Muito se tem falado em Pinto da Costa e no sistema que montou. Desde 1982 que o nosso futebol não tem sido o mesmo, casos de doping, suspeitos de aliciamento a árbitros ou jogadores das equipas adversárias têm vindo à tona. O clímax de todas estas suspeitos foi o escândalo do caso Apito Dourado, que surgiu de rompante a 20 de Abril de 2004, quando os muito honestos Pinto de Sousa e Valentim Loureiro (ambos Boavisteiros) são detidos, Pinto da Costa escapa, diz-se que no dia anterior apeteceu-lhe do nada ir à Galiza com a sua companheira vinda do calor da noite Carolina Salgado.
O que a maioria não sabe é que por de trás destes dirigentes que em muito têm branqueado este futebol à beira mar plantado, está um homem ex-boi que é dirigente do maior clube do norte quase à tanto tempo como o seu carismático e grande líder (1982).
Quem ele é? O reputadissimo arbitro internacional (o primeiro Português) António Garrido. Apitador-mor do nosso futebol nos anos 70 e inícios de 80 (até 1982). Conhecido aqui dentro e lá fora por ter sido o primeiro arbitro Português a apitar jogos internacionais nos grandes torneios de seleções, apitou inclusive a final do Euro 80. Podia ser conhecido lá fora, mas cá dentro não deixava de espalhar espetáculo pelos campos nacionais (tipo Pedro Proença…).
Arbitro da AF de Leiria retirado em 1982, foi recrutado estrategicamente pelo Pinto da Costa ao FCP. Deverá ser então o único clube com um ex-arbitro numa direção que não seja a APAF ou para a defesa dos animais. A verdade é que desde que este senhor chegou ao FCP muito pouco se tem falado naquele que é considerado o “arbitro mais titulado do mundo”, Garrido transformou-se num verdadeiro homem sombra.
Pasme-se alguém se não entender para que Pinto da Costa queria um ex-arbitro nos seus quadros. A verdade é que este senhor é a ponte entre o Porto clube e os próprios Árbitros. Nem Valentim, nem o outro Pinto teriam capacidade nem “credibilidade” para trazer um Calheiros, um Guímaro, um Pratas, um Martins dos Santos ou um Augusto Duarte para uma certa vivenda na Madalena, Vila Nova de Gaia. Com o senhor Garrido os nosso amigos bois ficariam mais à vontade para fazer favores ilícitos ao clube do Norte. Não só isso mas também o “à vontade” celebrizado por Valentim Loureiro no Prós e Contras de à uns anos para falar com outros poderes do Sistema que naquela altura era controlado pelos nossos vizinhos de Carnide.
Este senhor está visado no processo Apito Dourado. Foi apanhado nas escutas. Talvez a maioria esteja familiarizada com o nome do apitador mas porque escrevi sobre ele? Porque hoje quando se fala em corrupção e promiscuidade no futebol em Portugal, fala-se em Pinto da Costa, Pinto de Sousa, o Major, Reinaldo Teles, Antero, Veiga ou Vieira.
Talvez nós e os adeptos do FC Porco devíamos estar gratos também a António Garrido, um ex-árbitro que entrou no FC Porto aproximadamente na mesma altura o presidente do Porto.
Pinto da Costa e António Garrido (ex-árbitro) conquistaram em mais de 30 anos, 20 Campeonatos Nacionais, 12 Taças de Portugal, 19 Super Taças, 2 Ligas dos Campeões, 1 Taça Uefa e 1 Liga Europa. Grande parceria de facto.
Com métodos como estes, ninguém lhes ganha.
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