Política Nacional

Jerónimo de Sousa ao pasquim i: não há audácia para resolver os problemas estruturais do país.

Ok.

Vivemos tempos politicamente esquipáticos: do governo que colhe méritos de um crescimento económico que não tem nada a ver com aquilo que ele fez, ao Jerónimo que pede o fim daquilo que alimenta o PCP, só falta o Passos defender na AR o fim do sufrágio e a expulsão de todos aqueles que não nasceram cá (fazendo incidir a medida particularmente nos nascidos em Moçambique).

Welcome to Portugal!

O PNR publicou um video onde se queixa da censura da imprensa e colocou… Uma música do Zeca Afonso!!! Hahahahahahahahaha

Ridículo :rotfl: :rotfl: :rotfl:.
Por essas coisas é que o PNR nunca vai ser um partido relevante em Portugal.

Va lá que hoje o jornal de negocios numa analise de mercado diz que os juros PT têm sido dos mais penalizados.

Presumo que seja porque é um analista a escrever aquilo e não um jornalista.

Esta história da CGD só mesmo em Portugal. :menos: Sinceramente, parece-me tudo feito de propósito, com o intuito de adiar o aumento de capital para 2017, o jornal DN escreve que o Governo (Ministério das Finanças) garantiu a António Domingues e à sua equipa que a obrigatoriedade de apresentar as declarações de rendimentos podia ser contornada, isto tudo por e-mail. (Mais uma história de e-mails…). Agora, o Governo distancia-se de António Domingues e a sua equipa, afirmando que a lei deverá ser cumprida.

Que bela palhaçada que por aqui vai. Daí que veja que isto acontece com algum propósito, sobretudo relacionado com o aumento de capital que é necessário fazer na CGD. Vamos a curto prazo entender qual a estratégia, até posso vir a concordar com a mesma, mas que isto tem sido um triste espetáculo de se assistir, lá isso tem. E vamos andando assim a reboque, de meia-dúzia de tipos, prejudicando a economia, que já de si é muito frágil.

É engraçado como a necessidade urgente de uma grande capitalização da cgd que era referida exastivamente há cerca de 1 ano não se verificou ser assim tão urgente

Isto vai ser bonito vai :lol:

#culpadogoverno

Ahahahahahahaha

Não é por conselho do meu médico de família, o qual aliás desconheço, que em geral não vejo "informação" política nas televisões. Nessa matéria, confesso automedicar-me para evitar fenómenos precoces de degeneração mental. No outro dia, furei o boicote e imprudentemente apanhei com cinco minutos de um "debate". Moderado por José Adelino Faria, incluía o deputado ou ex-deputado do PSD José Eduardo Martins, o grande historiador e grande ex-promessa do trotskismo Rui Tavares e um mocito chamado Adão não sei quê.

A certa altura, o moderador pede ao mocito que compare o famoso populismo do sr. Trump com o menos famoso populismo do Podemos, do Syriza e do Bloco de Esquerda. O mocito recusa compará–los, sob o argumento - cito de cor - de que, ao contrário dos partidos nomeados, o sr. Trump é anti-semita, e isso, principalmente isso, o mocito não admite. Aliás, o mocito adverte que desde a eleição americana, e só desde então, o anti-semitismo regressou em força à Terra.

Não sei se o mocito sofre de percepção limitada (é burro), pseudologia fantástica (é aldrabão) ou pratica uma modalidade alternativa de comédia (é génio). O facto é que, mesmo num meio em que a mentira descabelada é língua franca, não me lembro, nem sequer nas intervenções do dr. Louçã, de alguém se aliviar de tantos e tão desmesurados delírios em tão pouco tempo. É verdade que Adelino Faria e Eduardo Martins tentaram, sem demasiada convicção, desmentir a enxurrada de asneiras. O mocito permaneceu imperturbável. Os idiotas têm essa vantagem. Ou os charlatães encartados. Ou os génios.

Não adianta, pois, dizer ao mocito que o sr. Trump, que será imensas coisas desagradáveis e possivelmente perigosas, não é, que se saiba, anti-semita, apesar de ter sido apoiado por gente que o é (há uma diferença). Ou esclarecer o mocito de que a filha, o genro e alguns dos principais conselheiros do sr. Trump são judeus. Ou elucidar o mocito sobre a promessa do sr. Trump de mudar a embaixada americana para Jerusalém. Ou lembrar ao mocito o júbilo do primeiro-ministro israelita ao congratular o sr. Trump pela vitória.

E ainda que o sr. Trump fosse anti-semita, de que modo sairia desqualificado da comparação com o Syriza, que além de coligado com um partido neonazi possui dirigentes que acusam os judeus de incendiarem - metaforicamente, espero - a Grécia com os candelabros do Hanukkah? E da comparação com o Podemos, cujos sobas envergam lenços palestinianos, veneram o Hamas e, na melhor tradição de Goebbels, “desvendam” os “interesses” judaicos “ocultos” nos filmes da Disney? E da comparação com o BE, rival dos comparsas acima em matéria de “anti-sionismo”, a versão “correcta” do anti-semitismo de sempre?

Como o mocito ignora ou finge ignorar isto, não vale a pena informá-lo de que o anti-semitismo não voltou ao Ocidente na semana passada: é há muito dominante nos votos da ONU, nos boicotes de universidades e nas estatísticas dos crimes de ódio. Também não vale a pena aguardar que o poder, qualquer poder, ganhe vergonha e feche uma RTP hoje quase totalmente ocupada por funcionários da propaganda oficial: o mocito é apenas um entre inúmeros moços de recados. Mas quando orgulhosa e descaradamente referem o célebre “serviço público”, podiam explicitar o “público” que servem. Pensando melhor, não é preciso: já fazemos uma ideia.

Sexta-feira, 18 de Novembro

A criança na primeira fila

Não é costume divulgar-se as conversas privadas entre estadistas. O breve - e, por causa do embaraço, interminável - pedacinho conhecido do encontro do nosso presidente com a rainha da Inglaterra mostram porquê.

Despachado o protocolo (“É uma honra” e tal), o prof. Marcelo lembra as visitas de Isabel II a Portugal e desata logo a chamar velha à senhora, ao notar que aquando da primeira visita ele era uma criança. Pasmada com tamanha falta de tacto, a rainha adopta o sarcasmo que tenta manter até ao fim daquela espécie de diálogo: “Acredito…” O prof. Marcelo, porém, não apanha a indirecta e prossegue impávido, agora a descrever o cenário: “O Terreiro do Paço, aquela grande praça…” E a rainha, a fingir que em 59 anos não voltou a pisar outra praça nem a pensar noutra coisa: “Sim…” E o prof. Marcelo: “A carruagem…” E a rainha, divertida por alguém imaginar que ela recordaria uma carroça específica: “Sim…” E o prof. Marcelo: “Com o general Craveiro Lopes…” E a rainha, que inexplicavelmente não parece ter presente essa incontornável figura da história contemporânea, ameaça trocar o sarcasmo pelo receio: “Hm, hm.” Em roda livre, o prof. Marcelo desce ao pormenor (“Eu estava lá, em criança, na primeira fila”), na esperança de que Isabel II o interrompesse: “O pequenito com suspensórios? Ai era você?” Mas a rainha, quase em pânico, lança um “A sério?” e, enquanto dá um passo atrás, pensa: “Ele tem de estar a brincar!” Nisto, o prof. Marcelo, que só brinca, salta para a visita de 1985, na qual, garante, foi convidado para jantar no Britannia porque liderava a oposição. Não liderava nada, provavelmente ninguém o convidou e, a julgar pelo fim abrupto do vídeo, de certeza que o encontro acabou aqui, com a monarca em fuga a gritar por auxílio (“Ó da guarda!”, como diria Craveiro Lopes).

Moral da história? A pândega com Fidel mostrou que o prof. Marcelo devia visitar exclusivamente torcionários tropicais, onde os “afectos” não destoam. Vergonha por vergonha, pelo menos os ensaios do dr. Sampaio não passam a fronteira.

Portugal so avança quando se fizer uma república centrada no chefe de estado, sem partidos, com deputados eleitos para representar diretamente as suas autarquias no parlamento, ouvindo ai se teriam ou não aval do presidente e dos tribunais.

Não podem ser os deputados a escolher e governar as leis, isso não funciona, tem que haver descentralização para que as câmaras consigam gerir eficazmente o seus recursos, guiados por uma ideia daquilo que é moral ou imoral em Portugal, e consoante a sua gravidade punindo ou compensado a atitude para com a lei nacional, mas permitindo a margem de manobra para as câmaras.

Penso que devia ser como nos States, uma pessoa séria convocada (ou ir pelo pé) para ir a junta local e debater ideais.

O tempo da loucura está a voltar em força

Paguem que é para o bem comum

O governo, numa acção de propaganda para promover a candidatura de Fernando Medina à CML, anunciou hoje a passagem da Carris para a CML. Esta passagem levanta várias questões:
  1. António Costa anunciou entre sorrisos que o contribuinte assume a dívida histórica da Carris, cerca de 800 milhões de euros. Estamos todos de parabéns.

  2. Não foi explicado como é que a Carris passa para a CML. A CML passa a ser dona da Carris com dívida a zero? A ser assim, o contribuinte não só paga a dívida como oferece a empresa a uma das câmaras mais ricas do país. Esta dádiva é legal?

  3. Fernando Medina logo anunciou 60 milhões de investimento na compra de autocarros, contratação de mais de 200 motoristas, a criação de dezenas de novas linhas e passes mais baratos. Como é evidente a Carris não tem recursos financeiros para isto e terá que se endividar. Ou seja, limpou-se a dívida para que se possa fazer mai dívida. Quem assume esta dívida, quem a garante e quem no futuro a vai pagar?

  4. Esta passagem da Carris para a CML é irreversível ou é só até ela estar de novo insolvente e a precisar de um bailout do Estado Central?

  5. António Costa já veio dizer que o EBITDA da Carris não interessa, o que interessa é que transporte pessoas. Portanto, já sabem a resposta às perguntas anteriores.

Pena que o [member=8733]SportSimpatizante está em parte incerta, adoraria saber a sua opinião em relação a este negócio. Fosse Estado e um grupo privado, era o caos. Sendo o Estado e a Câmara de Lisboa, deve ficar tudo bem. Cede o negócio e fica com a dívida, a CML apressa-se logo a investir, aumentando a despesa consideravelmente, mas como é dinheiro do município, problema deles.

A Carris devia ter sido colocada à venda, com a dívida que tem, se a Câmara de Lisboa quisesse adquirir, adquiria. Até podia ser pelo preço de 1€, mas com a dívida a ser transferida para o novo comprador. Agora, um negócio feito desta forma, é lesivo para o contribuinte, demasiado lesivo. Também, ficamos a saber - pelo o António Costa - que a Carris nem é para ter resultados positivos, é para transportar pessoas. E para empregar os boys. E para ser mal gerida. E para gastar capital do Estado sem qualquer critério.

“Foi culpa dos outros governos, por isso estamos de parabéns em assumir a responsabilidade, já assumir as nossas…”

Vamos lá ver. Sem ler o post do, lol, Blasfémias, a passagem da Carris para a CML já estava anunciada há algum tempo. Foi confirmada agora. No plano teórico não me parece mal a gestão das empresas de transportes públicos passar do Governo central para as autarquias locais. Mas ainda vou ver os contornos da mudança, em concreto.

Choca-me bem mais não só as obras feitas nesta altura como o anúncio de passes gratuitos (transportes) para crianças e idosos ser feito agora. É uma boa ideia? É. Mas é vergonhoso ter sido “guardada” para este ano e para esta altura especificamente. Não devíamos sequer aceitar este tipo de comportamentos eleitoralistas.

PS - No entanto, Medina parte como favorito para as eleições, a não ser que o PSD se una em torno de Assunção Cristas. Se a direita não unir esforços, Medina deve ganhar, porque à esquerda não tem uma concorrência de peso (falava-se em Mortágua ou outro trunfo para a CML como candidato do Bloco… mas aparentemente vai candidatar-se o vereador, que não é muito conhecido no plano mediático).

Agora o medina comprou bancos de jardim a 1000 euros cada :rotfl: :rotfl:

O despesismo destes lunáticos não pára de me surpreender.

O mais engraçado é a mansidão do tuga que vive na miséria e vê o estado esbanjar dinheiro em rotundas bonitas e bancos de jardim de 1000 euros com os seus impostos. Este pais está condenado

Voltando a discutir as taxas de juro de uma forma série e sem desconversar, duas coisas a ler/ver:

https://www.bloomberg.com/quote/GSPT10YR:IND

Repare-se no gráfico a 5 anos. Aí percebe-se de forma mais clara em que período é que houve uma variação verdadeiramente significativa na taxa de juro (o tal aumento drástico): entre o final de Outubro e o dia de hoje, ou seja, nas últimas 3 semanas e meia a um mês. Porque será? Bom, temos uma boa peça do ECO com mais números que folclore em baixo:

PS - Ainda sobre o primeiro gráfico, talvez seja cedo para ser alarmista: a maior variação em termos de subida ocorre a partir de 15 de Novembro e fica 3 dias em subida constante (sem qualquer quebra ou relaxamento), mas nos 3 dias seguintes (de 18 a esta noite) a tendência tem sido contrária, tendo passado dos 3,85 para 3,71, o que, tendo em conta que falamos deste espaço temporal, é uma variação significativa. Tentar encontrar grande justificação para variações constantes é complicado, pelo que é importante ver a tendência. Mais importante ainda é perceber se a variação se deve a factores internos ou externos. E tendo em conta que o País vive um momento de credibilidade muito superior ao que viveu de um ano a esta parte (quando negociou o OE anterior e entrou em confronto com Bruxelas), é fácil tirar ilações. Mas basta ver a evolução das taxas de juro dos outros periféricos (já sei, se calhar com o Passos nós num ano tínhamos deixado de ser periféricos…) para perceber que não é uma tendência nacional.

Artigo bastante optimista e confiante na boa vontade dos players. Para mim não há dúvidas que se andava a adiar a subida dos juros ao máximo e que o objectivo era não os subir durante a administração Obama, pelo menos até às eleições. Já passaram as eleições agora o Trump que leve com o martelo.

Até consigo perceber. Mas há quem não veja a subida dos juros como uma coisa negativa, curiosamente:

Uma coisa necessária nunca é negativa. Mas no imediato vai significar perdas significativas nos mercados financeiros, e vai ter de ser o Trump a lidar com isso.