Só queria fazer uma ressalva em relação a isto, concordando completamente com a ideia daquilo que escreves. O Lecce e o Coventry pagaram esses valores porque são o Lecce e o Coventry, se é o Sporting a ir já não fecha por esses valores, é o “premium” clube grande. Assim como o Real Madrid se vai ao Brasil buscar um jogador que nós estivermos a negociar, vai pagar mais de certeza.
Sim se fosse o Guimarães provavelmente nem 1 milhão pediam.
O Alisson Capel está fechado?
O risco não está diretamente associado ao montante que se paga, existem dezenas de casos em que foram caros e não resultam e os que foram baratos e não resultam.
O fator mais importante para mim é se estão num período ascendente de forma, ou seja, se são uma mais valia no contexto onde estão. Neste caso Gyo e Hjulmand e Fresneda estavam a fazer boas épocas. Alisson está, Biel não estava.
Depois ha algo que nunca ninguem fala, a adaptação ao contexto, clube , cidade e esquipa técnica, em que há a circunstância de já terem singrado fora de.pais de origem:
-Gyo estava a comecar a dar-se bem no Uk.
-Hjulmand ja se dava bem fora da Dianmarca
-Morita ja se dava bem fora do Japao
-Pote deu-se menos bem no Uk
-Fresneda teve dificuldades fora de Espanho;
-Não sabemos se Inacio se vai dar bem fora de Portugal;
-Não sabemos se Biel se vai dar bem fora do Brasil;
-Vitor Roque deu-se mal fora do país de origem;
Neste caso Biel para mim é um risco, não estava a bombar no clube dele e muda de país;
Alisson ja se da bem em Portugal e está em fase ascendente;
Osorio é chileno, a dar-se bem na Dinamarca e em fase ascendente de forma, acho que ca vai resultar.
Mesmo passando na métrica do scouting, o que se sobrepõe ao valor/custo de aquisição do jogador, existem estes factores, além do tipo de pessoa que é no balneário, o tipo de profissional nao treinos, com que peso regressa das ferias, como é a vida de bom vivan, se a namorada é boa (mostra a nivel de auto confiança).
Quando vejo falar em entulho e não entulho, acho que é estatisca rapida e ver se o jogador é caro ou barato e a cara/pintq da pessoa.
Aliás, os clubes Ingleses nao compram so jogadores de 60 a 100 milhões, também vão ao mercado Sul Americano e Nordico e Africano porque se não queimarem pontes e não forem a origem acabam por gastar todos anos 300 milhões e não é sustentável.
O Sporting CP nos últimos tempos abandonou em larga medida este tipo de investimentos. Por “investimentos” refiro-me a jogadores de baixo/médio custo cujo intuito é esperar que consigam valer muito mais no futuro. Temos contratado de maneira cirúrgica para incrementar valor no plantel. De vez em quando acabamos por ter de recorrer ali ao jogo de empresário e à troca de favores e a coisa, nesse aspecto, tem-nos corrido mal. Veja-se o Sotiris ou o Koba ou o Arthur.
Eu não me oponho a este tipo de contratações como o Alisson, quando há uma observação efectiva dos jogadores e se acredita que eles encaixam ou podem vir a encaixar. O caso do Biel já foge a este tipo de investimentos, uma vez que é difícil recuperar o dinheiro de venda. Mas no caso do Alisson ou, por outro lado, do Pontelo, o Sporting CP só não recupera o investimento se não quiser.
Quando falo em risco é o risco de acontecer o que aconteceu o Vinagre, perdemos bastante dinheiro com o jogador. Acaba por haver relação entre preço e um diminuir do risco sim.
Repara um jogador que demonstre rendimento num clube tendencialmente a probabilidade em resultar noutro é mais alta, claro que não há certezas.
Um jogador que nunca rendeu em lado nenhum ou está com dificuldades, acaba por ser mais barato, portanto a probabilidade de falhar é maior, pode haver exceções mas normalmente falha.
Se houvesse alguém que pudesse garantir o jogador a ou b independentemente do preço, vai resultar ou não, esse alguém seria milionário. Aliás os que falham menos são pagos a peso de ouro.
Não apenas isso. também, mas não só. O Gyokeres era um flop em Inglaterra, até 1 milhão era caro. Duas épocas depois, já não era.
O Hjulmand estava na liga austríaca quando vai para o Lecce. Mas 2 épocas e meia depois está na primeira divisão italiana.
Em ambos os casos, o Sporting adquire jogadores que estão em alta rotação. E com mercado.
Lol, sim.
Temos que ser um clube elegante, custe os pontos que custar.
Mas não recupera os investimentos melhores que deixa de fazer, não recupera pontos perdidos, não recupera a projeção da imagem e da marca, eventuais troféus, etc. Não me revejo nada nessa coisa do “recuperámos o investimento”. Não sou nada adepto da lógica Naby Sarr.
No caso do Vinagre, ou do Roque ou de outro qualquer que não esteja num bom momento de forma e da carreira, nunca devia ser contratado a não ser empréstimo com opção de compra, quanto muito, com opção obrigatória mediante objetivos individuais pré definidos.
Devia ser uma regra de gestão no nosso clube.
Nisto não incluo 1 Alvarez ou 1 Harder tapados por jogadores fantasticos no City e aqui.
Mas incluia aqui o Biel, a não ser que se saiba que exista embirração entre o treinador e ele mas são casos raros…
Também não sou especial adepto da lógica Naby Sarr. Estamos a falar de um gajo que num contexto de formação, num clube formador, nunca se destacou. Mas sou adepto de uma lógica Pontelo ou mesmo Alisson que são jogadores com um outro tipo de formação e que a probabilidade de serem late bloomers é maior. Sendo que um gajo como o Pontelo, numa situação de futurologia, contratado e emprestado numa equipa de primeira liga, rapidamente evoluía em termos de cotação de mercado. Basta ver, por exemplo, o Chico Lamba no Arouca.
Longe de mim defender uma estratégia semelhante àquela que os lampiões utilizavam no passado. Mas uma estratégia Moneyball que permita trazer 2 ou 3 jogadores por temporada, a baixo custo, tipo Matheus Nunes, Fatawu, Alisson, Pontelo, etc.
Vejam o caso do Rolheiser, por exemplo…comprar jogadores bem cotados diminui o risco do investimento, porque o mercado continua a ver lhes valor mesmo que não cumpram a expectativa inicial. Já os baratuchos (que já não são baratuchos), se não vinham, passam a valer perto de zero em poucos meses…temos dezenas de casos desses nos últimos anos
No benfica há um fenómeno do entroncamento, os jogadores nunca desvalorizam. As vendas são sempre espectaculares e eles têm sempre que vender todos os anos
Não há milagres!. Se vendem bem, na teoria mas na realidade não acontece…
O que dizes faz algum sentido, mas acho que nesses casos o ponto é menos o valor que o mercado lhes via e mais a quantidade de dinheiro que anda a circular pelo Brasileirão.
Por isso é que sempre disse que o Vitor Roque seria uma operação de risco financeiro mais baixo do que parece, por exemplo. E, aposto eu, vai-se ver agora. Ele tem tido imensas dificuldades no Bétis, mas aposto que se o Barcelona quiser o vende para um Flamengo ou Palmeiras da vida por 25 ou 30M.
Usando um exemplo nosso, se o Harder tem corrido mal acho muito mais complicado que nós pudessemos reaver boa parte do investimento, mesmo até sendo um jovem bem cotado no mercado como mostra o interesse e proposta do Brighton quando o fomos buscar. Porque não se quereria meter no Brasil, provavelmente também não numa Arábia Saudita (que paga premium por gajos abaixo dos 21 devido às regras), e sem esses dois mercados a coisa complica.
Por falar em rumores, e no Esgaio ninguém na Turquia lhe pegou ?
A única estratégia moneyball que aceito é uma que produza resultados. Se não produzir, se tiveres de vender o ativo ao mesmo preço de custo ou até mais, mas sem resultado desportivo, então a estratégia não funcionou. A estratégia foca-se em competir mas com otimização de parcos recursos.
O Pontelo não é um caso de sucesso, pelo contrário. Mesmo que o acabasses por vender por 3 milhões. Não acrescentou nada. Pode é ser uma boa estratégia para gerar capital. Compras por 700 mil, seguindo a tua lógica vender por 3 ou 4 vezes mais, tudo bem. Mas não contas com ele para nada, senão gerar lucro. É comprar, emprestar, se evoluir muito bem, se não evoluir, vende.
O Matheus Nunes e o Fatawu também não são bons exemplos. Esses são bons exemplos de comprar jogadores para uma fase final de formação e fazeres evoluir. Suo muito favorável a isso. Pena investirmos pouco nisso.
Agora, sou altamente favorável a utilizar modelos de análise para encontrar o jogador certo para o lugar certo e sem ser necessário rebentar com o banco. O Sporting encontrou um ala direito que andava encostado e tornou-se a cara da posição e rendeu mais que jogadores muito mais caros. Isso é moneyball. O Diomande, que numa questão de meses se torna importante na A, também. O Pote, o Ugarte, o Morita e o Nuno Santos, tendo em conta o investimento/rendimento. Nosso e dos clubes anteriores. Para o Alisson ser um deles, tem de chegar cá e render. Se não render, não é um exemplo dessa estratégia. Mesmo que custe 2,5,acabe emprestado e saia por 4.
Quanto ao Chico Lamba, acho que a nossa formação deve fazer isso: formar para a A (serão poucos) e formar para colocar no mercado. Nisso concordo.
O gajo dos rodapés da CMTV vinha-se com o Vagiannidis.
Será que vamos assistir ao segundo acto da palhaçada de negociações com o Panathinaikos?