Política Nacional

Ora demite-se um mau Governo (na generalidade) e um mau Primeiro-Ministro. Continuamos a ter uma péssima oposição e ainda pior Presidente da República.

Agora virá o FMI, que a maioria dos defensores desconhece o que é… E mais ainda desconhece as causas do seu “sucesso” (pois não foi seu) anterior em Portugal. Virá porque há o que interessa: garantias.

Se calhar até é bom, não para nós, mas para futuras gerações. Às vezes é preciso arrasar para (re)construir. Venham os peritos em demolições! Já que vão dar cabo de muita coisa, podiam fazer um favor enorme e dar cabo das nossas forças políticas e das palhaçadas que vão decorrendo no Parlamento.

(Não, não sou anti-globalização. Globalização é uma ideia fabulosa! Bancos Centrais, FMIs e etc, pertencem a outro departamento.)

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Conheço profundamente ambas as intervenções do FMI (estudei-as na universidade), além de trabalhar no sector financeiro, sendo que o FMI é um aspecto institucional de conhecimento obrigatório, ainda para quando os países se encontram num momento de tão elevada necessidade de financiamento. O próprio sector financeiro está mais interligado do que nunca.

E Portugal tem de facto beneficiado de um auxílio pouco ortodoxo por parte do BCE. Tal como a banca.

Só para vos dar um exemplo da importância de um sector bancário para um país como Portugal: o BPI, devido às normas que impõem um rácio de capital tier 1 de 8%, reduzirá o crédito concedido em cerca 900 milhões de euros. Serão 900 milhões de euros que não serão utilizados na economia, seja no financiamento de operações correntes, fusões, aquisições, novos negócios, reestruturações, capitalizações, etc.

[b]Comunicado da Presidência da República A Presidência da República divulga o seguinte comunicado:[/b]

1 – O Presidente da República recebeu hoje, em audiência, o Primeiro-Ministro, o qual lhe apresentou o seu pedido de demissão.

2 - Com vista à resolução da situação política decorrente do pedido de demissão do Primeiro-Ministro, o Presidente da República, nos termos constitucionais, irá promover, no próximo dia 25, audiências com os partidos representados na Assembleia da República, mantendo-se o Governo na plenitude de funções até à aceitação daquele pedido.

Ganância de poder do PSD. Aposto que passado pouco tempo no poder ( se ganharem ) vão propôr um PEC 4.2 . Hipócritas do pior :wall:
E o pior é que nem é uma jogada inteligente. Deixavam o Sócrates apanhar a porrada toda, e quando a crise já não estivesse tão má ou os PECs já estivessem todos em vigor, entravam, tal salvadores da pátria. Assim, vão ter que aplicar eles próprios um PEC depois de terem rejeitado o do PS só para ter poder. Passos Coelho vai passar mal e daqui a pouco vai ser o novo alvo a abater.

Esta jogada contra o PS foi nojenta, deviam era ter vergonha na cara >:D Até sinto pena do Sócrates, apesar de ser um mentiroso compulsivo, sabia que tinha que haver outro PEC e foi contra tudo e contra todos.

Jogadas de bastidores do pior. É melhor o PSD não esperar um voto meu. Nem agora, nem num futuro próximo.

Agora é gastar milhões em campanha eleitorais, isso é que é interessante!

Em Portugal as empresas públicas funcionam da seguinte maneira, e tal espelha bem o modelo económico vigente:

CP, empresa pública que opera de forma monopolista num mercado onde não escasseia a procura, encontra-se com dificuldades em garantir financiamento. Onde? Nos mercados financeiros.

De acordo com o Jornal de Negócios, as necessidades de capital da empresa para o ano 2011 são de aproximadamente 750 milhões de euros. Não está a obter resposta dos mercados. O governo, de forma a garantir o pagamento de salários, poderá ser obrigado a injectar capital. As receitas operacionais da CP, de acordo com o Jornal de Negócios, não suportam sequer os custos com o pessoal!!!

Pergunto (e agradecia uma resposta): dado que se trata de uma empresa pública, ou seja, financiada por todos os contribuintes, que opera sozinha num mercado controlado e regulamentado unicamente por si, é justo, é moral que os seus funcionários façam greve?

Este, de entre muitos outros casos no Sector Empresarial do Estado, é o espelho sórdido que a Esquerda portuguesa parece permitir. Num país onde existem reformados a viver de 200€, 250€ por mês. Num país onde existem estudantes a desistir da universidade por não conseguirem pagar as propinas. Num país onde o ensino é “grátis”. Num país cuja classe política, nomeadamente a Esquerda, sempre interessada em “Investimento Público”, parece teimosamente interessada em impingir a necessidade de um TGV (ideia mais rídicula!).

A CP tem um passivo (termo tão conhecido, infelizmente, a todos os Sportinguistas) que ascende aos 3,5 mil milhões de euros. O sector empresarial do Estado, que compreende todas as empresas públicas, possui um passivo que ultrapassa os 23 mil milhões de euros, ou seja, aproximadamente 13% de toda a riqueza criada em Portugal.

É uma dívida que nos é imposta a todos. E num mercado monopolista, onde estas empresas actuam de forma despreocupada porque não tem concorrência. Imaginemos estas empresas numa economia evoluída e concorrencial. Pois. Eu sei. É um exercício mental demasiado criativo.

Mais uma pergunta: já que a extrema-esquerda parece defender uma postura de não pagamento da dívida até agora contraída, querendo forçar uma postura de antagonismo para com os mercados financeiros, o que aconteceria a empresas como a CP? Os seus funcionários, de administradores a colaboradores, devem o seu emprego aos mercados financeiros, porque são estes, como acabei de explicar, que garantem que a empresa possa continuar a existir.

E depois fazem greve e lixam quem financia o cancro económico-financeiro anual das mesmas.

Só em Portugal, claro!

Até daqui a uns meses…

Se por um lado odeio o Sócrates, por outro não vejo ninguém melhor que ele para assumir o lugar.

Por outras palavras, é tudo uma cambada de oportunistas que não pensam nas reais necessidades do país!


:mrgreen:

Mesmo…

Não festejemos ainda porque volta e meia o Sócrates ainda é reeleito primeiro-ministro e fica a rir-se na cara da oposição.
Eu ainda confio naquela máxima de que não se cai três vezes no mesmo erro mas com o povo português tudo é possível, desde que (re)elegeram este trafulha de classe 1 para um segundo mandato. ::slight_smile:

Tenho pena dos visionários que vestem a camisola de um partido, como se tratasse de um clube de futebol. Incapazes de ver o panorama geral e de reconhecer as evidencias. Os problemas estruturais que assolam Portugal, não são da exclusiva responsabilidade do PS, mas sim das sucessivas governações PS/PSD. Por isso, nao rejubilei com a queda deste governo, sei que o que aí vem nao será muito diferente. E depois de um Sócrates, teremos o equivalente laranja, um Passos Coelho que também nao se livra do rotulo de boy politiqueiro, que se soube auto promover e singrar à custa de lobbys. E o pior de tudo isto, é que não temos em Portugal uma só alternativa política credivel. Pessoalmente, conheci por dentro a realidade de duas “jotas”, e aquilo que vi apenas serviu para me tornar mais distante e alheado do panorama politico.

Depois de votar José Sócrates nas últimas eleições, e se fosse para ir votar hoje, votava em branco. Nao me revejo em nenhum partido politico português nem em nenhuma das suas ideias. ACho tambem curioso o PSD ter justificado a reprovaçao do PEC IV com “novo aumento de impostos”, qual falta de contradiçao! vejo o Miguel Relvas responder assim:

“O PSD admite subir a taxa do IVA para 24% ou 25%, caso seja Governo. Miguel Relvas, questionado sobre esta possibilidade pela TSF afirmou: “está tudo em aberto”

:cartao: :cartao:

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=475365

Estamos ainda mais fdd. ???

Não confio em nenhum dos líderes dos maiores partidos do país.

Sócrates já provou o que não vale, estrangulando cada vez mais os portugueses com impostos e encargos, que visam safar as carteiras dos grandes (caso BPN).

Também não sinto grande confiança em Pedro Passos Coelho, não o vejo a apresentar novas soluções que não passem pelas mesmas políticas do governo que agora se demite, ou seja, subir a carga fiscal e cortar na segurança social e nos direitos dos trabalhadores.
Porra! Se a liberalização do mercado de trabalho é tão importante e benéfica para todos, porque é que em contrapartida não aliviam a carga fiscal dos trabalhadores? Eu não me importaria de trabalhar com contratos a prazo se em compensação descontasse menos de IRS ou para a segurança social.

Paulo Portas também não me oferece confiança por todo o seu percurso político. De director no Independente, sempre a cascar nos governos do Cavaco e a promover o CDS do Manuel Monteiro, entrou no partido e correu com os históricos (by the way, detesto “históricos”, e neste momento o PP já se tornou num “histórico” do partido). Depois nos governos de coligação com o PSD fez o que fez. É um indivíduo que não me deixa nada tranquilo.

Louçã e Jerónimo de Sousa são figuras típicas de oposição. O segundo, a meu ver, nada mais faz do que representar a ideologia do partido. Já o primeiro, embora lance algumas ideias a debate, também me parece muito agarrado à ideologia.

Sinceramente, só confiaria num partido cuja liderança fosse renovada ciclicamente, tipo de 5 em 5 anos, como forma de não manter vícios, e que cagasse em ideologias.

Se concorresse somente utilizando elementos do partido, também eu duvidaria da capacidade de introduzir novas reformas em Portugal, mas o PSD tem sido auxiliado e aconselhado por figuras credíveis, entre elas vários professores universitários portugueses que trabalham no estrangeiro, que têm dado dicas e conselhos para um verdadeiro ímpeto reformista - Ricardo Reis, Álvaro Santos Pereira, entre outros.

O PSD rejeitou o PEC 4, portanto, obviamente, e tendo em conta a situação económica actual, que, dada a sua gravidade, é conhecida por quase todos os portugueses, terá de apresentar soluções.

Mas o PSD não foi o único a rejeitar o PEC. Todos os partidos, nomeadamente aqueles que apregoam a retórica populista do costume, devem apresentar no seu vindouro manifesto eleitoral soluções concretas que possibilitem o pagamento de toda a dívida que finda em 2011 e 2012. Querem abandonar os compromissos (que permitiram pagar salários, subsídios, etc, uma face da moeda que a extrema-esquerda não ousa falar), tudo bem, é uma ideia que cabe a cada um dos partidos, mas preparem-se para começar a elaborar OE sem défice orçamental. Ou seja, imaginem o OE 2011 sem 4 mil milhões de euros, salvo o erro, na rubrica da despesa.

Os mercados financeiros não emprestam mais dinheiro às empresas públicas portuguesas, principalmente as empresas do sector dos transportes. A suspensão do pagamento de salários está a ser ponderada.

Fiquei a saber agora.

Em bom Portugues, qualquer que seja o resultado vamos passar da merda para o cagalhao. A menos que PSD-CDS ou PS tivessem maioria absoluta, o que nao vai acontecer, voltaremos a ter um governo fraco e a procura da melhor oportunidade para marcar eleicoes para obter maioria absoluta, ou tentando aguentar-se para que a oposicao nao o faca cair. Entretanto todos os cortes necessarios (ja nao falo de medidas estruturantes) vao ser adiadas mais uns meses, e la vai o nosso rating descer mais um pouco. Mais tempos deprimentes se avizinham.

Tenho quase a certeza que nada de bom vai sair daqui! E se ganhar o PSD passamos de mal a muito mal.

Outra coisa, como ficam as políticas por agora? Fica tudo “ao molho e fé em deus!”? Sem nenhum poder de decisão?

Chumbado o PEC IV e com isto, não dou 2 meses para entrar o FMI e aí sim, vamos ver o que dói…

No PSD o lindo é a hipocrisia que já foi aqui denunciada, rejeitam este PEC para a seguir criarem medidas semelhantes ou esperarem pelo FMI para que sejam estes a tomar as medidas que eles querem seguir mas sem saírem tão chamuscados politicamente. esperem e logo verão.

deves andar distraído, aquando da apresentação do PEC 1.0 o PCP apresentou um conjunto de medidas alternativas que colocadas em prática davam o triplo do PEC. mas como esta alternativa significa ir ao bolso aos bancos, sgps, mais valias bolsistas e às transferências para paisos fiscais… :hand:

mercados financeiros, os mesmos que vão buscar dinheiro ao BCE a uma taxa de 1% e depois emprestam a 7%. os mesmos que apelam a que se tomem medidas recessivas (que o PSD aplaude) e que depois agravam o rating porque as medidas são recessivas xD

o PCP, onde Jerónimo de Sousa é secretário geral, é apenas e tão só o partido que mais propostas faz na Assembleia da República. é portanto o partido que mais ideias apresenta.

vás por onde fores é impossível cagares em ideologias. todas as decisões, opiniões e ideias feitas politicamente têm uma ideologia subjacente.

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http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1202320

Mas que ideias apresenta o PCP a não ser taxar mais-valias da banca, reduzir os rendimentos dos cargos superiores da banca, criar impostos para a banca…? Tudo para o PCP se resume aos papões (o capitalismo, do qual a banca é o rosto maior) contra o povo.

atençao, estas são propostas de alternativas ao PEC!
fdx a quem compra fraldas tributa-se a 23% e comemos e calamos mas aqui d´el rey se falamos em tributar a banca ou as transferencias para os paraísos fiscais. somos roubados e felizes.

o PCP como partido que mais propostas faz na assembleia já apresentou medidas de crescimento económico, de apoio a MPMEs, medidas para melhorar a competitividade, medidas para «meter Portugal a produzir». portanto opostas ao “portugal dos call center, dos trabalhadores doceis e sem direitos, da economia dos serviços, pouco qualificada, do pagar para não produzir e a seguir importar desnecessariamente.”