Não sei nada disso, mas sei que em Portugal 3000€ por mês dá pra viver folgadamente. Então se for um agregado familiar em que 2 indivíduos ganha 3000€ tenho a certeza absoluta que dá. Pode não dar para manter o iate, a moradia mais o apartamento mais a casa de férias, a viagem mensal ao spa, o colégio privado dos dois filhos, o carro de família e ainda o porsche todo artilhado de dois lugares, mas lá está, abdicando de parte disso por mais este ou aquele imposto e continua-se a viver folgadamente. Não é possível argumentar que a vida se torna difícil para quem tiver de levar com mais um imposto ou aumento de imposto aqui ou ali (o que não quer dizer que a malta queira pagar mais impostos, porque obviamente que não quer… eu não quero e não conheço sueco nem português que queira).
Mas porque é que fazes as contas pelo lado de se o cidadão pode viver folgadamente com mais ou menos impostos em vez de ver que o estado pode viver a roubar menos? Em vez de ser o Estado ao serviço da pessoa é a pessoa ao serviço do Estado, que colectivismo que para aqui vai.
Tens as ideias trocadas. Ninguém anda a defender o colectivismo, duvido que alguém defenda mais impostos. Sim, o estado devia conseguir manter o serviço e cobrar menos impostos. Conseguindo ou não, os impostos no nível que estão actualmente são “um roubo”? Não são. Fazem um gajo que ganha 3000€ viver mal? Não fazem. A partir daqui, toda a conversa de roubos e de cair o carmo e a trindade cada vez que se fala em impostos torna-se bullshit.
Agora a nova teoria é que os tesos é que não curtem de impostos :rotfl: mas pronto vindo de alguém que mora no país mais cucked de sempre, não é surpreendente de todo.
not an argument btw, Paracelsus.
Na prática, não é verdade. A carga fiscal não subiu, manteve-se. Algumas tributações foram é diminuídas para se aumentarem outras. Mas a nível macroeconómico, a carga fiscal terá baixado 1 a 3 décimas.
Se há quem dá de comer a uma família inteira com 400€ por mês, não se pode ter pena de quem tenha de fazer malabarismos com 3000€ por mês para pagar seja o que seja.
Não entendo em que mundo vivem alguns, se calhar no mundo em que nunca tiveram de fazer nada pela vida, não sabem quanto custa um kg de arroz, mas coitado do empresário que não vai ter como pagar a hipoteca da casa de férias.
Na prática é verdade. Se sobem os impostos indiretos (consumo) é natural que aqueles que ganham mais, vão consumir mais, logo, vão pagar mais impostos. É a justiça de quando se aumenta os impostos do consumo, chegam a todos, os que mais consomem, mais pagam, os que menos consomem, menos pagam. A receita falhou porque o consumo não aumentou, dado que as remunerações também não aumentaram significativamente.
Não me leves a mal, mas isso é um bocado demagogia da tua parte. Porque estás a considerar que todos aqueles que ganham 300€ mensais não se esforçam, não tenham que abdicar de algumas coisas para os merecer. As pessoas que ganham 2500€, 3000€, 3200€, o que quiseres, não têm culpa dos que ganham 400€ e tenham que dar de comer a uma família inteira. E já contribuem imenso para aquilo que os políticos chamam de solidariedade entre classes. Agora, têm o direito a usufruir do rendimento que obtêm do seu trabalho, como também têm o direito de reclamar sempre que o Estado lhes cobra mais em matéria fiscal, não é por haver quem ganhe menos, quem esteja em piores condições de vida, que lhes tiram esse direito.
Eu conheço pessoas que ganham perto de 3000€ mensais. E, acredita, nem são de reclamar sobre a carga fiscal. Trabalham imenso, acima das 10h diárias quase todos os dias, enquanto muitos estão em casa com as famílias, eles estão ali, a trabalhar, porque gostam do que fazem e porque precisam da remuneração que levam para casa mensalmente. Mas não reclamando, também é complicado ver parte da sua remuneração ir para impostos e depois ver um Estado pessimamente mal gerido, que vai precisando cada vez mais de receita, não porque precisa de dar continuidade ao seu trabalho, precisa sim de alimentar vícios que perpetuam há décadas (subsídios, rendas, parcerias público-privadas).
Ninguém pede pena, o que alguns reivindicam é um limite moral porque terá que o existir. É que afirmações como o BE fez, que é preciso ir buscar a quem acumula riqueza, ou o “quem não deve, não teme”, são muito perigosas e sabendo o vício do Estado em matéria fiscal, ninguém fica sossegado. Porque não é tirando a quem tem mais, para distribuir por quem tem menos, que se torna a sociedade mais justa, equilibrada e sem grandes desigualdades. Apenas estão a tornar a sociedade mais pobre, incapacitada e condenando todos a viver sobre o mesmo prisma, nivelado muito por baixo.
Só com a Economia a crescer consideravelmente é que poderemos ambicionar uma sociedade com menos desigualdade, só aumentando o número de oportunidades das pessoas que ganham menos, passar a ganhar mais, é que vamos combater algumas desigualdades. Há maus empresários em todo o lado, como também há excelentes empresários. Há mais trabalhadores em todo o lado, como também há excelentes trabalhadores. Meter tudo dentro do mesmo saco é injusto e irreal. Agora, que é preciso uma mudança cultural no nosso País, tanto de um lado (empresário), como do outro (trabalhador), disso não tenho qualquer dúvida. As pessoas sentem-se desvalorizadas e se não compreendermos que o sucesso empresarial, económico, social, depende sempre destas pessoas, da sua força de trabalho, nada feito, nunca vamos poder ambicionar sermos um melhor País, mais justo, com menor desigualdades, um País de oportunidades que chegam à maioria.
O facto de ninguém reclamar é muito simples de explicar. Lavagem cerebral. As pessoas são doutrinadas deste pequenas que pagar impostos é uma coisa boa, sociedade justa etc etc
Na altura os estados unidos revoltaram-se contra inglaterra por uma ninharia de impostos (Não me recordo se 5%), hoje é impostos por tudo e mais alguma coisa, taxas por tudo e mais alguma coisa, e ainda aparecem uns bananas a dizer que quem perde logo mais de metade do ordenado em IRS não pode reclamar porque até nem ganham mal e que há pessoas que ganham bem menos.
O estado fez um óptimo trabalho na vossa educação. Lindos meninos, muito bem ensinados.
:rotfl: Já contigo a lavagem cerebral foi pouco boa, foi…
No outro dia, lia um grande (e bem-sucedido) romancista contemporâneo a dizer que tentava votar sempre nos partidos que o obrigassem a pagar mais impostos…
O que tu não és capaz - mas é natural, chama-se soberba da juventude - é perceber que não estás certo porra nenhuma e que a visão diferente que os outros possam ter do Estado e do Mundo é tão boa ou melhor que a tua, porque é ideológica. Tu não estás certo na forma como vês o assunto porque não há formas certas e erradas de o veres. Além de que tens um grande, grande problema que afecta cada vez mais pessoas, sobretudo jovens, no mundo contemporâneo, que é poder ignorar toda a informação e teoria que não vem reforçar aquilo que é já a tua opinião. Há boa literatura sobre isso, obviamente não te interessará…
PS - De qualquer forma, continuo à espera que o diabo, isto é, que o País deixe de crescer, que o PIB deixe de crescer e que o défice e o desemprego aumentem com este Governo. Até ver, absolutamente nada disto se verificou.
[member=17033]Chown, não é verdade não senhor. Subiram-se indirectos, baixaram-se directos. Entre o deve e o haver, a carga fiscal terá descido entre uma a três décimas. Não é uma opinião ou uma visão. É um facto.
O problema não é as visões serem certas ou erradas, é que umas interferem na vida dos outros e outras defendem exactamente o oposto. Não percebo tanto celeuma com quem só quer ser deixado em paz. Tenham as vossas visões e modelos de sociedade à vontade, só não nos obriguem é a juntar-nos e a ter de contribuir.
O País está a crescer? :eh: Não me digas que consideras 1% ou 1,3% é crescimento económico …
Este Governo tem falhado as metas a que se propôs. E quanto ao défice, se eu deixar de pagar as minhas contas, também vou poder baixar o défice e até ter superavit; que vai acontecer quando não der para chutar mais para a frente a as dívidas? E a dívida pública a subir todos os meses, é positivo? É que os que estão no Governo apontavam esse dado ao Governo anterior e agora faz-se silêncio. Podes afirmar que o quadro não é tão negro quanto alguns o pintaram (a história do diabo é ridícula), agora que isto está longe de estar bom, lá isso está.
Posso continuar à espera de ver o Governo atingir as suas metas ou o melhor é desistir? E aquele documento estratégico do PS, que estava cheio de esperança, que demonstrava outro caminho que não a austeridade, o melhor é ignorar aquilo, não?