Passos Coelho foi um bom líder. Soube reagir bem à adversidade, governou Portugal num período difícil e ainda conseguiu ganhar dois actos eleitorais, um dos quais depois da Troika. O PS nem isso conseguiu fazer, vencer depois de um período governativo marcadamente difícil e negativo. Apelidá-lo de Jerónimo de direito é um bocado extremo e abusivo. Sempre soube adaptar-se, muito pró-activo, nos últimos meses é que foi perdendo algum desnorte. António Costa vive momentos de populismo, chegou ao poder devido à extrema-esquerda querer afastar a todo o custo a “direita” do poder, o mesmo em relação à Catarina Martins (veremos nas próximas legislativas), já a Assunção Cristas recolheu alguns louros da boa campanha em Lisboa, nada mais. Para mim, Passos Coelho é do mesmo nível ou até superior.
O PSD vive, tal como o PS, de ciclos e agora está a viver um ciclo de transição. Logo estará na mó de cima.
Mas alguma duvida que se este PS de Costa tivesse no lugar do Passos em 2011 , não teria feito o mesmo.
É que se fosse Costa no lugar de Passos e não mostrasse entusiasmo pela troika , ainda nos aconteceria o que aconteceu à Grecia.
Na altura o Costa nem se candidatou a líder do partido , deixou o trabalho sujo para o Seguro.
Um oportunista sempre à espera da desgraça alheia para poder sobressair, que não sabe comunicar, cujas previsões são fiáveis à razão da magreza do Pedro Guerra, enfim. Se hoje tens mais euros no bolso é mesmo porque ele foi corrido de PM, porque pela vontade dele nada disso (aumentos e/ou reposições salariais) tinha acontecido em nome de uma dívida que essa sim era o objectivo último e total de toda a sua existência.
Afinal o diabo não veio, afinal é possível a economia crescer com os mesmos ou mais impostos, afinal é possível repor salários e aumentar o salário mínimo e o défice estatal diminuir… e tudo em simultâneo. Tudo coisas que o Passos disse que nunca na vida seriam possíveis com um governo PS.
Já nem vou falar da crise juvenil de “buaaaa, ganhei as eleições, mas não me deixam ser PM!”. Um incompreendido este “bom líder”. ;D
O Isaltino foi ministro e foi o desastre que foi , dar para líder popularucho local , não significa que dê para ser líder de um partido nacional , se não já tínhamos tido à frente tanto do PSD como do PS , personagens como Valentim Loureiro , Narciso Miranda , Fatima Felgueiras , etc …
[member=2900]Green Lion 1906 , eu prefiro-me ficar apenas pelo que disse, não extrapoles para além da figura de Passos ou foges ao sentido do que eu queria dizer. Matutar muito nestes assuntos deixa-me um pouco triste ainda hoje.
Podia escrever grandes dissertações aqui. Penso ter capacidade e conhecimento para o fazer. Contudo, debates políticos sobre ideologias totalmente antagónicas não vão a lugar nenhum.
Quando apelidam Passos Coelho de bom líder e Centeno de banana (por efectivamente não ter “tique” político) não vale qualquer argumento que coloque em cima da mesa.
Passos Coelho definiu um cenário. Falhou. Como se prever o falhanço da Geringonça foi algo de extremo, era o mais provável e previsível. Creio que prolongou demasiado o cenário e acabou por desgastar-se, centrou demasiado a crítica em adivinhações e isso prejudicou-o.
Agora é tudo bonito. São os maiores. Mas convém recordar que os que agora nos governam, foram aqueles que mostraram ser apoiantes de outro líderes que falharam a toda a linha, nomeadamente na Grécia. O Syriza até deu força para o António Costa seguir os mesmos caminhos. Ainda bem que tivemos Passos Coelho para seguir outra linha de governação e que deixou o País com condições de inverter o ciclo.
Falar de oportunismo e defender este Governo, deixa lá que te diga que isso é de grande coerência. O António Costa é o melhor exemplo de oportunismo político.
O Mário Centeno é um tecnocrata. Está lá para o trabalho técnico e intelectual. A política é para outros, mais demagogos, mais populistas e que dominam a retórica. O Mário Centeno tem um discurso muito académico e muito técnico, uma grande capacidade de adormecer qualquer um.
Quanto ao ainda líder do PSD, cada um com a sua opinião e com a sua definição de líder. Para mim, dado o contexto que estávamos entre 2011 e 2015, mostrou ser um bom líder. Obviamente que acumulou falhas, convém separar a consideração de ser um bom líder, com a efectividade do bom e excelente trabalho a governar o País. São aspectos distintos, os líderes têm o seu trabalho questionável, cometem falhas e nem sempre agem da melhor forma.
O Passos Coelho tem tanto de bom lider como o Costa. A política só atrai mediocridade. A grande diferença deste governo para o anterior é a boa imprensa que o Costa tem.
Porque até do ponto de vista comunicacional tem sido uma desgraça. Veja-se os casos de Tancos, dos Incêndios ou da CGD. Ou a última reação na entrevista à TSF.
O Passos Coelho fez o que tinha a fazer em tempos de crise. Cumpriu o seu papel com aproveitamento razoável. Agora o Costa colhe os frutos desses esforço, sem ter tido qualquer papel relevante nisso. Através de medidas que esmigalham a classe média para dar aos do costume.
Passos já teria caído à muito ,se o Draghi não tivesse intervido e evitado assim o 2º resgate.
O problema de Passos é que pensou que foi salvo dessa vez e sempre associou a sua continuidade política a estar alinhado totalmente , para não dizer caninamente com os grandes poderes da UE e por isso pensou que este governo não duraria muito , bastaria um desviosinho deste governo , o que Passos não percebeu é que a conjuntura mudou.
Curiosamente as previsões que antecipavam a sua queda em 2012 falharam por causa da intervenção do Draghi e agora foi ele próprio a caír nesse erro , ao prever a queda deste governo , por pensar que os grandes poderes da UE não teriam qualquer tolerância em relação a este governo como nunca tiveram com os governos gregos.
Sobre cenários falhados, o Passos é perito nisso, não deve ter acertado um único desde que entrou em funções… limitou-se a catalisar um cenário político conveniente antes do próprio entrar em cena para legitimar a execução da sua limitadíssima visão do que é governar. Para além de palhaço e aldrabão, é pouco inteligente, portanto ainda bem que se pôs na alheta.
Bem há quem associe a sua receita de se gastar até ao infinito para se saír de uma crise economica , ao facto de ele não ter de pensar no futuro por não ter tido filhos e ter sido gay , o que se calhar até pode ter tido alguma influência.
Eu não devo nada a Passos Coelho e definitivamente não lhe devo qualquer agradecimento. Saiu muito do meu bolso e do bolso de muitos mais como eu para o milagre da dívida. Não vi, nem vejo, reformas estruturais que mereçam o meu agradecimento.
Líder então é que o homem nunca foi. Nem sequer de circunstância. Foi uma tábua no meio do mar, descartada à 1ª oportunidade.
Definiu um cenário errado em que muitas pessoas com conhecimento lhe disseram que austeridade (cortar na Trampa) é diferente de destruir o estrato social que aguenta a economia de pé. Podiamos ter cortado no publico, privatizado o necessário (e não o que dava lucro) e não carregar a classe media de impostos. O que se fez, fora cortar um bocadinho das gorduras do estado, foi precisamente o oposto, exacerbando os efeitos da crise. So para lembrar que o plano do passos era aumentar a divida ate aos 109%, sendo que deixou o governo a 139%. São 20% de diferença o que só mostra a incompetência desse executivo.
Nem vou falar de negócios brilhantes como o dos contratos de associação que gastavam mais por aluno que as escolas fechadas, as parcerias publico privadas na saúde que pagavam mais por operação que as mesmas cirurgias custavam no publico… Tanto para falar.
Há uma certa concordância dos psico-analistas na análise de que a maneira como o seu cérebro funcionava tivesse esses efeitos.
No entanto acho que o facto de ter ou não ter filhos é indiferente como se vê pelo seu “congénere” José Sócrates: não muda a maneira efeminada de não prever as consequências de actos drásticos a longo prazo e de só se preocupar no imediato com os seus ovinhos e depois logo se vê com confiança no desconhecido e recusa em ponderar cenários (Pensamento Mágico).
Teríamos de crescer à volta de 4% a 6% por ano, todos os anos, durante “n” anos. Daí que a dívida seja insustentável e impagável e uma mera quimera deste e qualquer governo que a tente pagar. O BCE terá de forçosamente parar de comprar a nossa dívida mais ano menos ano (dado ter uma carteira enorme da mesma), assim como as acções de empresas privadas. Está quase a chegar o momento em que não há mais nada para comprar.
O fim do ciclo de dívida-crédito é cíclico, passe a redundância (tem de haver um unwind necessariamente para ser viável). E irá destruir-se toda a narrativa destes políticos de trazer por casa.
E Já que falamos de políticos de trazer por casa, temos as boas novas da saída de Passos Coelho do PSD, e permitam-se acrescentar que nenhum dos candidatos que se perfilam para o lugar são bons, muito pelo contrário, são todos maus, Rangel é alucinado, o Rui Rio é alucinado, Pedro Santana Lopes é alucinado, são todos alucinados. Vai penar muito o PSD nos próximos anos.
Já o PS, apenas vai-se aguentar no poder enquanto conseguir enganar toda a gente com o dinheiro dos estrangeiros.
@Mayhem, também podes falar de ter trazido o défice dos 11% para os 4%.
Há pessoas que se esquecem que o País estava sem capital. Agora é muito mais fácil falar, mas na altura estávamos realmente à rasca, quase sem dinheiro para pagar pensões e as remunerações da função pública. Um clima internacional em completa crise financeira e económica. Ignorar isto é desvirtuar tudo o que se fez.
Depois vê-se o estado do PSD, quando os seus apoiantes acham que o Passos é um bom líder, só pode ser para rir :lol: :lol:
E dizer que é tão bom líder como o Costa! O Costa que é 100x mais politico que o Passos!
O Passos não salvou porra nenhuma, não fez nenhum bom trabalho, foi das piores coisas que podia ter acontecido a Portugal e ainda estamos a pagar por isso.
Mas gosto bastante de ouvir os apoiantes do Passos, querem que o seu partido continue a enterrar-se, por mim força!! ;D
E melhor é ouvir os arautos da desgraça, que o bom momento que Portugal vive é um momento passageiro, que vamos outra vez entrar em bancarrota e depois vem um governo de direita para endireitar as coisas :rotfl: :rotfl: :rotfl:
