Finalmente este cancro foi embora, pena esta decisão já vir tarde, era algo que devia ter sido feito após a vergonhosa prestação no Brasil. De qualquer forma não vou criar grandes expectativas pois ao que parece o principal candidato é… Fernando Santos. :inde:
Eu gostava que fosse o Fernando Santos, mas se o castigo não for reduzido não dá. Não podendo ser ele, só gosto do Peseiro ou Rui Jorge, dos que estão disponíveis.
Quanto ao Jorge Mendes é impossível ele deixar de ter influência, porque tem em carteira os melhores jogadores nacionais. Pode ir para lá o treinador menos influenciável do mundo, mas vai escolher naturalmente a maioria dos jogadores do Mendes.
O Paulo Bento é o maior culpado desta trampa de resultados, não usar jogadores como Adrien e Danny (que também são do Mendes) é incompreensível.
Claramente estou feliz com este desfecho, o Bento já devia ter saído no final do mundial, de destacar se tivéssemos uma federação séria, depois de ter defendido com unhas e dentes o selecionador e lhe ter dado mais poder, esta devia pedir a demissão na hora, mas é o que temos em Portugal.
Em relação aos nomes falados, o menos mau por incrível que pareça é mesmo o Vítor Pereira, a isso ajuda o curto currículo que tem que faz com que exista menos para criticar, juju e peseiro era mudar para convocatórias decentes mas manter um mau futebol no primeiro caso e falta de liderança e motivação no segundo.
Fernando santos era A melhor opção sem dúvida, agora com o castigo é quase impossível.
(Rui Jorge, ele que nem tenha ideias de ir para selecionador principal, está muito bem onde está e a mudança podia por em causa a sua carreira, nunca é bom passar etapas e ainda mais quando se deixa uma seleção com qualidade e estável para uma com défice de qualidade, problemas de liderança etc)
Nao estou nada otimista quanto a esta nova cara que vai aparecer :inde:
Não estou a ver a federação a contratar um treinador suspenso por 8 jogos.
Parece-me que os candidatos mais prováveis por esta altura são o Vítor Pereira e o Jesualdo Ferreira. O Vítor Pereira porque desde que saiu do Porto tem visto o seu trabalho a ser muito reconhecido (enquanto esteve lá foi continuamente enxovalhado), ainda assim, não me parece tão provável como o Jesualdo porque ainda traz muita dissensão na opinião pública. O J. Ferreira é sempre considerado porque é um nome que a maioria dos portugueses vai respeitando.
Eu preferia um treinador estrangeiro. Agradam-me os referidos M. Laudrup e J. Heynckes. Espero também que não se opte por um treinador em part-time.
Percebo o sentido da frase. A observação é pertinente. Mas olhando especificamente para este caso, não me parece.
O Paulo Bento é mesmo muito mau, Nuno Lapa. Muito mau mesmo.
Admito, perfeitamente, que o sucessor também esteja mais próximo da mediocridade do que de brilhantismo.
Não tenho dúvidas disso. Mas tão fraco como Bento? não me parece.
Com toda a honestidade (mesmo que esteja errado, juro que penso isto) coloco Paulo Bento ao nível de um qualquer Paulo Sérgio, Paulo Alves, Abel Xavier, com a diferença que Bento teve a sorte de iniciar o seu percurso, logo num grande (herdou uma equipa que chegou a uma final europeia e que só não venceu o campeonato porque foi roubada na Luz. Já dando de barato jogos frente ao Estoril em pleno Algarve).
Acredito, piamente, que muitas pessoas não o colocam no mesmo saco, porque tem um discurso…vamos lá…melhor preparado.
Simplificando eu diria que Bento é burro a treinar, mas não a falar.
Bento tem o “bónus” de se sentir confortável nas conferências de imprensa, domina os jornalistas com toda a propriedade (reconheço-lhe essa virtude), dando a (falsa, na minha opinião) sensação que percebe “do assunto” .
Dando a sensação que é racional, equilibrado, ponderado.
Mas fora das salas de imprensa, perto do relvado, “cai a máscara”.
Ciclicamente, vê-se envolvido em conflitos, raramente retira aproveitamento de um jogador irreverente, independentemente da qualidade que o mesmo empreste a um colectivo.
Bento conseguiu fintar o destino.
Esteve, para sua grande sorte, no momento certo e na altura certa no Sporting.
Treinador dos júniores (numa das melhores escolas de formação do mundo), chicotada na equipa principal e surgiu a necessidade de encontrar uma alternativa imediata.
Por acaso estava lá ele, como podia estar o Paulo Torres, ou o Oceano.
Como noutra altura, esteve o Sá Pinto.
Entrou na equipa principal do nosso clube sem nada que genuinamente justificasse a aposta.
Até o Inácio, que foi campeão, também ainda não tinha mostrado grande coisa, mas ao menos tinha sido adjunto no Porto, e treinador principal em alguns clubes de menor dimensão.
Bento, não. Bento caiu literalmente de paraquedas.
O Leonardo e o Marco, ao menos esses, mostraram serviço antes de entrar.
Bento foi um sortudo.
Um treinador com a sua capacidade, nunca deveria ter treinado uma equipa com a grandeza do Sporting Clube de Portugal ou uma selecção nacional como Portugal.
O futuro é fértil em surpresas, mas creio que Bento não voltará a abraçar projectos com a mesma dimensão que os seus dois anteriores.
Anteriores e únicos.
Bento gozou de um período completamente “moribundo” por parte dos lampiões, e onde o segundo lugar era, na minha opinião, mais do que obrigatório.
Admitamos, de uma forma clara que, se em vez das conquistas do Porto, os seus segundos lugares conquistados tivessem sido obtidos em ano de título para os lampiões, tenho muitas dúvidas que Bento estivesse 4 anos à frente do nosso clube.
Muitas dúvidas.
Não acredito que o nosso tribunal de Alvalade, aceitasse com tanto optimismo ou “facilidade”, segundos lugares nessas exactas condições.
Quem é sócio, e vai ao estádio quinzenalmente como eu, não me deixa mentir.
Vitor Pereira, ou Jesualdo? Não gosto de nenhum.
Mas ambos parecem-me melhores treinadores do que o conflituoso.
Ou dito de outra forma, jogando pelo seguro, dentro da aparente mediocridade se quiserem, parecem-me ainda assim menos fracos que o Paulo.
E mesmo excluindo as minhas reservas a nível técnico e táctico, parecem-me ambos mais inteligentes no banco que Bento.
Tenho muitas dúvidas que Bento, com o feitio que tem, e isto apenas para dar um exemplo, conseguisse aproveitar Quaresma como Jesualdo aproveitou.
Tenho muitas dúvidas que Bento, mesmo que contasse com Fernando, Guarin e Lucho, retirasse Moutinho do campo, sempre que se justificasse (seja por cansaço do atleta ou manifesta estratégia), como Vitor Pereira por exemplo fez.
Vitor Pereira percebeu que Moutinho era muito importante, titularissimo, mas não tinha de ter um bilhete vitalício de 90 minutos.
Ainda que muito de vez em quando, também podia sair aos 70 ou 80 minutos, como os restantes companheiros.
Quando somos muito bons naquilo que fazemos, o orgulho, a teimosia podem ser bons aliado. Por vezes.
Mas quando somos medianos ou fracos, a teimosia e o orgulho são duas coisas muito penalizadoras. Parece-me ser o caso de Bento.
Bento estreou André Almeida a titular, sem ter concedido uma oportunidade, sequer, a Cédric.
Bento estreou Ivan Cavaleiro a titular na selecção principal.
Bento não colocou Adrien e Danny na lista de 30 jogadores para o Mundial.
Bento preferiu oferecer a titularidade a André Gomes, em detrimento de Adrien.
Coentrão é um jogador com frequentes lesões musculares, e Bento não levou um segundo lateral esquerdo.
Bento não convocou Postiga por não ter minutos, e convocou João Pereira.
Bento perdeu frente à Albânia, em casa.
E todos os casos, mesmo que distintos, Danny, Quaresma, Manuel Fernandes, Ricardo Carvalho, Tiago (abdicou em 2010 mas mostrou disponibilidade em 2013. É verdade que o seleccionador mostrou abertura em 2010. Mas não mostrou em 2013. Mesmo na fase de qualificação) dão a sensação que Bento se comporta mais como dono de uma equipa, do que como seleccionador.
Tenho de parafrasear o Pedro Sousa do Contragolpe:
“Será que Bento nunca tem culpa de um conflito? Nem um? Será que todos os jogadores é que estão errados”
Se formos absolutamente rigorosos, em 4 anos de Paulo Bento, Portugal essencialmente realizou um bom percurso desde o jogo frente à Holanda até aos penalties frente à Espanha.
É verdade que quando chegou à selecção, o quadro “não estava famoso”, mas não deixa de ser verdade também que as suas duas qualificações necessitaram de play-offs.
Mais do que isso, a qualidade apresentada nunca foi apreciada pela esmagadora maioria dos portugueses.
Se pensarmos no universo de jogos oficiais (excluindo amigáveis) da selecção com Bento como seleccionador, foram mais as vezes que jogámos mal, do que bem.
Se pensarmos em todos os jogos de qualificação, e fases finais, foram mais os jogos de qualidade medíocre, do que o contrário.
E mais!
Bento treinou a selecção em ano de “Ronaldo melhor do mundo”.
Não fosse aquela exibição na luz e sobretudo na Suécia, e onde é que já estava o Paulinho.
Aqueles que enfatizam o percurso da selecção nacional no Europeu de 2012, também deverão ter presente a própria predisposição competitiva que os jogadores apresentam em fases finais.
Isto é, as próprias competições, por si só, são elementos motivadores.
Ironicamente, muitas vezes, a competência de um treinador, vê-se também em jogos de menor dimensão.
Não tanto pelo resultado, mas por outros elementos.
Até que ponto um treinador consegue motivar os jogadores frente a equipas medíocres (Albânia, Israel, Chipre, Luxemburgo etc etc), até que ponto consegue oferecer concentração, intensidade, mentalidade ambiciosa etc etc
Bento nunca conseguiu isto.
Foi muito raro, no seu reinado, ver um bom jogo da selecção, frente a equipas fracas.
Foram quase sempre, jogos muito difíceis de acompanhar. Muito sofridos, do ponto de vista qualitativo.
Recordo-me mais ou menos de uma frase do KingJames com a qual me revejo.
O pessoal foca-se no pragmatismo, no conservadorismo, na objectividade etc etc. É tudo interessante.
Mas a questão central é que Bento mata o futebol. Bento retira o prazer aos adeptos. Não oferece espectáculo, não oferece irreverência, não oferece um futebol saudavelmente arrogante e/ou minimamente corajoso.
Bento desprezou e brincou, várias vezes, com o clube que lhe permitiu anos mais tarde, treinar a selecção e receber agora a sua reforma dourada antecipada.
O clube que lhe permitiu terminar a carreira de uma forma digna, o clube que lhe permitiu despedir-se publicamente do seu pai e iniciar a sua carreira de treinador, foi totalmente desprezado em quase todas as convocatórias.
O único clube de grande dimensão que continua a apostar no jogador português.
O único clube que, e digo isto sem qualquer ponta de facciosismo, até deveria ser “beneficiado” como forma de pressionar os outros grandes.
Como quem diz: “Estão a ver? Se fizerem como o Sporting, eu convoco. Se apostarem no jogador Português, estou aqui para conceder oportunidades.”
Mas não!
E aqui a questão que mais me irrita, nem é o facto de não ter apostado, apesar do passado que viveu no nosso clube.
O que mais me irrita é que, em vários casos, a aposta justificava-se, era perfeitamente consensual por todos (lampiões e portistas incluídos) e mesmo assim não o fez.
Era justa!
Há muito que Cédric merecia ser internacional A.
Há muito que Adrien merecia ser titular na selecção.
E Mané não é, EM NADA, no plano actual, inferior a Ivan Cavaleiro ou Ricardo Horta. Em nada mesmo. Pelo contrário, até.
Aliás, ninguém me consegue convencer que, até ao momento (apesar de serem jogadores de características e posições completamente diferentes), Rafa tenha mostrado mais que Mané, na função de apoio ao homem de área.
Em jeito de síntese, e numa linguagem mais clara:
Se Portugal ficará pior? Creio que não. Mas vamos ver.
Mas o que eu queria mesmo era este little bitch fora da selecção.
Ya, também me parece que o Vítor Pereira vai ser o escolhido. Não gosto dele, mas qualquer artolas é melhor que o Paulo Bento – tratando-se da FPF, é melhores teres cuidado, Chev.
Mas, seja qual for o nome, vou esperar pela primeira convocatória para ver se a podridão, ao menos uma porção dela, saiu com o Paulo Bento, ou se ela está de tal forma cravada no edifício, que a única maneira de a ver longe é mediante destruição física e estrutural de tudo o que está relacionado com a actual FPF.
Seria muito bacano saber quantos telefonemas foram feitos sobre este assunto pelo Jorge Mendes.