas ao menos assim não há expetativas logo não haverá desilusão

Enviado do meu Redmi Note 4 através do Tapatalk

Bem, só alguém com a mesma quantidade de parafusos a menos de quem manda é que se metia cá.

Toda a sorte.

3 anos de contrato é muita fruta, ainda mais dados por uma administração que pode na pior das hipóteses ter mais 11 dias! Ainda assim, o perfil mental parece adequado à atual situação, o tático simplesmente não conheço. Resta desejar-lhe muita sorte!

MIHAJLOVIC VEM ACOMPANHADO POR DOIS ADJUNTOS Miroslav Tanjga e Emilio de Leo

Sinisa Mihajlovic terá o apoio de dois adjuntos: Miroslav Tanjga e Emilio de Leo. O primeiro é um amigo de confiança cuja relação nasceu quando ambos jogavam no Estrela Vermelha. Sinisa acabou por prosseguir a carreira em Itália, enquanto Miroslav ficou na Sérvia antes de arrumar as chuteiras na Alemanha.

Fora do campo fortaleceram os laços de amizade e foram mesmo padrinhos de casamento um do outro. Quando teve o primeiro filho, Sinisa batizou-o o de Miroslav, e o seu adjunto não hesitou em repetir a homenagem. Já Emilio de Leo é um técnico italiano que começou a trabalhar com o novo responsável técnico leonino na Sampdoria. Para muitos é o ‘cérebro tático’. Em Alvalade vai trabalhar com Tiago e Nélson, os treinadores de guarda-redes.

Record

PERFIL DO NOVO TREINADOR DO SPORTING Muito mais que a história das mulheres: salvou, recusou, cuspiu, apostou... apresentamos Mihajlovic 2018/06/18 22:28 Texto por Hugo Filipe Martins

São tantas, tantas as histórias. São tantas, tantas as peripécias. E tantos os verbos. O novo treinador do Sporting já tem matéria mais do que suficiente para escrever um livro e uma coisa é certa: ia ser polémico. Sinisa é radical, de ideias fixas e sem protocolos. Arrisca, gosta de apostas complicadas (conhece Donnarumma, certo?) e tem grandes momentos de frenesim. O sérvio, que não quis a Croácia, tem riqueza de 49 anos, muitos ligados a Itália, onde foi craque e pontapé-canhão e onde depois tentou deixar marca como treinador. Uma marca ainda incompleta, mas que agora teve uma pausa para uma aventura diferente de tudo, num Sporting em ebulição.

Conflitos, recusas e o maior feito da carreira
Comecemos por Mihajlovic, o jogador. Defesa central/médio defensivo, com grande parte da carreira feita em Itália, ficou conhecido pela capacidade de bater bolas paradas. Um pé esquerdo capaz de colocar a bola onde queria e que ajudou a resolver algumas partidas, sendo, até ao momento, o jogador com mais golos (28) de livre direto na Série A, juntamente com Andrea Pirlo. Uma técnica que, já como treinador, terá passado a Ibrahimovic, quando era adjunto de Mancini no Inter.

Mas o início de carreira não foi fácil. No início dos anos 90, viu a sua casa ser destruída e o pai capturado. Um tio, que também tinha sido preso, acabou por salvar-se quando os militares descobriram que o seu sobrinho era Mihajlovic. A nível futebolístico envolveu-se em alguma polémica quando escolheu jogar pela Sérvia, nação do pai, e rejeitou, ainda, o Dinamo Zagreb, equipa croata.

Foi mesmo na Sérvia que alcançou o maior feito da carreira quando, em 1991, conquistou a Taça dos Campeões Europeus ao serviço do Estrela Vermelha, diante do Marselha, naquela que, na sua opinião, foi «a final mais aborrecida da história», uma vez que a sua equipa passou quase todo o jogo a defender.

Passemos para Itália, onde se afirmou como jogador e como um indivíduo… polémico. Começou na Roma, onde esteve dois anos, e a opinião sobre essa experiência não podia ter sido mais clara. «Os piores dois anos de toda a carreira», disse depois de ter sido obrigado a jogar a defesa esquerdo. Transferiu-se para a Sampdoria e foi aí que passou a atuar como defesa central. Visão de Sven-Göran Eriksson, que o levaria para a Lazio.

De regresso à capital italiana, Mihajlovic voltou a conquistar títulos, mas é pelas polémicas que é recordado. Em 2000, num jogo com o Arsenal para a Liga dos Campeões, proferiu um comentário racista que causou bastante polémica. Terá chamado «macaco» a Patrick Vieira, algo que, segundo consta, aconteceu em resposta ao insulto do francês, que o apelidou de «cigano». Os dois viriam a reencontrar-se em Milão, no Inter, e acabaram mesmo por ficar amigos. Ainda na Lazio, foi suspenso depois de cuspir em Adrian Mutu, quando este jogava no Chelsea.

Em Inglaterra, a pergunta do jornal The Guardian ficou para a história: «Sinisa Mihajlovic, será este o jogador mais perverso do futebol?»

Polémicas têm sido uma constante
As polémicas de Mihajlovic não se ficam por aqui. Associado a figuras do regime jugoslavo, o sérvio admitiu ser nacionalista e defendeu o regime de Tito, marechal que liderou a Jugoslávia durante 35 anos. Ideais que foram recordados quando treinava o Torino, em 2017, e comentou a atitude dos adeptos da Lazio que vestiram uma camisola com uma imagem de Anne Frank, adolescente alemã vítima do Holocausto nazi, num ato que foi tido como uma provocação anti-semita, mas que foi desvalorizado por Mihajlovic: «Anne Frank? Não sei quem era».

Esta foi a última frase polémica do novo treinador do Sporting, mas não foi a única. Recordamos a sua saída do cargo de treinador do AC Milan e as palavras da namorada de Kévin-Prince Boateng ao afirmar que, sem o treinador, o «ambiente da equipa ia melhorar». A resposta de Mihajlovic foi clara e correu muita tinta. «Considero que as mulheres não deveriam falar de futebol. Não estão preparadas».

O sérvio é conhecido por não ter papas na língua, como já deu para perceber, e não se importa de acusar os seus jogadores publicamente quando algo corre mal. No Torino chegou a criticar Niang, Belotti ou Ljajic, extremo que vivenciou uma situação complicada quando Mihaljovic foi selecionador da Sérvia.

O extremo, agora presente no Mundial da Rússia, ter-se-á recusado a cantar o hino e, desde esse momento, não voltou a ser convocado enquanto Mihajlovic foi selecionador, um exemplo perfeito dos ideais do treinador sérvio.

A aposta nos jovens e as mudanças táticas
Personalidades à parte, olhemos para Mihajlovic, o treinador. Começou em Milão, como adjunto de Mancini no Inter, passou, fugazmente, por Bolonha e Catania, fez pouco mais de uma temporada na Fiorentina, onde acabou no 9º lugar, esteve na seleção da Sérvia, com a qual falhou o apuramento para o Mundial 2014, regressou à Sampdoria como treinador e conseguiu um belo 7º lugar, saíndo depois para o Milan, onde perdeu a final da Taça de Itália, terminando também no 7º posto. O Torino foi o seu último projeto, embora tenha ficado a meio, algo comum no passado do treinador sérvio, que não tem grande historial no que toca a cumprir os prazos estipulados nos contratos.

As últimas temporadas são as que nos permitem analisar o treinador e há um fator que salta à vista e que agrada aos adeptos leoninos: a aposta na juventude. Em Milão lançou Donnarumma, na altura com apenas 16 anos, Calabria e Locatelli (este último não teve direito a muitos minutos). No Torino foi o responsável pela adaptação de Zappacosta, pelo aparecimento de Barreca e pela afirmação de Belotti.

A nível tático, Mihajlovic não tem propriamente uma formação que utilize sempre, à semelhança do que acontecia com Jesus, mas tem dois esquemas táticos que gosta de usar. O 4x2x3x1, utilizado na primeira temporada no Torino, e o 4x3x3, que resgatou quando sentiu dificuldades defensivas na sua equipa - o Torino marcou 71 golos na Série A, mas sofreu 66.

Em campo gosta de jogadores comprometidos com a equipa, defesas agressivas e um meio-campo forte na recuperação, deixando para os homens mais ofensivos as missões atacantes, até porque é um treinador que aposta no jogo em profundidade.

Mihajlovic é um homem que viveu a vida a dar a cara à luta e que não rejeitou oportunidades para recuperar equipas ou recomeçar projetos, como aconteceu em Milão ou em Turim. Tarefas complicadas, mas que, feitas as contas, acabaram por ser relativamente bem sucedidas. Ainda assim, o Sporting será o maior desafio da carreira de Mihajlovic enquanto treinador. Terá, pela primeira vez, a necessidade de ganhar títulos e chega ao clube de Alvalade num dos momentos mais conturbados do clube. Haveria melhor homem para assumir o desafio do que ele?

Zerozero

Sinisa Mihajlovic: um tiro na escuridão de Alvalade

Por Guilherme Anastácio - 18/06/2018

Siniša Mihajlović é o novo treinador do Sporting Clube de Portugal. É uma tarefa quase hercúlea analisar esta decisão de Bruno de Carvalho. Não vamos, por isso, debater se a decisão foi acertada ou não. Em vez disso, vamos sim traçar aquilo que Siniša Mihajlović foi enquanto jogador e aquilo que é enquanto treinador.

Nascido a 20 de fevereiro de 1969, na cidade de Vukovar (Croácia, antiga Jugoslávia), Mihajlović começou a sua carreira na Sérvia (primeiro no Vojvodina e depois no Estrela Vermelha). Ainda no Estrela Vermelha, no ano de 1999, o médio sérvio conquistou o título mais importante da sua carreira: na final da Taça dos Campeões Europeus, o Estrela Vermelha bateu o Marselha após grandes penalidades; o médio era conhecido por ser exímio nas bolas paradas e assumiu bater (e acabou por marcar) uma das grandes penalidades.

Rapidamente deu nas vistas e no ano de 1992 rumou ao campeonato italiano, mais propriamente à AS Roma. 61 jogos depois (duas épocas), Mihajlović ingressou na equipa da Sampodoria. Depois da “Samp”, acabou por cruzar nos caminhos da Lazio, onde passou seis anos e onde marcou 32 golos em 162 partidas.

Já em jeito de conclusão de carreira, pendurou as botas depois de dois anos ao serviço do Inter de Milão. Na seleção, o exímio batedor de livres realizou 63 jogos, participou no Mundial de 1998 e no Europeu de 2000. Quanto a polémicas, Mihajlović também sempre gostou de se evidenciar: outrora fora acusado de racismo e a declaração “não sou racista, mas sou da opinião de que as mulheres não devem falar de futebol” em nada abona a seu favor no que diz respeito à sua reputação.

Contudo, a carreira de Mihajlović enquanto treinador ainda não deu assim grandes frutos. Com carreira sempre em Itália (Bologna, Catania, Fiorentina, Sampodoria, Milan e Torino) e com uma passagem pela seleção da Sérvia, o sérvio ainda não conquistou qualquer título e ainda tem muito a provar. Com uma taxa de vitórias a rondar os 50%, a matéria para comentar a sua carreira enquanto treinador é escassa e deixa-se aqui a interrogação: é Siniša Mihajlović treinador para o Sporting Clube de Portugal?

Bola na Rede

cheira-me que para a semana vai embora… o BdC e o CD não estava suspenso? e pode contratar treinadores/jogadores…

quanto ao próprio Treinador não conheço por isso não tenho opinião, pelas estatísticas diria que não é grande coisa, mas treinar o Sporting é outra coisa completamente diferente… por isso se vier Boa sorte…

Considerando os ultimos minutos do video… não sei se o metia a entrar pros livres, mesmo aos 48 :lol:

CLUBE NÃO TÊM NADA A VER COM A SAD. Ele faz o que quer.