Nota prévia: o trabalho efectuado pelo Presidente Bruno de Carvalho e pela sua equipa directiva tem sido pouco menos do que notável. O nível de excelência atingido na gestão do clube em muitas das suas areas vitais, não só deve ser realçado, como coloca esta direcção num patamar de credibilidade e solidez que ninguém de bom senso ousará questionar. Por outras palavras, apesar dos erros cometidos em alguns sectores, o trabalhado efectuado pelo elenco directivo é de tal forma positivo que a sua reeleição não é só desejável como também fundamental para assegurar a total recuperação do clube.
Dito isto, parece-me evidente que existem aspectos que, no meu ponto de vista, devem ser corrigidos. Essas falhas são de importância variável mas produzem efeitos de constante desgaste, nomeadamente na figura do Presidente. Se alguns erros são naturais e parte integrante de qualquer processo de gestão desportiva, outros são de tal forma persistentes que merecem uma reflexão mais cuidada, pois tendem a deteriorar e ensombrar muito do excelente trabalho já feito: Eis alguns exemplos desses lapsos:
O presidente expõe-se demasiado. O presidente do Sporting é uma figura distinta, com relevo na sociedade Portuguesa e com um peso institucional que merece o máximo respeito. Nesse enquadramento, não faz sentido que entre em diálogo ou troque argumentos com a escumalha dos comentadeiros da imprensa ou com os ressabiados da internet. Chafurdar no mesmo lodo em que esses fantoches se deliciam apenas traz o debate para o âmbito da calunia, do rumor e da falácia, que não esclarece a audiência nem prestigia o cargo de presidente do Sporting.
Falta quem dê a cara. Na sequência do que foi dito previamente e tendo em conta a necessidade de salvaguardar a figura do presidente, falta alguém que, qual testa de ferro, assuma o combate dos inúmeros ataques que temos sofrido, provenientes de todos os quadrantes. Muitos julgaram que Octavio Machado teria esse papel mas, até agora, tal não se tem verificado. Seja Octavio ou o Director de Comunicação (pouco presente) tem de existir alguém que faca o trabalho “sujo” de “esterilizar" a porcaria criada pelos nossos inimigos.
Já nao faz sentido ter o presidente sentado no banco de suplentes. Se no principio do mandato essa posição era não só aceitável como recomendável, nesta altura não é apenas irrelevante como também coloca a figura do presidente à mercê dos sabujos do apito, que assim podem exercer de forma arbitrária o seu poder sobre uma figura que não devia estar ao seu alcance. Por outro lado, não se vê que a presença do presidente no banco intimide os jogadores ou os pressione para um desempenho mais efectivo no terreno de jogo. Pelo contrário: existem indícios de uma excessiva familiaridade de alguns atletas para com o presidente, retirando-lhe o peso institucional que um líder deve ter.
Estamos numa guerra mas isso não quer dizer que temos de combater em todas as batalhas. Do ponto de vista “militar” nunca resulta ter e/ou assumir muitas frentes de combate. Os recursos escasseiam e a efectividade diminui. Não temos de dar troco a cada ataque ou comentário desvairado. Temos de trabalhar mais nos bastidores e menos na praça publica. Temos de usar a Sporting TV como arma de arremesso quando necessário, falando para os sócios e adeptos e não para responder aos palermas incendiários. As prioridades de gestão devem ser ditadas de dentro para fora e não o oposto, sendo que essa percepção tem de estar bem clara na mente dos adeptos.
É certo que esta direcção do Sporting veio abanar os fundamentos do “status quo” do futebol português (e não só). Esta tarefa hercúlea nunca seria fácil e os obstáculos que se erguem no caminho são cada vez maiores. Por essa mesma razão, todos os erros são hiperbolizados e todos os méritos são escamoteados. Neste contexto, é fundamental procurar corrigir os aspectos que possam debilitar a determinação do elenco directivo em reerguer o Sporting. Daí o meu apelo a uma reflexão mais profunda ao que possa não estar a correr bem para que os nobres objectivos a que Bruno de Carvalho e a sua equipa se propôs, sejam atingidos.
Partilho da mesma visão. Acredito, sobretudo, que temos no presidente Bruno de Carvalho um elemento demasiado importante para o nosso futuro, e que por isso é fundamental conseguir que ele se resguarde o máximo possível nesta fase.
Ele já marcou posição, a sua postura e visão sobre o mundo de futebol são conhecidas. É altura de passar um pouco para a sombra e encarregar outros dentro do clube de darem a face.
Concordo com muito do post, mas principalmente com o primeiro e segundo ponto. Falta mesmo alguém que dê a cara pelo clube, o benfica tem aquele nojento do joão gabriel - alguém assim mas com mais classe (menos também era impossivel), porque isto de ser o presidente a responder a tudo e todos, mesmo que alguns não queiram ver, baixa o nosso nivel. O presidente é o responsável máximo pelo clube, e finalmente temos uma pessoa competente e verdadeiramente Sportinguista - Não se devia estar a expor ao público desta forma. Que seja outra pessoa, abaixo do titulo de presidente. Até porque a defesa do Sporting como clube é um emprego “full time”, tal é o nosso país.
Esta posição não deixa de ser importante, no futebol Português infelizmente não se pode deixar sem resposta, tantas são as lutas por poder e não deixar certas pessoas e clubes fazerem e mandarem no que querem, mas não pode ser (sempre) o presidente. Alguém como Eduardo Barroso, mas oficialmente empregado pelo clube.
De resto, que a direcção continue este excelente trabalho. O nosso futebol cresce e vai crescer ainda mais. Há coisas a melhorar, como sempre, mas estamos no rumo certo.
O Rogério Alves é alguém que navega em mares dúbios. Se por um lado tem passado a mão pelo pelo desta direcção não tenhamos dúvidas que o croquete constitui a base da sua dieta.
Em relação ao poder de argumentação: é o rei do trocadilho e da trivela mas como não se quer zangar com ninguém o resultado acaba por ser mole.
Em relação ao poste do Sabino, compreendendo tudo o que diz, é o Presidente a actuar a 100%, quase sempre brilhante no balanço difícil da razão / intuição, quer se goste quer não, não vai deixar de responder aos suínos porque tem sempre a resposta a saltitar na ponta da língua, não vai sair do banco para ficar resguardado e nem vai priorizar ‘guerras’.
Mas invariavelmente o Rogério Alves cala os outros dois, que também são advogados. Nem lhes dá grandes hipóteses.
Mas acho que o Rogério Alves não se devia candidatar a presidente do Sporting, acho que não tem perfil para isso. Tem perfil mais politico do que para o futebol.
Este tópico acaba por ser reflexo dos tempos actuais. Em que o Presidente nunca foi tão atacado e criticado como agora.
Percebo as criticas do Sabino, concordo com algumas coisas… Mas neste momento estas criticas só fazem as delicias dos croquetes e sportinguenses que estão contentes com as derrotas com o Lokomotiv e os empates com Boavista e turcos…
Mas volto a dizer que há criticas legitimas, que devem servir para que o próprio Bruno perceba onde pode melhorar e não facilitar. Assim se melhora e assim se evolui.
Eu não acho o Rogerio Alves um croquette. Pode parecer pela forma como por vezes fala. E não me estou a referir à sua capacidade oratória.
Acho apenas que é um Sportinguista com uma opinião muito própria e com uma mente muito aberta. Não está do lado do presidente nem do lado dos croquettes. Limita-se a expressar a sua opinião, umas vezes coincidente com a do presidente, outras coincidentes com os croquettes (mas muito raramente) e a maioria delas que nem vai para um lado nem para o outro. Mas sempre que a dá, expressa e justifica plenamente as suas opiniões, quer concordemos com elas ou não.
Quanto a poder vir ser presidente, não me parece. E acho que o próprio sabe bem que não tem competências para tal. O homem tem uma lábia descomunal e é um dos melhores advogados do pais. É muito bom naquilo que faz, mas o que faz não tem nada a ver com as funções de um presidente de um clube de futebol.
Ele é expert em advocacia, mas não lhe reconheço competências em absolutamente mais nada. E mesmo em termos de personalidade tem mais perfil de um técnico do que de líder. Sabe falar de assuntos muito técnicos da sua área mas não é propriamente alguém carismático e que arraste multidões, imo. Só seria útil no departamento jurídico do clube.
Numa altura em que estamos encurralados numa batalha sem precedentes, com tiros disparados de todos os lados, vêm-me estes líricos discutir os “erros do presidente”. Pobre Sporting.
A opinião muito própria de Rogério Alves passar por querer estar bem com Deus e o Diabo. Para RA, os supremos valores do Sporting são a “estabilidade”, “união”, “recato”, “cortesia”, “sensatez” e afins, como um fim em si mesmo, independentemente da conjuntura que o clube viva.
O Sporting chafurdava na lama e era gerido por incompetentes, RA pedia união e estabilidade.
O Sporting resolveu ( dirigentes e sócios ) fazer uma auditoria de gestão e o homem preocupado pelos conflitos potenciais e por se mexer no passado.
RA secundarizou a responsabilização no clube, comunga da ideia muito “sportinguista” que os insucessos e a decadência do clube passam pelo azar e destino e que os irresponsáveis que tomaram conta do clube, “fizeram o melhor que podiam, tiveram foi azar”.
RA, “o encantador de serpentes”.
Concordando com vários pontos do texto inicial e excluindo a tua referência ao “lirismo”, tenho também que concordar, contigo.
Concordo com os 2 primeiros pontos, discordo com os últimos 2.
O presidente deve manter-se no banco, até o tempo que entender, se for preciso para sempre.
O Sporting tem de entrar em todas as batalhas que prejudiquem o Sporting, seja qual for a guerra, o Sporting deve sempre os seus interesses acima de tudo, sempre de forma honesta e justa.
Como é óbvio, o presidente tem cometido erros. Estes e outros mais. Contudo, nesta fase, tudo isso é irrelevante…
Estamos a assistir a um dos maiores actos de terrorismo feitos ao SCP. Nesta fase, estamos todos juntos, temos que estar todos juntos e defender o clube contra tudo e todos.
Depois da poeira assentar, podemos falar de erros. Nesta fase, é patético estar a fazer quaisquer comentários.
Encher Alvalade no domingo é tudo aquilo que os sócios podem e devem fazer.
Só depois de acontecer se poderão tirar ilações. Provavelmente será como na política uns dirão que esteve bem outros que foi assim-assim e outros que com certeza afirmarão que esteve bastante mal.
Acho que se devia proteger e não se meter nesses circos. Tem tudo para dar mal.
Mas isso implica um maior desgaste e menor concentração em pontos que interessem mais. Por acaso acho que o tempo do BdC no banco acabou, ainda para mais que ao que parece que a politica é falar menos “Sabe bem falar menos e ganhar” uma coisa assim.
Com a entrada de JJ a sua estadia no banco está a acabar, a meu ver não vale a pena, o JJ sabe tudo a nível interno sabe o que faz é uma personalidade forte e não é estúpido.