Proposta de Revisão dos Estatutos do Sporting 2020

Ideias-Chave da Proposta

– Introdução de medidas com o objectivo de promover uma maior transparência em actos de gestão;

– Maior aproximação do Clube aos sócios;

– Introdução de regras claras que visam prevenir o conflito de interesses dos sócios eleitos para os diversos Órgãos Sociais;

– (Re) introdução de eleições por listas separadas, com possibilidade de haver listas independentes aos diferentes órgãos sociais

– Introdução de segunda volta para a eleição de orgãos sociais

– (Re)introdução da eleição por método de Hondt do Conselho Fiscal e Disciplinar;

– Introdução de um Conselho de Ética e Disciplina;

– Alteração das regras de convocação de Assembleias-Gerais extraordinárias;

– Alteração das regras de apresentação de listas candidatas aos órgãos sociais.

São tudo boas ideias mas o que mais precisamos é competência e em tantos milhares de sportinguistas não parece fácil encontrar um…

E o que é que o Nuno Santos tem a ver com o que se passa no SCP???
Ele que se preocupe mas é com arranjar dinheiro para pagar à “JJ da Venda do Pinheiro” que é o que faz melhor.

Clube

TAVARES PEREIRA QUER GESTÃO POR OBJETIVOS NOS ESTATUTOS

Ex-candidato a Presidente do Sporting CP pretende elevar o grau de exigência com os eleitos e vai enviar proposta de alteração dos Estatutos à MAG

Redação Leonino

Texto

9 de Agosto 2020, 21:13

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Fernando Tavares Pereira está a preparar um documento para enviar à Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting CP com uma alteração de estatutos para as direções eleitas, em que as mesmas têm que alcançar objetivos desportivos e financeiros para se manterem na liderança do Clube de Alvalade.

Estes objetivos passam por campeonatos e taças, em Portugal e na Europa. Para que, cumprindo os parâmetros definidos, as direções se possam manter todo o período do mandato.

Caso não sejam alcançados um conjunto de objetivos até ao terceiro ano de mandato, automaticamente haverá eleições antecipadas. Se os objetivos propostos forem alcançados, então as direções poderão manter-se por mais anos à frente dos destinos do Clube.

Tavares Pereira refere ainda que “temos que garantir o mínimo de objetivos na Sporting SAD. Poderemos ser os primeiros a introduzir esta medida em Portugal. Só assim é que a SAD se pode manter viva e ativa, com triunfos tanto desportivos como nas finanças. Precisamos de Sócios e simpatizantes cada vez mais fortes, e para tal precisamos de exigência. Teremos todos de estar unidos para defender esta causa que se chama Sporting Clube de Portugal”.

Clube

DISCUTIR O SUPÉRFLUO

O problema do Sporting está nos Estatutos? E ninguém propõe revisão dos artigos 39 e 40?

José Ribeiro

Texto

10 de Agosto 2020, 19:08

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A nova época futebolística para o Sporting começa dentro de uma semana. Mas que interessa isso quando os Estatutos do Clube são garantidamente o obstáculo que nos impede de entrar na estrada que levaria ao sucesso? ‘Sem conseguir rebentar este enorme calhau que nos impossibilita atravessar a ponte não chegaremos à outra margem’, diz um grupo de sábios. Desculpem a franqueza, mas este é o ridículo a que chegou o Sporting, com muitos Sócios incapazes de ver que o calhau ocupa uns metros da via, mas não impossibilita, de todo, que a mesma seja percorrida.

Quando se ouve o Conselho Diretivo colocar o i-voting como medida prioritária, invocando necessitar de uma alteração estatutária, logo surge um ‘grupo de trabalho’ autónomo a solicitar a discussão e inclusão da obrigatoriedade de uma segunda volta nas eleições quando um candidato não atinja os 50 por cento de aprovação. E em passo acelerado aparece um segundo ‘grupo de trabalho’ a propor alteração bem mais abrangente nos Estatutos. Num ápice aqui estamos todos a olhar para o calhau, cada qual com uma solução para o destruir… quando o mesmo não impede que prossigamos caminho.

É bom termos consciência que os atuais Estatutos, bem como o Regulamento das Assembleias Gerais, já prevêem a possibilidade de em qualquer AG se proceder ao voto electrónico presencial, quer nas instalações do Clube em Lisboa, quer nos Núcleos que sejam escolhidos para o efeito. Sublinhe-se que a garantia de tornar real esse desejo antigo de muitos Sócios foi dada pelo candidato Frederico Varandas no Programa de Ação, um documento oficial e de entrega indispensável à formalização de uma Lista. Passados quase dois anos sobre as últimas eleições, Varandas e Rogério Alves não deram um passo no sentido de levar à prática essa ‘garantia’ inserida no Plano de Ação. E entretanto já se realizaram três Assembleias Gerais.

Se a preocupação dos atuais Órgãos Sociais do SCP for mesmo a de fazer aumentar de forma significativa o peso da decisão dos Sócios na vida do Clube, basta aproveitar a oferta que o ex-candidato Fernando Tavares Pereira fez aqui, no “Leonino”, e solicitar-lhe os ’30 a 40’ sistemas de terminais electrónicos que ele disse estar pronto a doar ao Clube e escolher os Núcleos onde instalá-los, reservando quatro, obviamente, para os Núcleos da Madeira e Açores. Dessa forma, com tantos terminais disponíveis, será possível dar aos Sócios de fora da Área Metropolitana de Lisboa (aqueles que não têm direito a votar por correspondência) as mesmas condições de participação em AG’s. Neste caso, o calhau não é obstáculo intransponível.

Em relação ao primeiro grupo de Sócios que solicitou uma alteração nos Estatutos para garantir que um candidato só possa ser eleito com mais de 50 por cento dos votos, nem que para isso seja necessário recorrer a uma segunda volta, dizer isto: desde que as eleições são disputadas pelos candidatos que assim o entendam e reúnam condições estatutárias (e não por indicação do Conselho Geral/Leonino, como se verificou até 1981), apenas em duas ocasiões o eleito obteve menos de metade dos votos – 2011, Godinho Lopes; – 2018, Frederico Varandas. Se ambos experimentaram ou experimentam maiores dificuldades de aceitação por parte da maioria dos Sócios, em primeiro lugar isso deve-se a uma situação que nem uma segunda volta resolve: obtiveram mais votos, mas tiveram menos votantes a escolhê-los. Em 2011, Godinho Lopes foi votado por 4.511 Sócios, enquanto 6.047 Sócios escolheram Bruno de Carvalho. Em 2018, Frederico Varandas foi o preferido de 8.717 Sócios, enquanto 9.735 votaram em João Benedito. Ora, a existência de uma segunda volta não impede a repetição de situação semelhante. A única forma de garantir que o candidato com mais votos seja de facto o escolhido pela maioria qualificada de Sócios passa pela alteração do sistema de atribuição desses mesmos votos. E como isso não está sequer em cima da mesa, uma vez mais é estar a olhar para o calhau e pensar que o mesmo nos impede de seguir viagem. Não impede, como nunca impediu. Por outro lado, atribuir a contestação a Godinho Lopes e Frederico Varandas ao facto de ambos terem obtido resultados eleitorais inferiores a 50 por cento é ignorar todos os erros de gestão financeira e desportiva que um fez e o outro continua a fazer.

Por fim, vou deter-me nas várias alterações estatutárias propostas por um grupo de Sócios de onde se destacam Miguel Poiares Maduro e Rodrigo Roquette.

Mas antes tenho que sublinhar a demagogia utilizada por Poiares Maduro ao ‘vender’ a ideia que estes novos estatutos colocariam o Sporting com um modelo de gestão idêntico ao do Bayern Munique, usando essa frase como cenoura, ou como garantia de sucesso desportivo, se preferirem. Para o caso de o ex-ministro não saber: o atual modelo organizacional do Bayern Munique começou em 2002, com a constituição da Bayern Munique AG, empresa detida numa primeira fase a 100 por cento pelo clube. Entre 2002 e 2014 três empresas (Adidas, Audi e Allianz) adquiriram, cada qual, 8,33% das ações do clube, por um total de 277 milhões de euros, passando o Bayern a deter 75% das ações. Foi então constituído o Conselho Geral com a presença destes quatro acionistas. Isto para dizer o quê? Que o Bayern Munique já era o clube de maior sucesso desportivo na Alemanha antes de avançar em 2002 para este modelo. Já tinha como presidente um ex-jogador, Franz Beckenbauer (desde 1994) e conquistara 17 dos 30 títulos de campeão; 10 das 20 Taças da Alemanha e 4 das 5 Ligas dos Campeões. Ou seja, o Bayern não se tornou numa sociedade com sucesso desportivo a partir de 2002 porque essa hegemonia começou na década de 1970.

Vamos então às alterações propriamente ditas. Imaginem que têm um problema na canalização da vossa casa e chamam um especialista para encontrar a solução que faça a água voltar a sair pelas torneiras. Ele chega, analisa o problema e diz: você tem é que instalar um sistema de placas fotovoltaicas no telhado porque isso vai permitir-lhe poupar dinheiro a longo prazo. Ok, mas isso não me resolve o problema da falta de água! Quando Poiares Maduro defende que os Estatutos devem impor uma limitação de três mandatos a qualquer Presidente está a fazer o papel do especialista acima referido. O Sporting, depois de João Rocha, teve algum Presidente a completar dois mandatos (8 anos)? Não! Será necessário fazer um desenho para Maduro perceber que o sucesso desportivo de FC Porto se deve às várias décadas do mandato de Pinto da Costa? Ou que o regresso do Benfica conquistador se deve aos mais de 15 anos com o mesmo líder? Ou que só a longevidade de António Salvador à frente do Sp. Braga permitiu o crescimento sustentado e gradual da competitividade futebolística da equipa? Dito de outra forma: não entenderá o ex-ministro que é precisamente a mudança sistemática na liderança um dos factores decisivos para o Sporting não encontrar o rumo dos títulos?

Os Estatutos são um conjunto de regras que indicam o que pode e como deve ser feito. Então, quando verificamos lacunas no documento, decorrentes de ocorrências anteriores, antes de mais devemos garantir a solidez das regras para evitar novos casos no futuro. Recentemente, o Presidente da MAG recusou uma AG de destituição por entender não existir justa causa para tal. E ‘quem’ disse a Rogério Alves que ele pode ser juiz em causa própria? A forma pouco clara como está redigido o ponto 2 do artigo 40 – “A revogação do mandato dos membros do Conselho Diretivo e do Conselho Fiscal e Disciplinar depende de justa causa e é deliberada em Assembleia Geral comum”. Ora, a quem cabe o julgamento da existência ou não de justa causa? Poiares Maduro e o seu grupo de reflexão preocupou-se com isso? Nada.

“A revogação do mandato dos membros do Conselho Diretivo, do Conselho Fiscal e Disciplinar, bem como da Mesa da Assembleia Geral, depende da existência de uma justa causa. Cabe aos Sócios reunidos em Assembleia Geral comum votar sobre a existência de justa causa, bem como sobre a revogação do(s) mandato(s). A Assembleia Geral comum só é convocada e realizada estando de acordo com o estabelecido no artigo x”.

Com uma redacção assim, o SCP não volta a correr o risco de um PMAG decidir num sentido e o seu sucessor seguir um caminho totalmente oposto. Mas se o número 2 do artigo 40 continuar como está, a leitura será sempre a que melhor acomodar os interesses do PMAG. E sim, a própria Mesa da AG deve estar também ela sujeita a poder ser destituída, mais ainda quando muitos defendem (eu estou nesse grupo) que os três Órgãos Sociais devem ser eleitos em separado. Se assim fosse, face aos atropelos sistemáticos de Rogério Alves ao Regulamento das AG’s, existiam hoje de forma clara e objetiva razões mais que suficientes para a sua destituição por justa causa. Mas se for o próprio PMAG a decidir se existe ou não justa causa para ele mesmo ser destituído…

Outro exemplo – o artigo 39 diz: “A renúncia é apresentada ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, salvo se for este o renunciante, caso em que é apresentada ao Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar, sendo, em qualquer dos casos, dado conhecimento ao Presidente do Conselho Diretivo”.

Jaime Marta Soares, ex-PMAG, em 2018 não podia apresentar a sua renúncia ao Presidente do CFeD porque este também se tinha demitido, mas deu conhecimento da renúncia ao Presidente do Conselho Diretivo através de declaração pública no ‘Jornal da Tarde’ da SIC. No dia seguinte mostrou toda a sua falta de carácter ao desmentir o que ele próprio dissera e voltou atrás com a renúncia. Mas se o artigo 39 tivesse outra redação, no futuro (‘a renúncia de qualquer elemento de um Órgão Social é apresentada por carta registada, com aviso de receção, dirigida ao Diretor Jurídico do Clube. A carta tem de conter cópias a serem entregues pelo Diretor Jurídico aos Presidentes em exercício dos três Órgãos Sociais’) casos como o de Marta Soares não se repetiriam e com isso evitava-se uma crise idêntica à de 2018.

Quando ouço falar no Bayern, lembro-me do Hoeness e Rummenigge, que são dois aldrabões e que de “transparentes” têm pouco.
Modelo de governance terá as suas virtudes mas conheço pouco.

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Ricardo Oliveira

AS MIL E UMA NOITES, OS MIL E UM CANDIDATOS E O PAPA

Seria tão bom que os Sportinguistas pusessem a mão na cabeça, deixassem de pensar que o Sporting é deles e entendessem que eles é que são do Sporting.

12 Ago 2020, 10:00

Tenho dito por diversas vezes que ao contrário de muitos que por aí se professam grandes entendedores de futebol, pouco ou quase nada percebo do assunto. O actual presidente do Sporting percebe imenso, e certamente por ser a falsa modéstia um pecado ainda maior que a falta da própria, não se coíbe de o repetir vezes sem conta, como se transpirasse genialidade.

Eu não poderia nunca ser presidente do Sporting pois realmente falta-me esse requisito de tal maneira que ao analisar a política de contratações do Sporting só na baliza e na defesa, é como se estivesse a ler as mil e uma noites, e a tentar perceber ao mesmo tempo, o Génio da Lâmpada, o Ali babá, o Simbad ou a Cherazade…

Vamos para a baliza. Em 2018 e mais concretamente no Verão, para preencher o lugar deixado em aberto por um dos que debandou de Alvalade, o Sporting fez uma oferta para 3 anos a António Adán, que recusou, para ir para o banco do Atlético Madrid ficar à sombra do Oblak. Agora com 33 anos, o Sporting quer contratá-lo, ao mesmo Adán que recusou o Sporting, porque ao que parece o Max (de 21 anos) ainda não terá a experiência necessária deste colosso, que nos últimos dois anos fez um jogo – e repito para não pensarem que me enganei, fez um jogo nos últimos dois anos.

Desculpem-me aqueles que percebem de futebol, mas é que eu tinha ouvido falar em apostas na juventude, na formação, na Academia. Como vos digo, não percebo nada disto e por isso me confunde.

Passando para o lado esquerdo da defesa, ao que parece é para ir buscar o jovem Antunes, de 32 anos, que virá a custo zero, mas não sabemos o salário – não sei porque me preocupo com isso pois na pior das hipóteses, não se paga e pronto. No entanto já há lá quatro para o lado direito, mas já lá vamos. Não quiseram o Fabio Coentrão a custo zero, porque “dava mau ambiente ao balneário”, mas pagaram 3,5 milhões pelo Cristian Borja (27 anos). Entretanto emprestaram o Lumor (23 anos) ao Maiorca, onde fez 23 jogos e volta agora a casa, não se sabe para onde muito bem. O Nuno Mendes (18 anos) que é fruto da Academia e uma aposta da formação com 9 jogos já no final da época, também ocupa similar posição. E para aqueles lados temos ainda o Acuña com 28 anos e que ao que parece é para ir embora, mas fez 24 jogos.

Cada vez estou mais confuso com isto, pois já não sei quantos jogam do lado esquerdo, mas com tanta gente vamos ter um plantel de 40? Ou é para despachar afinal o que nos custou 3,5 milhões e terá sido mais um erro de casting? E quem mais? Os jovens trintões? ou ficamos com a Juventude e Formação?

Do lado direito as coisas não melhoram, pois descobrimos um tal Pedro Porro (20 anos), que até parece que joga umas coisas, e é do Manchester City. Ou não. Afinal é do City mas foi emprestado ao Valladolid onde jogou 15 vezes este ano e veio do Girona que é do Pere Guardiola. Não, não é o Pepe Guardiola do City, é o Pere Guardiola do Girona, e são irmãos. Não sei se estão a ver a relação aqui… O problema é que o rapaz é jovem realmente e tem talento, mas vem por empréstimo por dois anos, e tanto quanto se sabe até ao momento, o Sporting vai servir de barriga de aluguer a este jovem, e no fim leva zero.

Caramba que cada vez estou mais confuso, era formação, mas agora já não é a nossa, é para engordarmos os outros?

Passamos para o Valentin Rosier, outro lateral direito, que foram buscar ao Dijon por 5 milhões e mais o Mama Baldé (23 anos) que era nosso, foi sempre titular e um dos jogadores revelação de 2018-2019 enquanto estava no Aves por empréstimo e foi despachado para o Dijon onde por acaso fez 24 jogos a titular. Usado para compor o ramalhete dos 5 milhões pagos pelo que veio e tinha feito 9 jogos em cerca de 50 possíveis. E agora é para despachar?

Então não era mais barato ficar com o Mama Baldé, nunca ter trazido o Rosier e poupar 5 milhões? Entre Simbad e Cherazade estou cada vez mais confuso.

Vou para o centro que a coisa talvez melhore, ou não, pois o Mathieu já não lá está. E de quem se fala? Um jogador do Bétis que fez 53 jogos nos últimos 3 anos e que custaria cerca de três milhões. Eu que nada percebo disto tinha o Mathieu como um grande central e agora vem este? Três milhões por um jogador que jogou cerca de 17 jogos por ano no Bétis, em cerca de 50 possíveis, com 30 anos? Mas esperem que afinal falhou os testes físicos. Em Espanha corria, mas aqui não passa os testes. Será isso, ou o Sporting não tem dinheiro para passar o cheque, e a fiado já ninguém lhe vende? Valem o que valem os rumores, mas parece que os nuestros hermanos só mandavam o rapaz com uma garantia e essa nem vê-la.

Com o rival a falar de jogadores de 20 e 30 milhões e nós com negócios destes, venha o Ali Babá e leve-os…

Passo das mil e uma noites para os mil e um presidentes que nos últimos dias parecem brotar de todos os lados. Ainda temos um presidente, ainda temos uma direcção, eleitos democraticamente e legitimados pelos Sportinguistas, e já se contam armas nos bastidores do Sporting.

Muito triste mais uma vez assistir ao triste espectáculo de Sportinguistas que desejam mal ao Sporting, que querem que o Sporting perca só para poderem agarrar a sua oportunidade de um segundo de glória. Uma glória que nunca tiveram em mais lado nenhum e que querem ter às custas do Sporting.

Deve ser por não perceber nada de futebol, mas nunca desejei que o Sporting perdesse. Estivesse quem estivesse. Podemos criticar, podemos não estar satisfeitos, podemos querer mudança nos resultados, podemos entender que quem está não está a fazer um bom trabalho, podemos querer que saia quem está, podemos até usar os veículos previstos para isso, mas o que não podemos nunca é querer que o Sporting perca.

Perfilam-se 10, talvez 15 candidatos ao Sporting nas próximas eleições, sejam elas quando forem. Seria tão bom que os Sportinguistas pusessem a mão na cabeça, deixassem de pensar que o Sporting é deles e entendessem que eles é que são do Sporting. Que parassem de se servir do Sporting e passassem a servir o Sporting? É por isso que urge uma alteração estatutária ou ao regulamento eleitoral, para que o próximo Presidente do Sporting seja eleito com mais de 50% dos votos, para que haja uma segunda volta entre os dois mais votados. Senão, teremos um presidente com quem sabe 20% ou 15% dos votos e um clube cada vez mais dividido.

Como vos disse no início deste artigo eu não percebo nada de futebol, deixo isso para quem afirma que sim de peito cheio, mas queria perceber… Eu na realidade, queria mesmo era perceber de futebol como o Pinto da Costa, que desde 1982/83 no seu primeiro ano completo como Presidente já leva no bucho uma final da Taça das Taças, uma Taça UEFA, uma Liga Europa, uma Taça dos Clubes Campeões Europeus, uma Liga dos Campeões, duas Taças Intercontinental e uma Supertaça Europeia. Trinta e nove anos de dirigente com vinte e dois campeonatos, mais dezenas de outras taças. É o papa – o papa títulos. Esse sim percebe de “Futebol”.

Valha-nos um Aladin, porque o Génio da Lâmpada não percebe é nada disto…