Será que a carga fiscal que temos presentemente em Portugal, onde todos são chamados a intervir, uns mais que outros, não é suficiente para “combater” a desigualdade social que existe? É que temos cargas fiscais semelhantes, em alguns casos superior, a outros países, no entanto, o Estado cá em Portugal presta um papel muito mais ineficiente, muito mais deficitário. Afinal, o constante aumento de impostos ou a manutenção desses mesmos impostos (para o Gonçalo não vir cá já falar) não é suficiente? Porque razão precisam de aumentar mais a receita do Estado? É para chegar às pessoas ou será que é para a clientela que se serve do Estado indevidamente?
Sou sincero, pagar tamanha carga fiscal dá-me muita comichão. Não pelo exercício em si (não fujo aos impostos!), mas porque vejo o Estado a ser uma máquina muito pesada, cujo o papel que devia desempenhar, não o desempenha. E qual a solução que se propõe (todos os partidos, uns por um lado, outros por outro) para que o Estado chegue a mais pessoas e cumpra efetivamente o seu papel? Aumentar a carga fiscal, aumentar a contribuição individual, aumentar a receita. Temos tido isto há anos a fio, melhorou o papel do Estado? Não.
Reformem o Estado, cortem-lhes as clientelas que sugam imenso, acabem com os maus negócios que se fazem diariamente, passem a gerir com mais eficiência e eficácia, mais profissionalismo, mais competência. Certamente, vamos ter melhor Estado na vida das pessoas, um Estado que responde às necessidades e um Estado que efetivamente diminui as desigualdades sociais e económicas, não pela via de subsídios, mas podendo criar as melhores condições possíveis para que haja crescimento económico (acima dos 3%) e assim criar riqueza.
