[center]
[/center]
Eu tinha 9 anos quando, pela mão de uma tia velhota, fui levado a entrar na Livraria Bertrand, no Chiado. Ia à procura de um livro, mas não sabia qual. Depois de muitas voltas, trouxe para casa um álbum de banda desenhada chamado “O Caranguejo das Tenazes de Ouro”.
Hoje, passados tantos anos, lembro-me de folhear as páginas daquele livro e, espantoso, lembro-me das sensações que ia tendo. Nasceu para mim, na manhã daquele sábado, o único ídolo que fui capaz de conservar durante toda a vida – Tintin.
Hoje, passados tantos anos, quando recordo a minha infância e adolescência, é inevitável colocar entre os momentos mais marcantes, a leitura e descoberta de cada nova história do miúdo repórter.
Outros houve, fascinantes e insubstituíveis, como Corto Maltese ou Blake e Mortimer, mas nenhum conseguiu acompanhar-me de forma tão presente e nítida.
Não me interessa perceber porquê – até para não quebrar a magia – mas Tintin é Tintin e, para mim, foi ele que derrotou Al Capone e ganhou a corrida a Armstrong e Aldrin. Quem acreditar no contrário, não pode ser inteiramente feliz.
Abro este tópico, à procura de quem me acompanhe nesta missão fascinante de revisitar Tintin.
Relembrar as suas aventuras, discutir os seus álbuns, recordar as melhores tiradas e, porque não, discutir as inevitáveis polémicas.
Vamos a isso, tintinólogos!