Ya, perfeitamente. O livro de Figes é sobre o fim do czarismo (e dá-te várias lições sobre a Rússia czarista, sobre o sistema czarista, sobre os Romanov, etc.), a guerra civil e a vitória dos bolcheviques na mesma, e termina quando Lenin morre.
O da Svetlana é um livro de reflexão sobre a União Soviética, genericamente (vida quotidiana, pobreza, etc.), e, particularmente, sobre o seu fim (uma tentativa de responder a “E agora?”). Assenta sobretudo na recolha de opiniões de terceiros.
Quem leu e gostou vai adorar o livro dela sobre Chernobyl (mesmo estilo, outro tema), Voices from Chernobyl.
São ambos muito interessantes, mas o do Figes é um daqueles livros de História cujas qualidades historiográfica e literária e profundidade um gajo gostaria de ver repetidas em livros sobre outros eventos extremamente importantes. Por isso é que o livro é um monstro de quase 1000 páginas, mas 1000 páginas sempre interessantes.
É um daqueles livros que não vai ser superado - a não ser que os historiadores achem novas fontes, documentos, etc. - por nenhum outro.
Poderoso. Acabei há dias. Registos impressionantes, que me fizeram lembrar (níveis distintos!) o que passamos com os incêndios, incrível o amadorismo, a irresponsabilidade e a tentativa frenética de abafar o acontecimento. Gosto do estilo, é uma recolha de discursos na primeira pessoa de pessoas da sociedade, que viveram toda a tragédia de Chernobyl e que foram ignorados, desprezados e silenciados. O livro tem o título ideal. É isso mesmo que Svetlana faz, dá voz às vítimas de Chernobyl, nem mais um ponto, nem vírgula. Puro e bastante duro.
Está a ser interessante até agora (página 150 e tal). Se continuar assim, vou adquirir os restantes.
Habitualmente, leio este tipo de livros - romances históricos elogiados pela crítica - em inglês, assim que são publicados, mas este passou-me completamente ao lado.
No outro dia, na Bertrand, vi uma capa que achei bem feita e, então, decidi averiguar o título e ler o resumo. Terceiro volume?? Liguei o wifi, fui ao Google e pesquisei o nome do autor e o da obra. Gostei das opiniões que li.
Tenho um gosto particular por romances históricos.
Não sei porquê, está em falta nesse 1º volume, mas no 2º e 3º terás páginas com árvores genealógicas impecáveis que permitem enquadrar todas as personagens sem haver necessidade de memorizar… O enredo vai sendo cada vez melhor…
Verdade. Comecei a ler e, quando ia ainda nas primeiras páginas, fui à procura de mapas, de árvores genealógicas, ou mesmo de uma simples lista, mas não encontrei nada, o que achei estranho (embora esta edição em português contenha a bibliografia consultada pelo autor - tenho por hábito, admito, buscar este tipo de informações).
Estou por dentro desta época da história de Inglaterra, mas ter o máximo de informações disponível dá sempre jeito. Nem que fosse para um gajo distinguir as personagens reais das ficcionais.
Nos vol 2 e 3, além das árvores genealógicas, logo nas primeiras páginas, também terás a lista de personagens com os respetivos cargos, etc… (tanto as árvores quanto as listas também servem para tudo o que ficou dito no vol 1)
No vol 1 tens informação no final, na “Nota Histórica” para a distinção entre ficção (pouca para um romance) e realidade… O mesmo acontece no vol 2 e 3.
Estive há pouco na FNAC do Chiado e confirmei uma suspeita:… O 1º vol no original em inglês tem as árvores genealógicas e a lista das personagens!.. A tradução para português fez o “favor” de as eliminar…, uma desonestidade de todo o tamanho. :o
Chico-espertice portuga. Já encomendei os dois livros que restam - em inglês.
Publicarem um romance histórico cortando mapas e árvores genealógicas, principalmente, e listas é um perversidade.
Nunca tinha ouvido falar nesta editora, por acaso. Fui ao site e a aba que dá conta da história da mesma diz-nos que a editora decidiu saltar do público-alvo, o infantil-juvenil, em 2016 e começar a publicar ficção para adultos. Parece que se estrearam com este livro (conjectura minha).
Não são os primeiros a utilizar este tipo de astúcias, presumo que para economizarem algum carcanhol.
Alguns livros de não-ficção em Português que li ora suprimiram as fotografias, ora as enfiaram em 2 páginas apenas, ora trocaram as cores por preto e branco.
Outro caso revelador - deparei-me com ele há pouco tempo - de como se fazem as coisas por aqui é o do livro dos Romanov, de Montefiore (outro autor que vale a pena ler). A edição em hardback custou-me 20 libras; a edição em paperback, que é editada um ano depois, caso a edição original tenha vendido bem, custa presentemente 10 libras.
A edição portuguesa, da Presença, foi cindida em dois volumes e cada um custa 20 e poucos euros.
Mais um caso na mesma linha:
“A revolta de atlas” vai ser lancado em 3 volumes. O primeiro vale quase 20 euros.
Lembro-me de comprar o meu em inglês a uns 10 euros :lol:
Mas vou-lhes dar os 20 euros só porque finalmente traduziram a obra.
Também comprei - dei literalmente um salto quando vi um dos meus livros favoritos à venda em Portugal, em Português (finalmente!!) - mas só vou começar a leitura quando publicarem todos os volumes (1 por ano?). Já passei os olhos por ele e não descortinei nenhum erro na tradução. Tens a certeza de que vão ser 3?
Mais vale tarde - tarde = 60 anos - do que nunca. [emoji38]
Este artigo passou-me completamente ao lado.
Fui ler o gajo e a introdução fez-me recordar a tal cena de não haver qualquer informação sobre o facto de a obra à venda aqui não estar completa. Quando eu peguei no livro a primeira coisa que pensei foi, “mas isto é pequeno”. Folheei o gajo mas não encontrei nenhuma referência que esclarecesse essa questão.
Não se percebe. Quer dizer, uma pessoa chega ao fim do 1o volume e, se não conhecer a obra (todavia acho improvável isto), fica à nora.
Vamos aguardar que a publicação chegue ao fim.
…
Não sei se o seguinte acontece convosco, mas há certos momentos do ano em que me apetece ler determinado estilo de livros. Para mim, Dezembro é sinónimo de ficção científica (e de Dickens) e fantasia. Desde tenra idade que assim é.
Já adiantei trabalho e, consequentemente, já fiz a lista de leitura.
Aqui fica a dita:
. Stand on Zanzibar, de John Brunner.
. Earth Abides, de John Stewart.
. Armada, de Ernest Cline (autor do Ready Player One, na minha opinião o melhor livro de ficção científica escrito nos últimos 15 anos).
. Star Wars: Phasma, de Delilah Dawson.
. Children of Time, de Adrian Tchaikovsky.
Acredito que as altas expectativas vão ser satisfeitas (o Star Wars, hmmmm).