Portugal Paranormal

Agradeço :great:

A Casa da Rua dos Crisântemos (Porto)

Nesta casa, actualmente desabitada, viveu há mais de 30 anos uma senhora idosa.

Diz-se que certo dia, a senhora foi ao seu café habitual e, como conhecia todas as pessoas, comentou que no dia seguinte iria ao banco levantar os juros da conta a prazo e a reforma.

Passaram-se três dias sem notícias da idosa. A dona do café estranhou e foi bater à porta. Reparando que a porta estava apenas encostada e a fechadura tinha sido forçada, entrou na casa e encontrou a mulher morta e enrolada no tapete da sala…

Durante algum tempo a casa esteve à venda, mas os novos proprietários acabaram por vendê-la, incomodados com algo que lá se passava.

Vizinhos relatam ruídos estranhos e alguns dizem que viram a idosa morta à janela…

Conheço o espaço. Actualmente é um dos melhores centros de reabilitação do país. Já lá fui muitas vezes visitar doentes. Quanto às assombrações, não sabia. Vou investigar. :great:

“Quem Nasce Em Portugal É Por Missão Ou Por Castigo”.

Não me admiro de tanto lugar assombrado.

O Palácio de Valenças (Sintra)

O Palácio de Valenças, antiga residência do 1º Conde de Valenças, Luís Leite Pereira Jardim (184-1910) é mais um dos bonitos, misteriosos e assustadores lugares de Sintra.

Ao que parece, quem assombra este palácio é uma antiga serviçal, de nome Palmira, que se terá apaixonado pelo Conde e não suportando a dor de um amor não correspondido, se terá suicidado…mas… parece que ainda por lá anda, pelo menos é o que se diz.

O Pátio do Carrasco (Lisboa)

Ao que parece, o nome deste pátio deve-se ao facto de ali ter vivido o último carrasco português, de nome Luís Alves. Alegadamente, os lamentos do carrasco (falecido em 1873) ainda são ouvidos com frequência neste lugar.

Bom, sou sincero, desde miúdo que sempre fui fascinado por estes assuntos, acompanhado por um vizinho meu, passávamos muitas noites de Verão, sentados no passeio frente a casa a falar sobre estes assuntos . adorava ver tudo o que fosse filmes, séries, documentários… acompanhei os X files com atenção, lembro me de ver Roswell e, Supernatural é a minha série favorita de sempre.
Sou sincero que penso já ter assistido a pequenas manifestações que me inquietaram, mas nada que possa dizer com certeza absoluta queaconteceu. Agora que tenho a mente aberta a este tipo de mmanifestações, com certeza. Mas as más e as boas. Noemalmente temos em conta os fantasmas, assombracoes, satanismos, mas a sermos abertos para o lado mau ou oculto, porque não estarmos disponíveis para aceitar que existem manifestações positivas?

irrita me que, aos poucos venha a tornar me um pouco mais receoso em abordar este tipo de assuntos do que era há uns anos. Sempre acreditei que o facto de estarmos abertos a aceitar o paranormal, estamos mais sujeitos a ser confrontados com o mesmo. E se calhar, ssa noção tornou me mais cauteloso e levo me a fechar me um pouco a esses assuntos.

Parabéns pelo tópico, está interessante.

Imagina o que conheces hoje - (não sei sinceramente como se encontra o local hoje, mas presumo que todo revitalizado) - em finais dos anos 80, princípios de 90.

Eu fui a primeira vez teria uns 11, 12 anitos… portanto há mais de 20. Todos aqueles edifícios, enfermarias, a cantina, hospitais, etc… estava tudo ao abandono.

Como se tratava de uma leprosaria, nada tinha sido removido. E quando digo ao abandono, digo escancarado aberto.

O edificio que era conhecido como ‘casa do frankenstein’, era gigante. Maior que o hospital principal, o da entrada…e estava não só completamente abandonado e degradado, como completo - era como se um dia as pessoas tivessem aberto as portas todas e janelas e bazado. Assim do nada.

Epá, tinhas macas, marquesas, os suportes do soro, cadeiras de rodas, placards nas paredes com nomes de doentes, datados de 20 anos antes…papeis a não acabar mais, janelas partidas… só não se via nada tipo ferramentas, seringas e cenas do género.

Não há palavras que expliquem a surrealidade do local naqueles tempos.

A maternidade era dos mais chocantes. Na zona do berçário, ainda estavam todos os berços, mantas, cadeiras… epá - imaginem cenário de filme de terror. Teias de aranha que iam do tecto ao chão…ME-DO. :eh:

Não precisavas de ter assombros, bastava entrares num daqueles edifícios, mesmo a meio do dia, em pleno agosto (eu ia no verão apenas)… SU-RRE-AL! :xock: Ainda mais com 11, 12 anos.

Mas a título de exemplo, a população da Tocha, a 5 minutos dali, fugia do sítio. Ninguém queria sequer saber de nada ligado àquilo.

Frequentei o local até perto dos 18, 19. Aí sim, já imensa coisa tinha sido restaurada, mas ainda ‘pairava’ um certo je ne sais quoi.

Um dos episódios mais marcantes que vivi lá, foi num passeio, como haviam vários, mas este à noite… pessoal todo de lanternas, etc… putos, na mata (muito na onda dos escuteiros)… e dou de caras com um morador do complexo. Paciente, coitado… tinha lepra (já lepra seca), mas complemente desfigurado, sem dedos… (digo isto sem qq tipo de malícia, ou maldade), mas que medo!!! Ele, já velho, deve ter ficado tão ou mais assustado que eu, pois aquelas pessoas nunca saíam dali. A maioria nasceu, viveu, casou, e morreu ali dentro.

Coisas que ficam.

Vi muito ‘adulto’ a borrar a cueca, ali no meio do Rovisco Pais.

Óbvio, que com o passar dos anos, todos nós nos tornámos ‘peritos’ em acagaçar os novatos. :lol:

O meu ‘baptismo’ foi deixarem-me sozinho, assim depois do por-do-sol, já noite… num dos edifícios, no 1º andar, num corredor com 45674mil quartos, tudo partido…e com uma lanterninha da Duracell, pequeníssima.

Acho que nunca tive tanto pavor, daquele real… tipo, vou morrer. :shifty: :lol:

Mas sinceramente, ouvi muita história ali, mas as nossas histórias. As que nós ‘fabricávamos’…de assombros e tal - ZERO.

Quanto pagas? :mrgreen:

Não fazia ideia que tínhamos cá disto! Grande :mais: para o tópico e para o trabalho de pesquisa do @Leonino :clap:

Obrigado, @Filipe Barros e @Tom :great:

Casas Assombradas


Há quem garanta que há fantasmas, espíritos do além e casas assombradas. Para outros, é tudo fruto do medo e da imaginação.

Cândida Santos Silva

Era uma vez uma casa onde voavam copos, as portas abriam e fechavam sozinhas, as velas acendiam como que por artes mágicas e até caíam pedras, sem que alguma vez se ferisse alguém. Nesta casa vivia gente. Gente que passava pelos dias e, sobretudo, pelas noites, apavorada. A vizinhança tinha já presenciado certas manifestações que todos atribuíam a presenças do além. Pior, era o próprio demónio o autor de tão insólitos acontecimentos. Até que um dia o senhor António, o habitante mais velho da casa, decidiu recorrer ao cura da aldeia, ali numa paróquia do Minho, a pedir que fosse lá a casa, fizesse umas rezas e expulsasse os espíritos. Antes de tomar qualquer decisão, o pároco decidiu passar um dia em casa daquela apavorada família. Não queria acreditar quando assistiu, ele próprio, ao que o senhor António lhe tinha relatado no silêncio da sua sacristia. Aquelas coisas estranhas aconteciam mesmo. Todos, lá em casa, lhe rogaram para que benzesse o lar e, mais, ali fizesse um exorcismo. Não se deixando convencer à primeira, ainda que tenha presenciado tão estranhos eventos, recorreu a uns conhecimentos que tinha em Braga para ali trazer especialistas ligados à parapsicologia.

Mesmo na presença dos doutores, os espíritos não estiveram com meias-tintas. Choveram pedras, portas e janelas abriram e fecharam-se sozinhas e até alguns fardos de palha arrumados no telheiro começaram a arder. Maria Luísa Albuquerque, uma encartada chamada pelo cura, a todos perguntou pela idade, na esperança de que o causador fosse algum adolescente dado a brincadeiras. Segundo os estudos de parapsicologia, são eles os responsáveis por 90% destes casos. Adolescentes naquela casa só o neto, um rapaz de 15 anos… e o senhor António, na presença dos quais os fenómenos aconteciam repetidamente. Avô e neto foram afastados de casa por alguns dias, a parapsicóloga conversou com ambos em separado e, tal como se supunha, não houve mais nenhum objecto voador.


Casa das Pedras, na Linha de Cascais…

O senhor António, 76 anos acabados de fazer, andava muito angustiado com a ideia da morte; já Francisco, levava a vida “na boa”. Resolvido o mistério havia que solucionar os problemas psicológicos do senhor António, que se manifestavam com estas reacções parapsicológicas. “Tudo aquilo se devia à emissão de energia somática, do senhor António, ao que em parapsicologia damos o nome de telergia, e a essa energia chamamos de psicorragia”, esclarece Maria Luísa Albuquerque, que também ajudou o patriarca da família a encarar a ideia de morte de forma menos negativa. Os calmantes receitados pelo médico de família levaram-no a dormir melhor, e, a partir daí, os fenómenos cessaram. Tudo se resumia, afinal, ao medo “do que encontraria do outro lado, depois da morte, ele que tinha dedicado a vida à família e às terras”, recorda a parapsicóloga, licenciada por uma universidade de São Paulo, no Brasil, e com doutoramento em Espanha dedicado ao tema “Demónio, um caso clínico”.

Heitor Morais, padre jesuíta e director da revista “Magnificat”, sediada em Braga, tem uma explicação para estes fenómenos: “Tudo isto é causado pela força física da mente. As pessoas andam angustiadas, têm problemas que as inquietam, medos, angústias, e de forma inesperada, involuntária e inconscientemente provocam reacções físicas nos objectos.” Ele próprio já assistiu a estas ocorrências e já tranquilizou as pessoas dizendo-lhes que aquilo eram reacções parapsicológicas que terminariam quando as pessoas se tranquilizassem. “Mesmo assim pedem-me para lhes benzer as casas, talvez por sugestão, para ficarem mais tranquilos. Em regra não rezo, nem deito água benta, mas se isso fizer com que as pessoas fiquem sossegadas…”


… e Castelinho, também na Linha de Cascais, conhecidas pela presença de fantasmas

A casa onde José Castelo Branco teve uma visão parece um pequenino castelo, com torres e imitações de ameias. Fica junto ao mar, em São João do Estoril, na estrada Marginal que liga Lisboa a Cascais. Esteve durante muito anos votada ao abandono, mas nem por isso quem lá passava deixava de ver luzes a acender e a apagar. Figura ímpar do jet set nacional, Castelo Branco esteve decidido a comprá-la em 1983. Na sua primeira visita ao local logo mudou de ideias, quando avistou uma criança, menina, a brincar em cima do muro da propriedade, junto à falésia, acompanhada por outras, sentadas nos rochedos. Na altura, o marchant sentiu-se tentado a voar. “Se não me tivessem agarrado teria caído ali mesmo.” Desistiu do negócio e não se arrepende. A mesma casa tentou a mãe de Lili Caneças. “Eu era a pessoa certa para a morada certa. Aquele castelinho com ameias junto ao mar faria de mim a princesa que eu sempre achei que era.” O preço pedido era até convidativo. Mas o negócio ficou por acontecer dado que foram informadas de que a casa seria assombrada e de que as pessoas que lá viviam ou morriam rapidamente ou os negócios estoiravam. “Era a visão do inferno de Dante. A minha mãe não quis arriscar e desistimos do negócio. Hoje teria insistido para que se comprasse a casa. Quando por lá passo conto esta história ao meu neto”, diz Lili Caneças. Actualmente, o castelinho, conhecido por casa do Dr. Cebola, está habitada e restaurada e não consta que alguma desgraça tenha acontecido.

Ali bem perto, na Parede, mas do lado oposto, apresenta-se outra habitação com fama de assombrações. Mandada construir em 1904 pelo comandante e capitão-de-fragata Manuel de Azevedo Gomes, ficou conhecida como a casa das pedras. Em vias de classificação, foi desenhada pelo arquitecto italiano Nicola Bigaglia para ser casa de veraneio. O proprietário, dada a paixão que tinha pelo mar, pediu que fosse totalmente revestida a pedras, seixos e conchas trazidas da costa. “Com um corpo arredondado virado a sul, abrigando um jardim de Inverno, tem várias ameias e merlões, jogando com o imaginário dos castelos medievais. De tom escuro, com a pedra evidente, o edifício impõe-se ao passante como uma sugestão misteriosa, tenebrosa e repleta de opções estéticas próprias do gosto do romantismo tardio português que caracteriza o início do século XX”, explica Mário Lisboa, técnico superior da Câmara Municipal de Cascais. Mas nem por isso a explicação atenua os boatos que correm sobre as assombrações desta casa. Talvez por esta moradia tão inusitada ter sido sempre habitada por pessoas de muita idade. “A mulher do capitão viveu lá até ser muito velhinha, ia à janela, assim como a sua filha, a D. Alice, que ali viveu até ter mais de 90 anos”, refere Mário Lisboa. Actualmente habitada, não consta que alguma vez os seus inquilinos tenham sido importunados.


Sanatório da Serra da Estrela, onde vivem espirítos de antigos doentes

Ainda na estrada Marginal, agora já bem mais próximo de Lisboa, há referências, diga-se rumores, de uma outra casa assombrada. Em ruínas, fica em Caxias, junto à curva que dá acesso à A5, próximo do farol da Gibalta. Antiga casa de chá, nunca ali viveu ou funcionou durante muito tempo gente ou negócios. Diz-se que os antigos donos não querem lá ninguém. Para já, têm tido sorte. Está previsto que aquele vale seja todo reconvertido e transformado em habitação e comércio.

Ana Maria Magalhães, a autora que em parceria com Isabel Alçada tem escrito a colecção “Uma Aventura”, foi proprietária de uma casa dita assombrada. Comprou-a nos anos 60 e logo após o 25 de Abril viu as casas vizinhas serem todas ocupadas. A sua foi uma excepção. Ninguém a quis. Até ao dia em que comentou o facto com uma vizinha e esta lhe disse que a casa era assombrada por um pescador, antigo proprietário, conhecido como Rompedias. Em vida, Rompedias jurara que a sua casa nunca haveria de sair da família. Como saiu, o falecido pescador não abandonou a moradia. Até então, a escritora nunca tinha dado por nada. Mas a partir daí começou a reconhecer fenómenos estranhos: “Emprestava a casa a amigos e alguns deles vinham de lá pálidos e diziam que não queriam lá voltar, garantindo que tinham visto um velho com camisa aos quadrados na sala ou a espreitar à janela.” Ana Maria Magalhães garante nunca ter sido visitada, mas numa noite de Verão ouviu uma porta a bater e, quando foi espreitar, a porta da casa de banho estava trancada por dentro. “Não estava lá ninguém e não havia janelas. Só não sei se foi o Rompedias”, graceja. A verdade é que a história serviu de inspiração a um dos seus livros e até o fantasma da história ganhou o nome de Rompedias.


Hotel da Bela Vista, em Portimão. Diz a lenda que a antiga proprietária ainda por lá anda

Vítor Rodrigues, psicólogo e psicoterapeuta, garante que a forma mais fácil de criar fantasmas é a sugestão: “Se uma pessoa vai a uma casa sabendo que existe uma lenda, fica logo influenciada. Qualquer perito em efeitos especiais sabe que é facílimo criar ilusões deste tipo, e, às vezes, criam-se para fazer baixar os preços de uma casa, mas também há locais onde de facto se produzem fenómenos bizarros. A existência de campos electromagnéticos, de veios de água subterrâneos podem provocar perturbações. A existência de infra-sons provocados por fenómenos naturais podem ter o mesmo efeito.” Mas Vítor Rodrigues também reconhece que “há pessoas com elevada percepção extra-sensorial, capaz de captar informação e de agir sobre fenómenos físicos e biológicos do nosso mundo tangível sem qualquer mediação física conhecida”. Acrescenta: “Não falta rigor epistemológico à investigação que demonstra a existência da possibilidade de seres humanos, e até animais, poderem interagir à distância com sistemas físicos e biológicos ou poderem transcender os limites de espaço e tempo e captarem informação sobre eventos distantes no futuro e no passado. Como é evidente, qualquer especulação sobre hipotéticas implicações religiosas deste facto poderá ser ilusória.”


Ruínas de uma casa de chá em Caxias, onde nada vai avante

José Lucas não tem ilusões. Para ele, as casas assombradas são um facto. “Não são mais do que locais onde existem manifestações espirituais, repetitivas, que podem ter várias causas”. Explica: “Existem locais onde, certas pessoas, após a morte do corpo físico, se apegam e ficam por lá.” Isso acontece, esclarece José Lucas, militar e secretário da Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal, pelo facto de alguém, que tendo uma obsessão muito grande pela sua casa, terreno, ou qualquer outro bem material, continuar depois de morta ligada mentalmente àquilo que valoriza: os seus bens particulares. Podem existir outros motivos, como explica “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec.

Assim sendo, “se alguém alugar ou adquirir aquela casa, as pessoas no mundo espiritual, sentindo os novos donos como ameaças aos seus pertences, desencadeiam barulhos e outros fenómenos de efeitos físicos, no sentido de afastar os intrusos e assim ficarem sozinhos com o que é deles”. Mas também existe outro fenómeno, clarifica José Lucas, em que algum habitante, com poderes de médium, liberta ectoplasma, uma substância utilizada pelos espíritos para agirem sobre a matéria. Nesses casos, as pessoas, pensando ser a casa que está assombrada, mudam de residência, continuando os mesmos fenómenos para onde forem.

Segundo consta, as assombrações que atormentaram Jenna Bush, uma das filhas de George W. Bush, enquanto viveu na Casa Branca, não a seguiram. Mas se ficaram pelos salões parece que ainda não visitaram a família Obama. Contudo, no site oficial da casa mais famosa de Washington, a tradição não é abafada e por lá se referem as famosas aparições dos fantasmas do 16º Presidente dos EUA, Abraham Lincoln, e de Abigail Adams, mulher do segundo Presidente dos EUA, e dos sons celestiais que saem de algumas lareiras. Será que pelos corredores de Belém e de São Bento também há fantasmas? Talvez assim se expliquem os espiões do Governo e os assessores do Presidente a serem seguidos. Era uma vez…

Texto publicado na edição do Expresso de 22 de Agosto de 2009

http://expresso.sapo.pt/casas-assombradas=f533088

MORTE EM RITUAIS SATÂNICOS

Em 2003, a descoberta da morte de um casal de alemães, Thoralf Horn e Ute Dietzman, com cerca de 30 anos, num monte isolado entre S. Luís e Odemira, no Litoral alentejano, no decurso de rituais satânicos – alegadamente dirigidos por compatriotas (dois deles detidos já na Alemanha) – trouxe a lume as práticas de satanismo em Portugal.

Thoralf, a primeira vítima destes crimes ocorridos há sete anos, a dada altura ter-se-á recusado a aderir aos rituais e foi morto à paulada e esquartejado. O cadáver foi transportado numa viatura – já apreendida – e depois enterrado.
Quanto a Ute, que foi morta ou se suicidou, terá sido encerrada, na companhia de um bode, num compartimento da casa, apenas com um orifício pelo qual lhe seriam dados os alimentos. O corpo foi depois esquartejado e queimado no forno, onde seria encontrado um maxilar. A ossada do bode foi localizada junto ao monte. Estes casos foram investigados pelas autoridades alemãs e a PJ.

Em Agosto de 1999, Portugal ficou horrorizado com o assassínio de um casal, em Ílhavo, pelo filho de 23 anos, ligado a um grupo adepto de práticas de ocultismo e vocalista de uma banda de “death metal”, condenado, em 2001, a 25 anos de prisão. As mortes ocorreram no âmbito de um ritual associado a um eclipse.

No mesmo ano, a magia negra invadiu os pinhais de Sines – Vale Marim, Bêbada e a Praia do Largo da Costa Norte – nas noites de sexta-feira. Os adeptos, com capas pretas, gritavam toda a noite aos deuses das trevas. Durante os rituais, matavam animais e a sua actividade foi descrita por populares da zona como “parecendo um filme de terror”.

Recentemente, práticas ligadas a bruxaria e rituais satânicos ocorreram em igrejas alentejanas – Sines, Santo André e Santiago do Cacém. O alerta veio da Diocese de Beja, que denunciou ‘graffitis’ em templos e em fachadas, bem como mutilações de imagens e cerimónias profanas.

Ao longo dos últimos anos, muitos cemitérios têm sido profanados, como agora aconteceu com a campa de um padre em Darque, Viana do Castelo. Nalguns casos tratar-se-á de mero vandalismo ou roubo, mas todos eles tiveram um profundo impacte nas comunidades locais.

SÍMBOLOS NO CAMINHO DO MONTE

Na estrada de acesso ao Monte das Cortes, Odemira, encontraram-se árvores com símbolos inscritos (uma com um tridente dentro de um triângulo e outra com uma espiral e uma seta), tudo indicando que servissem de ‘guia’ para o local. Embora não se conheça ao certo o seu significado, no caso do primeiro, a simbologia mágica associada ao satanismo parece evidente, pois o triângulo é usado em rituais para evocar espíritos, isto quando o sinal da entidade a ser ‘chamada’ está no centro do mesmo – aqui, o tridente, um símbolo fálico associado ao Diabo e ao Inferno, que é referido como sendo utilizado em rituais e magia sexual.

SANGUE, SUOR E SEXO DEFINEM SATANISMO
Sangue, suor e sexo são as três palavras que definem o satanismo tradicional, encarado pelos seus seguidores como uma religião natural que vê o ser humano como um animal – o mais poderoso de todos – assumindo ainda que os mais fortes sobrevivem e mandam no Mundo. O satanismo moderno teve início com a fundação, em S. Francisco (EUA), em 1966, da Igreja de Satã, liderada por LaVey. Alguns satanistas estão associados a actividades neonazis ou cultos de magia sexual e envolvidos em drogas, prostituição e pornografia. "Os mais perigosos dos cultos cujos membros se auto-intitulam satanistas são os que praticam assassínios rituais e mutilações animais. Raptam crianças para vítimas sacrificiais. (…) Os corações são cortados a vítimas vivas e há também abusos sexuais”, refere o ‘site’ ‘Satanist’.

ALEMÃ APRISIONADA ATÉ MORRER NA COMPANHIA DE UM BODE BRANCO
O bode – ou a cabra cornuda – é um dos mais conhecidos símbolos de Satanás, invertendo o significado do cordeiro que, segundo a Bíblia, morreu para remissão dos pecados da Humanidade. Em Odemira, uma vítima terá sido fechada com um bode branco, no qual os homicidas acreditariam ter encarnado o companheiro, entretanto assassinado. O Baphomet é normalmente mostrado como uma figura meio humana, meio-bode, ou apenas a cabeça. Uma das representações mais conhecidas é a do mágico Eliphas Levi (séc. XIX): um tronco, braços e mãos humanos, seios femininos, asas, cabeça de cabra com um pentagrama na testa e uma tocha entre os cornos. A Igreja de Satã (EUA, 1966) simbolizou o Satanismo com outra adaptação do Baphomet: a cabeça de uma cabra, num pentagrama invertido, dentro de círculo. Outros símbolos satânicos são o 666 (número da Besta), o pentagrama, o pentagrama invertido (simboliza a Estrela da Manhã, nome que Satanás tomou para si), a cruz invertida e a cruz satânica, o S e a mão cornuda.

DIZEM QUE PODE ESTAR AQUI UM CORPO ENTERRADO
José Carlos, o pastor de 42 anos que vivia no Monte das Cortes, Odemira, onde apascentava meia centena de cabras, não tem teve descanso desde que a PJ retomou as investigações relativas ao presumível homicídio de Thoralf Horn e Ute Dietzman, o casal alemão alegadamente vítima de rituais satânicos. "Não tenho medo, mas não sossego porque me faz impressão dormir num sítio onde foram mortas pessoas”, disse ao CM, adiantando que “a PJ tenciona voltar para cavar mais, pois dizem que aqui, junto ao monte, está outro corpo”.

Numa visita à habitação, o pastor mostrou ao CM onde Ute terá sido encerrada com um bode, antes de morrer – um compartimento cuja porta foi tapada com tijolos e apenas com uma abertura que serviria para passar a comida. No exterior, indicou o local onde a PJ procurou o corpo de Thoralf e aquele onde foi encontrado o cadáver do bode – "um animal branco” – e exibiu um osso que pensa ser do mesmo. Indicou ainda o sítio onde os alemães escondiam a droga. “Há sete anos e alguns meses que eles desapareceram, deixando os animais – cabras e burros – à balda. Pensávamos que tinham regressado à terra deles”, referiu.

O vizinho mais próximo do Monte das Cortes, António Dâmaso, de 82 anos, referiu-nos que “o ‘Torrávio’ (Thoralf)” veio há 12 anos, com a mulher e outro casal, cujo homem se foi embora. “A outra mulher, a ‘Comprida’, ficou. Vinham muitas vezes ter comigo, comprar ovos, batatas e outras coisas. Cheguei a emprestar-lhes dinheiro, pois via-se que tinham fome. Passado um tempo, começou a juntar-se ali gente estranha, dizia-se que havia lá droga”, recordou, acrescentando: “Houve uma altura em que o pai do ‘Torrávio’, um homem de muito bom parecer, veio aqui ter com o filho, que andava descalço, mal-vestido e sujo e pediu-lhe que deixasse esta vida, mas ele recusou”.

Para António Dâmaso, toda a “história do Diabo” “parece mentira”: “O mais certo é as mortes terem sido por causa da droga”, observou o vizinho dos alemães.
Armindo Dâmaso, filho do idoso, recorda-se também dos estrangeiros, em cujo monte, à noite, havia muito movimento. “A coisa era de tal forma que nós até tínhamos medo de passar ali. Às vezes via-se lá muita gente, que encontrávamos depois pelo caminho, à noite. Era um desassossego, parecia que andavam envolvidos na droga e só viam aquilo", referiu.

9 DECLARAÇÕES SATÂNICAS
1 Satã representa indulgência, em vez de abstinência.
2 Satã representa a energia vital, em vez de sonhos espirituais.
3 Satã representa a sabedoria pura, em vez da auto-ilusão hipócrita.
4 Satã representa bondade para quem a merece, em vez de amor desperdiçado aos ingratos.
5 Satã representa vingança, em vez de virar a outra face.
6 Satã representa responsabilidade para o responsável.
7 Satã representa o homem como um outro animal, algumas vezes melhor, mas frequentemente pior do que os outros que caminham de quatro, porque no seu “divino desenvolvimento espiritual e intelectual” se tornou o animal mais viciado de todos.
8 Satã representa todos os denominados pecados, pois estes direccionam-se à gratificação física, mental e emocional.
9 Satã tem sido o melhor amigo da Igreja, pois cuidou dos seus negócios ao longo do tempo.

A RELIGIÃO QUE DEFENDE O MAIS FORTE

Para o satanismo tradicional, as fraquezas pessoais devem ser eliminadas e qualquer tipo de piedade abandonada. Os satanistas que abraçam esta linha de pensamento afirmam encarar cada desafio como um teste, que se não os matar os fará mais fortes. Vendo o ser humano como o mais forte dos animais, glorificam a lei da selva: os mais fortes sobrevivem e mandam no Mundo. Defendem que cabe ao homem, situado no topo da cadeia alimentar, decidir o que fazer com a criação, não pensando por isso duas vezes em matar um animal para executarem rituais ou apenas para se divertirem. Quanto ao sexo, é praticado pela simples vontade do prazer carnal, pelo que muitos dos rituais satânicos tradicionais envolvem o sexo como forma de êxtase. Cultivadores do sexo, os satanistas são-no também do próprio corpo. Para eles, trata-se, assim, de garantir a própria vida, destruir as fraquezas, adorar a carne e o sexo, pensar mais e primeiro em si e só depois nos outros, contemplar a vida de olhos abertos, desfrutar da magia para benefício próprio, aproveitar ao máximo todos os prazeres que o corpo pode dar, adorar o Diabo e os poderes que ele traz e destruir os inimigos com todo o ódio do coração.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/atualidade/morte-em-rituais-satanicos

Rituais satânicos do interior ao litoral alentejano

20-09-2013

Rituais satânicos. Missas negras, em locais urbanos, em locais isolados. Em locais propícios a práticas esotéricas. Em igrejas, cemitérios, em pinhais, matas. Tudo isto já aconteceu e continua a acontecer na região, desde o interior ao litoral. Mas há algo que persiste com frequência: manifestações significativas contra o património religioso. Só no território da Diocese de Beja já se registaram mais de três dezenas. Em Santiago do Cacém, por exemplo, há uma ermida que voltou a ser profanada em agosto.

Texto Bruna Soares Ilustração Susa Monteiro

Tudo indica que, especialmente a partir da entrada no novo milénio, a prática de rituais satânicos se tornou num fenómeno em crescimento, acerca do qual se sabe ainda muito pouco. É assim que José António Falcão, diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, começa por falar destas manifestações. Tudo porque no território da Diocese de Beja já se registaram, desde então, mais de três dezenas de manifestações significativas e contra o património religioso, associadas sobretudo a meios urbanos. Santiago do Cacém, Sines, Beja, Serpa ou Moura são alguns dos exemplos a registar.

“É evidente que estas práticas ocorrem também no âmbito de outras dioceses do Sul”, garante o diretor do departamento, para rapidamente acrescentar: “Mas aí optou-se pelo silêncio”. E porque se prefere tantas vezes não divulgar? A verdade é que “a Igreja Católica lida mal com o que está a suceder, pois trata-se de um adversário desconhecido e muito agressivo. Nas paróquias há quem minimize o assunto, por ter receio de o enfrentar em todas as suas consequências. Por vezes hesita-se em fazer queixa às autoridades, pois o arquivamento das participações tornou-se, nestes casos, quase uma regra”, adianta José António Falcão.
Acontece que as práticas de satanismo já anteriormente tinham chocado a região e não apenas as que se direcionaram ao património religioso.

A faixa litoral que liga Vila Nova de Santo André a Odemira chegou a ser apelidada de “corredor negro”, por tantas vezes ser palco das mais variadas práticas satânicas.


O “corredor negro”

São conhecidos, entre outros, os relatos de um pescador da praia de São Torpes, que garante ter assistido a um ritual, que juntou cerca 60 pessoas, vestidas de negro, numa noite de Carnaval. Ritual, esse, que, na altura, apelidou de “coisa estranha”.
Mas nessa faixa, nos pinhais, também há relatos que garantem que são encontradas, com frequência, as “mais macabras oferendas ao Demónio”. Há, porém, um caso que marcou a memória de muitos. O desaparecimento de um casal de jovens alemães, que terá sido “morto por compatriotas durante um ritual satânico num monte isolado entre Odemira e São Luís”. Thoralf Horn e a mulher Ute Dietzmann, ambos com cerca de 30 anos.

O caso voltou a ser reaberto quando, em março de 2003, na Alemanha, uma mulher em estado terminal confessou ter participado, sete anos antes, na execução de dois compatriotas seus, algures em Odemira, mais concretamente no chamado “Pego das Pias”.
Thoralf, divulgavam as notícias publicadas na altura, terá sido morto “à paulada e esquartejado”. Quanto a Ute, que foi morta ou se suicidou, “terá sido encerrada, na companhia de um bode, no qual os homicidas acreditavam ter encarnado o companheiro, num compartimento da casa”. O corpo foi depois esquartejado e queimado num forno.


O “Pego das Pias”

Mas voltando aos rituais contra o património religioso. O Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja afirma que “os rituais satânicos e as práticas conexas revelam‑se, em geral, muito agressivos”. “Deixam um rasto inconfundível de destruição: igrejas vandalizadas às quais é largado fogo”. Mas há mais. “Por vezes, acontece a profanação de símbolos religiosos (defecação no interior dos lugares de culto, por vezes sobre altares, nas pias de água benta, entre outros”, denuncia José António Falcão: “barramento de imagens e outros símbolos com excrementos, inversão dos cruxifixos, que ficam colocados de pernas para o ar e com preservativos usados nas extremidades” e, claro, “a mutilação de imagens”. “É usual que lhes cortem as orelhas, o nariz, as mãos e o pés e que lhes vazem os olhos”, adianta o historiador.

O revolvimento e emprego abjeto de toalhas dos altares, alfaias litúrgicas, a violação dos sacrários, o furto e espezinhamento de hóstias consagradas, o uso indevido de cálices e outras alfaias em missas negras e os rituais sexuais sobre os altares e sacristias, são outros dos exemplos deixados.
“Tudo isto cria um sentimento de desconforto, pânico e revolta nas comunidades, despertando mecanismos de alarme social”, considera o diretor do departamento.


Litoral mais sacrificado

Os casos mais chocantes ocorreram em igrejas do litoral alentejano. A ermida de São Pedro, na encosta do castelo de Santiago do Cacém, sítio propício a práticas esotéricas, devido ao relativo isolamento e à proximidade do cemitério, é um monumento mártir.


A ermida de São Pedro

“Em 2005, foi palco de uma missa negra, seguida de ritual orgíaco, com a criação de um ‘altar’ pagão na sacristia; o armário dos paramentos serviu então para as ‘sacerdotisas’ manterem relações sexuais com ‘fiéis’, sobre o leito de folhas de papel com preces a Lúcifer. Quando examinei o local, horas depois do sucedido, não pude deixar de lembrar-me das cerimónias descritas por Huysmans em "Là-bas”, recorda José António Falcão.


Ritual satânico

O cenário repetiu-se recentemente, em agosto passado, embora agora de um modo menos completo, mas com intensidade suficiente para deixar a igreja num caos, segundo relata o departamento da Diocese de Beja. “Basta lembrar que os blocos de pedra usados para apedrejá-la, e posteriormente arrombar a sua porta, foram retirados dos alicerces dos arcos da galilé, que ficaram numa situação instável e podem ruir”.

Há, no entanto, mais monumentos que têm sido alvo, nos últimos anos, destas práticas, incluindo escavação ilegal e vandalização de túmulos existentes no seu interior, nomeadamente em Santiago, Sines, Odemira, Beja, Serpa e Moura.

Mas o que leva grupos de pessoas a introduzirem-se nos templos para procederem a este género de celebração? Para José António Falcão, “o satanismo recrudesce em todo o Ocidente e encontrou um terreno fértil em Portugal e Espanha. Há uma plêiade de organizações para-religiosas que o promove com afinco entre grupos bem informados e, até, qualificados: profissionais liberais, quadros, docentes, estudantes…”.

A crise também é apontada como potenciadora, uma vez que tem, na opinião do departamento, nutrido alguns destes movimentos, cuja disseminação beneficia das novas tecnologias. “Numa sociedade desgastada pela perda das raízes, o neopaganismo atrai sequazes, fascinados pela sua aparente liberdade e pela sua dramatização do ciclo vital. Daí aos atentados contra os lugares de culto cristão podem ir poucos passos”, afirma José António Falcão.

Realidade, esta, que nada se assemelha a uma outra que também aflige os defensores do património religioso: o roubo de arte sacra, que também se continua a verificar na região. “Quem furta, tem em vista, geralmente, comercializar os objetos de que se apossou e não lhe interessa danificá‑los, ao menos de propósito. Pelo contrário, o vandalismo associado a práticas satânicas e, num outro plano, de feitiçaria, tende a revelar-se extremamente severo. A destruição real e simbólica faz parte do seu código genético. Isto coloca muitos problemas aos responsáveis pelo património e, em especial, pela arte religiosa”.

Esconder esta realidade é, assim, na opinião do departamento, “um erro”. “A primeira coisa a fazer é não negar uma realidade que está a manifestar-se com verdadeira contundência”. Realidade, porém, que importa conhecer, estudar e prevenir.

“Falta sensibilidade para tratar o assunto como ele merece e isto reflete-se numa efetiva carência de proteção para muitos monumentos”, alerta José António Falcão. Defendendo ainda: “Quem destrói os marcos da nossa identidade coletiva deve ser identificado e punido exemplarmente. A impunidade vigente tem que deixar de ser uma regra”. Contudo, tudo o que se realizar a nível local e regional, na opinião do diretor do departamento, “permanecerá comprometido enquanto continuar a faltar uma estratégia nacional para a salvaguarda do património religioso”.

http://da.ambaal.pt/noticias/?id=3907

Só malucos.
Como ateu não acredito nem em Deus nem nestas merdas todas.
Há malucos para tudo, e uns mais que os outros.

Só acredito no Sporting, e que há vida fora do planeta.

Um murro na tromba desses anormais todos e sentiam logo o diabo a saíres-lhes do corpo sobre forma de cócó. >:D

Era exactamente esta a reportagem a que me referia há umas páginas atrás.

Passei muitos verões aí no “corredor negro” e posso confirmar que realmente se podem encontrar objectos estranhos por aqueles pinhais junto ao mar.

Isto não é uma descrição do mundo actual? :think:

A Quinta de Santo António da Juncosa

Localizada perto de Penafiel (Rio de Moinhos) correm rumores sobre aparições dos espectros do Barão das Lages e da sua malograda mulher. Diz-se que nos anos da Reconquista resolveu prender a sua mulher ao cavalo e a arrastou pela quinta até morrer. Terá feito por ciúmes, pois suspeitava que a mulher o tivesse traído quando andava pelo sul a lutar contra os Infiéis.

Faz sentido. O satanismo tem pontos em comum com o humanismo.

A Casa do Caniço

Esta casa situa-se no Caniço, no concelho madeirense de Santa Cruz. Inicialmente, pertenceu a uma família, servindo posteriormente de sala de cinema nos anos de 1940-60.

No tempo em que foi habitada realizavam-se sessões de espiritismo abertas ao público. Há pessoas que afirmam “ouvir e ver coisas a passar dentro da casa” que, neste momento, se encontra em ruínas.

“Casa assombrada em Alcântara recebe visitas guiadas à noite”

Reza a história que uma casa abandonada, em Alcântara, está assombrada. O Teatro Reflexo viu nela o cenário perfeito para visitas guiadas à noite, uma iniciativa nunca feita em Portugal.

Expectantes, os 16 curiosos murmuram sobre o que os espera antes da visita à casa-fantasma. Sofia e Luís, um jovem casal de namorados, acharam a ideia original e tencionam ser surpreendidos. Não sabem o que os espera, mas «o facto de ser um programa diferente com uma história e mistério associados» desperta-lhes a curiosidade. «Não é romântico, mas é um programa diferente».

E o que leva as pessoas a fazerem visitas durante a noite a uma casa que se diz assombrada? Na sala de espera, que funciona como uma galeria de arte, um grupo de amigos especula sobre as suas motivações. «Vim pelo desconhecido e pela excitação de não saber bem o que é. A ideia é experimentar a sensação do medo entre amigos. sozinha não vinha! imaginei uma casa antiga vazia, uns barulhos, umas almas penadas. o meu marido acredita em fantasmas, eu não». Cépticos ou não, todos vêm pelo medo do desconhecido, o coração a bater abruptamente, os arrepios sempre que se ouve uma história que foge ao convencional.

O casarão antigo, fechado há anos porque ninguém consegue permanecer nele durante muito tempo, vai ser demolido. até que isso aconteça, o proprietário convidou o encenador e director artístico do Teatro Reflexo, Michel Simeão, para dinamizar culturalmente o espaço. «Quando conheci a casa fiquei completamente fascinado. só a casa dá-nos tudo mas, além disso, comecei a ouvir histórias sobre as duas famílias que aqui viveram e soube logo o que queria fazer», conta Michel. A ideia partiu de um conceito existente no Reino Unido e nos EUA, onde se fazem este tipo de programas. Michel teve contacto com esta experiência há seis anos, quando visitou casas assombradas na Escócia. Decidiu manter a casa como a encontrou, sem decorar ou mudar as coisas de sítio, uma vez que já é assustadora o suficiente, oferecendo todo um imaginário fantasmagórico.

Não é a casa do terror da Feira Popular

Um aviso é feito desde logo pelos organizadores, para não equivocar os visitantes. «Isto não é a passagem do terror da Feira Popular». Durante a visita de 70 minutos, não há qualquer tipo de representação, apenas relatos das histórias que lhes chegaram aos ouvidos.

Sem luz eléctrica, apenas com foco, os participantes são convidados a explorar as divisões da casa apalaçada do século XIX, que pertenceu ao Conde da Ponte. No escuro, são relatadas as histórias e acontecimentos paranormais das famílias que habitaram a casa outrora. «Vamos sugestionando as pessoas a pensar noutras coisas para além do universo dos fantasmas. Há todo um universo de energia e fenómenos que não sabemos explicar, mas a nossa mente vai logo para o fantasmagórico», explica Michel.

O grupo quer desmistificar o medo e proporcionar uma experiência diferente, «aliciando as pessoas a fazerem determinadas coisas ao longo do percurso». Os participantes são expostos a situações de maior fragilidade com o intuito de se perceber como reagem à sugestão do medo. «Toda a experiência tem a ver com o tipo de pessoas que cá está, porque o medo é de fácil contágio. Se uma pessoa está ao nosso lado e se assusta, isso também nos vai assustar».

O encenador conta-nos que já houve pessoas que desistiram a meio por estarem altamente sugestionadas. «Há algumas que saem de lá disparadas porque ao mínimo de barulho que possam ouvir, como o estalar da madeira ou um carro a passar, é o suficiente para se assustarem».

Apesar de não acreditar neste tipo de coisas, Michel tem medo de permanecer sozinho na casa. «Não acredito em bruxas, mas que as há, há». Afirma que nunca viu nada mas que há uma coisa que lhe causa impressão. «O cão que anda sempre connosco não sobe para o segundo andar da casa, que é o sítio que dizem que tem uma carga mais pesada. Acredito que os animais têm um poder de sentir essas coisas».

Finda a visita, o grupo que coabitou o palacete cochicha a experiência (des)assombrada que sentiu na pele. Ou não. Cristina confessa que houve um momento em que sentiu medo «porque estava à espera de algo, que não chegou a acontecer». Paulo, que andou a vaguear pela escuridão sozinho, ficou decepcionado consigo mesmo. «Estava convencido que ia ter emoção e não senti nada. Estive a tentar ouvir barulhos e não ouvi nada, que chatice!».

As visitas, que começaram no dia 13 de julho, e acontecem às quartas e quintas-feiras, às 22h00 e às 00h00, já estão esgotadas até ao final do mês, mas poderão ser prolongadas até setembro. Homens e mulheres maiores de 16 anos testam os seus limites, temores e receios nesta iniciativa pioneira em Portugal. «Já fizemos uma sessão para uma despedida de solteira. Foi muito engraçado, houve gritos pela casa toda». Já os homens aparecem sempre com uma «postura de durões». «Quando se assustam há uma defesa muito grande que eles têm de impor e nota-se que se controlam mais para não mostrarem medo às namoradas».

http://www.sol.pt/noticia/26806