Estive a ver a página da Wiki https://www.wikisporting.com/index.php?title=A Gerência 1941/42 que diz entre outras coisas
“as receitas continuavam a baixar e número de sócios pagantes também, era a crise e a mudança de Sede a fazerem os seus efeitos, de tal forma que as receitas dos jogos na Sede, que chegaram a ultrapassar os 17 contos, agora nem atingiam os 5, enquanto a cotização baixara cerca de 19 contos.”
A crise actual é capaz de ser mais grave do que a que ocorreu durante a segunda guerra mundial, e isso vai inevitavelmente ter reflexos nas finanças do Clube. Por um lado, os custos de financiamento, tenho ideia que o nosso último empréstimo obrigacionista ou lá o que foi, o Sporting ficou a pagar perto de 9% de juros.
Vejo muitos sócios a entrarem, o que é bom, mas também muitos desistentes, dos 100000 da campanha do JEB (praticamente a única coisa positiva que ele fez), já devem ter saído uns 20 ou 30 mil, ou mesmo mais. Mesmo com o bom momento actual do futebol, que é sempre mobilizador, não vejo o movimento de novos sócios que noutros anos certamente teria acontecido.
Vejo muitíssimo mais camisolas contrafeitas no estádio do que em outros anos (onde já se faziam notar, mas este ano são mesmo muitas), por um lado as pessoas querem ter a camisola deste ano porque realmente é espectacular, por outro lado não podem pagar os €72, ou mesmo os €61,20 na promoção de anos para sócios.
Conheço sportinguistas, sócios desde sempre e que fizeram os filhos sócios desde que nasceram, a pensar deixar de pagar as quotas dos filhos juvenis, dizem que depois quando a situação melhorar vão pagar tudo e retomar o número de sócio antigo dos filhos.
O que acham, o Sporting vai ser uma prioridade não só para os corações, mas também para as carteiras cada vez mais vazias dos sportinguistas?