Portugal vence "Campos Verdes"

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[center][b]Portugal vence “Campos Verdes”[/b][/center]

Sexta-Feira , 18 Abril 2008

Depois das vitórias diante da Irlanda do Norte (1-0) e de Cabo Verde (3-0) a Selecção Nacional Sub-21 voltou a superiorizar-se, esta sexta-feira, diante da sua congénere dos Estados Unidos, em Beja, na derradeira jornada do II Torneio Internacional Campos Verdes, confirmando assim a vitória no Torneio que já havia conquistado no ano transacto diante das formações de Cabo Verde, Japão e Jordânia

Portugal foi para o intervalo com vantagem justa
O Técnico Nacional, António Violante, fez entrar em campo uma equipa muito semelhante àquela que entrou e venceu, na última terça-feira, a Irlanda do Norte – Jorge Monteiro substitui no onze titular o dispensado Daniel Candeias – e sofreu o primeiro susto aos 6 minutos quando Vicenzo Bernardo apareceu isolado na frente de Pedro Trigueira que fez a “mancha” e, socorrido também por Daniel Carriço, evitou maior perigo para a sua baliza.

A partir de então Portugal assenhoreou-se do jogo e começou a criar vários lances de perigo. Foi sem surpresas que Fábio Paim fez, aos 15 minutos, levantar o público que encheu por completo a principal bancada do estádio bejense. O avançado luso completou bem uma jogada do ataque da Equipa das Quinas, depois do conjunto luso já ter colocado em alerta a equipa contrária.

Aos 23 minutos, Rui Pedro teve nos pés uma boa oportunidade para ampliar a vantagem, mas o remate foi defendido por Bill Hamid que se atirou aos pés do médio.

Portugal continuava a controlar e só aos 35 minutos, de bola parada, os Estados Unidos conseguiram chegar à área lusa. Os pupilos de António Violante foram para o descanso com uma vantagem merecida.

Equipa das Quinas avoluma resultado no segundo tempo
Portugal entrou na segunda metade determinado em ampliar a vantagem e foi isso que aconteceu logo aos 52 minutos. João Aurélio efectuou um excelente passe para Jorge Monteiro que, isolado, atirou para o 2-0. Instantes depois foi a vez de Jorge Monteiro fazer um excelente passe para Orlando Sá que viu Bill Hamid defender, com muito mérito, o seu remate.

Aos 58 minutos, foi a vez de Rui Pedro encontrar espaço para efectuar um grande golo. De pé esquerdo, o médio luso rematou cruzado e sem hipóteses para o guarda-redes norte-americano.

Ao minuto 65 surgiu o momento da tarde em Beja com o público a vibrar com o golo do homem da terra, João Aurélio que nesceu em Nossa Senhora da Neves (a quatro quilómetros de Beja). O médio aproveitou uma jogada de envolvimento do ataque luso para aparecer na frente do guardião adversário e rematar para o 4-0.

Portugal continuou a jogar bem e a criar jogadas de perigo (boas oportunidades para João Aurélio, Ivan Santos e Jorge Monteiro que podiam ter aumentado a goleada), mas o resultado não conheceu mais alterações.

“Esta equipa tem mais potencial”
No final da partida, em Conferência de Imprensa, António Violante mostrou-se satisfeito com o rendimento da equipa, mas acredita que estes jogadores podem ainda fazer mais. “Estou satisfeito, mas temos de ser exigentes e penso que esta equipa tem mais potencial do que aquele que evidenciou neste Torneio. Esta é a futura equipa de Sub-21 e o objectivo é fazer o maior número de jogos para constituir o grupo dessa Selecção. As coisas correram bem e mostrámos ser também superiores no jogo de hoje diante dos Estados Unidos. Fomos superiores e espelhámos essa materializámos essa superioridade em golos. Temos boa equipa, mas podemos melhorar. Crescemos jogo a jogo e ganhámos, pelo que os objectivos foram cumpridos. Formar a ganhar, como disse desde o início, era o nosso objectivo e ele foi cumprido”, considerou o Técnico Nacional.

Questionado acerca da competitividade neste Torneio, António Violante explicou que “quando se ganha com vantagens confortáveis pode haver tendência para se falar de falta de competitividade. Ganhámos todos os jogos disputados até agora, inclusive no Torneio da Madeira, mas há mérito da nossa equipa que soube tornar os jogos fáceis. No final dos jogos ficamos com a sensação que os jogos foram fáceis, mas há mérito da equipa que consegue ganhar”.

Bura foi considerado o melhor jogador do Torneio

O defesa central Bura, que foi titular em todos os encontros (juntamente com Rui Pedro), foi distinguido com o ‘prémio de melhor jogador’. Bura mostrou-se satisfeito mas considera que “o mais importante foi ter ajudado a equipa a vencer mais um Torneio. Estive em bom nível neste Torneio e fico satisfeito por ter ganho o prémio, mas ainda mais por ter ganho os jogos e mais um torneio”.

Portugal venceu ainda o prémio ‘Fair-Play’.

Cabo Verde venceu a Irlanda do Norte, garantindo assim o segundo lugar no Torneio
No primeiro jogo do dia, às 10h30, no Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, a Irlanda do Norte marcou primeiro, aos 36 minutos, por intermédio de Billy McKay que apareceu isolado à frente do guardião Salif Duarte fazendo um “chapéu” para o 1-0, mas a resposta de Cabo Verde não se fez tardar e dois minutos depois (aos 38 minutos) o jogador do Varzim, Dany Ribeiro, repôs a igualdade com que as equipas foram para o intervalo. Nos primeiros 45 minutos as equipas foram muito iguais e não criaram muitas oportunidades de golo pelo que a igualdade assentava bem às duas formações.

Nos minutos iniciais da segunda metade, a equipa de Cabo Verde atirou uma bola ao poste. Aos 55 minutos, a Irlanda do Norte respondeu com um bom cabeceamento do jogador do Manchester United, Craig Cathcart, muito perto da baliza africana.

O jogo foi muito disputado a meio campo, mas Cabo Verde ia conseguindo criar as melhores jogadas do encontro, graças à maior mobilidade dos seus jogadores.

Josi Duarte, aos 72 minutos, num remate forte de fora da área fez o 2-1 para Cabo Verde. Já em tempo de compensação a Irlanda do Norte falhou um golo fácil, naquela que foi a oportunidade mais flagrante do encontro.

Com esta vitória diante da Irlanda do Norte, Cabo Verde somou seis pontos (a formação africana havia vencido os Estados Unidos na primeira ronda), garantindo assim a segunda posição no Torneio à frente dos Estados Unidos (3 pontos) e da Irlanda do Norte (zero pontos).

A partida foi dirigida pelo português Paulo Batista que foi auxiliado por Carlos Nilha e Vítor Silva. Alan Black, da Irlanda do Norte, foi o quarto árbitro.

Ficha de Jogo
3ª Jornada do II Torneio Internacional Campos Verdes
Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja
Árbitro: Nelson Barbosa (Cabo Verde)
Assistentes: Manuel Anselmo e Ricardo Cabecinha (Portugal)
Quarto-arbitro: Yader Reyes (EUA)

PORTUGAL 4-0 ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (1-0, ao intervalo)

Portugal: Pedro Trigueira; João Gonçalves, Daniel Carriço – CAP, Bura (Luis Neto, 73’) e Tiago Pinto; João Martins, Ivan Santos e Rui Pedro (Ruben Saldanha, 77’); Fábio Paim (João Aurélio, 45’), Jorge Monteiro e Orlando Sá (Yazalde, 70’).

Suplentes não utilizados: Marco Pinto, Luís Portela, Carlos Alves e Vítor Lobo.
Treinador: António Violante.
Golos: Fábio Paim (15’), Jorge Monteiro (52’), Rui Pedro (58’) e João Aurélio (65’).
Disciplina: Cartão amarelo a João Martins (39’).

Estados Unidos da América: Bill Hamid; Victor Cortez, Gale Agbossmounde, Tommy Meyer (Daniel Wenzel, 66’) e Jorge Flores; Mikkel Diskerud (Ellis McLoughin, 45’), Alfredo Morales, Bryan Arguez – CAP e Brek Shea (Abdusalam Ibrahim, 66’); Peri Marosevic (Brendan King, 72’) e Vicenzo Bernardo (Alex Nimo, 45’).

Suplentes não utilizados: Zac McMath, Andrew Wenger, Gerson Mayen e Jared Jeffrey.
Treinador: Thomas Rengen.
Golos: Nada a assinalar.
Disciplina: Cartão amarelo a Brek Shea (2’) e Jorge Flores (38’).