Prémio Capitão Moura - Liga das Últimos

O problema desse atrasadito é que ele não foi dado para a lista dos candidatos ao prémio de Capitão Moura, o que de certa forma é injusto porque algumas das “coisas” que ele escreve eram dignas disso!

Eu hoje no Record tive que pôr um comentário, porque esse Cartaxana tira-me do sério.
O tipo é completamente ridiculo.

Primeiro o João Pereira Coutinho (que muito admiro), agora foi Rui Cartaxana.

Primeira coisa, Rui Cartaxana copia descaradamente Pereira Coutinho, atente-se nesta parte:

[i]Imagino os procedimentos: a equipa da "Liga" ruma para uma terra qualquer; uma vez chegada ao local, questiona os nativos sobre o "idiota da aldeia", figura clássica de qualquer romance que se preze. E o idiota lá aparece, normalmente embalado pela demência, ou pelo alcoolismo, ou por ambos, disposto a macaquear-se para o auditório.[/i]

João Pereira Coutinho [url=http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/413442]no Expresso do passado sábado[/url].



[i]Adivinha-se o processo de fabrico, rápido e simples: a equipa da “Liga dos últimos” mete-se a caminho de uma terriola qualquer onde haja um campo de futebol pelado e umas balizas e, lá chegada, pergunta pelo “idiota” da aldeia, o tanso, aquele que é gozado todos os dias pelo pessoal. O “idiota” aparece sempre porque sim ou porque alguém o vai chamar, embalado pelo álcool ou pela demência, ou por ambas as coisas, disposto a fazer macaquices e a dizer disparates diante das câmaras, enquanto à volta o auditório ri e bate palmas.[/i]

Rui Cartaxana [url=http://www.record.pt/noticia.asp?id=807594&idCanal=3437]ontem no Record[/url]

Quando não se tem o verbo, valha o bom gosto de roubar aos melhores. :twisted:

Sobre televisão pública não vou falar. Essa é outra história. Pura e simplesmente não a quero; não deveria existir. E enquanto contribuinte, pagá-la é um castigo e sobretudo uma injustiça.

Quanto ao programa em causa, a Liga dos Últimos da RTPN, e a sua polémica: é o habitual. Gente que não convive com o Portugal fora de Lisboa e Porto fica chocada e não gosta do espectáculo por ser uma suposta falta representatividade do Portugal real, e sobre um suposto retrato propositadamente exagerado de um certo “zé-povinho bronco de aldeias que já não existem”. Mas não é assim. Basta saírem dois metros fora da urbanidade da área metropolitana de Lisboa ou do Porto e perceberão que aquele é metade do Portugal real. É feio? É. E os que escutarem a retórica do Sócrates, aquela do Portugal tecnológico, sofisticado, e cheio de prosperidade e “confiança”, estranharão.

Agora, concedo que exista algum exagero com a “mitificação” das personagens como fazem com o prémio Capitão Moura. Mas vejam o resto do programa (sempre viram ou começaram nas férias onde eram transmitidos os “best of”?), e verão que não existe essa procura propositada e maniqueísta da personagem rude e azepovinhada, até porque elas surgem naturalmente, não é preciso procurar ou fazer estudos de opinião locais para saber quem é o “maior” da aldeia. Que existe, e isso nota-se, é uma procura do insólito e do burlesco popular de um modo geral. Aliás, o programa em si é isso. E o futebol regional e amador é também isso tudo em si mesmo, e é porventura uma realidade que não era familiar aos moradores da Lapa e da Foz. Quando se lhe oferece uma visão daquilo que não mudou em Portugal desde o início do sec. XX, a elite cosmopolita fica chocada e julga que é hipérbole humorística. Pois.

(publiquei primeiro no meu blogue: http://coisasespantosas.blogspot.com/2008/10/liga-dos-ltimos.html)

Que plágio. Se calhar pensava que não se ia dar por nada. :inde:

Espantoso, eu já tinha ficado com a ideia deste plágio logo quando li o artigo do Rataxana pela 1ª vez, pois também tinha lido o artigo do JPC, mas como na altura não tinha a revista à mão, nada fiz.

Hoje quando cheguei a casa, vi este teu post e lá encontrei a revista do Expresso, e mandei um comentário para o “Record” online, isto por volta das 18 horas, precisamente a denunciar este plágio. São agora quase 11 da noite e, como já esperava, não publicaram o meu comentário!

O Cartaxana não devia estar no lar? Pois…

É por estas e por outras que sinceramente o português devia ser um caso de estudo. A ânsia de querer ser sempre uma “elite” e de menosprezar o “parvo”, olhando lá de cima pra baixo é impressionante. Como disseram saiem de Lx ou do Porto e ficam chocados, ficam entricheirados num mundinho snob deles e os outros são uns bimbos.

Por isso que nunca se sai da cepa torta. É o problema de querer copiar o do lado (seja os vizinhos da Europa ou o vizinho que comprou um Mercedes e agora tem de se comprar um também para ele não ter a mania que é mais que eu).

Mandem isso é para o Expresso, não para o Record…

Que vergonha…

Eu bem me parecia que aquela conversa não me era estranha!

se mandassem para A Bola, a ver se eles não publicavam…

Já uma vez tinha visto dois programas da Liga dos Ultimos online, porque nao tenho hipotese
de ver em outro lado.
Ontem fartei-me de rir com o Peter Kay na televisao Inglesa (Channel 4) e hoje foi mais uma dor
de barriga de tanto rir com estes cromos, nem sei em quem deva votar, sao todos tao tipicos, tugas
e trans(en)tornados que deviam ganhar em bloco.

Esse Rataxana é mesmo do mais ranhoso que há, basta ser lamparina para ser um cheater, mas
isso tambem nao é novidade para ninguem.

:offtopic:
@
Ricardo Martins Pereira

Estás contra as cadeias de televisao publica ?

“…Sobre televisão pública não vou falar. Essa é outra história. Pura e simplesmente não a quero;
não deveria existir. E enquanto contribuinte, pagá-la é um castigo e sobretudo uma injustiça…”

Pensa nestas 3 letrinhas …B…B…C… somente a melhor cadeia de televisao ( e radio ) em Inglaterra
com programas vendidos e adorados pelo mundo inteiro.
A RTP é que devia ter mais qualidade, embora eu já nao veja televisao Portuguesa aos anos, podendo
até estar enganado. No entanto julgo que é muito melhor ver programas na BBC, feitos com qualidade
e sem anuncios, do que ver as SICs Inglesas de onde só escapa o Channel 4, mesmo assim este ultimo
é fortemente subsidiado pelo governo.

Off-topic:

No seguimento da copiadela do Cartaxana:

(...)PURGATÓRIO

Plágios

Nada tenho contra plágios. Desde que os plágios sejam criativos e, como diria Dryden sobre Jonson, possam construir novos mundos sobre velhos autores. T.S. Eliot, o maior poeta do século XX (opinião pessoal), provavelmente não existiria sem roubos divinos a poetas menores, como o esquecido Madison Cawein. Lytton Strachey, que praticamente fixou para a posteridade a imagem que hoje temos dos vitorianos, roubou vasta e impunemente aos seus pares (como Edward Tyas Cook ou A. P. Stanley, que obviamente não deixaram rasto). Só os plágios preguiçosos me incomodam: a cópia pura e simples, sem nenhum esforço de criação ou continuidade. É como entrar na casa do autor, roubar-lhe as pratas - e nem sequer deixar uma gorjeta, uma palavra, um obrigado.

Há duas semanas, num exercício que define a inteligência da tribo e a cultura de rapina que por lá abunda, o “Jornal de Angola” resolveu transcrever e mutilar um artigo meu (da “Folha de São Paulo”) atribuindo a autoria da coisa à BBC. Agradeço a honra da nobilitação anglófila; mas seria assim tão difícil roubar-me o texto e, já agora, disfarçar com competência a natureza do acto?

Tudo ao contrário de Rui Cartaxana, o veterano cronista do “Record”, a quem envio um grande abraço. Mostrando esforço e até respeito pelo original, Cartaxana leu o meu texto sobre o programa Liga dos Últimos (publicado há duas semanas no “Expresso”) e depois reescreveu o dito com certo “panache”, sem, no entanto, conseguir ocultar inteiramente a tese, a estrutura e algumas frases ou expressões deste plumitivo que vos fala. Em Angola, rouba-se; em Portugal, pede-se emprestado. Talvez esta diferença seja a melhor definição sobre o antigo colonizador e o antigo colonizado.

(…)

João Pereira Coutinho [url]http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/424600[/url]

Deve ser aborrecido um gajo ser assim vergastado em público… Temos pena…

:lol:
É merecido, mas vê-se que levou um desconto por ser velho choné.