Existem situações no futebol português que dispensam rodeios: temos clubes (e pelos vistos, muitos adeptos) que gostam de chafurdar no esterco que eles próprios criam. Por outras palavras, e’ tanta a porcaria em que fundamentam os seus sucessos, que já não conseguem viver sem ela.
A taça Lucílio Baptista e’ uma anedota de competição. E’ anedota porque e’ nesse torneio que os porcos que dominam os bastidores do nosso futebol mais chafurdam, sem qualquer ponta de vergonha no focinho. Neste travesti competitivo tudo e’ permitido e os leitões do apito sentem-se com carta branca para dar largas ‘a imaginação desde que, obviamente, agradem aos porcos-mor que os controlam. Tudo isto ‘a descarada, sem os disfarces que usam no campeonato e com a impunidade que lhes e’ apanágio. Competir na taça da liga e’ um acto masoquista e imundo a que nos sujeitamos todas as épocas.
O interessante e’ que, perante a evidência das tropelias suínas, os adeptos adversários rejubilam. O gosto pelo sabor do sucesso, misturado com o lodo imundo da corrupção, do “chico-espertismo”, do roubo ostensivo, já lhes entrou no paladar de tal forma que não sentem a diferença aquando da rara vitoria com fair play e justiça. Todos os que jubilam com o triunfo dos porcos, porcos são! Este e’ o grande dilema do futebol português: clubes porcos, dirigentes porcos, árbitros porcos e adeptos porcos. Um enorme exercito de suínos, conspurcados, sem valores nem regras, fedendo a compadrio e parasitismo. A vitoria a todo o custo tornou-se uma instituição nacional. O Sporting convive com este pântano fétido, tenta competir nele, com armas e valores desiguais. O farol de verdade, transparência, modernismo que o nosso clube emite, incomoda os suínos, que não compreendem esse tipo de valores.
A taça da liga relembra-nos todos os anos da podridão que domina o futebol nacional: os dirigentes com os esquemas saloios de começar jogos mais tarde para o caso de ser necessário uma patifaria de ultima hora; os árbitros que alinham alegremente nos esquemas montados; os adeptos que jubilam com os êxitos, por mais escabrosas que sejam as circunstancias em que são obtidos.
São todos cúmplices. São todos porcos!
Nota: este artigo não pretende ofender a raça suína, que considero nobre e inteligente. Se algum porco se sentir atingido pelo texto, as minhas mais sinceras desculpas