Rogério Alves: «As acusações de ilegalidade não têm qualquer fundamento»
Garantia da presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting
O presidente na Mesa da Assembleia Geral do Sporting (MAG), Rogério Alves, abordou a Assembleia Geral de sábado, e afastou o cenário de qualquer ilegalidade. O advogado começou garantir que não existe qualquer ilegalidade como tem vindo a ser referido por alguns sócios. “As acusações de ilegalidade não têm qualquer fundamento”, garantiu, na Sporting TV, onde também viu na contestação um sinal de “campanha pré-eleitoral”.
Na sua intervenção, a primeira preocupação de Rogério Alves foi explicar as razões que o levaram a aceitar o pedido do Conselho Diretivo para realizar uma nova Assembleia Geral (AG) no sábado. " A direção requereu o pedido da direção que se devia deferir às contas e não ao orçamento, pois este é o mesmo e não devia ser submetido nova a votação pois foi reprovado. Nós concluímos que houve fundo jurídico para repetir a AG apesar da lei não ser clara, mas a nossa decisão foi revista pelo Conselho Fiscal e Disciplinar que não fez qualquer reparo à decisão. Isto é legal apesar de haver pessoas que achem que não. O Conselho Diretivo pode pedir uma AG, não há nada contra nos estatutos", afirmou o responsável leonino que defendeu o trabalho que a MAG tem realizado: “Nestes três anos de mandato que estão a terminar não houve qualquer impugnação. Agora sempre que há uma AG aparecem sempre as acusações de ilegalidades e de violação dos estatutos. Eu respeito a opinião das pessoas que pensam de maneira diferente, mas isso não faz com que essas opiniões sejam aceites como verdades nos tribunais. Aliás, vou esclarecer através de quatro pontos: 1º a leitura das atas é ilegal, não há normas nos estatutos que obriguem à aprovação das atas; 2º Dizer que a votação não pode decorrer com as intervenções é falso. Aliás, esta regra até foi aprovada com a votação em curso. Não podem obrigar as pessoas a assistir às intervenções, e depois com os atuais condicionalismos seria inviável; 3º No Sporting todas as votações são feitas em urna, pois é impossível fazê-lo com o braço no ar uma vez que os associados têm direito a números de votos diferentes; 4º Tem a ver com os votos que têm uma numeração. Eu perguntei aos serviços para o que servem e disseram-me que é para impedir falsificações, não é possível saber em que se vota e identificar o votante. No futuro poderemos ter um equipamento dado às pessoas que lhe permita ver o seu resultado aparecer, mas por enquanto só temos a ida às urnas. Aliás, a votação é secreta, mas os estatutos nem dizem que tem de ser secreta”.
Rogério Alves ainda desvalorizou as críticas que lhe têm sido apontadas, e lembrou que os órgãos sociais sempre trabalharam com “contestação interna”. “Estes órgãos sociais nunca estiveram em estado de graça que hoje até é mitigada pelos resultados desportivos alcançados”, afirmou o jurista que destacou este ponto: " Os resultados alcançados têm sido notáveis, e os nossos atletas têm sido extraordinários. O epicentro foi a conquista do campeonato de futebol, e o universo sportinguista está feliz e contente. As pessoas têm direito à opinião. Nós já estamos em período pré-eleitoral, mas é preciso fazer as coisas sem prejudicar".
AG em dia de jogo
Rogério Alves também explicou a razão da AG ter sido marcada para o dia do jogo com o Moreirense, e justifica-se com o desejo de ver uma “votação robusta”.
“No passado dia 30 de setembro votaram menos de 1% dos sócios. Nós queríamos que essa AG se realizasse no passado dia 26, antes das eleições autárquicas, mas não foi possível. Agora pode vir muita gente e esta a votação será mais robusta. A maioria dos sócios não podem estar presentes nestas assembleias, e temos de viabilizar que mais gente venha votar. É muito importante que as contas sejam aprovadas, para o clube, não para o Conselho Diretivo. O clube para a sua credibilidade externa deve mostrar as contas aprovadas”, acrescentou o dirigente que ainda deixou algumas garantias: “Eu ainda desminto uma informação que AG só permite a votação a 2.000 mil pessoas, e isso é falso. Os constrangimentos da Covid levam a uma lotação de 2000 no Pavilhão João Rocha. As pessoas não poderão permanecer no recinto, mas poderão votar e sair através de um circo alternativo. Todos os sócios com mais de um ano com as quotas em dia poderão votar”.
Para terminar, Rogério Alves ainda deixou um apelo: “Gostava que tudo decorresse com serenidade, pois há um jogo, e isso é um motivo de festa. A aprovação das contas é importante para o clube mas há divergências que poderão ser ultrapassadas internamente”.