Portugueses vencem concurso internacional para levar vida a Marte

[b]Universitários portugueses vencem concurso internacional para levar vida a Marte[/b] A equipa Seed ganhou a competição internacional Mars One e vai enviar plantas para Marte em 2018

A equipa universitária portuguesa Seed ganhou a competição da Mars One e o direito a enviar para Marte os primeiros seres vivos, neste caso sementes de plantas, segundo os resultados divulgados esta terça-feira por aquela fundação holandesa.

“A Mars One tem o prazer de anunciar que o vencedor do concurso universitário Mars One é a equipa Seed. A experiência desta equipa universitária será enviada para Marte em 2018 e a sua escolha foi decidida por votação pública online, entre 35 projectos universitários”, pode ler-se no comunicado divulgado pela fundação holandesa sem fins lucrativos.

A equipa, formada maioritariamente por jovens cientistas do Grande Porto, ganhou a votação pública online, concluída no dia 31 de Dezembro de 2014, batendo nove outros finalistas, de diferentes nacionalidades, e terá agora a oportunidade de provar que é possível haver vida em Marte, através da germinação de plantas em condições controladas.

“É óptimo e uma oportunidade única, na medida em que será a primeira vez que se vai levar vida a Marte, mas, também por isso, a responsabilidade e preocupação serão maiores”, disse Daniel Carvalho, um dos participantes no projecto, à agência Lusa. A experiência da equipa universitária portuguesa será enviada na missão Lander, da Mars One, em 2018, numa viagem até Marte com a duração de 10 meses, e antecipa em pelo menos dois anos o projecto da agência espacial norte-americana NASA de enviar plantas para o planeta, no âmbito do projeto Mars Plant Experiment (MPX).

“Vamos reunir com toda a equipa, conselheiros e entidades que nos apoiaram, juntamente com a Mars One, para começar a avaliar o nosso projecto e seguir para a construção do protótipo e, posteriormente, a sua validação”, sublinhou. A ideia do projecto consiste em enviar sementes congeladas para Marte. “Quando aterrar em Marte, o sistema vai ser activado, e tanto a energia térmica como a água vão ser fornecidas às sementes de forma a possibilitar a germinação. Todo o processo de crescimento da planta será monitorizado por fotografias enviadas para a Terra via satélite”, explicou o jovem investigador, de 20 anos.

O mais novo dos oito elementos da equipa (inclui ainda um holandês e um espanhol, e o apoio estratégico de investigadores e entidades portuguesas e estrangeiras especializadas em diferentes áreas) adianta que os resultados obtidos podem “contribuir para o desenvolvimento de sistemas de suporte de vida para futuras missões espaciais baseadas na produção de oxigénio e alimento por via das plantas”. E, além disso, “contribuir para o estudo do comportamento da planta em ambientes de gravidade parcial (0.38g)”.

A planta escolhida pela equipa Seed dá pelo nome de “Arabidopsis thaliana”, “uma planta muito bem estudada, até na área aeroespacial, a bordo da Estação Espacial Internacional”, e tem “uma taxa de crescimento rápido, apesar das suas sementes de reduzido tamanho”. “No entanto, podíamos usar outras sementes, como a ‘Brassica rapa’ ou a mais conhecida rúcula”, acrescentou Daniel Carvalho, confirmando que o nome da planta será escolhido entre as sugestões avançadas por quem optou por votar pelo Twitter.

O prazo previsto no calendário de compromissos definido para a construção, desenvolvimento e validação do protótipo é de dois anos e exigirá “muito trabalho” à equipa multidisciplinar lusa, nomeadamente ao nível do financiamento. “O projecto tem um custo acima dos 100 mil euros, mas poderá chegar a um milhão. O que já angariámos em dinheiro não é substancial e, por isso, continuámos à procura de investidores”, revelou, esperando que a vitória lusa nesta competição internacional possa abrir portas em futuros contactos com potenciais investidores.

O concurso da Mars One, uma fundação holandesa que aspira a estabelecer a primeira base humana em Marte antes de 2030, foi aberto em finais de Agosto e contou com a participação de projectos de 35 equipas universitárias.


In: P3

Grande vitória para a ciência em Portugal! Agora vamos lá ver como se desenrola o projecto e os futuros resultados…

Excelente notícia, que confirma a existência em Portugal de actividade científica com prestígio internacional. :clap:

Acho que não é dúvida para ninguém.
Nunca houve falta de mentes brilhantes neste país. O que falta é apoio financeiro e infraestruturas que permitam uma maior assertividade e amplitude das investigações planeadas/efectuadas.

Anyway… é uma notícia que nos deve orgulhar.
Parabéns aos responsáveis pelo projecto. :clap:

O primeiro centro de Biotecnologia do país e um dos melhores da Europa:

http://www.biocant.pt/

Debate-se diariamente com uma luta pela sobrevivência. Será uma questão de tempo até fechar portas…

Excelente notícia para a ciência portuguesa. Que a missão tenham o maior sucesso possível :great: . Sou um grande entusiasta da exploração espacial e desejo sinceramente um grande sucesso a esta missão.

:arrow:

Grande notícia! :clap: Que corra tudo bem.

Muito bom. :venia:

Existe enquanto os intervenientes são universitários. Quando passam á condição de profissionais ou vão embora , ou deixam de trabalhar na área.
É no mínimo vergonhoso para um país, que, aquando de entrevistas aos intervenientes relativas a este sucesso, os mesmos se tenham de queixar da falta de fundos que os trava para fazerem mais e melhor.

Será que me dão boleia?

É porque não é viável.

Construir um centro destes é fácil, o difícil é manter a
dinâmica sem que esta assente em subsídios de qualquer tipo.

Também gostava de voltar a casa :mrgreen:

Agora a sério , Parabéns aos envolvidos no projecto :clap: :clap: , que tudo cora bem :smiley: :great:

Em relação a este tópico só tenho uma coisa a dizer.

O que este país faz para um gajo imigrar…

Dá para mais um?
Também me quero pirar daqui!

Portugal… excelentes cientistas, condições de trampa!

O Orelhas ainda não se pronunciou?!!? :think: :think: :whistle: