Pinto da Costa investigado por branqueamento de capitais

[b]Negócios de Pinto da Costa investigados por mais três anos[/b]

A equipa de coordenação do processo Apito Dourado vai investigar Jorge Nuno Pinto da Costa durante pelo menos mais três anos, num processo catalogado por crimes fiscais e de branqueamento de capitais, que conta com o testemunho de Carolina Salgado.

De acordo com dados recolhidos pelo JN, a informação consta do despacho de arquivamento, emitido pelo DIAP do Ministério Público (MP) de Lisboa, relativo a uma queixa do presidente do F. C. Porto contra a ex-companheira, por alegada denúncia caluniosa e falsidade de testemunho, em declarações à Polícia Judiciária, em Lisboa, em Novembro e Dezembro de 2006.

Em causa estão acusações que apontam para suspeitas de utilização de uma empresa, designada “Imobiliária de Cedofeita” para branqueamento de capitais (contas no estrangeiro) alegadamente ilícitos, provenientes de comissões de transferências de futebolistas, bem como na compra e venda de imóveis, eventualmente utilizados na hospedagem de mulheres brasileiras.

Uma das razões avançadas pelo MP para justificar o arquivamento da queixa por denúncia caluniosa prende-se com o facto de as acusações de Carolina terem sido vertidas para três processos - dois em fase de instrução (Beira Mar-FCP e FCP-E. Amadora) e um em investigação, por branqueamento de capitais e crime fiscal. Depois de se ter informado sobre o andamento deste último processo, o MP concluiu que se trata de um caso de grande complexidade, cuja investigação deverá durar pelo menos três anos.

Sem suspeitos, nem prazos

Apesar de o depoimento de Carolina se referir expressamente a Pinto da Costa, a equipa do “Apito”, coordenada por Maria José Morgado, também directora do DIAP de Lisboa, optou por fazer o inquérito correr contra desconhecidos, não tendo Pinto da Costa ainda sido constituído arguido.

Fontes judiciais explicam que este facto pode dever-se ao entendimento de que, enquanto não houver suspeitos formais, o processo não terá de obedecer aos prazos rígidos previstos no novo Código de Processo Penal, podendo, por isso, prosseguir em segredo de justiça durante os referidos três anos. Em paralelo, no âmbito desse processo (1992/06), foram pedidas informações a autoridades estrangeiras (Suíça, por exemplo), através de cartas rogatórias, a fim de averiguar os dados fornecidos por Carolina.

Processo terá de esperar

Quanto à queixa por denúncia caluniosa, o MP entende que apenas no final de todos os processos em curso será possível saber se existe razão para que Carolina responda por aquele crime.

Só então, considera ainda o MP, Pinto da Costa poderá invocar a falsidade das acusações, se o desfecho dos casos o permitir. Porém, no caso do inquérito relacionado com as transferências de futebolistas, não poderá fazê-lo antes de 2011, devido à duração prevista da investigação.

De qualquer modo, a procuradora que assina o despacho de arquivamento faz notar que, pelo facto de denúncia caluniosa se tratar de crime público, o próprio MP pode desencadear processos contra Carolina.

Para as nossas “bandas”, que ninguém cuspa para o ar, que ainda lhe cai em cima…

Pinto da Costa nas urgências do Hospital da Luz

Suspeita de enfarte

Pinto da Costa deu entrada hoje, cerca das 13 horas, no serviço de urgências do Hospital da Luz.

Segundo apurou o Expresso, o presidente do FC Porto ter-se-à sentido mal e foi levado àquela unidade hospitalar, com suspeita de estar a sofrer um ataque cardíaco, tendo posteriormente saído do hospital.

Contactada pelo Expresso, a administração do hospital não confirma a notícia.

O presidente portista acompanhava a equipa de futebol, que hoje joga em Setúbal, com o Vitória, uma das meias-finais da Taça de Portugal de futebol.

http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/294885

Não tem grande piada, mas não deixa de ser uma ironia brutal. :-\

Tal como já escrevi noutro tópico, confesso que não consegui deixar de dar uma risada cínica com a ironia da coisa! :-[

Há novos desenvolvimentos sobre este caso numa reportagem que sai hoje na revista Sábado. Foram encontrados documentos muitos compremetedores para Pinto da Costa nos escritórios da Deloitte em Lisboa, que provam que houve desvio de dinheiros, em todas as transferências de jogadores de 2003 a 2006, para offshores. Como de resto já se suspeitava. Estão em causa as transferências de Maniche, Costinha, Derlei e Seitaridis para o Dínamo de Moscovo, Deco para o Barcelona, e Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira para o Chelsea. Coisa “pouca”. Nada disto é surpresa para a triparia, e cenas destas passam-se desde sempre, embora não com a dimensão destes últimos negócios. Mas esta fecha os olhos enquanto o Porto vencer títulos. Quando há negociatas, mas não há campeonatos, como quando o Porto esteve três anos sem ser campeão, o Pinto da Costa corre o risco de ir pela Ribeira a baixo. :twisted:

O que também é curioso, é que essa “prestigiada” empresa que faz auditorias às contas das SADs, entre as quais a do FC Porto, faz igualmente consultoria fiscal, contribuindo para branqueamento de capitais e fuga ao fisco. Alguém tem dúvidas que as auditorias que os clubes/SADs encomendam não têm independência alguma?

Lionheart Tens possiblidade de fazer um scan desse artigo ? Eu vivo em Inglaterra e nao consigo comprar a revista.

Obrigado.

Peço desculpa, mas já não tenho a revista. Li-a e depois dei-a a um amigo meu. Pode ser que mais alguém a tenha comprado.

Nao ha problema.
Obrigado na mesma