Por onde andam os barretes ...

Jean-Jacques Missé-Missé

Nome: Jean-Jacques Missé-Missé
Nacionalidade: Camaronês
Data de nascimento: 07-08-1968
Idade: 39 anos
Naturalidade: Yaoundé - Camarões
Posição: Avançado
Altura: 1.80m
Peso: 77 kg
Clubes representados:

U. Douala (1991-1992); Mechelen (1992-1993); Charleroi (1993-1996); sporting (1996-1997); Trabzonspor (1997-1998); Dundee United (1997-1998); Chesterfield (1997-1998); Ethnikos Pireus (1998-1999); La Louvière (1999-2002); Oostende (2002-2003); Mechelen (2003-2004)

"Nome mais vezes citado para o referenciar terá sido Jean-Jacques Missé-Missé, mas, em bom rigor, não estamos em posição de assegurar que será este o seu nome verdadeiro. Tudo aponta para que tenha nascido na República dos Camarões - a FIFA e as fontes oficiais de alguns clubes por onde alegadamente terá passado assim o indicam - a 7 de Agosto de 1968, uma data que carece, uma vez mais, de confirmação. A verdade, caros leitores, tal como a recuperamos das malhas cibernéticas e neurológicas, do poço sem fundo que é a memória, a surdina na via pública e a biblioteca ao entardecer, é que este homo futebolis não é sujeito mas percurso, síntese perfeita de um conjunto de objectivos, missões, a atingir por obra cósmica e graça desconhecida em dado momento, em dado clube. Alguns desígnios permanecem intocados, tal a distância que separa um estivador do porto de Douala no Golfo do Biafra de um oficial da gare ferroviária da cidade belga de Charleroi. Outros podemos tentar resgatar e trazê-los para o lado de cá do manto diáfano que separa a história da fantasia. A verdade é que Jean Jacques, a existir realmente hoje em dia, existirá sempre como um homem diluído no seu próprio mito, camaleão das insígnias clubísticas. Promessa polémica que alinhou por dois dos maiores clubes da capital Youndé, o Canon e o Diamant, Jean Jacques rumou depois a Douala para prolongar o fratricida duelo entre os adeptos do Union Douala e do Rail Douala. Infiltrado e insidioso ponta de lança, tão letal no tiro como na assinatura do contrato, Missé-Missé consegue o passaporte para bem longe do hamletiano futebol camaronês. Assim, com um sorriso nos lábios, Jota Jota chega à Europa com o sonho do imigrante francófono herdeiro dos leões indomáveis para tentar a sua sorte justamente no foot. É o FC Malinois que o acolhe, mas não por muito tempo. O seu talento brota a cada treino e é com a trouxa às costas e com o rótulo de matador africano com experiência europeia que chega ao Charleroi, clube royal da Bélgica. Aí conhece o sucesso, começando o Santo a granjear acólitos até à fronteira flamenga. 3 épocas em cheio, com 15 golos na primeira, 10 na segunda e 12 na terceira, valem a Missé o brilho de pérola africana, trazendo nas botas essas credenciais para uma Lisboa que explodia de africanismo futebolístico. Era o Sporting virado para África, em rescaldo de Amunike e pleno prêambulo de reinado de Ahmed Ouattara que recebe o atleta. Aqui, inexplicavelmente, J.Jacques cumpre outro santo sacrifício: num plot twist perturbador, o promissor e portentoso globetrotter é afinal um discreto jogador em fase crítica da carreira, os 28 anos de um avançado e consequente crise de meia idade, e em fase de periclitante adaptação a uma realidade futebolística no mínimo sui generis (recorde-se que animavam os gabinetes de Alvalade um ex-actor e agora ex-treinador do Sport Comércio e Salgueiros e um agora ex-autarca da Figueira da Foz ). O saldo foi negativo – 4 jogos oficiais, zero golos zero – mas, enquanto a equipa continuava o seu suplício, o saltimbanco foi decidido espalhar a pantomina para a Turquia, a montanhosa e portuária Trabzon. No Trabzonspor, uma espécie de Aston Villa do Mar Negro, Jean é o verdadeiro reforço, o jogador fora de pré-época que surge para dar força na eterna luta pelos lugares cimeiros que teimam em fugir para as mãos do Galatasaray e do Fenerbace. Na Turquia o saldo é um pouco melhor, com 10 jogos e um golo, mas não chega. Feitas as malas, para mais uma viagem, M&M não resiste a tomar partido em mais um duelo fratricida, desta feita, a norte, na 4ª maior cidade escocesa, Dundee. Palco ancestral de lutas sangrentas entre o United e o FC local, o camaronês chega como mercenário contratado para reforçar o arsenal laranja, o Dundee United. Rezam as crónicas, todavia, que terá passado mais tempo a cultivar o seu estatuto de stranger in a strange land na urbe das highlands do que propriamente a fazer sangue nos relvados, já que as contas são exactamente as mesmas de Lisboa. Mais a Sul, ainda no mesmo ano, os fragmentos que conseguimos juntar num esboço de currículo oficial dão-no como jogador do Chesterfield, da Second Division e, no ano seguinte, dados substanciais dão-no como tendo iniciado a época ao serviço do Royale Association Athlètique Louviéroise, o clube da cidade belga de La Louviére, à época (1999-2000) na segunda divisão belga. Refira-se, para atestar da densa aura de mistério em torno da personagem charteriana, que o próprio site oficial do clube belga nega esta própria informação. Talvez porque, no mesmo ano rumou ainda à Grécia, ao Ethnikos Aasteras, obscuro clube de meio da tabela do campeonato grego de estrela vermelha ao peito (não confundir com o Ethnikos Pireu), actualmente na 2ª divisão grega. Na Grécia, Jean-Jacques Missé-Missé voltou a encher de orgulho os mestres camaroneses que o ensinaram e trouxe, numa época de titularidade indiscutível – 30 jogos, 9 golos – o aroma ganhador do futebol político que atingira o seu expoente máximo no Estrela Vermelha de Belgrado. Cumprida a missão, dá-se o regresso à Bélgica, a tempo de celebrar na Louviére os seus 32 anos, já um pouco recuado no terreno, já jogador com cartel no estrangeiro, já veterano respeitado e velho conhecido dos ultras valões. Numa época marcante da história do clube, que envolveu chicotada psicológica e a contratação do druida Leclerq, ex-campeão francês com o Racing de Lens, o Louviére, consegue um 15º lugar na Primeira Divisão Belga. E Jean Jacques falha apenas um jogo, conseguindo, uma vez mais 4 golos com a camisola dos Lobos Verdes. No ano seguinte continua no mesmo clube, facto que não acontecia desde 1996, mas a temporada, apesar de prometer (com as contratações Karagiannis e Nicolas Ouedec), começou com uma derrota histórica por 8-2 contra o GBA, jogo em que Missé Missé ainda marcou. Daí para a frente até à surpreendente ponta final, o clube foi perdendo, ao longo do seu descalabro, as suas peças mais importantes, desde o treinador até ao próprio Jean Jacques, não tendo estes presenciado a extraordinária recuperação que colocou o clube na 11ª posição no final do ano. Mas é de Jean Jacques Missé Missé que se trata. E o andarilho seguiu, em perda de fulgor mas não de carisma para o Ostende, na 2ª divisão belga e depois para o também belga Mechelen. O mito do camaleão que veste a pele de diferentes santidades, alvo querubim do paganismo futebolístico, fica também a dever-se a enigmáticos registos recolhidos um pouco por todo o lado, como em escritos que o dão como jogador do inglês Walsall e do Wycombe, fotografias de abraços cúmplices a adeptos do clube holandês Roda JC ou o extraordinário comunicado que assinou, em nome da equipa, ao serviço do Ostende na época de 2002-2003, pedindo encarecidas desculpas ao adeptos pelas más exibições e prometendo os possíveis e os impossíveis por devolver a dignidade à curva. Hoje, caros leitores, perdemos-lhe, por respeito, o rasto mas guardamos-lhe o lugar de refinado marionetista do quotidiano desportivo, a marca indelével de quem move decisivamente o mundo sem que este se dê conta. Algures entre as páginas de Leslie Charteris, o navio de Corto Maltese e as profundezas do mundo futebolístico, ei-lo. Jean-Jacques Missé-Missé, 36 anos. Chamemos-lhe assim. "

in cardeneta da bola

Este retirou-se depois de nos ultimos anos ter tentado marcar golos … 6 em cerca de 80 jogos realizados …

Valeu pelo teor lúdico do post :lol:

Uns parágrafos não teriam ficado mal, apesar de aumentarem ainda mais o texto.

Mas sim, este deve ter sido um dos maiores barretes de sempre. Quem é que o trouxe para cá? O Robert Waseige, aposto… outro barrete!

O copy & paste não custa… O resto já dá trabalho…

Uns parágrafos não teriam ficado mal, apesar de aumentarem ainda mais o texto.
Mas sim, este deve ter sido um dos maiores barretes de sempre. Quem é que o trouxe para cá? O Robert Waseige, aposto... outro barrete!
Sim foi ele, tinha-o visto jogar na Bélgica e achou que poderia ser útil no Sporting, mas tirando alguma força física o talento esse era muito escasso neste atleta.
O copy & paste não custa... O resto já dá trabalho....
Uns parágrafos não teriam ficado mal, apesar de aumentarem ainda mais o texto.

Sempre a criticarem e nas picardias, mais parecem lampiões! :?

O copy & paste não custa... O resto já dá trabalho....
Uns parágrafos não teriam ficado mal, apesar de aumentarem ainda mais o texto.

Sempre a criticarem e nas picardias, mais parecem lampiões! :?

Pelo contrário, se fossem lampiões exigiam que se escrevesse no dialecto dos gorilas.

Esta coisa de por onde andam os barretes faz-me lembrar que alguns andam pelo plantel do Sporting ainda

Didier Lang

Nas competições europeias da época 1996-1997, o Sporting defrontou a equipa francesa do Metz. Como é habitual, foi eliminado e o culpado disso foi um rapaz loiro, especialista em bolas paradas que marcou o golo decisivo. O seu nome era Didier Lang, e o corpo administrativo do Sporting, cujo responsável pelo mercado era Norton de Matos (sim, o pai dessa actriz boazona chamada Barbara Norton de Matos), não descansou enquanto não contratou o jogador em questão.

Ficou assim assegurado um reforço para a época 1997-1998. À chegada, a expectativa leonina era enorme. Qual Roberto Carlos, qual Mihaijlovic… o Sporting tinha Didier Lang!

O verdadeiro expert das bolas paradas. Ainda me recordo de, na minha escola, um amigo meu dizer: “Há por aí jogadores, mas nós temos o Didi!!!”. E tinha-mos mesmo… Ficou por cá uma época, jogou para aí uma dúzia de jogos, e conseguiu deixar a sua marca: teve mais processos disciplinares (primeiro com Cantatore, tendo sido afastado, e mais tarde foi reabilitado por Carlos Manuel, sendo novamente afastado) do que golos marcados (na realidade só marcou um… ao Famalicão num jogo particular) o que é obra para um Deus das bolas paradas!

Até sempre Didi! Deixaste saudades…

Nome: Didier Lang
Nacionalidade: Francês
Data de Nascimento: 15-12-1970
Naturalidade: Metz - França
Posição: Médio
Altura: 1.79m
Peso: 77kg
Clubes representados: Metz (1989-1997); sporting (1997-1998); Sochaux (1998-1999); Troyes (1999-2000); Metz (2000-2001); Le Mans (2001-2003)

A partir da entrada no Sporting, fez uma época por equipa até ao fim. Grande craque realmente. Esse Norton de Matos bem que nos encavou, desportiva e financeiramente, com as m**das de contratações que fez.

E ainda se queixam do Carlos Freitas :roll:

[b]Jean-Jacques Missé-Missé[/b]

Este retirou-se depois de nos ultimos anos ter tentado marcar golos … 6 em cerca de 80 jogos realizados …

Curioso que num tópico de há uns meses, o tal que envolvia Keita, Chidi e esses tamancos todos ([url]http://sportingcp.artinova.pt/viewtopic.php?t=6416&postdays=0&postorder=asc&start=75[/url]), podia ler-se o seguinte sobre este mesmo Missé-Missé:

O Jean-Jacques Missé-Missé ta com 40 anos quase!

Jogou futebol no Mechelen da Belgica até 2002.

Depois dos 97 jogos e 37 golos pelo SCP ainda jogou:

Trabzonspor
Dundee United
Chesterfield
Ethnikos Piraeus
R.A.A. Louviéroise
K.V. Oostende
K.V. Mechelen

Na volta ainda era um excelente jogador, tendo em conta a carrada de golos que marcou (pelo Sporting?)… :roll:

:lol: :lol: :lol: :lol:

pergunta ainda mais pertinente: por onde andam os tipos que nos enfiaram estes barretes?

pergunta ainda mais pertinente: por onde andam os tipos que nos enfiaram estes barretes?

O Roquette anda por aí a dar dicas que o Nani foi bem vendido.

Eu nao queria entrar por aqui assim, mas andam aqui uns meninos, que nao perdem uma oportunidade para lancar farpas em relacao a forma como outros foristas escrevem, numa clara demonstracao de complexo de superioridade!!Sejam homemzinhos e respeitem os outros, se querem dar conselhos deem aos vossos familiares!!
So gostaria de saber a vida que eles tem…mas nao duvido nada que nao passem de uns miseraveis na vida, e depois vem para aqui fazer se passar por uns grandes intelectuais…
NA VERDADE PARECEM LAMPIOES E NAO SO!!

Eu nao queria entrar por aqui assim, mas andam aqui uns meninos, que nao perdem uma oportunidade para lancar farpas em relacao a forma como outros foristas escrevem, numa clara demonstracao de complexo de superioridade!!Sejam homemzinhos e respeitem os outros, se querem dar conselhos deem aos vossos familiares!! So gostaria de saber a vida que eles tem.....mas nao duvido nada que nao passem de uns miseraveis na vida, e depois vem para aqui fazer se passar por uns grandes intelectuais... NA VERDADE PARECEM LAMPIOES E NAO SO!!

Alguém te atacou para escreveres uma coisa assim tão violenta? A malta às vezes manda umas bocas, mas sempre na brincadeira.

Não havia necessidade… :lol:

NA VERDADE PARECEM [b]LAMPIOES E NAO SO[/b]!!

lampiões e commies…é vermelho a dobrar…chiça! Eles andam aí… Vade retro satanas :roll:

Ninguem me atacou a mim, mas e a mesma coisa…
Se sao homemzinhos e querem brincar , anda por ai tanta mulher, que quer brincar…
Eu respondi porque tambem ja me fizeram o mesmo, e nao gostei!!
Ou sera que nao tenho direito ha indignacao?
Sera que so voces os criticos e que teem esse direito?

Entao Eddie verdde, gostastes de ter vindo a philadelphia, nunca mais dissestes nada, ja pensei que tinhas ficado desiludido…